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CONSTITUCIONAL

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DIREITO CONSTITUCIONAL
INTRODUÇÃO AO ESTUDO SOBRE AS FORMAS DE ESTADO E O FEDERALISMO NA CONSTITUIÇÃO DE 88.
Estudo sobre as formas de estado dizem respeito a divisão territorial do poder (relação entre poder e território)
1. Classificação básica sobre modelos de Estado:
a) Estado Unitário: caracterizado pela existência de um único centro decisório em matéria legislativa e administrativa (maioria dos Estados do mundo, porém geralmente países pequenos) (ex: todos obedeceriam Brasília, sem ter prefeito, vereador, governador,..)
b) Estados Confederados: são caracterizados por uma união supraestatal sem que ocorra a perda da soberania de cada um dos seus integrantes 
c) Estado Federal: caracterizado pela pluralidade dos centros decisórios, de modo a compor uma relação entre o poder central e os poderes descentralizados (Brasil) (maioria da população do mundo vive em Estados Federais, pois esse tipo de Estado é o mais adequado para lugares com muita gente)
- É possível resumir o Estado Federal da seguinte forma:
Estado Federal= poder central (União)+ poderes descentralizados (estados membros, Distrito Federal e Municípios) 
-> Para ser Estado Federal não se pode suprimir nenhum desses componentes.
Obs: o radical de Federal, Fed significa Foedus que significa pacto 
Obs: tanto Estados Federados quanto Estados Confederados são espécies do gênero união, a diferença encontra-se na intensidade dessa união. A união dos Estados Confederados é menos intensa do que a união dos Estados Federados
Obs: Na Constituição de 88 a forma federativa é uma cláusula pétrea. 
-> separatismo é uma impossibilidade jurídica (ex: o sul é meu país)
2. Conceitos e Características Históricas do Estado Federal 
Estado Federal é uma união indissolúvel de estados membros criada pelos norte americanos no processo de independência, sendo composta pela relação, nem sempre pacífica, entre o poder central e os poderes descentralizados 
2.1 Origem do Estado Federal
- Processo de independência norte americana
- Na segunda metade do século 19 ganhou força a reinvindicação pela independência das 13 colônias em relação a Inglaterra, ocorre que pelo menos algumas dessas 13 colônias já haviam experimentado independência e autonomia de modo a serem resistentes a formação de um Estado Unitário 
- A primeira tentativa foi a criação de Estados Confederados, mas essa união não se apresentou robusta o suficiente, criando assim o Estado Federal (EUA), com destaque para as seguintes características:
(13 colônias que se achavam “fracas” sozinhas, pensaram que se unissem em uma só seria mais forte, porém não queriam cometer o “mesmo erro 2 vezes”, queriam se unir porém sem virar um estado unitário).
2.2 Características do Federalismo:
Titularidade da Soberania da República Federativa do Brasil (art. 1o e 2o da CF)
Os entes descentralizados (estados, DF, municípios) são autônomos (existe diferença entre soberania e autonomia? Sim, ambos são forma de manifestação do poder, porém o poder soberano: poder superior, não existe nada acima disso; é o seu máximo exercício do poder e o poder autônomo (autonomia): manifestação limitada do poder) 
A autonomia dos entes federados é limitada pela CF e se expressa no sistema de repartição de competência 
Obs: União: Estado Federativo // estados membros, DF, municípios: Estados Federados. A união contem os estados federados, enquanto os estados federados estão contidos no estado federativo. 
 VIA DE MÃO DUPLA:
Obs: é necessário reconhecer o federalismo como um sistema de garantias de mão dupla (não é apenas a relação de poder entre os maiores e o menores e sim também dos entes menores tendo garantias em relação aos entes maiores, ou seja, garantias não só de cima pra baixo, mas também de baixo pra cima), pois da mesma forma que é garantida uma preponderância dos entes maiores em relação aos entes menores, estes também tem garantias perante aqueles).
O Estado Federal é uma união indissolúvel, por isso é vedado o direito a secessão (separação) (quem entra não pode mais sair)
Porque o poder central é obedecido? Resposta: porque os poderes regionais participam da formação do poder central (através das votações, deputados, senadores) 
Existência de um tribunal federal para resolver conflitos (no brasil esse tribunal é o Supremo)
Intervenção federal é o ultimo e mais drástico mecanismo de defesa do Estado Federal, ele apenas é aplicado se absolutamente tudo não funcionar (der errado)
3. O Federalismo no Brasil
LER: Gilberto Bercovicy – Dilemas do Estado Federal
Constituição Politica do Império do Brasil: trata-se de um estado unitário (único centro decisório)
A partir de 1870 ganhou força a proposta de um estado federal no Brasil, o que já era o prenuncio da crise do império que chegou ao seu fim em 1889
Constituição da Republica dos Estados Unidos do Brasil de 1891: primeira constituição federativa **
foi fortemente influenciada pelo constitucionalismo norte americano. 
A descentralização abrupta do poder territorial no Brasil mergulhou o país no caos, a ponto de autores como o doutor Victor Nunes Leal desenvolverem o conceito de coronelismo para indicar as distorções dessa importação (coronelismo para ele: no sentido de indicar o fenômeno resultante da sobreposição de um Estado Federal de base representativa a uma sociedade de formação colonial/ nova forma de legitimação do poder) (queriam imitar o modelo na integra, sem fazer os devidos ajustes, com toda certeza não daria certo)
em função das constantes crises serão aumentadas as criticas ao federalismo como um dos causadores da instabilidade 
com as criticas ao liberalismo da constituição de 1891 e a descentralização vão ganhar forças discursos pela nova centralização do poder. Com destaque para revolução de 1930 que marcará a ascensão de Vargas no poder e uma clara tentativa de nova centralização no poder
esse federalismo é denominado federalismo dual: porque envolve um pacto entre união (poder central) e estados (poderes descentralizados) 
Constituição da Republica dos Estados Unidos do Brasil de 1934:
- durou apenas 3 anos 
- insere no brasil uma ideia de Estado de bem estar social (direitos sociais)
- Apesar do período de vigência curto, foi a primeira que inseriu um modelo de estado de bem estar social no pais e isso teve grande impacto na organização do estado federal 
- na CF de 1891 tinham dois âmbitos (federalismo dual): união e estados, e eles não se misturavam. Já na CF de 1834 tinha novamente os mesmos dois âmbitos (união e estado) porém eles se “misturavam” com competências comuns (não deixando de ter as competências exclusivas)
- com a inserção dos direito sociais na CF de 1934 houve um aumento significativo do tamanho do Estado, pois este assumiu mais compromissos perante o cidadão. 
Com isso criou-se o Federalismo Cooperativo caracterizado pela existência de competência comuns, nas quais há uma comunhão/cooperação de esforços entre os entes federados
Obs: União e estados passaram a ter competências comuns. Competências administrativas comuns (art. 23) e competências legislativas concorrentes (art. 24).
Constituição dos Estados Unidos do Brasil de 1937:
responsável pela implantação do primeiro estado autoritário no Brasil
trata-se da Constituição Polaca e recebeu esse nome por influência das experiências nazifascistas ocorridas na Europa 
períodos autoritários (ausência de democracia) tendem a ser mais centralistas (ex: figura do interventor, pessoa nomeada pelo ditador para substituir um governador eleito porém que faz oposição. Poder acima da Lei)
Constituição dos Estados Unidos do Brasil de 1946:
Com o fim do Estado Novo em 1945, ocorreu um processo de democratização do Estado brasileiro, com clara tendência ao descentralismo (nessa época surgiu o federalismo orgânico, caracterizado pelo reconhecimento do estado como um organismo vivo, de modo que a grande disparidade entre as regiões do mesmo pais, passaram a ser reconhecidascomo um problema a ser resolvido)
- nessa época surgiu o federalismo orgânico (para reduzir a desigualdade dentro do próprio estado)-> reconhecimento do estado como organismo rico, de modo que a grande disparidade entre as regras do mesmo país passaram a ser conhecidas como um problema a ser resolvido / nesse contexto criou-se o sistema de fundações de desenvolvimento de áreas especificas 
o período entre 1946 e 1964 é considerado a primeira experiência de relativa estabilidade democrática no país, que terá o seu termo no dia 1o de abril de 1964 com o Golpe Militar (movimento pendular)
Golpe de Estado, Nova Centralização e a Constituição de 1967:
trata-se de um novo período autoritário no qual a tendência centralista será inegável, com destaque para o denominado federalismo de integração, caracterizado pela centralização da política em torno do poder central (União) e esvaziamento da autonomia dos entes federados (trata-se da negação do federalismo)
4. Federalismo na Constituição de 1988
. A Constituição de 88 está inserida num novo processo de democratização do Estado brasileiro, a grande novidade é o denominado federalismo tricotômico, caracterizado pelo reconhecimento dos municípios como entes federados. (o que há de novo: pela primeira vez na historia dos estados do mundo é reconhecido os municípios como entes federados)
. A despeito das muitas criticas que esse modelo recebeu, destacaremos aspectos positivos e negativos da nova configuração:
Positivos:
os municípios encontram-se mais próximos aos cidadãos, do que os demais entes 
Negativos:
entre eles destacamos: a pulverização das politicas públicas e uma maior dificuldade de controle das finanças 
4.1 Princípios do Estado Federal na CF de 88
considerando a complexidade do estado federal instituído, é possível apontar alguns princípios que servem como diretriz para a solução dos problemas que surgem:
a) Principio da Preponderância do Interesse
- trata-se de uma tendência que a solução de conflitos de interesses, entre entes federados, 2seja a favor do ente de maior grau (união>estados>municípios) ex: lei da desapropriação 
ENTE PÚBLICO AMPLITUDE DO INTERESSE
 União nacional
 Estados regional
 Municípios local
 Distrito Federal regional + local
b) Principio da Fidelidade Federativa 
- o Estado Federal é um modelo que envolve a competição, mas sobretudo a cooperação entre os entes 
- A Guerra Fiscal é um indicio da ausência da fidelidade federativa, sendo reconhecida como um problema, na medida em que a competição entre os entes federados acaba prejudicando a todos 
c) Principio da Simetria
- construção do STF que tem como figura principal as denominadas normas de reprodução obrigatória 
- o Estado Federal no Brasil é caracterizado pela sobreposição de 3 legislações distintas. O principio da simetria refere-se as normas de reprodução obrigatória, que são aquelas contidas na CF que os estados e municípios obrigatoriamente precisam reproduzir, sobretudo em relação aos direitos fundamentais e a organização do estado (o supremo nem sempre vai aplicar o principio da simetria)
 - Este princípio postula que haja uma relação simétrica entre as normas jurídicas da Constituição Federal e as regras estabelecidas nas Constituições Estaduais, e mesmo Municipais. Isto quer dizer que no sistema federativo, ainda que os Estados-Membros e os Municípios tenham capacidade de auto-organizar-se, esta auto-organização se sujeita aos limites estabelecidos pela própria Constituição Federal. Assim, por este princípio, os Estados-Membros se organizam obedecendo o mesmo modelo constitucional adotado pela União.
