Buscar

Trauma Musculoesquelético

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

Pablo Barbosa – FAMP – 2015/2
Trauma Musculoesquelético
Ocorre em 85% dos traumas fechados; raramente causam risco imediato a vida ou membro; uma lesão musculo-esqueletico quer dizer um trauma por foca intensa.
Estimativa de perda interna de sangue associada a fraturas: arco costal 125mL; radio ou ulna 250-500mL; úmero 500-750mL; tíbia ou fíbula 500-1.000mL; fêmur 1.000-2.000mL; pelve 1.000-perca maciça de sangue.
Avaliação primaria: aqui se faz o ABCDE do atendimento primário; reconhecimento e controle de hemorragias; se houver lacerações profundas de partes moles é bem possível ter comprometimento de grandes vasos. A melhor forma de controle de hemorragias é por compressão direta; as hemorragias de ossos longos podem ser volumosas; nas fraturas expostas se faz curativo estéril; inicio da reposição volêmica; imobilização da vitima (realinhamento da extremidade lesada, prevenção de movimentação excessiva, controle das hemorragias, redução da dor, evitar agravamento de lesões de partes moles, a radiografia entra como uma avaliação secundaria).
Avaliação secundaria: avaliação dos ossos e articulações; pode haver síndrome de compartimento devido a lesão nos tecidos moles (Condição dolorosa e perigosa causada pelo aumento da pressão devido a hemorragia interna ou inchaço dos tecidos); avaliar a perfusão; funcao neurológica.
Cinemática: esta pode me ajudar a entender o mecanismo do trauma e o estado anterior ao trauma, também posso entender os fatores predisponentes (possíveis infecções, complicações e etc); a analise da cinemática faz parte da avaliação pré-hospitalar.
Exame físico: me ajuda a identificar lesões que Poe em risco a vida ou membro do paciente; deve ser feita uma revisão sistemática do exame físico pra fazer uma “evolução” do paciente detectando possíveis melhoras ou pioras; no exame físico deve-se OLHAR, PERGUNTAR, PALPAR, AVALIAR A CIRCULAÇÃO E RADIOGRAFIA.
Fraturas pélvicas graves com hemorragia: a mortalidade dessa fratura varia de 5 a 30%; a lesão é a ruptura ou luxação sacro-ilíaca ou fratura sacral, tem que se preocupar com s plexos venosos pélvicos e provável rompimento do sistema arterial ilíaco interno; na avaliação tem que se atentar para hipotensão, edema progressivo e hematomas em flancos, escroto e região perianal; próstata elevada ao toque; sangue no meato uretral; fazer reposição volêmica e estabilização mecânica.
Hemorragia arterial grave: a lesão ocorre por ferimentos penetrantes das extremidades, fraturas de extremidades ou luxações articulares próximas a artérias; deve-se verificar desaparecimento de pulsos, extremidades frias, pálidas e sem pulso; trata-se com compressão direta, reposição volêmica, se necessário torniquete pneumático, NÃO se usa pinça hemostática na emergência.
Esmagamento de massa muscular volumosa: alem de causar lesão muscular direta causa isquemia muscular e morte celular devido a liberação de mioglobina; a avaliação é através da urina escura, calafrios, febre, mal-estar, dor, sensibilidade e edema muscular; o tratamento é através da administração de soluções salinas.
Fraturas expostas e lesões articulares: a lesão ocorre por conta da comunicação entre ambiente externo e osso, ocorre também lesão da pele e músculos que seria uma contaminação de ferida aberta + fratura; o tratamento é através da imobilização apropriada e profilaxia contra tétano.
Lesões vasculares e amputação traumática: a insuficiência vascular ocorre por conta de um trauma aberto ou fechado, esmagamento ou torção; na avaliação deve-se verificar a redução de temperatura, tempo de enchimento capilar, diminuição dos pulsos periféricos e palidez; o tratamento nem sempre é torniquete, se houver uma lesão arterial por luxação eu faço uma redução da luxação com cuidado para não causar um comprometimento vascular por conta da imobilização, nos casos de amputação em que é possível fazer o reimplante eu protejo o membro com toalha estéril umedecida e gaze estéril embebida de solução aquosa de antibiótico e o membro amputado eu coloco em saco plástico dentro de caixa térmica com gelo picado.
Síndrome compartimental: é uma lesão que ocorre por conta do aumento da pressão no compartimento sendo que essa pressão é suficiente para causar isquemia e necrose, ocorre também edema de revascularização, diminuição das dimensões na avaliação da região tibial e do antebraço, dor intensa e desproporcional ao estimulo, edema tenso da região, assimetria dos compartimentos, ausência de pulso e enchimento capilar; o tratamento é através da retirada de curativos, aparelhos gessado e dispositivos de imobilização, monitoramento cuidadoso e reavaliação a cada 30/60 min, pode-se fazer também fasciotomia descompressiva. 
Lesão neurológica secundaria a fratura/luxação: a lesão ocorre por conta da relação anatômica ou da proximidade do nervo; comum na região posterior do quadril por conta do nervo ciático ou então na luxação anterior do ombro por conta do nervo axilar; a avaliação é através do exame; tratamento é com imobilização na posição luxada.
Contusões e lacerações: na avaliação vai procurar lesão vascular ou neurológica; na contusão vai ter dor+ comprometimento da extremidade, edema e hiperestesia e deve tratar com imobilização parcial ou total + compressas frias; risco de tétano caso a lesão tenha ocorrido há mais de 6Hr e envolvam contusões e abrasões mais profundas que 1cm pois há provável contaminação.
Lesões articulares: lesões com luxação altera a configuração anatômica e se não há luxação normalmente não altera a funcao do membro; deve-se fazer a avaliação da historia verificando casos de hiperestesia dos ligamento comprometidos, instabilidade a movimentação passiva.
Fraturas: são lesões de continuidade do córtex ósseo, causa uma mobilidade anormal, atentar para lesão de partes moles, crepitação e dor; na avaliação procurar edema, deformação, hiperestesia, crepitação no histórico + exame físico + radiografias, verificar articulações proximais e distais em busca de luxações e outras lesões; tratamento é a imobilização das articulações acima e abaixo da fratura + reavaliação.
Fraturas do fêmur: fazer talas de tração do tornozelo; imobilizar coxa, quadril, nadegas, períneo e virilia; enfaixar o membro contralateral.
Lesões de joelho: se tiver uma flexão maior que 10O provavelmente há estiramento neurovascular.
Fraturas de tíbia: usar talas longas e bem alcochoadas.
Fraturas de tornozelo: usar talas de papelão ou outras desde que sejam alcochoadas.
Lesões da extremidade superior e da mão: a mão tem que manter na posição anatômica e funcional do punho em ligeira flexão dorsal, dedos levemente fletidos em 45O; antebraço e punho extendidos; cotovelo fletido e imobilizado junto ao tronco; braço apoiado contra o corpo; ombro usa tipoia

Outros materiais

Materiais relacionados

Perguntas relacionadas

Perguntas Recentes