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DISCIPLINA: DIREITO PENAL I PROFESSOR: GUSTAVO TUPINAMBÁ NOME: ______________________________________________________________________________ Nº ______________ PERÍODO: 2º – ANO: 2017/ 2 – TURMA: _______________ – TURNO: _________ – DATA: ____/____/______ TEXTO 07 CONSUMAÇÃO e TENTATIVA 1. Previsão Legal - Art. 14. Diz-se o crime: I – consumado, quando nele se reúnem todos os elementos de sua definição legal; II – tentado, quando iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente. 2. Iter Criminis - Segundo Zaffaroni e Pierangeli, consiste no “... conjunto de etapas que se sucedem, cronologicamente, no desenvolvimento do delito”. - Fases do crime – interna (cogitação) e externa (preparatória e executória) - Iter Criminis: - cogitação (cogitatio) – fase desenvolvida na mente do agente, remetendo à conduta e ao resultado do crime. - preparação – fase voltada a dinamizar a cogitação, mediante a escolha do meio empregado, o local, o momento mais adequado para assegurar a concretização do crime. - execução – fase em que se dá a concretização do crime ou, fica restada a tentativa, por circunstâncias alheias. - consumação (summatum opus) – fase de consumação do crime. - exaurimento – fase em que se esgota todas as conseqüências do crime. - Obs.: não se cogita de iter criminis em crimes de natureza culposa. 3. Consumação - Crimes materiais, omissivos impróprios e culposos – na produção do resultado naturalísitico. - Crimes omissivos próprios – com a abstenção do comportamento do agente. - Crimes de mera conduta – com a ocorrência da conduta descrita no tipo, independente do resultado naturalístico. - Crimes formais – com a ocorrência da conduta descrita no tipo. - Crimes qualificados pelo resultado – com o advento do resultado agravador. - Crimes permanentes – enquanto perdurar sua existência. 4. Punibilidade e os atos de cogitação e preparatórios - Atos de cogitação – inadmissibilidade de punibilidade - Atos preparatórios – em regra, não admitem punibilidade, salvo quando a conduta remetida como preparatória por si mesma caracterizar crime. Ex.: art. 288, CP e art. 25, LCP 5. Atos preparatórios X atos executórios - Pela teoria subjetiva, não existe diferença entre atos preparatórios e executórios, posto que a mera exteriorização da conduta já remeteria à tentativa. - A teoria objetiva formal, descreve que a ação do tipo remete-nos ao início dos atos executórios, o que já caracterizaria a tentativa. (Beling) - Pela teoria objetiva material, o ato seria executório se demonstrado um ataque efetivo ao bem tutelado e, preparatório, quando houvesse a possibilidade de ocorrer o ataque. - Diante da dificuldade, prezar pela máxima – in dubio pro réu. 6. Tentativa como norma de extensão - Caso de adequação típica mediata, posto que o tipo penal não remete expressamente a forma tentada do delito, como o faz o art. 352, CP. 7. Elementos do tipo tentado - Necessidade da conduta do agente ser dolosa; - A conduta do agente ingresse nos atos executórios e; - Ocorrência de circunstancias alheias à vontade do agente que impeçam o resultado. 8. Tentativa perfeita e tentativa imperfeita - Tentativa perfeita – quando o agente tenha desenvolvido todos os atos, julgados necessários para a consecução do crime. - Tentativa imperfeita – quando o agente tenha desenvolvido, parcialmente apenas, os atos reputados como necessários à consecução do crime. 9. Contravenções penais e a tentativa - Inadmissibilidade de reconhecimento de tentativa na prática dos crimes anões, por inaplicabilidade de normas de extensão, em face da tipicidade só concretizar-se mediante uma adequação típica imediata. 10. Inadmissibilidade da tentativa - Crimes habituais, porque remetem a prática reiterada da conduta. Ex.: arts. 229 e 284, CP. - Crimes preterdolosos, conduta de natureza dolosa e resultado de natureza culposa. Ex.: art. 129, CP. - Crimes culposos, posto que não se quer o resultado, tampouco se assume o risco de produzi-lo. - Crimes que prevêem a tentativa no tipo. Ex.: art. 352, CP. - Crimes unissubsistentes, posto que a conduta do agente se exaure em um único ato. Ex.: crimes contra a honra. - Crimes omissivos próprios, o agente pratica uma conduta negativa. Ex.: art. 135, CP. 11. Tentativa e crime complexo - Consumação ocorre quando reunidas todas as ações que perfilham o tipo, caso contrário, não passará de tentativa. - Súmula 610, STF – há crime de latrocínio, quando o homicídio se consuma, ainda que não realize o agente a subtração de bens da vítima. 12. Tentativa branca - Aquela em que o agente tendo utilizado todos os meios para a realização da conduta, sequer consegue atingir a pessoa ou coisa objeto da ação. - Necessita avaliar finalisticamente o elemento subjetivo do agente. 13. Teorias quanto à punibilidade da tentativa - Teoria subjetiva - Teoria objetiva 14. Tentativa como crime autônomo - Aplicação da pena correlata a tal conduta, sem observar o que diz o parágrafo único do art. 14 do Código Penal. 15. Aplicação da pena por tentativa - Ver art. 14, parágrafo único, CP. 16. Tentativa e dolo eventual - Inadmissibilidade ASSOCIAÇÃO TERESINENSE DE ENSINO – ATE FACULDADE SANTO AGOSTINHO – FSA DIRETORIA DE ENSINO COORDENAÇÃO DE CURSO _1214737197.bin
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