ENTES FEDERADOS 
1.
Art. 1o e 18o: União (ente federativo); estados ; Distrito Federal ; municípios (entes federados)
Obs: marcar no art. 1o: união em letra maiúscula 
Obs: os territórios federais não são entes federados 
2. União
 . república x União 
república: pessoa jurídica de direito público internacional / titular da soberania
União: pessoa jurídica de direito público interna / exerce as prerrogativas da soberania / atua no âmbito interno
Poderes: 
executivo: exercido pelo titular da presidência da república
legislativo: exercido pelo congresso nacional
judiciário: exercido pela justiça federal (art. 109)
2.1 Regiões Administrativas (art. 43)
. a União pode criar regiões administrativas (requisito legal para criar uma região administrativa: leis complementares)
. objetivo desse modelo: otimizar as politicas públicas / redução das desigualdades regionais 
. as regiões administrativas não são entes da federação 
. possibilidade da União criar um ente que envolva mais de um estado, mesmo que ela não seja um ente federado (é apenas uma região e não um ente federado)
. não tem natureza anárquica 
 . relação entre União e estados
2.2 Territórios Federais
. os Territórios que existiam antes de 1988 foram transformados em estados ou incorporados em estados pré existentes (com a nova CF)
. não existem territórios federais atualmente no Brasil, mas os mesmos podem ser criados (art. 18, § 3o)
. os Territórios Federais não são entes federados. São considerados Autarquias Descentralizadas da União 
. CF - ato das disposições constitucionais transitórias (ADCT)- art. 14 e 15-> extinção dos territórios que existiam antes de 88
. os territórios federais são considerados uma autarquia territorial da união 
. os territórios federais possuem uma estrutura administrativa especifica 
. art. 33: §3o- estrutura administrativa especifica 
3. Estados 
. Os estados são titulares do poder constituinte? Sim, do poder constituinte derivado.
. A relação entre União e estados deve ser isonômica 
. Na elaboração da Constituição Estadual, os estados são titulares do poder constituinte derivado decorrente (exercem o que a doutrina chama de autonomia FAP- financeira; administrativa; política)
. Poderes:
executivo: governador
legislativo: assembléia legislativa
judiciário: judiciário estadual
3.1 Regiões Metropolitanas
. Art. 25, §3o 
. relação entre estados e municípios (parece com as regiões administrativas, porém a administrativa é relação entre União e estados enquanto a metropolitana é entre estados e municípios)
- não é ente federado
3.2 Sobre a criação de estados (art. 18 §3o)
. ainda que seja vedado o direito de secessão, isso não significa que a organização interna do estado federal brasileiro seja estática, pelo contrário, a CF prevê a possibilidade de criação de estados e territórios no art. 18 §3o 
incorporação / fusão -> A + B = C
divisão -> C = A + B
desmembramento / formação -> C = C + b (continua existindo C, mas uma pequena parte se separa no caso, b)
desmembramento / anexação -> C + b = C ( um estado menor, no caso b, se junta a um outro, no caso C e fica sendo o C) (ex: Fernando de Noronha -> incorporado ao estado de Pernambuco)
. Requisitos:
consulta a população diretamente interessada
aprovação de lei complementar federal pelo congresso nacional
obs: o processo depende do resultado do plebiscito (1), se o resultado do plebiscito for negativo, o processo é arquivado. Se o resultado do plebiscito for positivo, o congresso nacional ainda vai deliberar a respeito. 
4. Municípios 
municípios não produzem constituições, possuem Leis Orgânicas
não são titulares do poder constituinte
Leis Orgânicas- é a lei fundamental de organização e referência da legislação municipal 
Nas leis orgânicas há um duplo controle de constitucionalidade (art. 29, caput)
Votação em dois turnos
Intervalo entre turnos de 10 dias
Duplo controle de constitucionalidade (federal + estadual) 
Poderes:
.poder executivo é exercido pelo Prefeito 
.poder legislativo é exercido pela Câmara dos Vereadores
.poderjudiciário não existe em âmbito municipal 
obs: além da denominação de federalismo tricotômico (reconhece município como ente federado),o federalismo brasileiro também é conhecido como federalismo de segundo grau ou duplo grau
4.1 Sobre a Criação dos Municípios (art. 18, §4o)
a classificação sobre os processos de surgimento dos estados (fusão / divisão / desmembramento-formação / desmembramento-anexação) também se aplica aos municípios, mas os requisitos são outros.
Requisitos:
. lei complementar federal para determinar o período de criação dos municípios 
. divulgação de estudos de viabilidade municipal
. consulta prévia mediante plebiscito organizado pela justiça eleitoral 
. lei estadual 
na década de 90 foram criados inúmeros municípios no Brasil, muitos sem nenhum tipo de viabilidade municipal, mas há algo mais grave: a ausência de lei complementar federal autorizando a criação de municípios 
o STF se deparou com essa questão no caso do município de Miraestrela e do município de Luiz Eduardo Soares, na época o STF se limitou a notificar o congresso nacional da ausência de lei complementar federal. Até hoje essa lei não foi criada.
Em 2008 o Congresso Nacional aprovou a emenda constitucional número 57, convalidando os municípios criados até 2006
5. Distrito Federal
não equiparar o DF com os municípios!!
o DF é uma figura singular na organização do estado federal brasileiro
vedada divisão em municípios 
o DF está relacionado com a famosa questão do território neutro:
. relaciona-se a necessidade da criação de um espaço territorial que não integrará nenhum estado membro e terá como função prioritária sediar a capital federal (capital federal = Brasília)
o DF foi criado para sediar a capital federal, isso não significa que o DF é a capital federal, porque não é!
O DF não é titular do poder constituinte (pois não tem constituição), ele apenas elabora uma Lei Orgânica 
Requisitos: 
. quórum de 2/3
. votação em 2 turnos com intervalo de 10 dias entre eles
 obs: A Lei Orgânica do DF se submete apenas ao controle de constitucionalidade federal (pois não tem estado) (ou seja, não tem duplo controle de constitucionalidade) 
 obs: único ente que é vedada a divisão em municípios 
o DF é um ente autônomo, mas podemos assinalar que existe uma relação de tutoria entre a União e o DF (exemplo: o fundo de participação do DF. É tido como uma politica compensatória, já que eles tem que sediar os órgãos da União)
Poderes:
. poder executivo: governador distrital que é eleito simultaneamente com os demais governadores estaduais (não há eleição para prefeito)
. poder legislativo: assembléia distrital
. poder judiciário: justiça do DF e territórios-> detêm a competência da justiça estadual
O STF tem posição sumulada (súmula do stf) que apenas pode ser objeto de controle de constitucionalidade federal, lei distrital no exercício da competência estadual do DF
Se tratando de controle de constitucionalidade, a regra é que sejam submetidos ao STF apenas leis estaduais, portanto quando se tem as leis do DF, somente tratará das leis que vierem falando sobre estado e não sobre municípios 
TÉCNICAS DE DISCRIMINAÇÃO DE COMPETÊNCIAS DOS ENTES FEDERADOS:
Introdução:
 
O estado federal brasileiro pode ser considerado de alta complexidade, muito em função do elevado número dos entes federados, do que se justifica um conjunto de técnicas de discriminação da competência. 
Competência-> segundo José Afonso da Silva, a competência é um âmbito de poder/autonomia definido pela norma jurídica e deferido por ela determinado titular (o que pode ser feito e por quem). 
Na perspectiva do federalismo nós podemos assinalar que as técnicas de discriminação da competência expressam o âmbito de autonomia que é exercido por cada ente. 
Professor Bulos trabalha bem isso.
