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Ana Cássia Siqueira da Cunha 2 1-Panorama histórico da reabilitação aquática O uso da água com um meio de cura data de muitos séculos, embora o seu uso original não coincida exatamente com a nossa percepção presente do seu uso para finalidades de reabilitação. Através de toda a história, o nome empregado para denotar o conceito do uso da água para finalidades de cura e reabilitação mudou muitas vezes. Alguns desses títulos foram usados como sinônimos: hidroterapia, hidrologia, hidrática, hidroginástica, terapia pela água e exercício na água. Origem do uso da água Em muitas culturas, o uso da água foi estreitamente ligado à adoração mística e religiosa da água e ao seu percebido poder de cura. O início do uso da hidroterapia como uma modalidade terapêutica é desconhecida, porém registros que datam de antes de 2400 a.C. indicam que a cultura proto-índia construía instalações higiênicas. Foi observado que os antigos egípcios, assírios e muçulmanos usavam águas curativas para finalidades terapêuticas. Existe também documentação de que os hindus, em 1500 a.C., usavam a água para combater a febre. Em todos os registros históricos das antigas civilizações japonesa e chinesa há importante menção ao respeito e adoração da água corrente e da imersão em banhos por períodos prolongados de tempo. Por volta de 500 a.C., a civilização grega já não via mais a água do ponto de vista do misticismo e começou a usa-la mais logicamente para tratamentos físicos específicos.Hipócrates (460-375 a.C.) usava a imersão em água quente e fria para tratar muitas doenças, incluindo espasmos musculares e doenças das articulações. Hipócrates recomendava a hidroterapia para o tratamento de uma variedade de doenças, incluindo reumatismo, icterícia e paralisia. A civilização grega foi a primeira a reconhecer e apreciar a relação entre o estado da mente e o bem-estar físico. O Império Romano expandiu ainda mais o sistema de banhos desenvolvido pelos gregos. Os banhos romanos eram originalmente usados pelos atletas para banhar-se e serviam mais a finalidades de higiene e prevenção do que às de tratamento. Com o passar do tempo, além de servir para banhar-se, os banhos tornaram-se centros para saúde, higiene, repouso e atividades intelectuais, recreativas e de exercício. Por volta de 330 d.C., a finalidade principal dos banhos romanos era curar e tratar doenças reumáticas, paralisias e lesões. Com o declínio do Império Romano, a natureza higiênica dos banhos romanos começou a se deteriorar. A influência religiosa durante a Idade Média conduziu a um maior declínio do uso dos banhos públicos e da água como um poder curativo.Essa atitude pública persistiu até o século XV, quando pareceu haver um ressurgimento do interesse pelo uso da água com um meio da cura. 3 Nos séculos XVII e XVIII, banhar-se com finalidade de higiene não constituía prática aceita. O uso terapêutico da água, no entanto, começou a aumentar gradualmente.Em meados do século XVII, poucos médicos usavam água para tratamento de doenças, pois a maioria devotava a maior parte do seu tempo e energia ao diagnóstico de doenças. Baruch aponta a Grã-Bretanha como lugar de nascimento da hidroterapia científica, com a publicação em 1697 do tratado de Sir John Floyer, “Uma Investicação sobre o Uso Correto e o Abuso de Banhos Quentes, Frios e Temperados”. Baruch acredita que o tratado de Floyer tenha influenciado o professor Friedrich Hoffmann, da Heidelberg University, para incluir as doutrinas de Floyer nos seus ensinamentos. De Heidelberg, esses ensinamentos foram levados para a França. Dali, o Dr. Currie, de Liverpool, Inglaterra, escreveu trabalhos a respeito da hidroterapia. Em 1830, um camponês silesiano, Vincent Priessnitz, desenvolveu programas de tratamento que usavam principalmente banhos ao ar livre.Seus tratamentos consistiam em banhos de água fria, chuveiros e compressas. Como Priessnitz não possuía nenhuma credencial médica aceitável, não foi visto favoravelmente pelos médicos durante essa época (charlatães). Durante esse tempo, Sebastian