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PREVALÊNCIA DE PAPILOMAVÍRUS HUMANO EM GESTANTES CCBVASF

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1 
 
 
PREVALÊNCIA DE PAPILOMAVÍRUS HUMANO EM GESTANTES – 
REVISÃO DE LITERATURA 
 
PREVALENCE OF HUMAN PAPILOMAVIRUS IN PREGNANT - 
LITERATURE REVIEW 
 
 
Pedro Agnel Dias Miranda NETO¹ 
Aline Raquel Ferreira SILVA² 
Fernanda de Arruda SOUSA² 
Joyce Inês Beserra ARRUDA² 
Taily Rodrigues COSTA² 
 
RESUMO 
 
Dos cânceres que atingir mulheres, o câncer do colo uterino é o segundo mais frequente. 
Estando bastante associado à infecção sexualmente transmissível mais comum em todo o 
mundo, o papiloma vírus humano (HPV) que infecta o epitélio do colo uterino, podendo 
persistir de forma assintomática ou causar neoplasias/câncer. Este trabalho teve como objetivo 
identificar na literatura existente à incidência do papiloma vírus humano em mulheres 
grávidas no Brasil, bem como determinar a prevalência e os genótipos do HPV. O presente 
trabalho foi uma revisão bibliográfica descritiva de cunho quantitativo, onde os dados foram 
previamente catalogados da literatura. Para tanto, realizou-se uma revisão sistemática a partir 
do Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) com o terno “HPV AND 
GESTANTES” foram localizados 24 artigos. Após a leitura dos títulos e resumos foram 
selecionados 14 artigos para apresentação dos resultados posteriores. Estes, abordam sobre a 
prevalência, tipagem do HPV, e co-infecção por outros microrganismos, sendo o HIV mais 
frequente. Alguns trabalhos abordaram o comportamento social e familial de gestantes HPV+. 
Poucos trabalhos têm se referido a achados citológicos e a presença da infecção pelo HPV em 
grávidas. E, os resultados relatados neste trabalho permitem inferir a falta de padrão nos 
métodos de diagnósticos, sendo aplicados diferentes métodos de identificação. 
Palavras-chaves: Papiloma vírus humano. Gestantes. Doença Sexualmente Transmissível. 
 
ABSTRACT 
 
Of the cancers that hit women, cervical cancer is the second most frequent. Being closely 
associated with the most common sexually transmitted infection worldwide, the human 
papilloma virus (HPV) that infects the cervix epithelium, may persist asymptomatically or 
cause neoplasms / cancer. This work aimed to identify in the existing literature the incidence 
of human papilloma virus in pregnant women in Brazil, as well as to determine the prevalence 
and genotypes of HPV. The present work was a quantitative descriptive bibliographical 
review, where the data were previously cataloged in the literature. For that, a systematic 
 
1 Preceptor/Biomédico da Universidade Ceuma. 
2 Acadêmica de Biomedicina da Universidade Ceuma. 
2 
 
 
review was performed from the Latin American and Caribbean in Health Sciences (LILACS) 
with the suit "HPV AND GESTANTES" were located 24 articles. selected to present the 
results. These address the prevalence, HPV typing, and co-infection with other 
microorganisms, with HIV being more frequent. Some papers have addressed the social and 
familial behavior of HPV + pregnant women. Few studies have reported cytological findings 
and the presence of HPV infection in pregnant women. And, the results reported in this study 
allow us to infer the lack of standard in the diagnostic methods, and different methods of 
identification were applied. 
Key-words: Papillomaviridae. Pregnant women. Sexually transmitted disease. 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
 
