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Sistema Único de Saúde - SUS
Profª Ângela Carvalho
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SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE - SUS
O que é o SUS? 
Sistema Único de Saúde é uma nova formulação política e organizacional para a re-ordem, de serviços e ações de saúde.
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Documentos norteadores do SUS
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CONSTITUIÇÃO DE 1988
	 Art. 196 – 200
	“ A saúde é direito de todos e dever do estado” MEDIANTE POLÍTICAS PÚBLICAS SOCIAIS E ECONÔMICAS.
	
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Lei 8.080
De 19 de setembro de 1990 - Lei Orgânica da Saúde, dispõe sobre a organização e regulação das ações e serviços de saúde e todo território nacional.
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Lei 8.142
De 28 de dezembro de 1990, que determinou o formato da participação popular no SUS, e assuntos relacionados ao financiamento do sistema de saúde.
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Normas Operacionais
Normas Operacionais Básicas – NOB de 1993 e 1996.
Normas Assistênciais Básicas – NOAS de 2002.
Emenda Constitucional n. 29 de 13 de dezembro de 2000.
Pactos pelas Saúde – 2006.
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BASE FILOSÓFICA DO SUS
O SUS deve ser entendido a partir de seus princípios e diretrizes:
Princípio – aquilo que serve de base, alicerce.
Diretriz – estratégias para atingir objetivos.
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PRINCÍPIOS PRINCÍPIOS DOUTRINÁRIOS = base filosófica, cognitiva, ideológica, alicerce. 
DIRETRIZES PRINCÍPIOS ORGANIZATIVOS = estratégias e os meios de organização do sistema para sua concretização. 
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PRINCÍPIOS DO SUS
UNIVERSALIDADE
EQUIDADE
INTEGRALIDADE
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UNIVERSALIDADE
Deve ser entendido como um direito à saúde e a vida, pois garante igualdade de acesso aos serviços de saúde a todos os cidadãos brasileiros, sem distinção de raça, sexo, orientação sexual, condição financeira, religião e outras variáveis de segregação – em todos os níveis de assistência
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Desafios do princípio da UNIVERSALIDADE
	1. Garantir o acesso às ações e serviços de saúde;
	2. Garantir boas condições de vida, que possibilitem boas condições de saúde, o que garante um projeto de construção de sociedade mais justa e igualitária.
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EQUIDADE
Garante a igualdade da assistência à saúde, sem preconceitos ou privilégios de qualquer espécie . A rede de serviços deve estar atenta às necessidades reais da população a ser atendida;
A equidade propõe um desafio de tratar; o Estado deverá atender às necessidades individuais e coletivas daqueles mais atingidos pelas iniquidades sociais.
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INTEGRALIDADE
Garante acesso integral à saúde, que vai desde as ações preventivas às assistenciais.
Garante acesso à todos os tipos de serviço que envolvam promoção, proteção e recuperação da saúde.
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PROMOÇÃO
Ações que buscam eliminar ou controlar as causas das doenças e agravos.
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PROTEÇÃO
Ações específicas para prevenir riscos e exposições às doenças, com o objetivo de manter o estado de saúde:
Ações de tratamento de água, para evitar doenças;
Prevenção de complicações da gravidez, parto ou puerpéreo;
Medidas de saneamento básico;
 Imunização;
Prevenção da cárie dentária
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RECUPERAÇÃO
Ações que visam evitar a morte de pessoas doentes e as sequelas:
Atendimento de urgência e emergência, ambulatório básico especializado, odontológico;
Solicitação de exames diagnósticos;
Intervenções hospitalares.
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DIRETRIZES DO SUS
DESCENTRALIZAÇÃO
REGIONALIZAÇÃO E HIERARQUIZAÇÃO
PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE
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DESCENTRALIZAÇÃO
É uma desconcentração do poder da União para os estados e municípios.
Com a descentralização o formato do processo de gestão do SUS fica assim definido:
União – governo federal: Ministério da Saúde.
Estados e Distrito Federal: Secretaria Estadual de Saúde.
Municípios: Secretaria Municipal de Saúde.
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REGIONALIZAÇÃO E HIERARQUIZAÇÃO
Deve focar a organização do sistema em uma noção de território, levando em consideração os perfis populacionais, indicadores epidemiológicos, condições de vida e suporte social.
A gestão municipal contribuirá para uma melhor resolutividade dos problemas que acometem a população nos distritos e regiões que compõem o município.
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REGIONALIZAÇÃO E HIERARQUIZAÇÃO
A regionalização deve ser norteada pela hierarquização dos níveis de complexidade requerida pelas necessidades de saúde das pessoas.