Kniepp (1821-1897), um padre bávaro, modificou as técnicas de tratamento de Priessnitz, alternando aplicações frias com banhos mais mornos a até mesmo banhos quentes em segmentos corporais. Winterwitz (1834-1912), professor austríaco e fundador de uma escola de hidroterapia e de um centro de pesquisa em Viena, é reconhecido por ter devotado a maior parte da sua vida profissional ao estudo da prática da hidroterapia.. Alguns dos discípulos de Winterwitz, particularmente Kelogg, Buxbaum e Strasser, trouxeram contribuições importantes para o estudo dos efeitos fisiológicos da aplicação de calor e frio, da termorregulação do corpo humano e da hidroterapia clínica. Em 1950-1960 houve um declínio da Reabilitação Aquática nos U.S.A. Os pacientes não estavam sendo atendidos na hidroterapia e sim, em aparelhos que eles consideravam mais sofisticados e eficientes; davam mais valor às adaptações. Houve o Ressurgimento da Terapia Aquática em 1970-1980. Atualmente a hidroterapia vem sendo cada vez mais reconhecida. 2-O que são Exercícios Aquáticos Terapêuticos? O exercício aquático terapêutico é a união dos exercícios aquáticos com a terapia física. É uma abordagem terapêutica abrangente que utiliza os exercícios aquáticos para ajudar na reabilitação de várias patologias.Cada programa é organizado levando-se em consideração componentes específicos: aquecimento, alongamento, resistência e força muscular e relaxamento. 4 Os benefícios do exercício em água aquecida Os Efeitos Fisiológicos O exercício em água aquecida é uma modalidade de tratamento para uma grande variedade de patologias. Qualquer desvio mínimo na temperatura central pode produzir mudanças significativas no sistema circulatório. Em vez de ficar nos membros, o sangue é redistribuído. Esta redistribuição causa o aumento do retorno venoso e é considerada a base para todas as modificações fisiológicas associadas à imersão.Os elementos que influenciam os efeitos fisiológicos incluem a temperatura da água, a duração da aula, o tipo e a intensidade do exercício, e a condição patológica do paciente. A temperatura da água irá elevar a temperatura corporal apenas se estiver mais alta do que a temperatura da pele. As respostas fisiológicas experimentadas pelo corpo durante a imersão em água aquecida são semelhantes às de aplicação de calor localizado, mas menos concentradas. _________________________________________________________________________ Modificações fisiológicas durante o exercício em água aquecida: _________________________________________________________________________ Aumento da freqüência respiratória Diminuição da pressão sangüínea Aumento do suprimento de sangue para os músculos Aumento do metabolismo muscular Aumento da circulação periférica Aumento da freqüência cardíaca Aumento da quantidade de sangue de retorno ao coração Aumento da taxa metabólica Diminuição de edemas das partes do corpo submersas Redução da sensibilidade nos terminais nervosos Relaxamento muscular geral Interferência no tônus muscular Alívio da dor _________________________________________________________________________ Os Efeitos Terapêuticos • Relaxamento Muscular O aquecimento das piscinas terapêuticas reduz a tensão muscular e ajuda a prevenir restrição na movimentação articular. • Redução da Sensibilidade A água aquecida ajuda os pacientes a aliviarem a dor e sentirem-se mais confortáveis. A flutuação age contra a gravidade e alivia o peso corporal, reduzindo as forças de compressão nas articulações. A água providencia apoio para os membros lesionados, o que permite obter uma posição confortável sem aumentar a dor. O ciclo da dor é 5interrompido. Os efeitos estimulantes da água promovem o relaxamento dos músculos espásticos, o que reduz o tensionamento muscular. A água aquecida “distrai” a dor, bombardeando o sistema nervoso. O bombardeamento do estímulo sensorial viaja através de fibras que são mais largas e mais rápidas e têm uma maior condutividade que as fibras da dor. Durante a imersão em água aquecida, os estímulos sensoriais estão competindo com os estímulos da dor; como