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Venlafaxina e o tratamento para depressão finalizado

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Venlafaxina e o tratamento para depressão
Gabrielle Batista Oliveira; Laura Braganhol Rodrigues; Rafhaela Ribeiro Lima.
Introdução 
A depressão é caracterizada pelo temperamento depressivo, redução de interesse ou falta de entusiasmo em atividades rotineiras. Para a Organização Mundial da Saúde (OMS), a depressão é relacionada a elevados níveis de comorbidade e mortalidade prematura, causando a incapacidade em todo o mundo. (MARRA & SILVA, 2015).
Um episódio de depressão maior é caracterizado pelo humor depressivo, perda de
interesse ou prazer nas atividades habituais, que persiste durante um período de pelo
menos duas semanas e é acompanhado por uma gama de sintomas depressivos, tais
como mudanças nos padrões de alimentação ou no sono, fadiga, dificuldade de
concentração, indecisão, pensamentos de morte ou suicídio, sentimentos de
inutilidade, impotência ou desesperança (APA, 2000). A duração da doença é igual ou
superior a duas semanas; em alguns casos a depressão acontece de forma isolada
(episódios depressivos separados por vários anos). Em outros, acontece de maneira
consecutiva em determinado período da vida, ou ainda, aumenta a recorrência com o
passar da idade (APA, 2000).
A depressão ou transtorno depressivo maior (TDM) é classificada segundo a
Organização Mundial de Saúde (OMS) como uma das principais causas de incapacidade
em todo o mundo e está associada a altos índices de comorbidade e mortalidade
prematura (WHO, 2008). Esta condição está associada com a acentuada taxa de
comorbidade, perda de funcionamento e produtividade, o que gera uma demanda
significativa sobre os prestadores de serviços em termos de carga de trabalho (APA
2000; NICE 2010).
Boa parte dos casos de depressão é dificilmente diagnosticada ao primeiro contato com o médico, dificultando tratamento especifico. Em pacientes diagnosticados com câncer a incidência de depressão chega a 47%, relacionados a uma população especifica, o número também é alto em pessoas acometidas com infarto, cerca de 30%. (FLECK, BERLIM, LAFER, SOUGEY, DEL PORTO, BRASIL, JURUENA & HETEM,2009)
Estudos de prevalência em diferentes países ocidentais mostram
que a depressão é um transtorno freqüente. A prevalência anual na
população em geral varia de 3 a 11%28-30. Uma metanálise de 23
estudos de prevalência e incidência de depressão, utilizando o pool
de amostras, encontrou a prevalência de 4,1% em um ano e 6,7%
em toda a vida1. Estes dados contrastam com o principal estudo
norte-americano sobre o tema, que encontrou respectivamente
6,6% (um ano) e 16,2% (toda a vida)3.
Estudos desenvolvidos com amostras clínicas (de pacientes)
mostram prevalência superior. Em pacientes de cuidados primários
em saúde, Ustun e Sartorius31, em estudo internacional realizado em
14 países, mostraram a mediana de prevalência acima de 10%. Em
populações específicas, como a de pacientes com infarto recente, de 33%32, chegando a 47% nos pacientes com câncer33. Em pacientes internados por qualquer doença física a prevalência de depressão varia entre 22% e 33%.
Nos anos de 1970 os antidepressivos seletivos foram lançados, sendo conhecidos como Inibidores Seletivos da Recaptação de Serotonina (ISRS). Tais medicamentos têm sua atuação na fenda sináptica impedindo a recaptação dos neurotransmissores serotonina. Consequentemente, grande quantidade desse hormônio fica disponibilizado para efetuação de sinapses, causando aumento na atividade serotoninérgica no organismo. (MARRA & SILVA, 2015).
Na década de 1970 foram lançados os primeiros antidepressivos seletivos, os
Inibidores Seletivos da Recaptação de Serotonina (ISRS). Estes antidepressivos atuam
na fenda sináptica inibindo a recaptação do neurotransmissor serotonina. Como
consequência, maior quantidade de serotonina fica disponível para realização de
sinapses, aumentando a atividade serotoninérgica no organismo (O’DONNELl;
SHELTON, 2012; BRATS, 2012). No Brasil, estão disponíveis seis medicamentos da classe
dos ISRS para comercialização: paroxetina, sertralina, fluvoxamina, citalopram,
escitalopram e a fluoxetina, este último disponível no SUS (ANVISA, 2015; BRATS,
	Esse estudo tem como objetivo fornecer informações sobre o medicamento venlafaxina, seus usos e eficácia, também, apresenta os meios para a obtenção de tal remédio. 