O princípio da integralidade é que vai organizar o serviço desde as ações de promoção e prevenção das doenças até as de maior complexidade, como recursos diagnósticos, internação, cirurgias e transplantes.
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REGIONALIZAÇÃO E HIERARQUIZAÇÃO
O acesso da população a rede se dá por meio dos serviços de nível primário de atenção, os que não forem resolvidos neste nível deve ser referenciados para os de maior complexidade tecnológica.
O nível primário (baixa complexidade) é composto pelas Unidades Básicas de Saúde e Programas de saúde da Família, e engloba ações de vacinação, consultas básicas etc. 
Resolve 80% dos problemas de saúde da população.
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REGIONALIZAÇÃO E HIERARQUIZAÇÃO
O nível secundário (média complexidade) resolve 15% dos problemas de saúde – são os Centros de especialidades, hospitais com baixa complexidade (clínica médica, pediatria e obstetrícia), clínicas de RX, USG, laboratório, etc., ( a maioria destes serviços está em hospitais privados conveniados ao SUS)
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REGIONALIZAÇÃO E HIERARQUIZAÇÃO
O nível terciário de Atenção à Saúde (alta complexidade) está nos hospitais de referência, clínicas de tomografia, hemodiálise, quimioterapia, etc., e resolvem os 5% restantes dos problemas de saúde (encontram-se nos hospitais públicos).
Congrega equipamentos de alta tecnologia e mais caros (RM, PET, Scan) e formação superespecializada. 
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ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA
 Organização piramidal 
Alta
Compl.
Média Complexidade
Atenção Básica
FONTE: MENDES (2002)
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PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE OU CONTROLE SOCIAL
Está relacionada com a VIII Conferência Nacional de Saúde (1986), a participação popular foi apresentada como um dos princípios organizacionais “participação popular, através de suas entidades representativas, na formulação da política, no planejamento, na gestão, na execução e avaliação das ações de saúde”. ( Matta 2006 apud Brasil, 1996: 10).
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PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE OU CONTROLE SOCIAL
Lei 8.142, trouxe a regulação das instâncias da participação popular no processo decisório do nosso sistema de saúde.
As instâncias colegiadas no SUS são: Conselhos de Saúde (Municipais e Estaduais) e Conferências de saúde (Nacional, Estadual e Municipal).
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PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE OU CONTROLE SOCIAL
Os CS tem caráter permanente e deliberativo, estão nos três níveis de governo.
Acompanham as ações e controle da execução da política de saúde na instância correspondente, inclusive nos aspectos econômicos e financeiros, cujas decisões serão homologadas pelo chefe do poder legalmente constituído em cada esfera de governo.
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PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE OU CONTROLE SOCIAL
Os CS devem ser formados de forma paritária entre usuários e prestadores:
	50% de participação dos usuários (população);
	25% de representantes das instituições administradoras do SUS e prestadores de serviços de saúde;
	25% de representantes de trabalhadores da saúde.
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PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE OU CONTROLE SOCIAL
A Lei 8.142 também define as Conferências de Saúde, que se reúnem a cada quatro anos.
Elas podem ser convocadas pelo poder Executivo de forma extraordinária pela própria conferência ou pelos conselhos.
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FINANCIAMENTO DO SUS
Os recursos do financiamento pertencem à Seguridade Social, sendo compartilhado com a Previdência Social e Assistência Social.
As fontes de financiamento contavam nos estados, no Distrito Federal e nos municípios com seus recursos orçamentários, advindos da cobrança dos seus tributos, somados aos recursos do Governo Federal.
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FINANCIAMENTO
DO SUS
Os recursos alocados na saúde não podem ter destinação diferente da prestação de serviços de assistência à saúde da população, desde a proteção, a promoção e a reabilitação.
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NORMAS OPERACIONAIS
NOB93 – estabeleceu as instâncias intergestoras bipartides e tripartide como espaços de negociação, pactuação e integração entre os gestores:
Comissão Intergestora Bipartide (CIB), composta por:
Secretaria Estadual de Saúde.
Conselho Estadual de secretários Municipais de Saúde (COSEMS).
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NORMAS OPERACIONAIS
Comissão Intergestora Tripartide (CIT), composta por:
Ministério da Saúde.
Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Saúde (CONASS).
Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (CONASEMS).
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NORMAS OPERACIONAIS
A NOB 01/93 – inicia a municipalização da saúde no país, pois define municípios e estados como gestores em modalidades incipientes, desencadeando o processo de municipalização da gestão, com habilitação dos municípios nas condições de gestão então criadas:
Incipiente.
Parcial.
Semiplena.
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NORMAS OPERACIONAIS
A gestão semiplena, caberá a transferência de recursos fundo a fundo, ou seja, diretamente do Fundo Nacional de Saúde para o fundo municipal ou estadual.
