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BACTÉRIAS MULTIRRESISTENTES em DST’s
 
Bruno Ghidini Donadel1, Hellen Pastorio Pereira1, Marceli S. Silva1, César G. Trojahn Filho2
 
1 - Acadêmico(a) do Curso de Biomedicina da ULBRA Carazinho
2 - Docente do Curso de Biomedicina da ULBRA Carazinho
OBJETIVOS
	Discorrer sobre a emergência dos casos de bactérias super-resistentes a antibióticos que causam DST’s. 
METODOLOGIA
	Foi realizada uma pesquisa acadêmica de revisão bibliográfica utilizando material recentemente publicado sobre o tema. Também, buscou-se embasamento científico na literatura médica e informativa.
RESULTADOS
	As DST’s contraídas mais comumente (Clamídia, Gonorreia e Sífilis) tem demonstrado uma crescente resistência a antibióticos nos últimos anos, reduzindo as opções do tratamento. Juntas, essas patologias infectam 200 milhões de pessoas por ano, sendo que cerca de 131 milhões são acometidos pela Clamídia, 78 milhões pela Gonorreia e 5,6 milhões pela Sífilis. Com tantos casos de pessoas doentes, os antibióticos passaram a ser administrados de forma imprudente e muitas vezes por tempo prolongado ou em doses demasiadas.
	Das três DSTs, a Gonorreia tem desenvolvido maior resistência aos antibióticos. Cepas de Gonorreia multirresistente que não respondem a nenhum dos antibióticos disponíveis já foram detectadas. Embora hajam menos relatos das mesmas condições em casos de Clamídia e Sífilis, existem cepas com resistência para a maioria dos medicamentos, tornando a prevenção e o tratamento imediato das doenças crítica, uma vez que os antibióticos mais antigos e mais baratos têm perdido a sua eficácia no tratamento da infecção. 
	A Clamídia é a DST bacteriana mais comum no mundo, sendo que as pessoas com esta infecção são frequentemente co-infectados com Gonorreia. Os sintomas da Clamídia incluem desconforto e uma sensação de ardor ao urinar, mas a maioria das pessoas que estão infectadas não apresentam sintomas. A sífilis é transmitida por contato com uma ferida nas mucosas ou de mãe para filho durante a gravidez. 
	No dia 30 de setembro de 2015 em Geneva, a OMS fez recomendações para mudanças nos tratamentos com base em padrões de resistência. Segundo a OMS, não é recomendável o uso de antibióticos da classe Quinolonas para o tratamento da Gonorreia, devido aos altos níveis generalizados de resistência. Para o tratamento da Clamídia, a menos resistente aos antibióticos, a OMS sugere que se continue a recorrer à Azitromicina e para o tratamento da Sífilis recomenda-se apenas uma dose de Penicilina Benzatina.
	Inevitavelmente os custos de tratamento devem aumentar, sendo que os antibióticos específicos são geralmente mais novos e, por consequência, mais caros. Além da necessidade de exames para identificar exatamente qual cepa é encontrada em cada paciente.
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS
	É fundamental rever as práticas de prescrição e políticas de saúde relacionadas ao uso de medicamentos, tendo em vista que a utilização desnecessária de fármacos pode causar riscos, além de desperdiçar recursos que seriam mais bem direcionados para a prevenção de tais DST’s. A orientação é uma boa forma de minimizar o surgimento de bactérias resistentes, de diminuir a exposição de usuários às reações adversas ao uso de antibióticos e de evitar que ocorra indisponibilidade de medicamentos eficazes no combate dessas doenças.
 
REFERÊNCIAS
	World Health Organization, (OMS – Organização Mundial da Saúde), Growing antibiotic resistance forces updates to recommended treatment for sexually transmitted infections, disponível em: <http://www.who.int/mediacentre/news/releases/2016/antibiotics-sexual-infections/en/>, acesso em 30 de agosto de 2016.
	SILVA, Rafael Souza; OLIVEIRA, Adriana Cristina. Desafios do cuidar em saúde frente à resistência bacteriana: uma revisão. Revista Eletrônica de Enfermagem. 2008.
	ANTONIO, Nayara da Silva, et al. MECANISMOS DE RESISTÊNCIA BACTERIANA. REVISTA CIENTÍFICA ELETRÔNICA DE MEDICINA VETERINÁRIA – ISSN: Ano VII – Número 12 – Janeiro de 2009.
	SANTANA, Vinicius Canato. O PAPEL DOS ANTIBIÓTICOS NA RESISTÊNCIA BACTERIANA. Revista Cesumar - Ciências Humanas e Sociais Aplicadas jan./jun.2006, V. 11, no 1, pp 129-138.
 
INTRODUÇÃO
	Crescentes casos de resistência aos antibióticos utilizados em tratamento de doenças sexualmente transmissíveis como Clamídia, Gonorreia e Sífilis têm alarmado a sociedade científica para uma futura ineficácia geral dos medicamentos, podendo causar uma pandemia de alcance nunca visto antes. As três doenças citadas são causadas por bactérias que normalmente os antibióticos conseguem destruir, mas estes medicamentos estão a revelar-se pouco eficazes no tratamento das doenças pelo uso inadequado e abusivo dos fármacos geralmente indicados no processo de tratamento. Essas doenças afetam a qualidade de vida de milhões de pessoas, causando problemas graves e até mesmo morte.

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