2017 2 Aula 5 Cidade Contemporânea

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Estética do Projeto
Prof. Renato Mentone
Para entender a cidade 
contemporânea
ASCHER, François Os Novos Princípios do Urbanismo. São Paulo: Romano 
Guerra, 2010
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Modernização – processo de transformação da sociedade
(mais apropriado do que falar em “modernidade”)
Para Ascher a modernização é um macroprocesso de
desenvolvimento contínuo desde o período final da idade
média, caracterizada por três processos antropológicos, a
individualização, a racionalização e a diferenciação social.
Estamos na terceira fase da modernização desde o fim do
Estado de bem-estar Social, no anos 70, de processo mais
acelerado de transformação da sociedade.
Modernização
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Ascher considera que existe um grande “passivo” de todo esse
processo, sentido no início dos anos 2000, mas que os
“progressos” obtidos principalmente dos últimos cem anos
(séc. XX) são “extraordinários”, compatíveis com o tamanho
desse “ônus”.
E que de certa forma, estamos nos tornando verdadeiramente
modernos cada vez mais depressa.
Modernização
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1. Individualização – representação do mundo a partir do
indivíduo e não mais do grupo;
2. Racionalização – substituição da tradição pela razão
(também caracterizado pelo desencantamento do mundo);
3. Diferenciação Social – diversificação das funções de
grupos e indivíduos (divisão técnica e social do trabalho)
Três Processos Antropológicos da Modernização
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I. Primeira Modernidade - Desde o final da Id. Média
(baixa id. média) até a Rev. Industrial (séc. XVIII);
II. Segunda Modernidade – Da Revolução Industrial
(séc. XVIII) até a constituição do Estado de bem-
estar Social (1950-1973);
III. Terceira Modernidade – De 1973 até os dias de hoje
– A modernidade radical, modernidade avançada,
sobremodernidade ou pós-modernidade.
Três grandes fases da Modernização
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Reestruturação Econômica – Déc. 70
Décs. 50/60 (pós-guerra) A partir de 1973
PÓS-MODERNOMODERNO
• Estado do Bem-Estar-Social
- social-democracia (Escandinávia);
• Indústria + Capital Produtivo
- Produção Fordista-Keynesiana;
• Neoliberalismo
- Fim do estado do Bem-Estar-Social;
• Financeirização da economia
ou Acumulação Flexível
- Financeiro + Capital Especulativo;
• Globalização
- Coordenação global da economia. 
Liberalismo flexível 
(flexibilização dos contratos 
de trabalho)
Crise Ecôn.
Construção de nova 
sociedade segundo ética do 
compromisso social
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Características da Reestruturação Econômica
• Transferência de unidades fabris para países periféricos de 
baixos salários – Reorganização geográfica da industria
• Flexibilidades nos mercados de trabalho (contratos 
temporários e etc...);
• Operações financeiras desregulamentadas às custas da 
produção.
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1. Financeirização da Economia;
2. Globalização (Revolução Digital + Barateamento dos transportes);
3. Capitalismo Turbinado:
1) Aceleração da Urbanização Global;
2) Crescimento Produção e Consumo;
3) Danos ambientais - Intensiva transformação dos recursos 
naturais;
4) Aumento da concentração de renda;
4. Desindustrialização das grandes cidades tradicionais.
Resultados Permanentes da Reestruturação
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Crítica na Arquitetura
Arquitetos pós-modernistas
– Criticam:
• Estética funcionalista;
• Teorias totalizantes;
• Propostas universais.
As críticas do arquitetos pós-modernos não anunciam nem
apontam o fim da modernização, mas liberam a sociedade
moderna de um racionalismo que se tornou demasiadamente
simplista.
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Hoje o debate sobre a cidade e a arquitetura incorporam:
• Ambientalismo;
• Conceitos de Sustentabilidade – perspectiva ecológica,
energia, logística e saneamento.
Hoje no debate sobre a cidade e a Arquitetura
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Desde os anos 80 - Planejamento Estratégico
• Utilizado como ferramenta para combater a
desindustrialização
• Combina agentes públicos e privados;
• Preocupação a imagem urbana;
• Reinserção otimizada da cidade no panorama mundial;
• Comunicação e Publicidade;
• Atração de investimentos e empregos.
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Aceleração do processo de modernização – Sociedade mais
racionalista, mais individualista e mais diferenciada.
Cidade cenário de diversidade social e pluralidade – mais
complexa, que funciona com múltiplas lógicas e incorpora
contradições, num sistema aberto, diverso e instável.
Terceira Modernidade
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Tecnologias de comunicação e informação aliadas aos meios
de transporte diversificados e mais acessíveis, permitem
que os indivíduos se desloquem por grandes distâncias em
pouco tempo, alargando os espaços-tempo individuais e
fortalecendo sua autonomia em relação às escolhas e
modo de vida.
Terceira Modernidade
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Regra pessoal - “onde quero, quando quero, como quero” -
independência da sincronia característica da vida da cidade
industrial.
Esfera privada - as alterações nos modos de vida e
sistemas de valores se aceleram, a estrutura familiar se
modifica, as gerações diferenciam-se, as tradições e as
crenças não tem mais a garantia de sua transmissão e
aceitação.
Terceira Modernidade
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Multiplicação de grupos de pertencimento: o indivíduo não é
mais o representante de um grupo homogêneo e fechado, ele
agora transita por vários grupos, de acordo com a sua
vontade, situação e oportunidade.
(entenda-se por hipertexto como o texto formado por
expressões e palavras que fazem ligações a outros textos, ou
seja, a mesma palavra participa simultaneamente de
vários textos, mas com sentidos diferentes, tendo o
sufixo hiper a conotação de espaço com infinitas dimensões).
Terceira Modernidade – Sociedade Hipertexto
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Tanto para os indivíduos quanto para as empresas e
cidades - Busca incessante pela formação de
interconexões.
O tecido social na sociedade contemporânea está mais parafios finos – não são sólidos, mas esbeltos e elásticos e de
fibras diversas, ou seja, culturalmente diversificado.
Terceira Modernidade – Estrutura social em redes
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Para lógica privada em geral e a logística em particular -
formação das redes intra e interurbanas, favorecendo a
polarização e concentração em torno dos nós de interconexão,
tais como estações de transporte rápido, aeroportos,
teleportos, etc.
Multiplicação das polaridades e centralidades no espaço
urbano.
Terceira Modernidade – Estrutura social em 
redes
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Emergência de novas identidades urbanas, metropolitanas ou
regionais, e o surgimento e de uma identidade global, mais
afinada com a dinâmica pós-industrial e imposições do
mercado.
Globalização é mais indiferente ao contexto espacial de
proximidade, da cultura e identidade local, mas não
totalmente. A identidade urbana global é produto de uma
razão produtiva hegemônica, que se impõe sobre aquelas
identidades baseadas na tradição e na localização.
Terceira Modernidade – Identidades urbanas