RESUMO
 Nesse contexto disponibilizamos os motivos que podem levar a uma depressão, e como se pode diagnosticar pessoas que estejam no início dela. Explicando que os métodos adquiridos hoje em dia são escalas de avaliações, onde pessoas especializadas na área avaliam para poder empregar critérios concretos clínicos, e sabendo a evolução do quadro de cada paciente. Mostrando também em quais regiões as medicações do tratamento atuam que funcionam como inibidores seletivos de recaptação de serotonina. Venlafaxina é de rápida absorção, claramente com seus efeitos colaterais comuns, como, náusea, vômito, cefaleia e vertigem. Contudo a Venlafaxina também é autorizada pela ANVISA em tratamentos agudos da depressão, em recaídas, em ansiedades generalizadas e transtornos. A disponibilização da Venlafaxina não é feita pelo Sistema Único de Saúde (SUS), sendo assim que são indicados outros medicamentos no lugar, como, fluoxetina. Na ocorrência de haver extrema necessidade do uso de Venlafaxina, e o uso deste medicamento não possa ser trocado por outro, assim sendo, o paciente recorre ao Sistema Público.
Palavras-chave: Venlafaxina; antidepressivos; Sistema Único de Saúde; Inibidores de Recaptação de Serotonina e Noradrenalina. 
Metodologia
O estudo foi feito através de levantamentos bibliográficos com artigos nacionais. Utilizou-se na elaboração desse trabalho seis artigos entre os anos de 1999 e 2015, com a finalidade de realizar uma análise interpretativa da depressão e da venlafaxina. 
Fundamentação teórica
Para a diagnosticar depressão, um dos primeiros métodos usados foi sugerido por Feignher na década de 1970. Tal proposta era dividida em três grupos de sintomas: humor disfórico; analise de manifestações com agitação, transtornos do sono, diminuição de energia, alterações no apetite e no peso e outros; e por último, os sintomas não poderiam evidenciar distúrbios psíquicos em menos de um mês. (MARRA & SILVA, 2015)
A definição de Feighner (1972) diagnosticava depressão com a presença de três grupos
de sintomas:
Humor disfórico
Pelo menos cinco dos seguintes dos sintomas para diagnóstico “definitivo” ou
quatro para depressão “provável” - agitação, transtorno do sono, diminuição
de energia, alterações no apetite e no peso, perda de interesse em atividades
habituais, sentimento de culpa, perda de capacidade como lentidão ou
pensamentos confusos e pensamentos suicidas
C- Os sintomas deveriam estar presentes no período mínimo de um mês sem
condições psiquiátricas preexistentes.
O método empregado atualmente é o de escala de avaliação. Essas são empregadas em estudos para estabelecer critérios clínicos de indução, modelos de evolução ou melhoria de um episódio depressivo. Em geral, apresentam aspectos do paciente, mostrando os sintomas ausentes ou presentes no quadro clinico e analisam as variações que se fazem no curso do tratamento. (MARRA & SILVA, 2015)
As escalas de depressão são utilizadas para quantificar sintomas depressivos e podem auxiliar no diagnóstico a partir de pontos de corte específicos, pois traduzem o fenômeno clínico em informações objetivas e quantitativas. As informações obtidas pelas escalas de avaliação podem auxiliar no diagnóstico, documentar o estado clínico do paciente deprimido ou complementar informações do paciente que passou por uma avaliação clínica prévia (MORENO &MORENO, 1998).
As escalas de avaliação de estados depressivos geralmente descrevem características
dos pacientes, indicando os sintomas presentes ou ausentes no quadro clínico e
avaliam as mudanças que se operam no curso do tratamento. Há várias escalas de
avaliação da depressão, as mais utilizadas são: escalas Hamilton, a de Montgomery &
Asberge a Escala de Impressão Clínica Global (CGI). As escalas têm sido utilizadas em
pesquisas para estabelecer o critério clínico de inclusão, as medidas de evolução ou de
recuperação de um episódio depressivo (SNAITH, 1993).
