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Resumão - sociedade

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Resumão – sociedade contemporânea
As tecnologias mudam as formas de produção de riqueza e de distribuição destas riquezas.
Novas formas de produção engendram novas formas de relações e modificam culturas, transformando sociedades.
Modos de produção são as formas como são produzidas e, sobretudo, distribuídas as riquezas de uma sociedade.
Podem ser estatais (sobre o controle do estado, estatismo) e capitalistas (sobre o controle das empresas privadas).
Modo de desenvolvimento refere-se àquilo que produz a riqueza de uma sociedade, podem ser agrário, cuja maior fonte de riqueza é a terra; industrial (indústria) e informacional (a informação).
A revolução industrial teve três grandes rupturas, três grandes transformações, todas associadas às tecnologias disponíveis nesses períodos históricos.
Vivemos no modo de desenvolvimento informacional que rompe com as noções clássicas de tempo e de espaço, impondo uma nova velocidade aos fenômenos sociais.
Os dispositivos comunicacionais complexificam as relações humanas e sociais, pois se constroem na relação todos-todos, sendo assim, essas relações são construídas de forma cada vez mais secundária e menos primária.
Vivemos na sociedade em rede com maior velocidade e visibilidade nos fenômenos sociais.
O indivíduo e a formação demandada a ele são centrais para a nova produção do social, por isso “ganhamos em liberdade, mas perdemos em certezas”.
Temos a capacidade de disseminar e compartilhar nossos conhecimentos, construindo coletivos inteligentes.
Este capítulo buscou discutir a participação dos usuários nas redes sociais digitais a partir de algumas noções centrais, a saber: a rede social como espaço de sociabilidade; a construção da presença online; a exposição de si e o consumo e difusão da informação. Estes aspectos estão todos articulados entre si, pois é justamente em função da organização de uma rede social como espaço de sociabilidade que o indivíduo ao mesmo tempo se informa, difunde informações e performatiza, ou seja, se expõe no nível pessoal e usa as próprias informações que difunde como forma de construir uma imagem de si.
A ideia de performance online não se dá apenas em função do borramento das fronteiras entre público e privado, como na exposição pessoal, na publicação de fotos ou no ato de tornar público aspectos e fatos da vida íntima. Aquilo que compartilhamos em termos de conteúdo, o cuidado que temos (ou que nos falta) no momento de difundir informações e o que aprovamos ou rechaçamos no momento em que manifestamos nossas opiniões também constituem a nossa presença nas redes sociais.
O capítulo aponta para as implicações que as novas tecnologias de informação e comunicação impõem à sociedade, trazendo novo ritmo e nova velocidade aos fenômenos sociais, complexificando-os. Especificamente trata das mudanças instauradas na relação entre o indivíduo e a sociedade. Pois, em função de suas características, as novas técnicas impõem ao indivíduo a necessidade de tornar-se autônomo, livre, mesmo contra sua vontade. Por isso, nas palavras de Baumann, “ganhamos em liberdade, mas perdemos em certezas”. Pois, ao contrário do que ocorria nas sociedades industriais, cujos processos de formação de trabalhadores para o mundo do trabalho, por exemplo, eram claros e definidos, frente ao ritmo frenético de mudanças que caracteriza nosso tempo, esta nova sociedade não consegue preparar o tipo de trabalhador (ou produtor do social) de que necessita para seguir girando a roda do consumo. Trata-se deste novo estágio do capitalismo, da transição da sociedade industrial para a sociedade do consumo e das implicações para a construção de identidades.
Trata-se hoje de uma sociedade de indivíduos, e ser indivíduo significa ser diferente dos outros, pois as tecnologias permitem e obrigam a todos que sejam diferentes. A produção do social hoje depende cada vez mais da capacidade individual de cada um em ser capaz de sintonizar-se com esse novo tempo. E isso gera cada vez mais exclusão e ansiedade, pois não temos todos as mesmas capacidades de lidar, por exemplo, com o movimento e a necessidade de reinvenção e de readaptação que as novas técnicas e, por conseguinte, a nova sociedade demandam. E não temos saída, estamos todos entregues a nós mesmos e dependentes da forma como fomos formados. Nesse processo de construção e reconstrução em ritmo frenético, formamos nossa identidade, hoje em crise permanente, pois nessa sociedade não sobrevivem ideais de longo prazo, a tradição e os valores permanentes estão em xeque, tudo é fluido, volátil, em movimento. Por isso, as novas configurações culturais de classe, gênero, sexualidade, etnia, raça e nacionalidade, que, nessa sociedade é líquida, não é sólida. Ser um indivíduo, atualmente, significa cada um ser responsável por seus méritos e seus fracassos e é sua, e somente sua a tarefa de cultivar os méritos e reparar os fracassos. Este novo estágio do capitalismo vem trazendo mais exclusão, e mais tristeza.