resultado, a percepção de dor do paciente fica “enganada” ou bloqueada. • Redução dos Espasmos Musculares As partes do corpo imersas em água aquecida a mais de 35oC iniciam um aumento da temperatura do corpo em relação à temperatura central. O aquecimento provoca uma redução do tônus muscular anormal e da espasticidade. • Aumento da Facilidade do Movimento Articular As propriedades físicas e o aquecimento da água desempenham um papel importante na melhoria e manutenção da amplitude de movimento das articulações. A propriedade da flutuação da água diminui a compressão nas articulações doloridas e ajuda no movimento. A água também providencia apoio e por isso reduz a necessidade de imobilização ou proteção. Movimentar-se na água é mais fácil e reduz a dor. • Aumento da Força e Resistência Muscular em Casos de Fraqueza Excessiva A água permite uma maior resistência ao movimento que o ar, e que a articulação se movimente mais livremente. As partes submersas do corpo encontram resistência em todas as direções do movimento, o que requer uma quantidade maior de gasto energético.O treinamento para força pode ser iniciado antes do consultório, o que ajuda a prevenir a atrofia da musculatura esquelética. • Redução da Força Gravitacional Os efeitos da gravidade são reduzidos na água. Quanto mais submerso, menores são as forças de compressão agindo sobre o corpo. Uma redução gradual no nível da água permite fazer um “retreinamento” da sustentação do peso no treino da marcha. • Aumento da Circulação Periférica A circulação aumenta com a água na temperatura acima de 34 graus. Durante a imersão, a redistribuição do sangue causa um aumento da temperatura da pele, favorecendo o fluxo sangüíneo periférico. A imersão na água aquecida causa um aumento na temperatura da pele com relação à temperatura corporal central. Isto, por sua vez, produz uma vasodilatação reflexa e uma aparência melhorada da pele. Exercitar-se causa um aumento no suprimento sangüíneo para os músculos e ajuda o retorno venoso. Os fluidos dos tecidos movimentam-se mais livremente nas estruturas lesionadas, removendo os metabólicos retidos, o que aumenta a nutrição e ajuda a aumentar a velocidade do processo de cicatrização dos tecidos. • Melhoria da Musculatura Respiratória Com a água na altura do peito, há um aumento da pressão hidrostática nas paredes do peito e abdominais durante a respiração. A água faz resistência à inspiração. Isto fica mais 6 evidente em pacientes com baixa capacidade vital, em pessoas frágeis na maturidade, e em pacientes cardíacos. A musculatura respiratória espástica fica relaxada devido ao aquecimento neutro que a água aquecida propicia. • Melhoria da Consciência Corporal, Equilíbrio e Estabilidade do Tronco A água aquecida estimula a consciência da movimentação das partes do corpo e propricia um meio ideal para a reeducação dos músculos envolvidos. As propriedades de apoio da água dão aos pacientes com pouco equilíbrio tempo para reagir quando tendem a cair utilizando a diminuição da velocidade de movimento na água(viscosidade). Estímulos vestibulares ajudam a melhorar a resposta de equilíbrio, pela estimulação dos músculos antigravitacionais localizados nas extremidades e no tronco. • Melhoria Moral e na Autoconfiança do Paciente Para pacientes com dor e aqueles que ainda não podem se exercitar em terra, a água proporciona um meio positivo onde se movimentar e relaxar. Há uma facilidade na movimentação, menos medo de quedas, mais confiança do próprio paciente. 