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Kcayoh Sales Micronutrientes 2017

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Micronutrientes Soja e Arroz
 Micronutrientes
Soja e Arroz
O que a sua falta faz a essas culturas?
C. Sales
Micronutrientes Soja e Arroz
A falta de Micronutrientes na Soja
 Zinco no solo
O teor total de Zn nos solos é influenciado pelo material de origem e pelo
processo de formação dos solos. Os solos derivados de rochas ígneas básicas
(Latossolo Roxo e Latossolo Vermelho-Escuro) possuem os teores mais elevados de
Zn, enquanto os solos derivados de sedimentos arenosos apresentam os menores
teores. A difusão é o principal mecanismo de transporte do Zn às raízes da soja, sendo
absorvido na forma iônica de Zn2+.
 Fatores que afetam a disponibilidade do zinco 
A disponibilidade do Zn às plantas é afetada pelo pH do solo . Quanto maior o
pH do solo, menor é a disponibilidade do Zn às plantas e, dependendo do teor do
micronutriente no solo pode causar deficiência nas culturas. Os ácidos húmicos
formam complexos muito estáveis com o Zn, reduzindo a sua disponibilidade às
plantas. Entretanto, os ácidos fúlvicos aumentam a disponibilidade do Zn às plantas. 
Os solos com alto teor de P disponível ou adubações com elevadas doses de P
(íon fosfato) reduzem a absorção do Zn e podem induzir deficiência deste
micronutriente na soja. Baixas temperaturas associadas ao excesso de umidade no
solo podem induzir deficiência de Zn. 
 Funções do zinco
 O Zn atua diretamente no crescimento da soja. É essencial para a síntese do
triptofano, que é precursor do ácido indolacético (AIA), que irá formar as enzimas
responsáveis pelo alongamento e crescimento celular.
Sintomas de deficiência de zinco
O Zn é um micronutriente com baixa mobilidade no floema da soja. Portanto,
os sintomas de deficiência do Zn ocorrem inicialmente nas folhas mais novas da soja.
As folhas novas são pequenas, estreitas e alongadas, com áreas cloróticas entre as
nervuras, que permanecem verdes (Figura 1).
Micronutrientes Soja e Arroz
Figura 1: Deficiência do zinco em soja
 Cobre no solo
 O teor total de Cu nos solos é influenciado pelo material de origem e pelo
processo de formação dos solos. Os solos derivados de rochas ígneas básicas
(Latossolo Roxo e Latossolo Vermelho-Escuro) possuem os maiores teores totais de
Cu, enquanto os solos derivados de arenitos e demais sedimentos arenosos possuem
os menores teores do nutriente. A difusão é o principal mecanismo de transporte do
Cu às raízes da soja, sendo absorvido na forma iônica de Cu2+.
 Fatores que afetam a disponibilidade de cobre 
A disponibilidade do Cu às plantas é afetada pelo pH do solo . Quanto maior o
pH do solo, menor é a disponibilidade do Cu às plantas e, dependendo do teor do
micronutriente no solo, pode causar deficiências nas culturas. Os solos com alto teor
de matéria orgânica possuem menor disponibilidade de Cu, podendo induzir a
deficiência deste nutriente na cultura da soja. Isso ocorre devido à formação de
complexos muito estáveis de Cu com as substâncias húmicas, notadamente os ácidos
húmicos. Altos teores dos demais micronutrientes catiônicos (Fe, Mn e Zn) no solo
reduzem a disponibilidade de Cu às plantas (inibição competitiva). 
Funções do cobre
É ativador ou constituinte de várias enzimas. Atua em diversos processos
metabólicos, dentre os quais a fotossíntese, respiração, regulação hormonal e
mecanismos de resistência às doenças. A deficiência de Cu provoca o acúmulo de
Micronutrientes Soja e Arroz
compostos fenólicos e redução da síntese de lignina, substância que atua na defesa
das plantas contra as doenças. O Cu tem efeito tônico nas folhas, inibindo a síntese de
etileno que, por sua vez, está envolvido no processo de senescência, deixando as
folhas ativas por mais tempo. 