Técnicas de Discriminação 
2.1. em relação ao OBJETO:
competências administrativas (competências materiais): diz respeito a qual, ou as quais, entes caberão a implementação de politicas públicas sobre determinada matéria (art. 21 e art. 22) (art. 23- federalismo cooperativo)
competências legislativas (competências formais) : diz respeito a quem deterá a competência para elaborar leis em relação a determinada matéria (art. 22 e art. 24)
em relação a PESSOA:
União: competências exclusivas da União em matéria administrativa (art. 21)
Obs: os incisos do art. 21, tem como justificativa o fato de serem matérias de relevante interesse nacional, o que inclusive, justifica o fato (as características) dessas competências serem indelegáveis.
a.2) Competência Privativa da União em matéria legislativa: as competências privativas em matéria legislativa são passíveis de delegação (art. 22, § único)
O art. 21 e 22 são bastante extensos, isso é indicado pela doutrina como um exemplo da centralização da União (o que de certo modo é como se a união ocupasse um certo espaço)
A delegação prevista no § único do art. 22 é bastante excepcional, porque a União não pode delegar para apenas alguns estados e violar o critério isonômico do pacto federativo, e a delegação SEMPRE será provisória (a união não pode delegar para um estado e não delegar para outro, como se um deles tivesse algum privilégio). A definitiva alteraria a CF, por isso sempre é provisório 
Existe uma relação de complementaridade entre as competências administrativas e legislativas na CF, por um motivo muito simples, se a CF diz você pode implementar politicas de determinadas matérias, 
*grifar no art. 22 a expressão: poderá
 3.0 Sobre as Competências Comuns e Concorrentes 
na CF de 1934, passou a ter um federalismo cooperativo. Onde União e estados passaram a ter competências comuns.
3.1 Competências Administrativas Comuns (art. 23)
no § único do art. 23, a União poderá estabelecer normas de cooperação entre os entes e a lei complementar 
a cooperação entre os entes sem uma norma de referência, pode se demonstrar confusa, por exemplo em matéria de licenciamento ambiental, a União elaborou a lei complementar 140 de 2011, justamente disciplinando como esses entes vão se relacionar no referente a essa matéria, ainda que não seja uma prática comum da União. 
. obs: comparação entre o § único do art. 22 e § único do art. 23: 
 o 22 trata de delegação e o 23 trata de cooperação 
 3.2 Competências Legislativas Concorrentes (art. 24)
o Professor Raul Machado, refere-se ao art. 24 como uma espécie de condomínio legislativo 
se refere a uma matéria na qual a CF dispõe que mais de um ente pode legislar sobre ela
-> Zonas nebulosas entre as Competências Exclusivas da União e as Competências Concorrentes:
matéria processual: competência da União / procedimentos em matéria processual: competência concorrentes (art. 22 inciso I e art. 24 inciso XI)
seguridade: competência da União / previdência: competência concorrente 
 Se o art. 24 disciplina um condomínio legislativo, é pertinente indicar a existência do regimento interno dele que se encontra previsto entre o § 1o e 4o do art. 24 (diz como os entes vão trabalhar entre si)
Regra-> art. 24 §1o e 2o (grifar a expressão limitar-se-a a estabelecer normas gerais) 
. Obs: o STF já julgou inconstitucional, lei federal sobre matéria do art. 24, que além de estabelecer normas gerais também disciplinou normas específicas. 
. Obs: a competência do art. 24, § 2o é denominada competência suplementar complementar 
Exceção-> 
. E se a união não elaborar as normas gerais? A respostas encontra-se no Art. 24 §3o e §4o 
- a competência exercida na hipótese do art. 24, § 3o é denominada Competência Suplementar Supletiva (federal e estadual)
. o estado de SC pode criar uma lei sobre direito penitenciário? Segundo art. 24, sim, pois está expresso nele (apesar de existir uma lei especifica no Código Penal) 
. porque a CF usa a expressa suspensão da lei e não revogação da lei? Porque a suspensão tem direito a voltar anos depois.*grifar as expressões: inexistindo lei federal / os estados exercerão a competência legislativa plena
INTERVENÇÃO FEDERAL
1. Introdução:
- Intervenção: atuação de um ente federado em uma outra esfera federativa sem autorização/anuência daquele ente que vai suportar/sofrer a intervenção (espécie de interromper sem autorização)
- a CF é um mecanismo de salvaguarda de proteção do Estado Federal, na qual existe uma restrição temporária da autonomia dos entes federados 
- a Intervenção Federal é um procedimento formal
- depois de 1988 não tivemos nenhuma intervenção federal no Brasil
Sujeitos da Intervenção (quem pode intervir)
a União pode intervir nos estados, no DF e nos municípios situados em territórios federais (não são entes federados, são descentralizações administrativas da União)
a intervenção é a diferença entre quem você convida para jantar na sua casa e um ladrão (um tem autorização)
não existe intervenção federal nos territórios, estes já são considerados incorporações da União. Todavia, caso os territórios sejam divididos em municípios, é possível a intervenção da União em municípios situados em territórios federais 
além da intervenção federal (união em estados e DF e municípios situados em territórios nacionais), temos a intervenção estadual: intervenção estadual exclusivamente nos municípios situados no seu respectivo território 
na medida em que a autonomia dos municípios está expressa, seria sim uma intervenção (estado -> municípios)
Obs: natureza jurídica dos territórios federais: não são entes federados/ não são estados autônomos/ e sim descentralizações administrativas da União 
 Obs: é possível a união intervir nos territórios federais? Não, pois os territórios já são da União, portanto não será uma intervenção (ninguém intervém em algo que já é seu)
2.0 Classificação e Procedimentos
* A intervenção tem um caráter excepcionalíssimo, justamente para evitar que a autonomia dos entes federados seja suprimida de forma inconstitucional, é necessário uma observância estrita do devido processo legal 
Existe mais de um tipo de Intervenção, e deve se ter claro que a depender do motivo da intervenção observa-se-a procedimentos distintos 
Em se tratando de intervenção incide o principio da não intervenção, com destaque para o caput do art. 34 
obs: A INTERVENÇÃO FEDERAL PRECISA CONTAR COM 2 FENOMENOS PELO MENOS (executivo, legislativo, judiciário)
2.1 Intervenção Espontânea 
quando o poder executivo tem a iniciativa da intervenção, sem ser acionado por nenhum órgão exterior a ele 
*** obs: o decreto da intervenção é uma competência exclusiva do poder executivo em todas as hipóteses 
Hipóteses de Intervenção Espontânea (art. 34, I, II, II, V)
Intervenção de ordem pública (art. 34, III): o conceito de ordem pública que está relacionado com a garantia da estabilidade social por parte do estado, segundo Pontes de Miranda, na hipótese do art. 34-III, não se entra no mérito do motivo da perturbação da ordem pública, nessa hipótese o interventor limita-se a reestabelecer a ordem 
Procedimentos da Intervenção Espontânea 
1a fase: Presidente da república (faz uma consulta a 2a fase)
2a fase: Conselho da República e Conselho da Defesa Nacional (art. 89 e seguintes da CF)
3a fase: Decreto Interventivo (art. 36, §1o) (elaborado pelo titular da presidência da república)
- a nomeação do interventor via de regra ocorre quando o poder executivo do ente que sofre a intervenção é um dos responsáveis pelo problema (obs: se o poder executivo não for responsável pelo problema ele não nomeará um interventor)
- em 24 horas: 
4a fase: Submissão do Secreto Interventivo à Aprovação do Poder Legislativo (art. 36, § 1o, segunda parte)
- é importante destacar que a intervenção já tem validade mesmo antes da análise do legislativo (a partir da publicação do diário oficial). Se for aprovada terá vigência até um prazo determinado.
- se a intervenção não for aprovada pelo legislativo, ela precisa ser urgentemente suspensa 
- quando não tem aprovação do legislativo mas o presidente quer manter: Golpe de Estado.
- o presidente não fica submetido ao parecer dos conselhos, mas fica ao poder legislativo, porque? Porque o legislativo é escolhido pelo povo, e porque o legislativo está no mesmo nível do executivo (já os conselhos estão abaixo/incluídos no executivo)
- o presidente da república é obrigado a fazer a consulta, mas não fica vinculado ao resultado do parecer (a consulta serve para evitar atos por impulso)
2.2 Intervenção Provocada
é aquela na qual o titular da presidência da república é acionado por um órgão exterior a ele, com destaque para os seguintes subgêneros:
intervenção provocada por solicitação: quando a provocação decorre de um poder legislativo ou executivo estadual, distrital ou de município em território 
obs: nessas hipóteses do art. 34-IV, o titular da presidência da república não é vinculado a intervenção 
intervenção provocada por requisição: quando a provocação decorre do poder judiciário
obs: nessa hipóteses do art. 34-IV-VI-VII, o titular da presidência da república fica vinculado a intervenção 
- o estado pode escolher quais leis federais ele vai obedecer ou não? Não. 