3-Os Princípios e Propriedades da água Para utilizar a hidroterapia, o fisioterapeuta deve ter conhecimento das propriedades físicas da água. Os princípios têm sido descritos na literatura e a grande maioria dos fisioterapeutas está familiarizada com eles. Densidade Relativa A densidade relativa de um objeto é a propriedade que determina se ele irá flutuar. A densidade relativa de um objeto é a relação entre a massa do objeto e a massa de volume de água deslocado. Se este valor for maior que 1,0, o objeto irá afundar; se for menor que 1,0, o objeto flutuará. Se o valor for igual a 1,0, o objeto flutuará logo abaixo da superfície da água ( lembrar que a densidade da água é 1,0). Genericamente falando, as mulheres têm mais massa gorda que os homens; por isso, elas tendem a flutuar melhor. Ao envelhecer, a densidade óssea diminui, a porcentagem de massa gorda tende a aumentar e a massa magra diminuir. Eis por que as pessoas flutuam mais facilmente quando envelhecem. A densidade relativa dos membros também varia. Pode haver diferença também entre os lados esquerdo e direito. O lado com maior densidade relativa tende a afundar e o outro a flutuar, produzindo instabilidade na água. Membros paralisados ou fracos têm menor massa muscular e por isso sua densidade relativa é menor que o lado não envolvido.Quando a hipertonia está presente, a densidade desta parte do corpo aumenta e tende a afundar. 7 A massa corporal magra, que inclui ossos, músculos, tecido conjuntivo e órgãos, tem uma densidade típica de 1,1, enquanto a massa gorda, que inclui toda a gordura corporal essencial mais a gordura que excede as necessidades essenciais, tem uma densidade de 0,90. Podemos classificar os pacientes em: flutuadores naturais, afundadores naturais e roladores naturais. Flutuadores naturais ⇒ bebês, crianças obesas, crianças hipotônicas, paralisia infantil, miopatias, paraplegias. Afundadores naturais ⇒ paralisia cerebral, encefalopatas, crianças com estrutura óssea pesada. Roladores naturais ⇒ amputados, membros congenitamente ausentes, hemiplégicos, paraplégicos, tetraplégicos. Metacentro (flutuação) O princípio do metacentro está relacionado com o equilíbrio na água. Um corpo na água está sujeito a duas forças opostas: gravidade (para baixo) e flutuação (para cima). Se essas forças são iguais e opostas, o corpo estará em equilíbrio e nenhum movimento ocorrerá. Se as duas forças não estiverem na mesma linha vertical, farão com que o corpo sofra uma rotação até atingir uma posição de equilíbrio estável. Os dois tipos de rotação são: Vertical – é a capacidade de recuperar-se da posição supina para a vertical. Horizontal – o corpo gira em torno de si mesmo. A flutuação pode ser assistida, resistida ou de suporte. Esta força assiste qualquer movimento em direção à superfície da água e resiste qualquer movimento na direção oposta à superfície da água.Quando a flutuação se equivale à força da gravidade, qualquer movimento horizontal é considerado apoiado (ou suporte). Fricção (viscosidade) A resistência do movimento através de um fluido, que é causada pela fricção entre as moléculas do fluido, é conhecida como “viscosidade”. Esta resistência é mínima e usualmente é ignorada quando o meio é o ar. Mas na água existem várias forças que entram em jogo. Coesão é a força de atração entre as moléculas vizinhas do mesmo tipo de matéria. Adesão é a força de atração entre as moléculas vizinhas de diferentes tipos de matéria. A viscosidade atua como uma resistência ao movimento, pois as moléculas do fluido tendem a aderir à superfície do corpo em movimento através dele. Esta força de resistência é conhecida como “draga”. A fricção da pele na água tem sido determinada como sendo 790 vezes maior do que no ar, este valor dificultao movimento. A quantidade de energia necessária para realizar o movimento na água é aproximadamente 790 vezes maior comparada ao ar. Se o equilíbrio é perdido a pessoa tem tempo para executar movimentos para voltar à posição original. 8 Turbulência A turbulência é o termo usado para descrever os redemoinhos que seguem um objeto em movimento na água. O grau de turbulência depende da velocidade do movimento, e a forma do corpo influencia na produção da turbulência. A turbulência pode ser usada para resistir ou auxiliar o movimento. Pressão Hidrostática A Lei de Pascal estabelece que a pressão do fluido é exercida igualmente sobre todas as ares de um corpo imerso e varia com a profundidade do líquido. Por isso não é aconselhável colocar pacientes com capacidade abaixo de 1500 ml na piscina a 85% de imersão. Tais pacientes podem ter dificuldade na respiração devido ao fato da pressão da água resistir à expansão