 Sintomas de deficiência de cobre
 O Cu é um micronutriente com baixa mobilidade no floema das plantas.
Portanto, os sintomas de deficiência do Cu na soja ocorrem inicialmente nas folhas
mais novas. A deficiência de Cu na soja causa redução no crescimento das plantas.
As folhas mais novas adquirem coloração verde-acinzentada ou verde-azulada
(Figura 2). Ocorre redução no crescimento das plantas pelo encurtamento dos
internódios. e. Sintomas de fitotoxicidade de cobre Ocorre o aparecimento de pontos
necróticos nas bordas dos folíolos das folhas mais velhas que progride para as folhas
mais novas.
Figura 2: Deficiência de cobre em soja 
 Ferro no solo
 O Fe é um dos elementos químicos mais abundantes na crosta terrestre,
superado apenas pelo oxigênio, silício e alumínio. O teor médio de Fe nos solos é de
3,5%. O teor de Fe disponível nos solos é controlado pelas reações redox. Os
ambientes redutores (alto teor de umidade) possuem teores elevados do íon Fe2+ na
solução do solo, forma disponível às plantas. Em ambientes oxidantes (baixo teor de
umidade), o íon Fe2+ é oxidado ao íon Fe3+, diminuindo sua disponibilidade às
plantas. A difusão é o principal mecanismo de transporte do Fe às raízes da soja,
sendo absorvido na forma iônica de Fe2+. 
Fatores que afetam a disponibilidade de ferro
 A disponibilidade do Fe às plantas é afetada pelo pH do solo . Os solos com pH
na faixa ácida apresentam maior disponibilidade de Fe às plantas. Os solos com alto
teor de matéria orgânica apresentam menor disponibilidade de Fe, podendo induzir
deficiência nas culturas. Ocorre a formação de complexos muito estáveis do Fe com
as substâncias húmicas, notadamente os ácidos húmicos. Entretanto, nas condições
brasileiras, é rara a deficiência de Fe induzida por substâncias húmicas. Altos teores
Micronutrientes Soja e Arroz
de Cu e Mn no solo reduzem a disponibilidade de Fe à cultura da soja (inibição
competitiva). Os solos com alto teor de fósforo podem induzir deficiência de Fe na
soja. 
Funções do ferro
 O Fe é constituinte da clorofila, pigmento presente no cloroplasto onde ocorre
a atividade fotossintética nas plantas. 
 Sintomas de deficiência de ferro
O Fe é um micronutriente com baixa mobilidade no floema da soja. Portanto,
os sintomas de deficiência do Fe ocorrem inicialmente nas folhas mais novas da soja.
As folhas novas apresentam variados graus de clorose internerval, a qual caminha da
ponta para a base das folhas da soja. Não ocorre murchamento das folhas. Com o
agravamento da deficiência do Fe, as plantas tornam-se cloróticas ou esbranquiçadas
(Figura 3 ). Em casos graves de deficiência de Fe, ocorre necrose e queda das folhas,
podendo chegar ao desfolhamento total. e. Sintomas de toxicidade de ferro Devido à
rápida conversão de Fe solúvel (Fe2+) em Fe insolúvel (Fe3+), é raro toxicidade de
Fe nas plantas.
Figura 3: deficiência de ferro em soja
 Manganês no solo 
O teor total de Mn nos solos é influenciado pelo material de origem e pelo
processo de formação dos solos. Os solos derivados de rochas ígneas básicas
(Latossolo Roxo e Latossolo Vermelho-Escuro) possuem os maiores teores totais de
Mn, enquanto os solos derivados de arenitos e demais sedimentos arenosos possuem
os menores teores de Mn. A difusão é o principal mecanismo de transporte do Mn às
Micronutrientes Soja e Arrozraízes da soja, sendo absorvido na forma iônica de Mn2+.