O câncer do colo do útero é o segundo tipo de câncer mais frequente na população 
feminina, responsável por mais de 250.000 mortes em todo o mundo, sendo que 80% dessas 
mortes ocorrem nos países em desenvolvimento (GASPERIN et al., 2011). A neoplasia ou 
câncer do colo uterino de evolução lenta, com longo período de desenvolvimento, em relação 
aos demais cânceres (BATISTA et al., 2012). 
A incidência das Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs) vem aumentando nos 
últimos anos, sendo considerado um relevante problema de saúde pública. E o Brasil é líder 
mundial na incidência do Papiloma Vírus Humano (HPV), associado a infecção sexualmente 
transmissível, gerando uma das DSTs mais comum em todo o mundo. Este infecta o epitélio 
escamoso de seres humanos, podendo persistir de forma assintomática e/ou causar neoplasias 
(INCA, 2011). E são registrados cerca de 135 mil casos novos/ano e, as portadoras 
preferencialmente são mulheres entre 15 a 25 anos (VIEIRA, 2009), um desafio em termos de 
saúde pública. No mundo estima-se que o número de mulheres infectadas pelo HPV chega a 
291 milhões (NAKAGAWA et al., 2010). O HPVs 16 e 18 são os genótipos de alto risco 
oncogênico, causando aproximadamente 70% dos cânceres cervicais invasivos (NORONHA 
et al., 1999; WOLSCHICK et al., 2007). 
Existem diversos fatores de risco a infecção pelo HPV, dentre os fatores, ser mulher 
jovem sexualmente ativa, é um grupo que apresenta maiores taxas de prevalência, ficando 
entre 50 e 80% após dois ou três anos do início da atividade sexual, os risco de adquirir a 
infecção (ROTELI-MARTINS et al., 2007). Outro fator de risco é ter múltiplos parceiros 
sexuais, ou o número de parceiros e a idade dos mesmos durante a vida (BASEMAN & 
KOUTSKY, 2005). 
A incidência do câncer do colo uterino (CCU) em mulher grávidas não é rara, 
ocorrendo uma incidência de 15 casos para 100 mil gestações (BOND, 2009). Estas são 
3 
 
 
susceptíveis, devido às alterações celulares e do sistema imunológico, modificações no trato 
genital inferior, como: hipertrofia das paredes vaginais, aumento do fluxo sanguíneo e da 
temperatura (TEDESCO et al., 2006). 
Estudos no Brasil e revisão sistemática mostram que a cobertura do exame preventivo 
ainda é baixa com relação ao preconizado pela OMS que é de 80% (CORREA et al., 2012). 
Pela dificuldade de acesso, em países em desenvolvimento, muitas mulheres só procuram o 
Serviço de Saúde quando apresentam sintomas da doença ou durante a gravidez para a 
realização do pré-natal. Sendo este período único e oportunidade à realização de uma 
colpocitologia com o objetivo de prevenção do câncer do colo uterino. 
 Embora, o HPV seja percurso de neoplasias no colo uterino e gestantes serem 
susceptíveis a alteração no epitélio, estudos sobre a infecção pelo HPV em gestantes são 
escassos e não tem ampla distribuição no Brasil. Assim, é importante identificar a prevalência 
da infecção neste grupo, para conhecer fatores de risco, causa associadas à infecção, tanto de 
forma biológica como psicossocial. Para assim, gerar medidas preventivas de controle e 
planejamento a saúde das gestantes. 
Este trabalho teve como objetivo identificar na literatura existente á incidência do 
HPV em mulheres grávidas no Brasil. Bem como determinar a prevalência e os genótipos do 
HPV. Este foi uma revisão da literatura de artigos originais publicados entre 2000 a 2014. 
 
METODOLOGIA 
 
Este foi um estudo exploratório quali-quantitativo, consistindo em uma revisão da 
bibliográfica, que buscou analisar a incidência do HPV em gestantes no Brasil. 
Esta revisão foi realizada através do levantamento de dados encontrados na literatura 
impressa (por meio de livros) e em artigos originais disponíveis na internet. Realizou-se uma 
revisão sistemática a partir do banco de dados de artigos compilados Livraria Eletrônica da 
Saúde (BVS), utilizando o portal do LILACS - Latino-americana e do Caribe em Ciências da 
Saúde, através do terno “HPV AND GESTANTES”. 
Para o desenvolvimento da revisão bibliográfico, foram utilizados alguns critérios de 
inclusão: artigos originais e/ou texto completos publicados entre 2000 a 2014, nas línguas 
portuguesa, inglesa, espanhola e os que apresentassem conteúdo compatível com o objetivo 
do estudo. 
Foram localizados 24 trabalho através do termo HPV and Gestantes.Após a leitura 
dos títulos e resumos foram selecionados 14 estudos para apresentação de resultados (Tab.1). 
 