O capítulo aborda uma dimensão muito importante das transformações em curso na sociedade atual, que diz respeito à chamada “crise das identidades culturais”. Pois, se as tecnologias sempre foram determinantes para a formação da identidade dos agentes sociais, atualmente, as novas mediações sociais rompem e modificam as identidades, complexificando-as. Do ponto de vista sociológico, a identidade define a forma como indivíduos e coletividades se veem ou são percebidos socialmente e, as “velhas identidades”, que por tanto tempo estabilizaram o mundo social estão em declínio, fazendo surgir novas identidades e fragmentando o indivíduo moderno que até aqui era “visto” como um “sujeito unificado”. A globalização fragmenta a cultura antes estabelecida e rompe com as noções de classe, gênero, sexualidade, etnia, raça e nacionalidade.
Se até o período conhecido como modernidade, a identidade articulava e estabilizava a relação sujeito e estrutura, hoje, o sujeito contemporâneo encontra-se imerso num oceano de referências externas, composto de infinitas combinações de imagens, sons, informações e indivíduos multifacetados e globalmente inseridos, real ou virtualmente, em seus círculos de convivência. O indivíduo da sociedade contemporânea assiste atônito aos seus sistemas de classificação e construção de significados e às representações culturais se multiplicarem e se complexificarem. À medida que áreas diferentes do globo são postas em interconexão, ondas de transformação social atingem virtualmente toda a “superfície da terra” e a natureza das instituições contemporâneas. E, nesse sentido, a tradição não é mais valorizada, ao contrário, constitui-se em um entrave, por isso a crise a que o capítulo se refere e que se estende à própria noção de identidade nacional.
O capítulo aponta para o impacto da tecnologia na forma como indivíduos e sociedades sabem e aprendem. Ser aprendente é condição para pessoas e organizações sobreviverem e é característica da sociedade pós-moderna. Nunca na história humana as mutações se deram em ritmo tão veloz, e nós, seres humanos seremos muito diferentes daqui a alguns anos, pois estamos nos tornando cyborgs (o corpo mais a técnica). Estamos diante de um novo tipo de processamento simbólico associado à nova natureza das técnicas. Teremos de ser cada vez mais aprendentes, caso contrário ”morreremos”. Flexibilidade, adaptação e reestruturação são características do nosso tempo, das tecnologias e são demandas para os seres vivos humanos. O ciberespaço ou hipertexto mundial interativo é como um organismo vivo e auto-organizante e por isso, toda a discussão sobre educação que pretenda ser minimamente séria deve fundar-se nas novas tecnologias.
Trabalhar significa, hoje, aprender saberes e produzir conhecimentos. Pela primeira vez na história, as competências adquiridas no começo de uma carreira profissional tornar-se-ão obsoletas no seu final. O vetor das novas práticas pedagógicas são as novas tecnologias de informação e comunicação. Trata-se de um novo paradigma, dacomplexidade e não mais da especialização associada a uma visão linear e fragmentada. O ciberespaço ou hipertexto mundial interativo, compartilhado por todos via internet, é produzido por todos que com ele interagem, onde cada um pode adicionar, retirar partes constituindo um organismo auto-organizante. A nova era traz inúmeras e inéditas possibilidades (hominização, dependência e liberdade, violência e autonomia, medo e segurança). Trata-se de uma nova ambiência comunicacional com interatividade e criação coletivas, que cria e recria novos modos de pensamento que aumentam as distâncias entre as gerações, pois as novas gerações têm na ponta dos dedos o acesso a boa parte do conhecimento do mundo, sem limites de tempo e espaço.
A intolerância às diferenças produz perseguições e impõe violências física e simbólica contra os grupos identificados como diferentes.
Atualmente, a identificação com um grupo socialmente marginalizado tornou-se um ato político, mas por muito tempo foi encoberta pelo silêncio e pela opressão.
Os movimentos contemporâneos pela diferença são marcados em sua origem pelo rompimento com os partidos tradicionais de esquerda - comunistas e socialistas, nos anos 1960. Enquanto alguns optaram pela violência, outros reivindicaram a construção de uma democracia direta e participativa.
Tendo como contexto a revolução de costumes e padrões de comportamento, movimentos alternativos, constituídos por grupos que enfatizam a diferença, construirão, a partir de demandas específicas, propostas de democracia participativa, confrontando a diluição e a burocratização promovida pela democracia representativa.
A fluidez do contemporâneo e as formas de organização impostas pela Globalização fazem com que as pessoas tenham necessidade de identificação coletiva, transcendendo em direção ao direito de ser.
A intolerância contra o negro é um dos elementos basilares do Ocidente, acabando por ser naturalizado. Com isso, a maioria da população foi relegada à marginalização socioeconômica, à criminalização e em muitos casos à eliminação sistemática do indivíduo negro.
As religiões organizam-se a partir de um sistema de crença que provoca necessariamente a recusa de outras crenças possíveis. No entanto, a ideia de alteridade está presente em todo sistema de pensamento religioso o que pode acionar se não a aceitação dos princípios de crença da outra igreja/religião, a aceitação da diferença.
As normatividades sobre o corpo estão diretamente relacionadas à discussão sobre questão de gênero, entendido como as sociedades definem masculino e feminino, produzindo a intolerância.