Os medicamentos para o tratamento de depressão atuam como Inibidores Seletivos de Recaptação de Serotonina (ISRS) e são conhecidos como fármacos de primeira linha. A fluoxetina é utilizada nesses casos. Outro grupo de antidepressivos é o dos Inibidores da Recaptação de Serotonina e Noradrenalina (IRSN). (BRUMANA,2014)
A venlafaxina é um antidepressivo de uso oral, inibidor da recaptação de aminas cerebrais nas membranas pré- sinápticas e de serotonina. (MINISTERIO DA SAÚDE, 2012). Esse medicamento é de rápida absorção e a ingestão de alimentos atrasa, entretanto não prejudica seu consumo. A metabolização ocorre no fígado com significativo efeito de primeira passagem. (MORENO, MORENO & SOARES, 1999; ECKERT & LANÇON, 2007).
Os efeitos adversos mais comuns desse fármaco são os sintomas como náuseas, vômitos, insônia, vertigem cefaleia. (MARRA & SILVA, 2015)
O princípio ativo da venlafaxina é Cloridrato de Venlafaxina e o medicamento referencial é o Efexor ®. Também possui registro ANVISA, sendo autorizada para o tratamento de episódios agudos de depressão. É indicada na manutenção para prevenção de recaída e recorrência da depressão, no tratamento de ansiedade generalizada e no transtorno da fobia social e do pânico. (MINISTERIO DA SAÚDE, 2012; BRUMANA,2014)
O recurso terapêutico usado na depressão pode ser feito através de medidas não farmacológicas, como no caso de depressão leve ou moderada, variando de acordo com o diagnóstico médico e resposta do paciente. (MARRA & SILVA, 2015)
A venlafaxina não está presente na Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (RENAME) e também não consta na lista de medicamentos especiais, não sendo fornecida pelo SUS. O Sistema Único de Saude (SUS) coloca à disposição da população vários antidepressivos de primeira linha, os quais devem ser recomendadas para o tratamento em substituição a venlafaxina. A sugestão desse medicamento se justifica quando a refrataridade ou intolerância aos medicamentos disponíveis no SUS foi provada. (BRUMANA,2014).
Considerações finais
A venlafaxina é um Inibidor da Recaptação de Serotonina e Noradrelina usado no tratamento de depressão e outros transtornos. Entretanto, apesar de sua eficácia e aprovação pela ANVISA, o SUS não disponibiliza tal medicamento. Pessoas que necessitam de tratamento com venlafaxina devem procurar substitutos, os quais estão disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS). Caso o paciente não possa usar nenhum outro medicamento, com a comprovação conseguirá o fármaco através do sistema público.
Referência
BRASIL. Ministério da Saúde. Consultoria Jurídica/Advocacia Geral da União. Venlafaxina. Brasília- DF, 2012. Disponível em: < www.agu.gov.br/page/download/index/id/23586740+&cd=1&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br> Acesso em: 12/04/2017 
BRUMANA, Rafael Murad. Informações sobre Venlafaxina e Olanzapina no tratamento de depressão. Lajinha-MG, 2014. Disponível em: < www.cnj.jus.br/files/conteudo/.../2015/.../316f24ea50be610b4a256800777a5030.pdf> Acesso em: 12/04/2017 
ECKERT, L & LANÇON, C. Doloxetina comparada com fluoxetina e venlafaxina: uso de análise de meta-regressão para comparações indiretas. Curitiba- PR, 2007. Disponível em: < www.dohmsweb.net/apparenza/informes/171_psiquiatria_art_tec.pdf> Acesso em: 12/04/2017 
FLECK, Marcelo P.; BERLIM, Marcelo T; LAFER, Beny; SOUGEY, Everton Botelho; DEL PORTO, José Alberto; BRASIL, Marcos Antônio; JURUENA, Mário Francisco & HETEM, Luis Alberto. Revisão das diretrizes da Associação Médica Brasileira para o tratamento da depressão (Versão integral). Porto Alegre- RS, 2009. Disponível em: < http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-44462009000500003> Acesso em: 12/04/2017 
MARRA, Lays Pires; SILVA, Sarah Nascimento. Eficácia e segurança da venlafaxina, duloxetina e trazodona no tratamento da depressão. Belo Horizonte- MG, 2015. Disponível em: < www.ccates.org.br/content/_pdf/PUB_1449683623.pdf> Acesso em: 12/04/2017 
MORENO, MORENO & SOARES. Psicofarmacologia de antidepressivos. São Paulo- SP, 1999. Disponivel em: < www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-44461999000500006> Acesso em: 12/04/2017

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