torácica. O edema articular é uma conseqüência comum de lesões ou de outras disfunções. Essa situação é observada mais freqüentemente em torno das articulações, na parte inferior do corpo, nos tornozelos e joelhos. O acúmulo de líquido provavelmente ocorre em razão da gravidade e da maior distância ascendente dos tornozelos até o coração, em comparação com a distância entre os pulsos e o coração. Quando o indivíduo está imerso, independentemente da causa da presença desse líquido, a pressão hidrostática e a ação do bombeamento dos músculos da perna ajudam na sua redistribuição central. Tensão Superficial É a força exercida entre as moléculas da superfície de um líquido. Se manifesta sob a forma de uma “pele” elástica na superfície do líquido, isto é demonstrado fazendo flutuar uma agulha sobre esta superfície. Seu efeito é leve é serve para trabalhar a musculatura pequena e fraca. 4-Indicações • Pacientes ortopédicos( fraturas, tendinites, artroplastia de quadril, lombalgias...) • Pacientes reumatológicos( fibromialgias, artrite reumatóide, artroses, ... • Pacientes neurológicos( p.c., T.R.M., T.C.E., síndromes, mielomeningocele, ...) • Pacientes ginecológicos • Atletas 9 5-Contra-Indicações • Doenças transmissíveis pela água, como tifo,coléra e desisteria; • Febre alta; • Insuficiência cardíaca; • Doenças nos rins; • Desordens gastrointestinais; • Doenças infecciosas; • Feridas abertas; • Doenças da pele com erupções; • Tímpanos perfurados; • Incontinência de fezes ou urina; • Mesnstruação sem absorvente interno; • Epilepsia; • Pressão arterial anormal; • Radioterapia. 6-Desvantagens • Instalações e manutenção da piscina é caro; • Custo de pessoal alto; • Ë difícil conseguir fixação firme e portanto isolamento do movimento; • Manter cloração da água; • Possível disseminação de infecção • A reabilitação final é difícil na piscina e todos os pacientes devem completa-las em terra. 7-Objetivos do Programa Hidroterapêutico • Interferir no tônus muscular; • Inibição de padrões patológicos e atividades reflexas; • Facilitação de posturas e movimentos normais; • Trabalhar equilíbrio de tronco e na postura de pé; • Alongamentos musculares; • Fortalecimentos musculares; • Redução da dor; • Melhorar ou facilitar as atividades funcionais da marcha; • Melhorar a função respiratória e cardiovascular; • Melhorar a auto-confiança e independência. 10 8- Equipamento Aquático Equipamento de segurança Todo equipamento de segurança deve ficar em um local que seja visível e de fácil acesso aos terapeutas. As pessoas que trabalham no local devem estar treinadas para um plano de ação emergencial e quaisquer procedimentos ou políticas relacionados a esse plano. Os terapeutas precisam conhecer o uso correto e aplicação de todo equipamento de salvamento na área da piscina. Isto inclui regaste flutuante, pranchas de coluna e qualquer outra peça de equipamento. Equipamento terapêutico Para a área da piscina existem muitos tipos de equipamentos terapêuticos. São elevadores, corrimão ou apoios, bancos aquáticos e cadeiras de rodas. Elevadores e degraus são meios adequados para a entrada na piscina, e podem ser tanto fixos como móveis.Os degraus devem ser largos (aproximadamente 91 cm) e deve haver corrimão nos dois lados. O final de cada degrau deve ser marcado com uma cor contrastante. Corrimãos, barras ou apoios fixos à parede da piscina são benéficos, pois permitem aos pacientes instáveis na piscina executar seus exercícios e movimentar-se livremente. Equipamento para o exercício Os equipamentos para terapia aquática incluem materiais de apoio(suporte), de assistência (assistivos) e de resistência (resistivos). O material de apoio ou de suporte é utilizado para manter o tronco na posição ereta, supina (nas costas) ou pronada (no estômago). Os equipamentos de assistência incluem material flutuante, usado de forma a auxiliar a movimentação. Equipamentos resistivos providenciam algum tipo de resistência, por tensão (ex.: extensores), pelo aumento da área de superfície, ou por adicionar flutuadores ou pesos que aumentem a intensidade do exercício. Tipos