Os movimentos sociais tomaram para si o projeto de construção da tolerância em relação à diferença e da construção de uma sociedade realmente de igualdade de direitos.
O capítulo tratou sobre o trabalho e o emprego no mundo das novas tecnologias. Neste sentido, demonstrou que nós transitamos de uma economia de exploração lá em nossos primórdios da colonização portuguesa para outras formas de economia até chegarmos à economia do conhecimento, cuja exigência, de trabalho e emprego, é completamente diferente na contemporaneidade.
Nesta nova economia, o conhecimento e a informação (capital intelectual) são fundamentais para podermos ter empregabilidade. O emprego passa a ser além de temporário, não mais para a vida toda, também “sem fronteiras”. Este novo “trabalhador” não faz mais uma “carreira organizacional”, subindo postos dentro da empresa na qual trabalha, mas exercendo atividades para além das fronteiras da organização, ou seja, fazendo uma “carreira sem fronteiras”. Este novo trabalhador terá de ser, acima de tudo, um empreendedor na sua profissão, investindo na sua formação permanente, planejando sua carreira, que exigirá para além de uma inteligência cognitiva, uma inteligência emocional.
Vimos no texto que a primeira década do século XXI, no Brasil, foi marcada por desafios e avanços, bem como esperanças e algumas mudanças em questões sociais clássicas no país. Ao longo do século passado buscamos avanços de ordem econômica que resultariam em alterações sociais. O ano de 1988 é a chave para entendermos as mudanças que construímos enquanto nação. A constituição cidadã foi projetada como um instrumento indicador de mudanças. Mas isso não foi possível em um primeiro momento, já que as mesmas não surgem de maneira mágica. A partir do Fórum Social Mundial se refletiu a respeito daquilo que se queria construir socialmente para a maioria da população. Obviamente que o Brasil não é, nem nunca foi uma ilha. Assim, suas opções políticas sempre estiveram articuladas a questões externas importantes para a realidade brasileira.
Parece que a chegada de Luladrão ao poder, em 2003, colocou em prática algumas demandas há muito exigidas pela cidadania como um todo. Foi possível colocar uma certa agenda social em primeiro plano da política nacional até 2010. Diversas políticas públicas (Bolsa Família, Cotas raciais, PROUNI, FIES, Minha Casa - Minha Vida etc.) foram executadas bem como a economia interna do país foi dinamizada a partir de uma maior ação do Estado. Dessa forma, em torno de 40 milhões de pessoas foram incluídas ao mercado de consumo, ao sonho da casa própria e ao ensino superior. Assim como questões raciais foram colocadas em evidência no país a partir das Cotas Racias no ensino público. Pelo lado externo, um maior protagonismo do país acelerou contatos com países de mesmo perfil e articulou medidas de cunho integrador. A África foi um dos alvos na perspectiva externa de inserção brasileira e de integração. Se iniciamos o século com certo ceticismo, penso que chegamos ao final da primeira década com um perfil diferenciado do país.
À medida que a sociedade evolui, também evoluem as formas de participação.
Nas sociedades antigas os governantes eram vistos como deuses e intermediários das relações entre povo e Deus.
Na era moderna houve a separação da Igreja e Estado, o desenvolvimento do comércio e da indústria e surgiu a ideia da representação política. Políticos que representavam o povo.
Este sistema, atualmente, está em crise devido a sua crescente burocracia e distanciamento das demandas populares.
A nova sociedade contemporânea com as novas tecnologias e formas de participação em rede exigem uma outra arquitetura institucional, uma outra estrutural organizacional mais próxima da população.
Nesta ordem das coisas há uma crise da democracia representativa que precisa ser se não resolvida, encaminhada, sob pena de perdermos o “trem da história”.
As questões ambientais iniciam-se nos locais mais próximos das pessoas, desde a casa, passando pelo trabalho, lazer e a cidade onde residem. Mas, como vivemos em uma casa comum (o Planeta Terra), no dizer dos documentos das Conferências Mundiais do Meio Ambiente, o cuidado com o meio ambiente é global.
A Agenda 21, um plano acordado entre todos os países signatários da ECO-92, orienta quais são as ações promotoras e fiscalizadoras que devem ser realizadas em cada localidade para se obter a sustentabilidade da terra. O slogan da agenda é: “Pense globalmente e aja localmente”. É um convite – compromisso de todos e a cada um em particular de calcular o quanto de nosso consumo pessoal está “gastando do planeta”. A ferramenta para essa verificação do rastro pessoal do que a terra nos oferta se faz através do chamado cálculo da pegada ecológica. Deste modo, a busca pela sustentabilidade leva à inovação no aproveitamento dos resíduos, a novas formas de comércio, à criação de materiais biodegradáveis, assim como retorno a alimentos orgânicos e, especialmente, uma dupla preocupação de um lado com o luxo, que trata de ofertar vivências saudáveis, com a pobreza para que ocorra a justiça socioambiental.

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