 Fatores que afetam a disponibilidade do manganês 
A disponibilidade do Mn às plantas é afetada pelo pH do solo. O aumento de
uma unidade de pH no solo diminui em 100 vezes a atividade do Mn na solução do
solo. Os solos com alto teor de matéria orgânica têm menor disponibilidade de Mn às
plantas devido à formação de complexos muito estáveis com este micronutriente,
principalmente quando ocorre predomínio da fração húmica. O teor de umidade
também afeta a disponibilidade do Mn às plantas. Os solos com maior teor de
umidade (ambiente redutor) apresentam maior disponibilidade do Mn. As estiagens
prolongadas reduzem a disponibilidade do Mn do solo às plantas. Ocorre oxidação do
Mn2+ para formas não disponíveis às plantas (Mn3+ e Mn4+). Os solos com alto teor
de Fe apresentam menor disponibilidade de Mn às plantas (inibição competitiva).
Funções de manganês
É ativador de várias enzimas, tais como descarboxilases, hidrolases,
fosfoquinases e fosfotransferase. Muitas dessas enzimas estão envolvidas no
metabolismo do carbono e nitrogênio. O Mn é ativador de enzimas que atuam na
síntese de importantes metabólitos secundários, responsáveis pela produção de
compostos que atuam na defesa das plantas contra pragas e doenças, como lignina e
compostos fenológicos. Atua nos processos de oxirredução no transporte de elétrons
na fotossíntese. Participa da reação da fotólise da água no fotossistema II, na
formação da clorofila e na formação, multiplicação e funcionamento dos cloroplastos.
Desempenha papel fundamental na respiração das plantas, bem como em diversas
reações no ciclo de Krebs.
 Sintomas de deficiência de manganês
O Mn é um micronutriente com baixa mobilidade no floema da soja. Portanto,
os sintomas de deficiência na soja ocorrem inicialmente nas folhas mais novas. As
folhas novas deficientes em Mn apresentam clorose internerval com tonalidade
amarelo-esverdeados. As nervuras permanecem com coloração verde-escuro (Figura
4). 
Micronutrientes Soja e Arroz
Figura 4: Deficiência de manganês em soja
 Molibdênio no solo
 Os teores de Mo disponíveis nos solos brasileiros são muito baixos, situando-se
na faixa de 0,01 a 0,16 mg kg-1. O teor total de Mo nos solos é influenciado pelo
material de origem e pelo processo de formação dos solos. Os solos derivados de
rochas ígneas básicas (Latossolo Roxo e Latossolo Vermelho-Escuro) possuem os
maiores teores totais de Mo, enquanto os solos derivados de arenitos e demais
sedimentos arenosos possuem os menores teores do nutriente. O fluxo de massa é o
principal mecanismo de transporte do Mo às raízes da soja, sendo absorvido na forma
iônica de molibdato (MoO4 2-). 
Fatores que afetam a disponibilidade de molibdênio
 
A disponibilidade do Mo às plantas é afetada por diversos fatores, dentre os
quais material de origem, textura e pH do solo. A disponibilidade do Mo às plantas é
afetada pelo pH do solo . A deficiência de Mo ocorre com maior frequência em solos
ácidos. A calagem corrige a deficiência de Mo nas culturas, caso o teor deste
micronutriente esteja adequado no solo. A aplicação de doses elevadas de fertilizantes
contendo sulfato pode induzir deficiência de Mo na soja. Ocorre lixiviação do Mo
para as camadas subsuperficiais do solo. As adubações fosfatadas aumentam a
disponibilidade de Mo às plantas. 
 Funções do molibdênio
O metabolismo do nitrogênio pode ser seriamente afetado na soja, caso haja
deficiência de Mo devido a sua participação como componente das enzimas
nitrogenase e redutase do nitrato. A deficiência de Mo acarreta diminuição na
produção da enzima nitrogenase, que se reflete na redução da quantidade de
nitrogênio fixado biologicamente. O Mo é essencial às plantas que utilizam o nitrato
(N-NO3-) como uma das fontes de nitrogênio. É componente da enzima redutase do
Micronutrientes Soja e Arroz
nitrato, responsável pela conversão do nitrato (N-NO3-) em nitrito (N-NO2 ), que
posteriormente é convertido em aminoácidos e demais compostos orgânicos
nitrogenados. 