de equipamentos aquáticos ♣ bóias ♣ extensores ♣ cinto flutuador ♣ espaguetes ♣ halteres para a água ♣ colares cervicais ♣ pranchas ♣ pés-de-pato ♣ bastão ♣ degraus ♣ palmar de resistência ♣ pesos de punho e tornozelo ♣ rolos 11 12 OS PLANOS DE MOVIMENTOS Sagital: flexão e extensão Frontal: abdução, adução, flexão lateral Transverso: rotações OS MOVIMENTOS DE CADA ARTICULAÇÃO PESCOÇO: flexão, extensão, flexão lateral, rotações, protrusão, retração. OMBRO: flexão, extensão, abdução, adução, rotação interna, rotação externa. COTOVELO: flexão, extensão. ANTEBRAÇO: pronação, supinação. PUNHO: flexão, extensão, desvio radial, desvio ulnar. METACARPOFALANGEANAS: flexão, extensão, abdução, adução. INTERFALANGEANAS: flexão, extensão. TRONCO: flexão, extensão, flexão lateral, rotações. QUADRIL: flexão, extensão, abdução, adução, rotação interna, rotação externa. PELVE: anteroversão, retroversão, rotação anterior e posterior,elevação, depressão. JOELHO: flexão, extensão, rotação interna, rotação externa. TIBIOTÁRSICA: flexão plantar, dorsoflexão. SUBTALAR: pronação, supinação. ANTEPÉ:abdução, adução. 13 VIVÊNCIA DAS PROPRIEDADES FÍSICAS DA ÁGUA 1) Densidade relativa A densidade relativa de um objeto é a propriedade que determina se ele irá flutuar. Vivência: a- ficar em supino e observar a atuação da flutuação(MMII afunda primeiro que MMSS). b- As mulheres possuem mais facilidade de flutuar que os homens, pois apresentam mais massa gorda. c- Um lado do corpo pode ser mais denso que o outro, logo aparecerá a rotação horizontal. d- Simular um amputado. e- Simular um hemiplégico. A flutuação serve para auxiliar e resistir o movimento. Vivência: a- Observar a diferença com halter e espaguete durante a ADM de abdução de quadril e ombro ⇒ auxiliando e resistindo o movimento. 2) Metacentro O princípio do metacentro está relacionado com o equilíbrio na água. Vivência: a- ficar em supino e observar a atuação da flutuação(MMII afunda primeiro que MMSS) ⇒ rotação vertical. b- Simular um paraplégico com espasmo muscular(MMII afunda primeiro que MMSS) ⇒ rotação vertical. c- Simular um paciente neurológico com hemiplegia do lado direito ⇒ rotação horizontal para o lado direito. d- Simular um paciente com amputação no membro superior esquerdo ⇒ rotação horizontal para o lado direito. 3) Fricção(viscosidade)A fricção da pele na água tem sido determinada como sendo 790 vezes maior do que no ar, este valor dificulta o movimento. A quantidade de energia necessária para realizar o movimento na água é aproximadamente 790 vezes maior comparada ao ar. Vivência: a- caminhar dentro e fora da água. b- Realizar abdução e adução horizontal dentro e fora da água. c- Realizar adução de ombro dentro e fora da água. d- Correr dentro e fora da água. 14 4) Turbulência: A turbulência é o termo usado para descrever os redemoinhos que seguem um objeto em movimento na água. A turbulência pode ser usada para resistir ou auxiliar o movimento. Vivência: a- Trabalhar equilíbrio com a turbulência. b- Facilitar a marcha. 5) Pressão hidrostática A Lei de Pascal estabelece que a pressão do fluido é exercida igualmente sobre todas as ares de um corpo imerso e varia com a profundidade do líquido. Vivência: a- Respirar com a água no nível da cicatriz umbilical. b- Respirar com a água no nível do pescoço. c- Demonstrar o paciente com fibromialgia. d- Ficar na parte rasa e funda da piscina. 6) Tensão superficial É a força exercida entre as moléculas da superfície de um líquido. Vivência: a- Sentir a película de água. b- Tentar romper a película de água. 15 MOBILIZAÇÃO DE QUADRIL, CERVICAL E TRONCO 1) Bóia preta: rotação interna e externa de quadril 2) Bóia preta: abdução e adução de quadril 3) Bóia preta: flexão de quadril (pedalar) 4) Bóia preta: circundução de quadril 5) Bóia preta: exercício misto a- pedalar deslocando para frente com flexão de quadril e voltar abduzindo e aduzindo o quadril b- flexão de quadril e joelho, realizar rotação externa e abdução de quadril, voltar com extensão de joelho e rotação interna de quadril 6) Bóia preta: mobilização de cintura pélvica a- fletir o quadril e joelhos do paciente, mão em forma de cesto debaixo dos joelhos, terapeuta de frente para o paciente, dissociar cintura pélvica da escapular. b- Terapeuta entre as pernas do paciente, realizar retroversão e anteroversão pélvica. 