4 
 
 
Tab. 1 – Trabalhos encontrados no LILACs com o termo “HPV and Gestantes”. 
Ano Artigo Original Revisão Dissertação e teses Outros* Total 
<2000 2 1 0 0 3 
≥2000 11 3 3 4 21 
Total 13 4 3 4 24 
*Estudo de caso e fora do tema analisado. 
 
RESULTADO E DISCUSSÕES 
 
Dos estudos selecionados, artigos originais e trabalhos acadêmicos, este tratavam sobre a 
frequência/incidência de HPV e outras DSTs, e sobre características comportamentais de 
paciente e familiares (Tab. 2). 
Tab. 2 - Estudos selecionados para desenvolvimento dos objetivos da pesquisa. 
Autor Ano Local Incidência Tipo 
Amaral et al 2009 Alagoas 6 Frequência Estatística 
Bonilha et al 2009 São Paulo 70 Frequência Estatística 
Brandão et al 2010 Pernambuco 96 Frequência Estatística 
Campos et al 2008 São Paulo 75 Frequência Estatística 
Mota 2002 São Paulo 119 Frequência Estatística 
Murta et al.
a
 2001 Minas Gerais 145 Frequência Estatística 
Murta et al.
b
 2001 Minas Gerais 134 Frequência Estatística 
Oliveira et al 2013 
Rio Grande 
do Sul 
31 Frequência Estatística 
Silveira et al
 a
 2008 Maranhão 41 Frequência Estatística 
Silveira et al
 b
 2008 Maranhão 97 Frequência Estatística 
Santos Junior 2005 São Paulo 60 Frequência Estatística 
Travassos 2012 Bahia 3 Frequência Estatística 
Média/ Desv. Padrão 73,1/ 47,2 
 
Moura et al 2008 Ceará --- 
Características 
Comportamentais 
Yasoyama et al 2005 São Paulo --- 
Características 
Comportamentais 
 
5 
 
 
Incidência do HPV em gestantes 
 
Dos trabalhos encontrados pelo termo pesquisado, 12 estudava a frequência/incidência 
da infecção de HPV e/ou outra DST. E a literatura tem indicado uma variação de 2 a 48% na 
ocorrência de HPV, sendo que diferenças são encontradas de região a região (SILVEIRA et 
al, 2008
b
). Nosso estudo teve uma variação muito alta, onde a média da incidência do HPV foi 
de 73,1 e desvio padrão de 47,2. 
Amaral et al (2009) realizou em Alagoas um estudo com 57 pacientes, sendo seis 
(10,5%) destas gestantes, com média de idade de 31,26 anos (18-61 anos). Bonilha et al 
(2009) analisou um grupo com 70 mulheres grávidas soropositivas. E, Brandão et al (2010) 
pesquisou de HPV pela técnica de Captura de Híbrido (CH II®) em 96 gestantes. Alguns 
trabalhos mostra a média de idade que, assim como Vieira (2009) as portadoras 
preferencialmente são mulheres entre 15 a 25 anos. Os estudo de Oliveira et al (2013) estudou 
31 adolescentes gestante, com HPV. 
Campos et al (2008) avaliaram os fatores associados à presença de RNA-HIV na 
vagina. E, na análise univariada, a infecção por HPV 62 (baixo risco oncológico) aumentaram 
a prevalência de HIV vaginal, mas não a presença de HPV por CH II, múltiplos tipos (mais 
que três) ou tipos oncogênicos de HPV. Neste trabalho, foram detectados por captura hibrida 
75 pacientes HPV (6 HIV vaginal +). 
Murta et al (2001ª) estudar um grupo de mulheres grávidas com infecção pelo HPV, 
analisando a faixa etária, a idade gestacional, o número de gestações e os achados citológicos. 
O parâmetro de achados citológicos avaliou a incidência de HPV em gestante de 145 casos, 
dividido em dois grupos: < 20 anos e ≥ 20, com 109 e 136 casos, respectivamente. Os sinais 
citológicos de infecção por HPV são mais frequentes nas mulheres grávidas com idade 
inferior a 20 anos. 
Murta et al (2001
b
) avaliou a influência da gravidez, do hábito de fumar, do método 
anticoncepcional e quais os achados citológicos mais frequentes em adolescentes com 
infecção pelo HPV, onde obteve uma frequência de 134 paciente HPV positiva, com media de 
idade de 17,05 anos. 
Silveira et al
 
(2008ª) revelou que 41 (4,9%) destas apresentaram efeitos citopáticos 
compatível para HPV, enquanto 800 (95,1%) gestantes não apresentaram sinais citológicos 
para o vírus. Verificou-se que o efeito citopático para HPV foi mais prevalente nas gestantes 
que tinham idade igual ou superior a 20 anos, que estavam na primeira metade da gestação, 
havendo uma diminuição da frequência da infecção com o aumento da paridade. 
6 
 
 
Silveira et al.
 