Hipóteses:
a) art. 34, VI, 1a parte:
- os estados não possuem autonomia para decidir quais leis federais observarão, caso isso ocorra caberá ação de executoriedade de lei federal, de competência do STF e legitimidade ativa exclusiva do procurador geral da república (não passa pelo legislativo)
obs: Porque o presidente da república é vinculado a requisição? Porque nessas hipóteses existe uma ação judicial e o ente que vai sofrera intervenção, terá direito ao contraditório, ampla defesa e ao devido processo legal, se ainda sim a decisão do STF for pela intervenção terá natureza vinculante (diferença intervenção espontânea que o presidente vai lá e diz “acho que quero intervir”, já na intervenção provocada, tem um processo)
b) art. 34, VI, 2a parte:
- se houver uma decisão judicial com origem no STF, STJ ou no TSE e a mesma não for obedecida, cabe intervenção federal 
-Diferença entre as partes do art. 34, VI: 1a parte- desobediência de lei federal / 2a parte: desobediência de decisão judicial 
c) art. 34, VII: envolve os denominados princípios constitucionais sensíveis 
- segundo o Professor Jose Afonso da Silva, os princípios constitucionais sensíveis são bens jurídicos considerados de grande relevância para a ordem constitucional brasileira, dotados de sensibilidade, que em sendo ofendidos dão ensejo a intervenção (são como as clausulas pétreas, ou seja, partes da constituição que são mais cuidadas)
- se tiver um ente que não obedeça alguma das partes do art. 34, VII, ele poderá sofrer intervenção 
- Na hipótese de violação aos princípios constitucionais sensíveis, o procurador geral da república detêm legitimidade para ingressar (legitimidade exclusiva, apenas ele) com uma ação direta de inconstitucionalidade interventiva no STF 
INTERVENÇÃO ESTADUAL
o procedimento da intervenção estadual, praticamente reproduz aquele da intervenção federal, apenas ocorrendo uma variação da escala do nível federativo 
decretada pelo Governador 
controle judicial exercido pelo Tribunal de Justiça (na intervenção federal- STF)
controle legislativo: Assembleia Legislativa 
Obs-> Súmula do STF: o STF tem posição sumulada no sentido de que não cabe recurso extraordinário de decisão do Tribunal de Justiça que defere pedido de intervenção estadual, porque isso significaria um deslocamento do poder de decisão do âmbito estadual para o âmbito federal, com violação da autonomia dos estados 
REPÚBLICA E SEPARAÇÃO DE PODERES 
República = res publica = coisa pública
A concepção de república é bastante antiga e tem origem na Grécia, sendo caracterizada por uma divisão entre a propriedade privada e a coisa pública, com destaque para os seguintes elementos essenciais:
A república é a forma de governo na qual todosos cidadãos são responsáveis pelo bom andamento da coisa pública 
Assim tal qual a Santíssima Trindade, o poder do Estado foi tripartido, mas deve ser concebido em um só poder
É importante ter claro que no estado liberal clássico, cada poder possuía de forma bastante ilimitada a sua área de atuação, sendo denominadas funções típicas, sendo elas:
 . poder legislativo-> elabora leis
 . poder executivo-> executa/implementa politicas publicas 
 . poder judiciário-> julga
Devemos assinalar que a configuração do estado de bem estar social teve impacto nas relações entre poderes, sobretudo na ampliação das denominadas funções atípicas (na medida em que o estado fica mais complexo, amplia as áreas de atuação de alguns poderes), quando um dos poderes da república atua em uma ceara que não lhe era ordinária. Exemplos de funções atípicas:
Poder Legislativo: julgamento do processo de impeachment 
Poder Executivo: medidas provisórias, quando o mesmo elabora normas
Poder Judiciário: ativismo judicial na implementação de politicas públicas 
A grande questão em relação a separação dos poderes nos estados do século 21 é definir quais são os limites dessas funções atípicas 
A reflexão constitucional diz respeito a como os poderes vão ser independentes e harmônicos nessa nova configuração 
Obs: é importante ressaltar que as funções atípicas possuem tanto uma dimensão normativa e dogmática quanto uma dimensão que diz respeito ao funcionamento do sistema. Em regra, caso a função atípica tenha previsão constitucional e respeite os seus requisitos, ela deve ser admitida 
PODER LEGISLATIVO
1. Introdução: 
O poder legislativo deve ser compreendido a partir do conceito de representação politica 
Na concepção sociológica, se espera que o poder legislativo seja um microcosmo da sociedade, por outro lado, na concepção aristocrática, se espera que o poder legislativo seja formado pelos melhores membros da sociedade 
No âmbito federal o poder legislativo é exercido pelo Congresso Nacional, no âmbito estadual pela Assembleia Legislativa e no âmbito municipal pela Camara dos Vereadores
2. Congresso Nacional Bicameralismo:
Exclusivamente no âmbito federal, nós adotamos no Brasil o sistema do bicameralismo caracterizado pela existência de duas casa componentes do poder legislativo (a partir do art. 44)
Câmara dos Deputados (art. 45):
. 513 deputados
. representante do povo
. eleito: sistema proporcional
. número proporcional a população 8 ≤ x ≤ 70 e 1 suplente
. renovação: total (a cada 4 anos todas as vagas de deputados estão a eleição)
.mandato: 4 anos
. idade mínima: 21 anos
obs: os territórios federais possuem apenas 4 deputados e não possui senador (pois não são entes federados). É o que tem a menor participação no Congresso Nacional 
Senado Federal (art. 46):
. 81 senadores
. representante dos estados
. eleito: sistema majoritário 
. 3 por estado (não é proporcional) e 2 suplentes
. renovação: substitui só uma proporção (alternadamente 1/3 e 2/3)
. mandato: 8 anos 
. idade mínima: 35 anos
Porque o Senado Federal tem regras especificas? O que se espera é que os senadores tenham um imenso conhecimento politico, que o senado funcione como uma referencia no debate sobre funcionamento das instituições 
Das atribuições do Congresso Nacional:
Congresso:
Art. 48- sanção 
Art. 49- competência exclusiva
Câmara:
Art. 51- privativa
Senado:
Art. 52- privativa
-> o STF faz uma interpretação bastante criteriosa a respeito das possibilidades de intervenção judicial em matéria de competência privativa ou exclusiva (em regra o supremo não intervêm, porque considera essa temática, uma competência que apenas aquela casa pode decidir a respeito: interna corporio)
Competências exclusivas do Congresso Nacional:
Art. 49, I
Obs: no Brasil adota-se a teoria dualista em relação ao âmbito internacional, pois se reconhece que são ordenamentos jurídicos distintos. Assim, quando um presidente da república assina um tratado internacional, é necessário que o mesmo seja aprovado pelo Congresso, para ter validade no âmbito interno (quando o presidente vai pra fora do país e assina um tratado, ele não passa a valer automaticamente, mas sim tem que passar antes pela aprovação do congresso nacional)
Art. 49, II ao IV
Obs: diz respeito ao funcionamento do sistema de freios e contrapesos, para impedir que o Presidente tome atitudes sozinho 
Art. 49, IX
Obs: julgar anualmente as contas do Presidente da República. 
. Em todas as esferas da federação, o protagonista da fiscalização das contas públicas é o poder legislativo (nos âmbitos- federal: congresso/ estadual: assembléia legislativa/ municipal: câmara dos vereadores)
Competências exclusiva das Câmara dos Deputados:
Art. 51 
Art. 51, I
Obs: processo de impeachment é bifásico -> 1a fase: juízo de admissibilidade (julga apenas se vai ser aceito ou não)/ quórum: 2/3
Art. 51, II
Obs: hipótese de o presidente não enviar as contas no prazo de 60 dias após o inicio da sessão legislativa (1o de fevereiro) a câmara dos deputados procederá a tomada de contas. A câmara dos deputados NÃO julga as contas do presidente (quem julga é o congresso e o tribunal de contas apresenta o parecer), a câmara apenas cobra. 
Competências exclusiva do Senado Federal:
Art. 52
Art. 52, I
Obs: a hipótese desse inciso é denominada juízo de mérito (julga se cometeu o crime ou não)/ quórum: 2/3 
Art. 52, V ao IX
Obs: o Senado Federal é o grande tesoureiro da república, inclusive estabelecendo limites para entes de outros níveis da federação para impedir que os estados e municípios emitam mais títulos do que podem pagar (estabelece o quanto os estados e municípios podem se endividar, para evitar que eles se endividem além do que podem). É uma medida de saneamento das contas, não violando a autonomia dos outros entes 
Art. 52, X
Obs: no controle difuso de constitucionalidade, as decisões em última estância, tem efeito apenas entre as partes do processo, mas posteriormente o supremo notifica o Senado Federal, para que este decida se amplia ou não a decisão de inconstitucionalidade do Supremo.
Obs2: importante destacar que o STF tem decisões pela abstrativização do controle difuso, de modo a considerar desnecessária a hipótese do Art. 52, X 
SISTEMAS DE IMUNIDADES (relacionado ao estatuto dos congressistas)
Introdução:
o sistema de imunidades é um conjunto de prerrogativas que dizem respeito a garantia do bom desempenho da função (deputados e senadores). Isso não significa que não existam exceções nas quais as prerrogativas sejam exercidas de forma abusiva, muito menos que o modelo brasileiro possa ser considerado perfeito, pois é crescente no país a critica de que a CF/88 foi além do necessário. 
Obs: as pessoas dizem que imunidades são privilégios, mas isso é senso comum, todas as democracias representativas para poder falar em nome dos representados precisam ter um sistema. 
Classificação:
Imunidade Material-> é uma prerrogativa do cargo que está diretamente relacionada com um bom desempenho da função e com o exercício da representação política 
Obs: a afirmação acima não exclui a possibilidade de um exercício abusivo dessa prerrogativa mas ele não pode ser pressuposto 
está relacionada com a imunidade sobre o discurso (relacionada com uma liberdade de expressão)
a imunidade material tem limites (a liberdade de expressão num regime democrático tem limites)? 
Deve receber uma interpretação extremada, tudo pode ser debatido, porem o artigo 13 estabelece alguns limites (excepcionais, mas necessários)
Nos últimos anos, é possível indicar que o STF tem delineado uma interpretação mais condicionada do exercício da imunidade material pelos congressistas, com destaque para as seguintes regras:
se o congressista está na tribuna, ele goza da mais ampla imunidade material;
se o mesmo está fora da tribuna, há que se verificar se o seu discurso está relacionado com o exercício da função congressualou decorre dela, se não tiver será passível a responsabilização 
o reconhecimento de limites a liberdade de expressão e a imunidade material é um sistema de defesa dos regimes democráticos. Assim nos termos do Pacto de São José da Costa Rica e da CF/88, podemos resumir os seguintes postulados sobre o exercício do discurso/palavra nos regimes democráticos:
deve-se fazer uma interpretação extensiva do seu exercício 
**importante: na hipótese de abuso do direito, cabe a responsabilização anterior (por isso tem autores que defendem que o 187 CC é o mais importante do direito brasileiro)
- além dos 2 pressupostos acima, o art. 13, §5o do pacto de São José da costa rica, dispõe temas que são vedados (apologia a violência, ódio, discriminação religiosa,...)