 Sintomas de deficiência de molibdênio
O Mo é um micronutriente móvel no floema da soja. Portanto, os sintomas de
deficiência na soja ocorrem inicialmente nas folhas mais velhas da soja. A deficiência
de Mo é caracterizada por pequenas estrias cloróticas longitudinais, começando no
terço apical da folha (Figura 5). As folhas mais velhas secam prematuramente do
meio para as pontas. As plantas com deficiência de Mo têm relativamente maior
acúmulo de nitrato e menor de compostos aminossolúveis. Portanto, os sinais visuais
de deficiência entre os dois nutrientes são semelhantes.
Figura 5: Deficiência de molibdênio em soja 
Boro no solo
 O teor total de B nos solos é bastante variável, ocorrendo na faixa de 1 e 270
mg kg-1 de solo. Os maiores teores de B são encontrados nas regiões semi-áridas e
áridas, e os menores, nos solos arenosos das regiões úmidas. O B é um elemento
químico solúvel em água e os minerais contendo B possuem baixa dureza. São
encontrados em depósitos evaporíticos situados em regiões desérticas, anteriormente
ocupadas por lagoas ou praias. Na América do Sul, os minerais de B são encontrados
nas regiões desérticas no Norte da Argentina, no deserto do Atacama, no Chile, e no
Altiplano Boliviano. O teor de B total e de B solúvel estão correlacionados
Micronutrientes Soja e Arroz
diretamente com o teor de matéria orgânica do solo. Quanto maior o teor de matéria
orgânica, maior o teor de B total e de B disponível às plantas. O fluxo de massa é o
principal mecanismo de transporte do B às raízes da soja, sendo absorvido na forma
de ácido bórico (H3 BO3 ). 
Fatores que afetam a disponibilidade de boro 
A disponibilidade do B no solo à soja é afetada pelo pH do solo. A maior
disponibilidade do B às plantas ocorre na faixa de pH entre 5 e 7. Altas precipitações
pluviométricas provocam lixiviação do B para as camadas subsuperficiais do solo,
reduzindo a sua disponibilidade às plantas, principalmente em solos de textura
arenosa. As secas prolongadas reduzem a disponibilidade do B e podem induzir
deficiência nas culturas. Ocorre menor decomposição da matéria orgânica, principal
fonte natural de B nos solos tropicais. Além disso, há também redução no
crescimento das raízes das plantas, limitando a sua capacidade de absorção de B do
solo.
Funções do boro
O B difere dos demais micronutrientes, pois é o único que não foi identificado
em compostos vitais da planta. Além disso, não se identificou qualquer reação crucial
para o metabolismo das plantas com a participação do B. O B está envolvido na
translocação de açúcares, atuando no seu transporte das folhas para os demais órgãos
da planta. Exerce papel na divisão, maturação e na diferenciação celular. Participa na
síntese de celulose e lignina, conferindo maior tolerância da soja às pragas e doenças.
O B está diretamente envolvido com o metabolismo do Ca, atuando na formação da
parede celular. 
Sintomas de deficiência de boro
 O B possui baixa mobilidade no floema da soja. Portanto, os sintomas de
deficiência do B ocorrem inicialmente nas folhas mais novas da soja. A deficiência de
B provoca a desorganização dos vasos condutores da soja. Com o agravamento da
deficiência de B, pode ocorre a morte da gema apical, causando superbrotamento
(Figura 6 ). 
 Sintomas de fitotoxicidadede boro 
Ocorre amarelecimento das pontas e margens das folhas, seguido de necrose
progressiva. As folhas têm queda precoce e ocorre morte das raízes das plantas.
Micronutrientes Soja e Arroz
Figura 6: Deficiência de boro em soja
 Cobalto no solo
 O teor total de Co nos solos é influenciado pelo material de origem e pelo
processo de formação dos solos. Solos derivados de rochas ígneas básicas (Latossolo
Roxo e Latossolo Vermelho-Escuro) possuem maiores teores totais de Co, enquanto
solos derivados de arenitos e demais sedimentos arenosos possuem os menores teores
do nutriente. A difusão é o principal mecanismo de transporte do Co às raízes da soja,
sendo absorvido na forma iônica de Co2+. 