(2008
b
) foram encontrados 318 casos (3,53%) com laudos de alterações 
citológicas, onde 1,60% estavam relacionadas a ASCUS, 1,44% a AGUS. E, foi encontrada a 
coexistência de 97 (60,25%) casos incluindo alterações celulares clássicas compatíveis com 
HPV, dentre as alterações celulares de baixo e alto grau. A faixa etária prevalente para 
ASCUS e LSIL foi abaixo de 35 anos, enquanto que para HSIL foi acima de 49 anos. A 
alteração celular prevalente em gestantes foi LSIL, bastante associada à HPV. 
Santos Junior (2005) detectou de um total de 110 gestantes HIV-1 positivo, 60 tinha 
co-infecção cervical positivo para HPV, para resultados obtidos de HPV cervical, foi utilizado 
métodos moleculares (Captura Híbrida-II e PCR/RFLP). E, também utilizando biologia 
molecular, Mota (2002) e teve uma amostra de 188 gestantes HIV positivo e 99 gestantes HIV 
negativo, o DNA-HPV foi detectado em +/- 100 (53,2%) das gestantes HIV positivo e +/- 19 
(19,2%) das gestantes HIV negativos. Travassos (2012) estudando infecções sexualmente 
transmissíveis e, identificou 3 casos de HPV. 
 
Co-infecção do HPV e outra DSTs 
Dos trabalhos estudado, sete (7) mostravam co-infecção do HPV com HIV e/ou outra 
DSTs (Tab. 3). 
 
Tab. 3 - Estudos que avaliaram co-infecções em relação ao HPV. 
Autor Ano Local Incidência Co-infecção 
Bonilha et al 2009 São Paulo 70 HIV 
Brandão et al 2010 Pernambuco 51 HIV 
Campos et al 2008 São Paulo 75 HIV 
Mota 2002 São Paulo 100 HIV 
Oliveira et al 2013 
Rio Grande do 
Sul 
7 HIV 
Santos Junior 2005 São Paulo 60 HIV 
Travassos 2012 Bahia 3 
Chlamydia trachomatis, hepatite 
C, sífilis 
 
Dentre os trabalhos, cinco das co-infecções eram por HIV. Bonilha et al. (2009) 
analisou em seu estudo um grupo de 70 mulheres grávidas soropositivas. Brandão et al. 
(2010) fez um grupo com 96 gestantes (51 HIV soropositivas e 45 HIV soronegativas). 
7 
 
 
Oliveira et al. (2013) que estudou adolescentes gestante com menos de 20 anos, identificou 31 
HPV positivas, onde 7 estavam co-infectadas com HIV. 
E, através de técnica de biologia molecular, Santos Junior (2005) avaliou através a 
prevalência pela presença de DNA-HPV no sangue periférico entre as gestantes HIV-1 
positivo. Do total de 110 gestantes HIV-1 positivo, 60 estavam com infecção cervical positivo 
por HPV apresentaram resultados de pesquisa de HPV cervical pelos métodos moleculares 
(Captura Híbrida-II e PCR/RFLP). Mota (2002) avaliou a prevalência do HPV durante o 
período gestacional, teve uma amostra de 188 gestantes HIV positivo e 99 gestantes HIV 
negativo, provenientes da cidade de São Paulo – SP, o DNA-HPV foi detectado em +/- 100 
(53,2%) das gestantes HIV positivo e +/- 19 (19,2%) das gestantes HIV negativo. 
alguns trabalhos apresentaram mais de uma co-infecção, como, Travassos (2012) 
observou 6/63 das pacientes, com mais de uma co-infecção sexualmente transmissível. 
Dessas, três (3) HPV+, estavam co-infectadas (Chlamydia trachomatis, hepatite C e sífilis; 
hepatite C; e Chlamydia trachomatis), respectivamente. 
 