Imunidade Formal-> pode ser compreendida como prerrogativa do cargo de aspecto processual para o bom desempenho da função (art. 53 §1o ao 8o)
em relação a prerrogativa de foro (§1o): na organização do estado brasileiro a regra é que o primeiro escalão de um poder apenas seja julgado pelo primeiro escalão do outro poder (foro privilegiado- mas não usar esse termo)
. obs: a diplomação é um ato formal da justiça eleitoral que atesta a lisura do processo eleitoral e precede a posse 
. obs: a regra em análise, aplica-se tanto para: atos pré processuais, processuais e execução penal 
. obs: a regra em análise também se aplica a crimes cometidos antes do individuo torna-se deputado ou senador 
. obs: caso o mandato acabe e o processo ainda esteja em tramite, o mesmo retornará a vara da 1a estância responsável pelo seu julgamento 
possibilidade de prisão de congressista (§2o): 
= flagrante + crime inafiançável (tortura, terrorismo, ação de grupos armados contra o estado democrático de direito e crimes hediondos) 
possibilidade de sustação da ação penal (§3o):
- atualmente o STF pode receber denúncia contra deputado ou senador, independentemente de autorização da respectiva casa. Todavia, por iniciativa do partido político, nela representada e o voto da maioria dos membros poderá sustar o andamento da ação penal (antes o STF tinha que pedir autorização) até o final do mandato, inclusive a prescrição (para evitar a perseguição politica)
 
sigilo da fonte (§6o)
- a pessoa não revela a fonte de que recebeu a informação 
- Estabeleça as relações entre sigilo da fonte, imunidade material e representação politica:
Sigilo da fonte é o recebimento da informação, a imunidade material garante que o politico possa falar essas informações sem ser responsabilizado civil e penalmente 
3. Vedações aos Congressistas 
- Na obra Os Donos do Poder, o professor Raimundo Faozo desenvolveu a tese de que no Brasil, existe uma cultura política que tem dificuldade em distinguir a esfera estatal da esfera privada, pois a elite política se utiliza do espaço estatal como se privado fosse. 
-> O art. 54 CF, tem como objetivo evitar essa influência negativa 
4. Perda do Mandato
em um regime democrático, a regra é que a perda do mandato decorra do fim do lapse temporal previamente estabelecido, seja em relação ao eleito ou eleitores, o art. 55 traz hipóteses excepcionais para perda do mandato antes do prazo, por isso a sua interpretação é restritiva 
a CF/88 estabelece 2 âmbitos passiveis de implicar na perda antecipada do mandato do congressista, há depender da natureza jurídica da manifestação da respectiva casa 
positiva: cria relação 
4.1 Manifestação Constitutiva Negativa da Casa do Congresso Nacional
extingue uma relação, alguém perde o mandato 
conforme o art. 55 §2o, essa manifestação possui uma grande densidade decisória, sendo tomada pelo quórum da maioria absoluta dos membros da casa e assegurada ampla defesa, em votação aberta 
§2o-> 
art. 55, I: infringir qualquer das proibições estabelecidas no art. 54
art. 55, II: quebra do decoro parlamentar (não existe uma lista do que é o decoro parlamentar, portanto-> a definição da quebra do decoro parlamente depende da deliberação do conselho de ética)
art. 55, VI: sofrer condenação criminal em sentença transitada em julgado (ainda que seja condenado, pra perder o cargo, a casa ainda precisa deliberar, não é mais automático-> para proteger o exercício do mandato)
4.2 
art. 55, §3o -> nessa hipótese declarada o reconhecimento do estado já existente (já o §2o usa a palavra decidida)
obs:
maioria simples/relativa: leva em consideração o número de pessoas presentes na reunião (Nº Presentes / 2 = 1o nº inteiro superior ao resultado)
maioria qualificada: leva em consideração o número total de membros da casa, divide-se em:
absoluta: nº membros / 2
2/3 impeachment
3/5
1/3
- toda vez que a CF usa uma proporção, ela está se tratando de alguma espécie da maioria qualificada. 
PROVA: ART. 18 ATÉ ART. 56 
(5 assinalar/5 discursiva)
1o: ler a CF (art. 18 ao 36 e art. 44 ao 56)
2o: ler o caderno, analisando a CF
3o: ver manual de Dto Constitucional (doutrinas)
4o: texto: dilema de estado federal (1o e 3o)
Apresente 4 características do Estado Federal e porque é vedado o direito de secessão?
R: 
- Pluralidade dos centros decisórios (Estado Federal= poder central (União)+ poderes descentralizados (estados membros, Distrito Federal e Municípios) 
- O Estado Federal é uma união indissolúvel, por isso é vedado o direito a secessão
- Autonomia dos estados-membro 
- Existência de um Tribunal Federal para resolver conflitos 
- Poderes regionais participam da formação do poder central 
Porque o Federalismo é uma via de mão dupla?
R: é necessário reconhecer o federalismo como um sistema de garantias de mão dupla (não é apenas a relação de poder entre os maiores e o menores e sim também dos entes menores tendo garantias em relação aos entes maiores, ou seja, garantias não só de cima pra baixo, mas também de baixo pra cima), pois da mesma forma que é garantida uma preponderância dos entes maiores em relação aos entes menores, estes também tem garantias perante aqueles).
Características e Natureza Jurídica dos Territórios Federais:
R: os Territórios que existiam antes de 1988 foram transformados em estados ou incorporados em estados pré existentes (com a nova CF), não existem territórios federais atualmente no Brasil, mas os mesmos podem ser criados (art. 18, § 3o)
- os Territórios Federais não são entes federados. São considerados Autarquias Descentralizadas da União (autarquia territorial da união)
- os territórios federais possuem uma estrutura administrativa especifica 
Características e Natureza Jurídica do Distrito Federal:
R: OBS: não equiparar o DF com os municípios!!
o DF é uma figura singular na organização do estado federal brasileiro, está relacionado com a famosa questão do território neutro (relaciona-se a necessidade da criação de um espaço territorial que não integrará nenhum estado membro e terá como função prioritária sediar a capital federal-> capital federal = Brasília)
o DF foi criado para sediar a capital federal, isso não significa que o DF é a capital federal, porque não é!
O DF não é titular do poder constituinte (pois não tem constituição), ele apenas elabora uma Lei Orgânica -> a Lei Orgânica do DF se submete apenas ao controle de constitucionalidade federal (pois não tem estado) (ou seja, não tem duplo controle de constitucionalidade) 
 obs: único ente que é vedada a divisão em municípios 
o DF é um ente autônomo, mas podemos assinalar que existe uma relação de tutoria entre a União e o DF (exemplo: o fundo de participação do DF. É tido como uma politica compensatória, já que eles tem que sediar os órgãos da União)
Poderes:
. poder executivo: governador distrital que é eleito simultaneamente com os demais governadores estaduais (não há eleição para prefeito)
. poder legislativo: assembléia distrital
. poder judiciário: justiça do DF e territórios-> detêm a competência da justiça estadual
Se tratando de controle de constitucionalidade, a regra é que sejam submetidos ao STF apenas leis estaduais, portantoquando se tem as leis do DF, somente tratará das leis que vierem falando sobre estado e não sobre municípios
Federalismo Cooperativo:
Características:
R: Federalismo Cooperativo caracterizado pela existência de competência comuns, nas quais há uma comunhão de esforços entre os entes federados
 -na CF de 1934, passou a ter um federalismo cooperativo. Onde União e estados passaram a ter competências comuns.
- esse principio envolve a fidelidade federativa, onde o Estado Federal é um modelo que envolve a competição, mas sobretudo a cooperação entre os entes, por exemplo a guerra fiscal é um indicio da ausência dessa cooperação. Os estados, ainda que possam competir, não podem chegar no ponto extremo.
Quais são as repercussões institucionais na Constituição decorrentes do federalismo cooperativo?
 R: na CF de 1934, passou a ter um federalismo cooperativo. Onde União e estados passaram a ter competências comuns.
Primeira CF que inseriu o Federalismo Cooperativo no Brasil:
 R: 1934
Relação entre Federalismo de Integração e Estado Autoritário:
R: ambos tem uma tendência centralista. O federalismo de integração caracteriza-se pela centralização politica em torno do poder central (União) e esvaziamento da autonomia dos entes federados (trata-se da negação do federalismo). O estado autoritário é o uso e abuso do poder e da autoridade.
Exemplos dogmáticos que justificam a afirmação que a CF/88 é centralista em torno da União:
 R: a CF/88 é centralista em torno da União porque a União detêm muito “poder” (muitas funções), lendo a CF percebe-se que ela exerce muito poder e também é detentora de muita arrecadação tributária 
exemplos dogmáticos: artigos que dispõe sobre as competências da união 
* competência residual dos estados: o que não competir a união será competência do estado (muitas coisas pra união, então sobra pouco pro estado) 
Jurisprudência do STF na hipótese de inadimplemento de divida fundada do estado membro que não tem condições para o pagamento da divida
R: estado vai até a União e pede dinheiro emprestado e não consegue mais pagar. Se em mais de um ano o estado não pagar, a União pode intervir, porém, se ele comprova de que não tem condição financeira ele não vai sofrer intervenção, a divida será renegociada 
* divida fundada: superior a 2 anos 
Relação entre as funções atípicas dos Poderes da Republica e o Estado de Bem Estar Social 
R: Devemos assinalar que a configuração do estado de bem estar social teve impacto nas relações entre poderes, sobretudo na ampliação das denominadas funções atípicas (na medida em que o estado fica mais complexo, amplia as áreas de atuação de alguns poderes), quando um dos poderes da república atua em uma ceara que não lhe era ordinária.
Diferenças entre a Câmara dos Deputados e o Senado Federal
Ver na Parte de Deputados e Senadores.