7) Mobilização de coluna cervical: pegada no occipital, realizar movimentos serpentiformes. 8) Mobilização de tronco: a- paciente deitado no ombro da terapeuta, pegada na região lateral do tronco, realizar o serpentiar. b- paciente deitado no ombro da terapeuta, pegada na cintura escapular(mobilizar), e realizar o serpentiar. c- paciente deitado no ombro da terapeuta, pegada na região lombar, realizar o serpentiar. d- Bóia preta: terapeuta entre as pernas do paciente, levar o tronco de um lado para o outro. e- Bóia preta: terapeuta do lado do paciente, fixa a pelve e leva o tronco de um lado para o outro. Movimentos do quadril Flexão: psoas maior, ilíaco, reto femoral Extensão: glúteo máximo, porção longa do bíceps femoral, semimembranoso, semitendinoso Abdução: glúteo médio e mínimo, tensor da fáscia lata Adução: adutor magno, longo, curto, pectíneo, grácil Rotação interna: mínimo,tensor da fáscia lata. Rotação externa: o,o,g,g,p,q Evolução da mobilização(exerc.passivos) ⇒ ativo-assistido ⇒ ativos ⇒ resistido. 16 CLASSIFICAÇÃO DOS EXERCÍCIOS EM HIDROTERAPIA # Exercício passivo # Exercício ativo-assistido: • Manualmente • Pelo empuxo # Exercício ativo # Resistido: • Manualmente • Por sobregarga: peso do implemento • Empuxo: braço de alavanca, número e volume de flutuadores, velocidade • Turbulência: área a ser deslocada, velocidade, braço de alavanca # Exercícios facilitados • Ocorrem na superfície da água • Uso de flutuadores • Facilitado pelo terapeuta # Exercícios de propriocepção e equilíbrio • Realizados com espaguetes, pranchas, bolas • Uso da turbulência (na posição sentada e de pé) 17 TREINO DE MARCHA 1) Facilitação para a marcha 9 Deslocamento para frente, com o terapeuta e prancha à frente do paciente fazendo esteira(sempre de frente para o paciente) 9 Deslocamento para frente, com o terapeuta à frente do paciente fazendo esteira 9 Terapeuta andando ao lado do paciente 9 Terapeuta atrás do paciente realizando turbulências à frente,ao lado e atrás 9 Marcha com paciente segurando a prancha à frente 9 Marcha com paciente segurando a prancha lateralmente 2) Tipos de marcha 9 Para frente 9 Lateral: abdução e adução de quadril 9 De costas 9 Cruzada: adução além da linha média e abdução de quadril 9 Com giros: dois passos na lateral, roda sobre uma perna, dois passos na lateral, roda sobre uma perna 9 Para frente, realizando flexão de quadril a 90o 9 Para frente, realizando abdução e rotação externa de quadril 3) Andar com flutuadores nos tornozelos 9 Para frente 9 Lateral: abdução e adução de quadril 9 De costas 9 Cruzada: adução além da linha média e abdução de quadril 9 Com giros: dois passos na lateral, roda sobre uma perna, dois passos na lateral, roda sobre uma perna 9 Para frente, realizando flexão de quadril a 90o 9 Para frente, realizando abdução e rotação externa de quadril 4) Subir e descer steps 18 EQUILÍBRIO e PROPRIOCEPÇÃO PRANCHA 1) Paciente de pé ⇒ terapeuta com prancha irá deslocar a água para baixo paralelo ao paciente: de um lado, do outro, na frente e atrás. Resposta desejada: o paciente irá deslocar o peso para o lado estimulado. 2) Paciente de pé ⇒ terapeuta irá realizar turbulência latero-lateral, antero-posterior e desorganizado. 3) Paciente sentado na bancada ⇒ realizar turbulência com as mãos ou com a prancha. 4) Paciente de pé ⇒ em cima de uma prancha, realizar micro rotações. 5) Paciente de pé ⇒ em cima de uma prancha, flexionar quadril e joelhos, depois empurrar a prancha para baixo (extensão de joelhos). 6) Paciente de pé ⇒ com um pé em cima da prancha, realizar flexão e extensão de joelho. 7) Paciente de pé ⇒ cada pé em cima de uma prancha, deslocar para frente (marcha para frente) 8) Sentado na prancha deslocar para frente, trás e lado. ESPAGUETE 9) Sentado no espaguete deslocar para frente, trás e lado. 10) Sentado no espaguete realizar retroversão e anteroversão pélvica. 