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Danos Morais João Comprador Corrigida

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EXCELENTÍSSIMO(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA ____ VARA CÍVEL DA COMARCA DE CRICIÚMA, ESTADO DE SANTA CATARINA.
JOÃO COMPRADOR, brasileiro, casado, professor, inscrito no CPF sob nº 050.795.149-22, portador do RG nº 4.736.416-5 SSP/SC, com endereço eletrônico joaocomprador@gmail.com, residente e domiciliado a Rua João de Barro, casa nº 315, CEP 88840-250, bairro Vila Nova, cidade de Criciúma, Estado de Santa Catarina, devidamente representado por seu advogado, vem respeitosamente perante Vossa Excelência propor, nos termos do art. 186 e 931 do Código Civil, c/c o artigo 6º, inciso VI e artigo 12 do Código de Defesa do Consumidor, 
AÇÃO DE DANOS MORAIS, MATERIAIS E ESTÉTICOS E ANTECIPAÇÃO DOS EFEITOS DA TUTELA, 
em face de CCE, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob nº 10.200.300/0001-00 e Inscrição Estadual nº 256.301, com endereço eletrônico desconhecido, com sede a Avenida Antônio José, nº 1500, CEP 12345-800, bairro Mineirinho, cidade de Itu, Estado de São Paulo e LOJA BOM NEGÓCIO, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob nº 04.206.050/0001-80 e Inscrição Estadual nº 116.049.102.113, com endereço eletrônico desconhecido, com sede a Avenida Giovanni Gronchi, nº 7143, CEP 05.724-006, bairro Renascer, cidade de Criciúma, Estado de Santa Catarina, pelos fatos e fundamentos que passa a expor:
DOS FATOS
O autor, já devidamente qualificado, desgostoso com seu antigo televisor da marca Telefunken, preto e branco, pensando também em trazer maior diversão e possibilitar que sua filha Joana, de apenas cinco anos, possa assistir vídeos educativos no Youtube e Netflix, dirigiu-se, no dia 05 de agosto de 2017, à loja demandada para efetuar a compra de um novo televisor smart.
O demandante, então, comprou uma televisão de 40 polegadas, marca CCE, modelo XU5PATIN, pagando à vista o valor de R$1500,00 (mil e quinhentos reais), conforme prova em anexo.
Tudo ia bem até que, no dia 10 de outubro do corrente, estando o requerente e sua querida filha assistindo ao jogo do time do coração no Campeonato Brasileiro da Série B, notou uma imagem anormal na tela e, ao se aproximar, o aparelho eletrônico explodiu.
Tal fato provocou sérias queimaduras e cortes na face de pai e filha, além de danificar permanentemente o aparelho de som e também o tocador de DVD (DVD Player). Some-se a estas consequências materiais os impactos emocionais sofridos por ambos, principalmente ao ver a pequenina gritando de dor e coberta de sangue.
Buscando diminuir seu sofrimento e de sua progênita, procurou ajuda médica urgente para reparação dos danos causados pelo incidente com o eletrodoméstico, tendo grandes despesas com esses procedimentos.
Após recuperação médica, entrou em contato com o estabelecimento comercial e o fabricante para solicitar a garantia do equipamento, tendo em vista ter sido adquirido há tão pouco tempo, além de ajuda com os gastos hospitalares, e ouviu que o desastre ocorreu em virtude do mau uso do demandante, não trazendo à baila qualquer prova dessa alegação.
Tornado impossível o acordo amigável entre as partes pela via extrajudicial, não resta outra senão a via judicial para que o autor tenha reconhecido seus direitos.
DOS FUNDAMENTOS
A defesa do consumidor é direito consolidado, estando prevista a sua promoção no inciso XXXII, art. 5º da CF/88:
Art. 5º. [...]
XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor;
O CDC (Lei 8.078/1990) elenca em seu art. 6º os direitos básicos do consumidor. Destacamos o inciso VI, que trata da reparação de danos:
Art. 6º São direitos básicos do consumidor:
        VI - a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos e difusos;
O artigo 12 do mesmo código acima deixa claro a responsabilidade do fabricante pelos eventuais defeitos do produto:
Art. 12. O fabricante, o produtor, o construtor, nacional ou estrangeiro, e o importador respondem, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos decorrentes de projeto, fabricação, construção, montagem, fórmulas, manipulação, apresentação ou acondicionamento de seus produtos, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua utilização e riscos.
A solidariedade do comerciante no dever de indenizar está demonstrada no art. 931 do Código Civil:
Art. 931. Ressalvados outros casos previstos em lei especial, os empresários individuais e as empresas respondem independentemente de culpa pelos danos causados pelos produtos postos em circulação.
O consumidor, como parte mais fraca na relação de consumo, deve ser beneficiado por sua hipossuficiência, inclusive com a inversão do ônus da prova, como muito bem dita o art. 6º, inciso VIII:
VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiências;
Quanto ao ato ilícito, sua definição está expressamente demonstrada no Código Civil, em seu artigo 186:
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito. 
O Código Civil também demonstra, em seu art. 927, o que deve acontecer com quem comete ato ilícito: 
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (art. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
Quanto ao dano moral, Yussef Said Cahali ensina que "tudo aquilo que molesta gravemente a alma humana, ferindo-lhe gravemente os valores fundamentais inerentes à sua personalidade ou reconhecidos pela sociedade em que está integrado". (CAHALI, Yussef Said.  DANO MORAL - 4ª Edição. Teoria Geral da Responsabilidade Civil. 2011. Editora Revista dos Tribunais.).
Em relação ao dano estético, o doutrinador Antônio Jeová Santos ensina:
“O dano estético não é ressarcível por si mesmo, pois se enquadra na lesão moral e patrimonial. Esta questão tem importância prática porque alguém pode sofrer um menoscabo em sua integridade corporal que altere sua normalidade física e, de tal lesão, sobressair um prejuízo econômico e outro de caráter nitidamente moral. A indenização abarcará duplamente o dano, fazendo jus a pessoa lesionada a ser indenizada por ambos os prejuízos, desde que a lesão estética tenha repercussão nas órbitas material e espiritual da vítima.” (SANTOS, Antonio Jeová. Dano Moral Indenizável. 4ª ed. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais. 2003.)
Há também jurisprudência acerca de questões envolvendo o direito de recorrer à Justiça em situações assemelhadas, inclusive podendo-se cumular dano moral e estético:
RECURSO DE REVISTA . DANO MORAL E DANO ESTÉTICO. CUMULAÇÃO DE INDENIZAÇÕES. A iterativa e notória jurisprudência desta Corte Superior firmou entendimento no sentido de ser possível a cumulação das indenizações por dano moral e por dano estético, porque os direitos tutelados são distintos, apesar de estarem relacionados ao mesmo fato. Precedentes. Incidência da Súmula nº 333 do TST. Recurso de revista de que não se conhece. (TST - RR: 4007005420095120027 400700-54.2009.5.12.0027, Relator: Pedro Paulo Manus, Data de Julgamento: 02/04/2013, 7ª Turma, Data de Publicação: DEJT 05/04/2013)
Diante das provas, fatos e fundamentos apresentados, não há qualquer dúvida quanto ao direito do autor em serem acolhidos seus pedidos.
DA ANTECIPAÇÃO DE TUTELA
A tutela antecipada pode ser conceituada como a antecipação dos efeitos da sentença condenatória, visando garantir algum direito urgente.
Conforme a melhor doutrina:
“Justifica-se a antecipação de tutela pelo princípio da necessidade, a partir da constatação de que sem ela a espera pela sentença de mérito importaria denegação de justiça, já que a efetividade da prestação jurisdicional restaria gravemente comprometida. Reconhece-se, assim, a existência de casos em que a tutela somente servirá ao demandante sedeferida de imediato.” (JUNIOR, Humberto Theodoro, Curso de Direito Processual Civil, Rio de Janeiro, Forense, 2013.)
O art. 300, do Código de Processo Civil, situa as características da concessão da tutela de urgência:
Art. 300.  A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.
Diante do acima exposto, requer a tutela de urgência antecipada para auxiliar nos tratamentos médicos necessários para si e sua filha no valor de R$10.000,00 (dez mil reais), além do ressarcimento dos valores pagos por novos aparelhos em substituição aos danificados no valor de R$3.000,00 (três mil reais).
DOS PEDIDOS
Diante do exposto, requer a Vossa Excelência conceder a tutela pretendida nos termos acima propostos, evitando assim maiores prejuízos.
a) recebimento da inicial, com todos e documentos;
a) A tutela de urgência para a imediata reparação dos danos morais, materiais e estéticos ao autor e sua filha;
b) Citação dos requeridos para, querendo, apresentar contestação;
c) Não realização da audiência de conciliação;
d) Que seja julgada procedente a presente ação para condenar os requeridos por danos morais, materiais e estéticos;
f) Condenação dos requeridos ao pagamento dos honorários advocatícios e custas do processo;
g) A inversão do ônus da prova, devendo os requeridos comprovarem que houve mau uso por parte do autor
Atribui-se à causa o valor de R$30.000,00 (trinta mil reais).
Nestes termos, pede deferimento
Criciúma, SC. 30 de outubro de 2017
Valério Gomes da Silva
OAB/SC 69.925
	
ROL DE DOCUMENTOS
Procuração com poderes postulatórios;
Nota fiscal de compra do televisor;
Nota fiscal do hospital onde foram realizadas as cirurgias;
Nota fiscal de compra dos novos aparelhos em substituição ao danificados;
Documentos de identificação do autor

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