 O que são Princípios Constitucionais sensíveis e quais as consequências possíveis da sua ofensa:
R: os princípios constitucionais sensíveis são bens jurídicos considerados de grande relevância para a ordem constitucional brasileira, dotados de sensibilidade, que em sendo ofendidos dão ensejo a intervenção (são como as clausulas pétreas, ou seja, partes da constituição que são mais cuidadas)
N2
COMISSÕES 
1. Introdução: 
- as comissões parlamentares exercem uma função de otimização do debate político no poder legislativo 
(estabelecer e proporcionar discussões prévias ao plenário)
obs 1: nos termos do art. 58 §1o a composição das comissões precisa observar/respeitar o critério da representação proporcional dos partidos políticos, de modo a garantir pluralidade entre a base governista, os partidos de oposição, as maiorias e minorias
obs: é objeto de grande disputa politica (pois todos querem fazer parte dessas comissões, principalmente quando o assunto é de grande relevância)
obs: para o trabalho: ver significado de baixo clero e falar sobre / ver jurisprudências, porque apesar de ser curto o art., tem muitas jurisprudências sobre
Classificação das Comissões:
em relação ao tempo: 
I- Comissões Permanentes-> são aquelas que funcionam integradas ao poder legislativo e que não estão limitadas ao tempo 
Ex: CCJ’s (comissões de constituição e justiça)- toda vez que um parlamentar vai apresentar um projeto de lei, ele encaminha pra essa comissão, que vê se ela viola ou não a constituição
II- Comissões Provisórias-> aquelas que possuem sua existência limitada no tempo 
Ex: CPI (desde que é criada a lei define que tem o prazo de vigência de 120 dias, podendo ser prorrogáveis, porém não pode passar de uma legislatura para outra)
Comissões Temáticas: é aquela que funciona a partir de um tema específico (ex: CPI- a criação é um ato motivado, não pode criar do nada, tem que explicar o porque) (ex: pornografia infantil)
Obs: as comissões temáticas servem para proporcionar um aprofundamento do debate 
obs: quando a questão vai pro plenário, você já tem um mapeamento da decisão (já tem acordos,...), se não a coisa acaba não funcionando.
2. Comissão Parlamentar de Inquérito
as comissões parlamentares de inquérito, se caracterizam como a mais importante comissão no funcionamento do poder legislativo. Importa destacar, que elas são constituídas por um ato administrativo motivado e tramitam no âmbito da estância administrativa 
o seu objeto principal é investigar atos considerados irregulares, visando identificar elementos de materialidade e autoria. É uma fase pré processual (compara-se ao processo penal, onde tem-se a fase pré processual, que é o inquérito policial-> ninguém é condenado ainda e sim indiciado)
ninguém sai condenado de uma CPI, é uma fase pré-processual 
a grande questão que envolve as CPI’s, diz respeito ao limites do poder de investigação (para não violar direitos fundamentais)
* OBS: a CPI é concebida como uma extensão (longa manus) do Congresso Nacional, de modo que na suspeita da violação de direitos, o órgão responsável pelo julgamento de seus atos é o STF.
pesquisar: marcatismo (eua)
- Além do art. 58, § 3o tem uma Lei 1579/52 que trata sobre CPI. 
2.1 Requisitos (art. 58, §3o)
a) Poderes de Investigação: ainda que a CF use a expressão poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, importa destacar que a jurisprudência do STF delimita decisões que competem exclusivamente aos membros do poder judiciário sobre o nome de reserva de jurisdição (que não cabe as CPI’s)
Cabe as CPI’s:
a CPI tem poder de polícia para intimar pessoas, inclusiva sob condução coercitiva
 a CPI também pode determinar a quebra de sigilo de dados, inclusive telefônica (obtém o número que é discado, sabe pra qual número ligou)
a CPI também pode determinar a prisão em flagrante 
Não cabe as CPI’s (reserva de jurisdição):
a CPI não pode tomar as medidas cautelares do processo penal (ex: prisão preventiva, apreensão de passaporte, sequestro de bens, interceptação telefônica (obtém o conteúdo do que é falado no telefonema), quebra de segredo de justiça)
b) Composição:
- as CPI’s podem ser puras, formadas por apenas deputados ou apenas senadores, ou mistas.
c) Quórum para Instalação da CPI:
- 1/3 dos membros da casa (se for mista é 1/3 de cada casa)
obs: o STF já decidiu que obtidas as assinaturas necessárias (1/3), os signatários detêm o direito público subjetivo a instalação da CPI (direito de oposição / direito das minorias a oposição parlamentar)
- uma vez chegou ao STF o fato de que mesmo tendo 1/3 o presidente da casa não queria, não importa pois tendo 1/3 já vale (por isso diz que é o direito da oposição da minoria, pois 1/3 mesmo sendo a minoria, pode instalar uma CPI)
d) Fato Determinado:
- 2 justificativas pela importância do fato ser determinado:
I- decorre do regime jurídico administrativo 
II- garantia do direito de defesa (só pode exercer se souber o conteúdo)
Obs: admite-se uma pequena flexibilização sobre os fatos que justificaram a CPI, desde quenão implique uma violação ao direito de defesa 
em algumas situações o fato determinado não da clareza do tamanho do problema
Obs: ler o processo do Franz Kafka 
e) Prazo Certo:
- Nos termo da Lei a CPI pode ter o prazo de até 120 dias, prorrogáveis, desde que não ultrapasse de uma legislatura a outra 
f) Conclusões:
- Ao final da CPI é elaborado um relatório que poderá ser encaminhado ao Ministério Público, como também ao conselho de ética, mas nenhum deles fica vinculado ao conteúdo do relatório ( a CPI não condena ninguém, ela é apenas uma comissão investigativa)
- O conselho de ética não é obrigado a esperar a CPI para condenar alguém (principio da independência das estâncias)
DAS REUNIÕES 
- art. 57, CF
1. Introdução:
02/fevereiro ------------17/julho recesso 01/agosto------------22/dezembro
as reuniões que ocorrem entrem os intervalos, são chamadas Sessões Ordinárias 
as reuniões que ocorrem no recesso, são chamas Sessões Extraordinárias 
02/ fevereiro-> Sessão Preparatória 
cada semestre (02/fev – 17/jul e 01/ago – 22/dez) é denominado -> período legislativo
os dois semestres juntos é denominado -> Sessão Legislativa
Legislatura-> é o modulo temporal básico de funcionamento do Congresso Nacional (composta por 4 anos)
Obs: Em regra, a Sessão Extraordinária pode ser convocada pelo Presidente da República, Presidente do Senado, Presidente da Câmara, ou a maioria da respectiva casa. 
Excepcionalmente a convocação apenas poderá ser feita pelo Presidente do Senado, quando se tratar de intervenção federal, estado de defesa e estado de sítio. 
2. Sobre a Composição da Mesa do Congresso Nacional:
art. 57, §5o 
Senado Federal: presidente – vice – 1o secretario – 2o secretário
Câmara dos Deputados: presidente – vice – 1o secretario – 2o secretario
Congresso Nacional: Presidente do Senado – Vice da Câmara – 1o secretario do Senado – 2o Secretário da Câmara
PROCESSO LEGISLATIVO
1. Introdução:
as leis são como as salsichas, é melhor não saber como elas são feitas. 
Dee
Os atos normativos são coativos 
Nesta disciplina vamos estudar o processo legislativo nos atos normativos primários 
Princípio da Legalidade
Atos Normativos:
. O que caracteriza os atos normativos primários? São aqueles que tem o seu fundamento diretamente previstos na Constituição (art. 59)
. Os atos normativos primários se encontram na primeira linha de uma pirâmide (junto com a CF). Eles estão na CF por isso estão nessa primeira linha 
. Os atos normativos secundários tem como fundamento os atos normativos primários (os primários tem como fundamento a CF) (ex: portarias. São atos normativos mas não estão na CF por isso são secundários)
. a relação entre os atos primários e a CF é estudado pelo Controle de Constitucionalidade
. a relação entre os atos secundários e os primários é estudado pelo Controle de Legalidade
obs: vale destacar que os Atos Normativos Primários gozam de Presunção de Constitucionalidade 
obs: o STF tem se utilizado da expressão Inconstitucionalidade por Arrastamento, para referir-se a Atos Normativos Secundários que reproduziam conteúdos de Atos Normativos Primários, sendo estes últimos declarados inconstitucionais. 
Obs: ler a lei complementar 95/98 
2. Classificação:
Processo Legislativo Comum: caracterizado pela ausência de qualquer regra específica para sua aprovação (trâmite), trata-se da Regra. 
Divide-se em:
2.1.1 Processo Legislativo Comum Ordinário: não possui nenhuma limitação temporal, pois a política tem o seu próprio tempo 
2.1.2 Processo Legislativo Comum Sumário: nessa hipótese existe uma limitação temporal para o tempo (trâmite) do processo (art. 64)
. Regra: 100 dias (45 na câmara, 45 no senado, 10 de emenda) 
obs: §2o Regime de Urgência: o regime de urgência que se aplica aos processos Sumários e também as medidas provisórias, é uma regra para forçar a deliberação da respectiva casa, deste modo caso não ocorra a deliberação no prazo definido pela CF, ocorrerá a suspensão da pauta legislativa para que o projeto atrasado seja deliberado -> também é conhecido como Sobrestamento de Pauta ou Suspensão de Pauta
(se chegar ao 45o dia e ele não tiver sido votado, a casa parará todos seus trabalhos do dia para votar sobre aquilo) 
2.2 Processos Legislativos Especiais: são todos aqueles que possuem alguma singularidade no seu trâmite, por exemplo: Emendas Constitucionais, Leis Complementares, Medidas Provisórias, Resoluções,..