Tipagem do HPV em gestantes 
Campos et al (2008) também fez a tipagem do HPV em gestantes HIV+/-, onde, para 
algum tipo de HPV (14 HIV vaginal + e 145 HIV vaginal -), e o HPV 62, foram detectados 8 
HIV vaginal + e 42 HIV vaginal -. 
Mota (2002) a infecção persistente por HPV, definida como a detecção do mesmo tipo 
de HPV na gestação e no puerpério foi detectada em 65,6 por cento das mulheres HIVpositivo e 20 por cento nas mulheres HIV negativo (p < 0,001). 38,1 por cento das mulheres 
HIV positivo tiveram infecção persistente com HPV 16 ou HPV 18, que são os tipos mais 
fortemente associados com câncer cervical. 
Oliveira et al (2013) em seu estudo fez genotipagem do HPV, assim como identificar 
os fatores associados à infecção em mulheres, gestantes e não gestantes HIV-1 positivas e 
negativas, atendidas nos Ambulatórios de Ginecologia, Rio Grande do Sul. E, do total das 55 
incluídas no estudo 47 amostras (85,4%) foram genotípicas. Em cada uma houve apenas um 
genótipo por infecção, foram: oito HPV 16 (17%); oito HPV 58 (17%); seis HPV 6 (12,7%); 
quatro HPV 18 (8,5%); quatro HPV 33 (8,5%); três HPV 53 (5,4%); três HPV 82 (6,3%); dois 
HPV 83 (4,2%); dois HPV 61 (4,2%), e os demais, um caso com frequência de 2,1% cada. 
Existem genótipos específicos de HPV causadores de lesões intra-epiteliais escamosas 
e do câncer cervical, são classificados segundo o potencial oncogênico, vírus de baixo risco 
(6, 11, 42, 43 e 44) e de alto risco (16, 18, 31, 33, 35, 39, 45, 51, 52, 56, 58, 59, 66, 68 e 70), 
8 
 
 
os tipos 16 e 18 causam aproximadamente 70% de todos os casos de câncer cervical em todo 
o mundo, enquanto que os tipos 6 e 11 causam a maioria das verrugas genitais tanto em 
homens quanto em mulheres (Wolschick et al., 2007). 
 
Características comportamentais de gestantes HPV+ 
Foram analisados dois trabalhos que buscavam compreender as características 
comportamentais e familiares de gestante com HPV. Onde, Yasoyama et al (2005), analisou a 
aceitação das mulheres em fazer o exame preventivo no período gestacional, entrevistando 81 
mulheres com questionário estruturado. E, os resultados mostraram que, em sua maioria, as 
mulheres entrevistadas eram do lar, tinham um só parceiro, e uma média de duas gestações e 
faziam o exame de Papanicolau anualmente mesmo estando gestantes. Sendo o Programa de 
Saúde da Família (PSF), uma estratégia que aproxima a equipe de saúde da família, 
proporciona maior sensibilização e entendimento das mulheres para a realização do exame 
preventivo ginecológico. 
Moura et al (2008) Avaliou os aspectos estruturais de uma família com gestante 
portadora do HPV assistida em um serviço de saúde, com base no modelo Calgary. Os autores 
perceberam no estudo, que a doença não interveio na relação conjugal, nem afetou o 
desenvolvimento da família; que a gestante apresenta um forte vínculo com sua família. 
CONCLUSÕES 
 
Poucos trabalhos têm se referido a achados citológicos e a presença da infecção pelo 
HPV em grávidas. Deve-se estimular a estudos sobre a prevalência e a distribuição dos tipos 
de HPV entre mulheres, especialmente em áreas economicamente carentes e de difícil acesso 
a serviços de saúde. Além disso, é essencial conhecer os fatores que contribuem para a 
regressão, progressão e persistência da infecção do colo do útero pelo HPV, na perspectiva de 
identificar os grupos de maior vulnerabilidade e risco para a doença, e assim avançar em 
estratégias para sua prevenção e controle. Os resultados relatados neste trabalho permitem 
inferir a falta de padrão nos métodos de diagnósticos, onde foram aplicados diferentes 
métodos de identificação, e não houve uma padronização da amostra. 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
 
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