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NORMAS OPERACIONAIS
NOB96 – propõe a existência de uma pactuação entre gestores, a partir das necessidades assistenciais de cada município, a fim de garantir o acesso da população a todos os serviços de saúde, dentro do município ou por encaminhamento ordenado e pactuado com municípios vizinhos.
A PPI (Programação Pactuada Integrada) deverá ser coordenada pelo gestor estadual para garantir o acesso da população aos serviços de média e alta complexidade não disponíveis em seu município de residência. 
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NORMAS OPERACIONAIS
NOAS/SUS 2001/2002
Norma Operacional de Assistência à Saúde – adota a estratégia de “regionalização da assistência” como reorientadora do processo de descentralização do sistema.
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PACTO PELA VIDA
É um conjunto de reformas institucionais do SUS pactuado entre as três esferas de gestão (União, Estados e Municípios), visando alcançar maior eficiência e qualidade das respostas do Sistema Único de Saúde.
As prioridades do pacto:
Reduzir a mortalidade infantil e materna;
Controlar as doenças emergentes e epidemias (dengue e hanseníase) e
Reduzir a mortalidade por câncer de colo de útero e de mama, entre outras.
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TRANSFERÊNCIA DE RECURSOS
Foram modificados pelo Pacto pela Saúde, passam a ser integradas em seis blocos de financiamento (AB, Média e Alta Complexidade da Assistência, Vigilância em Saúde, Assistência Farmacêutica, Gestão do SUS e Investimentos em Saúde).
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PACTO PELA VIDA
Estabelece um conjunto de compromissos sanitários considerados prioritários, pactuado de forma tripartide.
 As prioridades são expressas em metas estaduais, regionais ou municipais, podem ser agregadas às prioridades nacionais, a partir de pactuações locais.
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Objetivos :
Atenção à saúde do idoso;
Controle do câncer de colo de útero e de mama;
Redução da mortalidade infantil e materna;
Fortalecimento da capacidade de resposta às doenças emergentes e endemias, com ênfase na dengue, hanseníase, tuberculose, malária, influenza, hepatite, Aids;
Promoção da saúde;
Fortalecimento da AB;
Saúde do Trabalhador;
Saúde Mental;
Fortalecimento da capacidade de resposta do sistema de saúde às pessoas com deficiência;
Atenção integral às pessoas em situação ou risco de violência;
Saúde do homem.	
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Estabelece as responsabilidades de cada ente federado de forma a diminuir as competências concorrentes.
Radicaliza a descentralização de atribuições do MS para os estados e, destes para os municípios.
Reforça a territorialização da saúde como base para a organização dos sistemas, estruturando as regiões sanitárias e instituindo colegiados de gestão regional.
Reitera a importância da participação do Controle Social com o compromisso de apoio a sua qualificação.
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PRIORIDADES DO PACTO DE GESTÃO
	1. Definir a responsabilidade sanitária de cada instância gestora do SUS: Federal,Estadual e Municipal;
	2. Estabelecer as diretrizes para gestão do SUS, com ênfase na:
Descentralização; 
Regionalização;
Financiamento; 
Programação Pactuada e Integrada - PPI;
 Regulação;
Participação social; 
Planejamento;
Gestão do trabalho e educação na saúde.
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PACTO EM DEFESA DO SUS
Envolve ações concretas e articulares entre as três instâncias federativas, objetivando reforçar o SUS.
Defender os princípios da política escritas na Constituição Federal.
Expressa os compromissos entre os gestores do SUS com a consolidação do processo da Reforma Sanitária Brasileira e articula as ações que visem qualificar e assegurar o SUS como Política Pública.
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PRIORIDADES DO PACTO EM DEFESA DO SUS
	
	1. Implementar um projeto permanente de mobilização social;
	
2. Elaborar e divulgar a carta dos direitos dos usuários do SUS.
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A EC29 definiu percentuais mínimos de aplicação em ações e serviços públicos de saúde.
A União deve aplicar o mesmo empenhado no ano anterior, corrigido pela variação nominal do PIB entre os dois anos anteriores, os Estados, 12% e Municípios 15% dos seus impostos.
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LEI COMPLEMENTAR Nº 141, DE 13 DE JANEIRO DE 2012
 
Regulamenta o § 3º do art. 198 da Constituição Federal para dispor sobre os valores mínimos a serem aplicados anualmente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios em ações e serviços públicos de saúde; estabelece os critérios de rateio dos recursos de transferências para a saúde e as normas de fiscalização, avaliação e controle das despesas com saúde nas 3 (três) esferas de governo; revoga dispositivos das Leis nos 8.080, de 19 de setembro de 1990, e 8.689, de 27 de julho de 1993; e dá outras providências.
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