3. Fases do Processo Legislativo Comum Ordinário: 
3.1 Fase de Iniciativa: estuda quais são os órgãos que detêm legitimidade ativa para apresentação do projeto de lei (quem pode assinar! Não é quem pode aprovar e sim quem pode deflagrar o processo)
3.2 Fase Constitutiva: envolve a deliberação congressual e a deliberação executiva 
- Congressual: envolve o debate político propriamente dito, com observância da regra do Bicameralismo (projeto de lei tem que necessariamente passar pelas duas casas) (é chamada por alguns autores de Deliberação Parlamentar, mas não é a mais adequada pois não somos parlamentaristas e sim presidencialistas)
- Executiva: envolve a sanção ou o veto do presidente da república 
3.3 Fase Complementar: envolve a outorga e a publicação da lei aprovada 
4. Fase Iniciativa (classificação)
4.1 Iniciativa Genérica: art. 61, caput. Refere-se a projetos de leis ordinárias e complementares 
4.2 Iniciativa Exclusiva: quando a CF define que determinadas matérias serão de competência exclusiva de um órgão específico 
Competência Privativa do Presidente da República (art. 61, §1o) 
Obs: é importante fazer uma leitura que conjugue o art. 61 §1o com o art. 84 da CF 
Competência Privativa do Poder Judiciário (art. 93, caput e art. 96)
Obs: segundo o STF, a sanção do presidente da república não é suficiente para sanar a inconstitucionalidade de projeto de lei com vício de inciativa 
 4.3 Iniciativa Popular: importa destacar que a CF/88 foi elaborada em um contexto de redemocratização, em função disso, existia muita expectativa sobre novas formas de participação popular, sendo denominada de democracia participativa, com destaque para o Plebiscito, o Referendo e a Iniciativa Popular. 
No âmbito federal a iniciativa popular foi estabelecida no art. 61, § 2o. 
. Características para aprovação de Iniciativa Popular:
apresentação da Câmara dos Deputados
assinatura de 1% do eleitorado nacional
essas assinaturas precisam estar distribuídas em 5 estados com não menos de 3/10% de cada um deles. 
Obs: a iniciativa popular pelos estados não está definida em âmbito federal, em âmbito municipal, o art. 29 XIII, define que o número mínimo de assinaturas é de 5% do eleitorado. 
5. Fase Constitutiva 
5.1 Deliberação Congressual (parlamentar)
- O congresso se divide em 2 casas: iniciadora e revisora 
obs1: a casa iniciadora é aquela que primeiro recebe o projeto de lei, via de regra (de modo geral) vai ser a Câmara dos Deputados (art. 64, caput) (o senado será a casa iniciadora na hipótese de o projeto de lei ser assinado por um senador ou comissão dos senadores)
obs: SEMPRE precisa passar pelas duas casas
-> Quando o projeto chega na casa, ele passa pelas comissões e depois vai para o plenário onde terá 2 caminhos: aprovado (obs2) ou rejeitado (obs3).
. Aprovado (obs2): vai para o Senado, dai passa pelas comissões e vai para o plenário, lá ou ele vai ser aprovado ou rejeitado ou emendado. Se for aprovado (obs2): vai para a deliberação executiva (presidente da república). Se for rejeitado (obs3): vai para o arquivo. Se for emendado (obs4): vai para a casa iniciadora. 
Obs2: Hipótese de Aprovação: art. 47. Importa diferenciar o quórum de instalação da sessão do quórum de aprovação do ato normativo 
. Quórum de instalação da sessão: trata-se do número mínimo de membros do respectivo colegiado necessário para que a reunião seja considerada válida, independentemente do ato normativo,esse quórum sempre será da maioria absoluta. 
. Quórum de aprovação do ato normativo: trata-se do número necessário de votos para a aprovação da medida. Depende do tipo de ato que for aprovado, salvo disposição em contrário, será maioria simples (regra da lei ordinária)
(quórum para aprovar emenda constitucional: 3/5)
. Rejeitado: vai para o arquivo 	
 
obs3: Hipótese de Rejeição: art. 67. Em sendo rejeitado o processo de lei, o mesmo apenas poderá ser reapresentado na próxima sessão legislativa (próximo ano), salvo proposta da maioria absoluta. 
Art. 67 (reescrevendo melhor o art. 67)
. art. 67, caput-> regra geral: o projeto de lei rejeitado não será reapresentado na mesma sessão legislativa
. art. 67, §1o-> excepcionalmente o projeto de lei rejeitado poderá ser reapresentado na mesma sessão legislativa, por proposta de maioria absoluta de quaisquer das casa
. art. 67, §2o-> a exceção supracitada não se aplica para emendas constitucionais e medidas provisórias (art. 60 e 62)
obs4: Emendas Legislativas: são alterações feitas pela casa revisora no texto originário, que obrigatoriamente precisarão voltar a casa iniciadora, com destaque para a seguinte classificação:
 
Aditivas-> acrescentam algo ao projeto de lei
Supressivas-> suprimem algo do projeto de lei
Aglutinativas-> unificam mais de 2 projetos de lei em um só 
- ocorrendo alteração dos projetos de lei pelas emendas, o mesmo voltará a casa iniciadora, que poderá apenas aprová-lo ou rejeitá-lo, não cabendo emenda de emenda. 
5.2 Deliberação Executiva
-> diz respeito a participação do Presidente da República no processo legislativo, através da sanção ou do veto.
-> o Presidente da República tem o compromisso de cumprir e defender a Constituição, é por isso que ele participa dos mais variados processos legislativos, com exceção das emendas constitucionais e dos atos de competência exclusiva do Congresso Nacional. 
Sanção: é a demonstração de aquiescência do Presidente da República em relação ao projeto de lei a ele submetido, podendo ser: expressa ou tácita 
Veto: é a demonstração de discordância do Presidente da República em relação ao projeto de lei a ele submetido, com destaque para as seguintes características (art. 66):
o veto pode ser jurídico quando a norma é considerada inconstitucional ou político quando for considerado contrário ao interesse público
o veto precisa ser expresso no prazo de 15 dias (se passa o prazo é considerado sanção tácita)
o veto necessariamente será motivado
o veto não pode ser aditivo, apenas supressivo, sendo total ou parcial com observância da regra do art. 66, §2o 
o veto é relativo, pois ele voltará para que o congresso nacional, em sessão conjunta no prazo de 30 dias por maioria absoluta, decida pela derrubada ou manutenção do veto 
obs: o Presidente da República não pode pinçar palavras para vetá-las, ou seja, se ele vai vetar o §1o ele tem que vetar todo o paragrafo. Se ele for vetar o caput, vai ser vetado todo o artigo. 
6. Fase Complementar
 
é constituída pelas seguintes institutos:
Promulgação que certifica que o ordenamento jurídico foi alterado
Publicação no diário oficial 
PROCESSOS LEGISLATIVOS ESPECIAIS
Introdução:
Emendas Constitucionais:
Limites a emendas (art. 60):
. Explícitas-> 
Formais 
Iniciativa (art. 60, I,II,III)
obs1: a doutrina critica legitimidade ativa do Presidente da Republica para assinar projetos de emenda constitucional.
obs2: sobre a possibilidade de PEC por iniciativa popular: 
- Em interpretação literal, autores como, José Afonso da Silva, respondem negativamente a essa possibilidade. 
- Por outro lado, em interpretação sistêmica, autores como Paulo Bonavides, elenca que todo poder emana do povo e admite a possibilidade de PEC por iniciativa popular.
- O STF nunca se manifestou a respeito. 
Procedimento (art. 60, §2o)
- 2 turnos / quórum de aprovação de 3/5
obs3: segundo o STF não existe intervalo obrigatório entre esses turnos de discussão e votação 
Promulgação Pelas Respectivas Mesas
Obs4: o Presidente da República NÃO participa da sanção ou veto da emenda constitucional 
Art. 60, §3o: a emenda será promulgada pelas mesas da Câmara e do Senado
Obs5: segundo o art. 60, §5o, o princípio da não repetição do projeto de lei rejeitado tem aplicação absoluta em sede de emenda constitucional 
Limite Circunstancial (art. 60, §1o)
- CF não pode ser emendada durante intervenção federal, estado de defesa e estado de sítio 
Materiais: Cláusulas Pétreas (art. 60, §4o)
Obs6: sobre as cláusulas pétreas e a democracia:
- qual relação ente Cláusulas Pétreas e regime político democrático? 
. é possível identificarmos uma tensão entre as maiorias e a CF em relação as clausulas pétreas (CF desconfiada da maioria, pois a maioria também pode errar).
- e quando as maiorias tem uma posição pra violação de direitos? 