Fatores que afetam a disponibilidade de cobalto 
A disponibilidade de Co às plantas é afetada pelo pH do solo. Quanto maior o pH do
solo, menor é a disponibilidade do Co às plantas. Solos com alto teor de matéria
orgânica possuem menor disponibilidade de Co, podendo induzir deficiência nas
Micronutrientes Soja e Arroz
culturas. Ocorre formação de complexos muito estáveis do Co com as substâncias
húmicas, notadamente os ácidos húmicos.
Funções do cobalto
 O Co é um elemento químico benéfico à cultura da soja. É essencial para a
fixação biológica do nitrogênio. Participa da síntese da cobalamida e da vitamina
B12, necessária a síntese da leghemoglobina, que determina a atividade dos nódulos
localizados nas raízes da soja. 
 Sintomas de deficiência de cobalto
O Co é um micronutriente com baixa mobilidade no floema das plantas.
Portanto, os sintomas de deficiência do Co ocorrem inicialmente nas folhas mais
novas da soja. Os sintomas da deficiência do Co são similares aos da deficiência de N
devido a menor fixação biológica de nitrogênio. A deficiência de Co causa
inicialmente clorose nas folhas mais velhas da soja, que progride para necrose (Figura
7 ).
 Sintomas de toxicidade de cobalto
 O Co, quando aplicado em altas doses das sementes de soja (acima de 3 g
ha-1), inibe a absorção de Fe. O sintoma de clorose generalizada é característico da
deficiência de Fe, induzida pelo excesso de Co. A recuperação da soja é rápida e não
ocorre redução na produtividade da cultura.
Figura 7: Deficiência de cobalto em soja
Micronutrientes Soja e Arroz
A falta de Micronutrientes no Arroz
Zinco 
 O primeiro sintoma de deficiência de zinco observado em arroz é uma
coloração verde esbranquiçada que se desenvolve no tecido, na base da folha de cada
lado da nervura central. A lâmina da folha tem um alargamento proeminente na zona
de clorose. A medida que a folha se torna mais velha, o tecido clorótico adquire
coloração ferruginosa. As margens da folha, na área de coloração ferruginosa, são
geralmente verdes.(Figura 8)
As folhas mais novas, em desenvolvimento, têm tecido clorótico branco que, com a
progressão da deficiência, tornam-se marrom-ferrugem. O crescimento da planta é
atrofiado e as folhas, de cor ferrugem, tornam-se proeminentes em estágios
posteriores. 
Cobre 
Figura 8: Deficiência de zinco em arroz
Figura 9: Deficiência de cobre em Arroz
Micronutrientes Soja e Arroz
As folhas mais novas aparecem azul-esverdeadas, tornando-se cloróticas junto
às pontas. A clorose desenvolve-se para baixo, ao longo da nervura principal de
ambos os lados, seguida de necrose marrom-escura das pontas(Figura 9). As folhas
enrolam-se, mantendo a aparência de agulhas em toda a sua extensão ou,
ocasionalmente, na metade da folha, com a base final desenvolvendo-se
normalmente.
Ferro
 
Nas folhas novas aparece uma clorose internerval que se torna esbranquiçada
na medida em que os sintomas progridem. As folhas perdem as nervuras e tomam
uma coloração amarelo-claro quase transparente (Figura 10).
Manganês
Figura 10: Deficiência de Ferro em arroz
Figura 11: Deficiência de manganês em arroz
Micronutrientes Soja e Arroz
Aparece nas folhas mais novas uma clorose internerval, formando um
reticulado verde largo. Podem aparecer manchas pardas e necróticas dependendo do
grau de deficiência (Figura 11).
Molibdênio
 Observa-se clorose internerval nas folhas mais novas com enrolamento da
lâmina para cima com o avanço da deficiência ( Figura 12).
Boro
A deficiência de boro afeta principalmente os pontos de crescimento. Em casos
severos de deficiência, as folhas mais novas tornam-se esbranquiçadas, transparentes
e morrem (Figura 13).
Figura 12: Deficiência de molibdênio no arroz
Figura 13: Deficiência de boro no arroz
Micronutrientes Soja e Arroz
IFMT/Campus Juína
Nov/2017

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