. O séc. 20 demonstrou que as maiorias também são capazes de consentir com a violação de direitos fundamentais, justamente por isso, as cláusulas pétreas servem como limites ao majoritarismo, pois no séc. 21 a democracia é o regime político baseado nas maiorias, desde que respeitados os direitos das minorias,
“Pois a democracia precisa ser mais do que 2 lobos e 1 cordeiro, decidindo pelo voto sobre o que teremos para o jantar”
. Implícitas->
- trata-se de uma vedação lógica que diz respeito a proibição implícita de supressão dos limites explícitos 
• Socialização seria não alterar a constituição de forma nenhuma, e outra forma seria alterar sem regra, assim a grande questão das emendas constitucionais diz respeito aos limites que incidem sobre o poder constituinte derivado reformador responsável pelas emendas;
• A Constituição brasileira é rígida pois os processos para mudar a Constituição são mais difíceis que o regramento de aprovação de uma lei ordinária;
• Limites ao poder de emenda (art.60): limites explícitos - podem ser formais (iniciativa: art. 60, I, II e III – procedimento: art.60 §2º em dois turnos e com quórum de aprovação de 3/5 – promulgação pelas respectivas mesas) ou circunstanciais (intervenção federal, estado de defesa e estado de sítio – sistema constitucional de crise) ou materiais (cláusulas pétreas, art. 60 §4º) – podem também ser limites implícitos – trata-se de uma vedação lógica que diz respeito a proibição implícita de supressão dos limites explícitos
• Diferentemente do José Afonso da Silva, autores como ... admitem a possibilidade de PEC por iniciativa popular pois todo poder emana do povo. O STF nunca se manifestou a respeito;
• Segundo o STF, não existe intervalo obrigatório entre esses turnos de discussão e votação;
• O presidente da república não participa da sanção ou veto da emenda constitucional, art. 60 §3º a emenda será promulgada pelas mesas com o respectivo número de ordem;
• Segundo o art. 60 §5º, o princípio da não-repetição do projeto de lei rejeitado tem aplicação absoluta em sede de emenda constitucional;
• Situações de turbulência como estado de defesa e estado de sítio não são momentos oportunos para mudanças na constituição;
Leis Complementares:
- As questões fundamentais sobre leis complementares dizem respeito as suas diferenças com relação as leis ordinárias, que são basicamente de duas ordens:
Obs: quando na CF só diz “lei” será lei ordinária.
 Diferenças Materiais: apenas pode ser disciplinado por lei complementar aquilo que tiver expressamente previsto na Constituição (ex: art. 14 §9o / art. 18 §4o / art. 23 § único / art. 93 caput)
 Diferenças Formais: art. 69: as leis complementares tem quórum de aprovação de maioria absoluta (quórum de lei ordinária é maioria simples)
Obs: se as matérias que serão reguladas por lei complementares são aquelas expressamente dispostas na CF, vale destacar que as leis ordinárias possuem um campo de regulação residual (se quiser saber se tal matéria é regulada por complementar ou ordinária, vai até a parte da CF que tem essa matéria e vê se estáescrito “lei complementar”, se não tiver conclue-se que é ordinária)
Obs: segundo o STF, lei ordinária que regula matéria reservada a lei complementar é inconstitucional, mas lei complementar que regula matéria destinada a lei ordinária é constitucional, pois o quórum da primeira é maior
Obs: segundo o STF, não existe hierarquia entre lei ordinária e lei complementar, porque elas incidem sobre campos distintos 
Medidas Provisórias:
Medidas Provisórias podem ser identificadas como mecanismos típicos do aumento da complexidade do Estado no séc. 20, quando se tornaram necessários institutos jurídicos que garantissem uma tomada de decisão mais rápida 
Surgem no constitucionalismo italiano de viés fascista 
Em função da sua origem, carregam um estigma como instituto de viés autoritário, mas vale destacar que para Estados de alta complexidade esses instrumentos podem ser relevantes, desde que preenchidos os requisitos constitucionais 
No Brasil, podemos destacar 3 momentos históricos sobre o assunto:
Antes da CF/88: não existiam medidas provisórias, mas existiam os decretos-leis, estes sim de viés autoritário, pois editados pelo executivo eram submetidos ao legislativo e se não aprovados dentro de um prazo específico eram considerados tacitamente aprovados 
Obs: Atualmente os decretos-leis não podem ser mais aprovados no direito brasileiro, aqueles que existem foram recepcionados pela CF (hoje no nosso processo legislativo não é mais possível que se crie decretos-leis)
Obs: Os decretos-leis não se confundem com os decretos legislativos e os do poder executivo, esses dois últimos existem na CF/88
Entre a CF/88 e a Emenda Constitucional 32/2001: as medidas provisórias são inseridas na nova CF, e o período fica caracterizado pelo uso excessivo das medidas provisórias 
Posterior a Emenda Constitucional 32/2001: tal emenda foi elaborada com vistas a restringir a edição das medidas provisórias e no mesmo sentido se encaminhou a jurisprudência do STF 
Características das Medidas Provisórias (art. 62, caput)
Requisitos das MP: relevância e urgência. O esforço é que esses critérios não sejam apenas opiniões pessoas do titular do Presidente da República, mas sim que se alcance um conteúdo compatível com o interesse público. Tanto é que a jurisprudência do STF admite a possibilidade de análise judicial dos critérios de relevância e urgência. 
Obs: durante a sua vigência as medidas provisórias são submetidas ao controle de constitucionalidade 
Toda medida provisória é, necessariamente e em regra, provisória (objetivo de medida provisória é se tornar uma lei ordinária)
A medida provisória é um ato com força de lei 
Obs: devemos destacar que as medidas provisórias implicam num verdadeiro tumulto do processo legislativo, pois primeiro ela entra em vigência com força de lei e apenas depois ocorrerá a deliberação no poder legislativo 
Processo e Procedimento das Medidas Provisórias: processo de conversão das Medidas Provisórias em Leis Ordinárias
Obs: existe um paralelo muito próximo no processo de análise das medidas provisórias e a aprovação das leis ordinárias, guardadas as devidas proporções 
- Tem-se 3 prazos:
I: publicação ---------- 45o ------------- 60o 
II: 60o ------------------------------------ 120o
III: 121o ---------------------------------- 180o 
. A Medida Provisória tem vigência (força de lei) desde a sua publicação e ela é submetida imediatamente ao poder legislativo (se espera que no prazo de 60 dias a medida provisória passasse pelas 2 casas e elas decidissem se ela seria convertida ou rejeitada)
Obs: antes da deliberação sobre o conteúdo da Medida Provisória, haverá um juízo prévio sobre o preenchimento dos requisitos de relevância e urgência 
Obs: caso a deliberação não se conclua até o 45o dia do primeiro prazo, ocorrerá o sobrestamento da agenda (trancamento de pauta). Quando existe um número muito excessivo de medidas provisórias trancando a pauta, os cientistas políticos denominam esse fenômeno de poder de pauta do Presidente da República
Obs: se chegou ao 60o dia e o processo legislativo não foi concluído (não chegou ao seu fim) há uma prorrogação automática de mais 60 dias 
. E se transcorrem os 2 prazos (publicação - 60o e 60o - 120o) e não há uma deliberação? Se isso ocorrer, a medida provisória é considerada rejeitada.
Obs: em qualquer hipótese de rejeição da Medida Provisória, a mesma perderá os efeitos (força de lei) com eficácia pretérita (ex tunc) 
. O que acontecerá com os atos jurídicos que tiveram como fundamento a medida provisória que perdeu força de lei? Abre-se o 3o prazo, e ele servirá para o Congresso Nacional deliberar sobre os atos jurídicos constituídos com base na medida provisória que perdeu eficácia 
. No 3o prazo não significa que a medida foi prorrogada. No 3o prazo não se pode assinar mais contrato administrativo com base nas medidas. 
Obs: se o Congresso Nacional não elaborar o decreto legislativo no 3o prazo, os atos constituídos com base na medida provisória rejeitada, continuarão sendo por ela regida. 
PODER EXECUTIVO
Introdução:
No Brasil, a primeira CF em 1824 instituiu o poder moderador (?) e indica uma referencia centralista do poder. Com o advento da primeira República em 1891 o Brasil, tradicionalmente adota o sistema presidencialista 
obs: chefia de estado (estrutura-> moto) e chefia de governo (dá a direção-> motociclista)
As diferenças entre os sistemas de governo decorrem de conjugações possíveis entre as chefias de estado e de governo. 
A chefia de estado representa a estrutura (a unidade nacional)
A chefia de governo representa a direção que será dada a essa estrutura por determinado tempo 
Sistema de Governo 
.Parlamentarismo: a chefia de Estado e a chefia de governo são órgãos distintos e exercidos por chefes distintos 
- primeiro ministro é escolhido entre o partido politico com maior representação no poder legislativo (não é eleito pelo povo) / não tem mandato, enquanto seu partido tiver a maioria das cadeiras, ele pode ser. 
.Presidencialismo: poder executivo é unipessoal, um único titular exerce a chefia de Estado e chefia de governo (Brasil, art. 76)
obs: na Europa, alguns países tem adotado o presidencialismo colegiado, que de certo modo é uma mistura presidencialista e parlamentarista (nesse caso, ao invés do art. 76, o certo seria: o poder executivo é exercido pelo presidente e pelos ministros de Estado). 
- Os regimes presidencialista tendem a ser regimes personalistas (tendem a estabelecer vínculos entre governantes e governados que não são racionais, pois quando é pessoal, não é racional)
. Analisando a CF/88 o cientista politico Sérgio Abranges, destacou que em função do excessivo número de partidos políticos no Brasil, o chefe do poder executivo necessariamente teria interesse em negociar com o poder legislativo, do que resultou a expressão: presidencialismo de coalisão (quanto mais partidos tem, mais difícil é pro executivo estabelecer uma base de governo no legislativo)
Estrutura do poder executivo na CF/88: 
- Presidência:
a) Vice-presidência: art. 79, § único 
b) Ministros de Estado: art. 87
. Maior de 21 anos 
. É o “time” do presidente, ou seja, é o grupo escolhido livremente pelo presidente (que vai prestar auxilio direto) responsáveis pela implementação da politica de governo. Em função disso, a escolha do presidente não pode ser submetida a nenhum outro poder. São cargos de livre nomeação e exoneração. 
c) Órgãos Consultivos: art. 89 e seguintes 
. em regra a consulta pelo Presidente da República é facultativa, salvo situações que a própria CF estabelece como obrigatória nas hipóteses de: intervenção federal, estado de defesa e estado de sítio 
I- Conselho da República: composição mais política 
II- Conselho da Defesa Nacional: composição mais militarista 
. em regra a consulta pelo Presidente da República é facultativa
Sistema Eleitoral: 
. No Brasil destacamos as seguintes

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