11) Sentado no espaguete ⇒ montado, pedalar para frente e para trás. 12) Paciente de pé ⇒ em cima do espaguete, andar para frente e trás. 13) Paciente de pé ⇒ em cima do espaguete, andar de lado. BOLA 14) Paciente de pé ⇒ jogar bola de um lado para o outro, em cima e para baixo. 15) Paciente sentado na bancada ⇒ jogar bola de um lado para o outro, em cima e para baixo. 16) Propriocepção de MMSS ⇒ paciente de pé, com extensão de cotovelo, tentar manter a bola submersa. 19 EXERCÍCIOS PARA OS MMII QUADRIL Movimentos do quadril Flexão: psoas maior, ilíaco, reto femoral Extensão: glúteo máximo, porção longa do bíceps femoral, semimembranoso, semitendinoso Abdução: glúteo médio e mínimo, tensor da fáscia lata Adução: adutor magno, longo, curto, pectíneo, grácil Rotação interna: mínimo,tensor da fáscia lata. Rotação externa: o,o,g,g,p,q Alongamentos para o quadril: 1) Flexores de quadril 9 Dê um passo à frente com a perna não envolvida e flexione o joelho, mantendo o joelho da perna envolvida estendido; 9 Pressione o quadril da perna envolvida para a frente enquanto mantém o tronco ereto; sinta o alongamento na frente do quadril. 2) Extensores de quadril 9 Em pé, espaguete no tornozelo; 9 Deixar o quadril fletir com a ajuda da flutuação. 3) Abdutores de quadril 9 Em pé, lateralmente à borda da piscina, na distânciade um braço da mesma, com uma das mãos apoiada na borda da piscina e a outra no quadril; 9 Cruze a perna que está mais próxima à lateral da piscina por trás da outra perna; 9 Pressione o quadril na direção da parede; 9 Sinta o alongamento na lateral do quadril. 4) Adutores de quadril 9 Em pé, com as em afastamento maior que a largura dos ombros; 9 Flexione o joelho esquerdo enquanto transfere o peso para a perna esquerda; 9 Mantenha a perna direita estendida e o tronco voltado para frente; sinta o alongamento na área direita da virilha. Ou 9 Em pé, espaguete no tornozelo do paciente; 9 Deixar o quadril abduzir com a ajuda da flutuação. 5) Rotadores internos 9 Em pé ,de lado para a parede, uma mão no corrimão; 20 9 Flexionar o joelho e quadril (com abdução e rotação externa) da perna envolvida e coloque a sola deste pé na canela da perna de apoio 9 Gentilmente, pressione lateralmente o joelho da perna envolvida para fora; 9 Sinta o alongamento na parte interna do quadril. 6) Rotadores externos 9 Em pé, mesma posição anteriormente; 9 Gentilmente, pressione medialmente o joelho da perna envolvida para dentro; 9 Sinta o alongamento na parte externa do quadril. Fortalecimento para o quadril 1) Flexores de quadril e extensores 9 Em pé, com os pés unidos e com um dos lados em direção à parede da piscina, segurar no corrimão; 9 Gentilmente, eleve a perna oposta estendida à frente do corpo (extensão de joelho), flexionando o quadril; 9 Depois levar o quadril para extensão, com extensão de joelho. ou 9 Em pé, flexionar um quadril com o joelho fletido; 9 Colocar o pé novamente no chão(marcha no lugar). 2) Abdução e adução de quadril 9 Em pé, de lado para a parede abduzir e aduzir o quadril com extensão de joelho. ou 9 Em pé, realizar abdução e adução de quadril com passada à frente (aumentando a ADM de adução de quadril) 3) Extensores de quadril 9 Em pé, uma perna apoiada no chão e a outra empurrar a água para trás realizando extensão de quadril. 4) Exercícios mistos 9 Circundução: paciente de pé, um pé apoiado no chão, e com o outro lado realizar rotação externa e interna de quadril com o joelho fletido, e depois com o joelho em extensão. 9 De pé: um pé apoiado no chão, e com o outro lado realizar ⇒ flexão, abdução e rotação externa de quadril. 9 De pé, cruzar a perna fazendo o número quatro. 9 De pé, de costas para o corrimão realizar a bicicleta. 21 JOELHO Movimentos do joelho Flexão: semitendinoso, semimembranoso, porção longa do bíceps femoral Extensão: quadríceps Alongamentos para o joelho: 1) Alongamento do quadríceps ¾ Em pé, segurando no corrimão; ¾ Flexionar o joelho envolvido e segure no tornozelo com a mão do mesmo lado; ¾ Puxe o calcanhar em direção ao glúteo ¾ Mantenha a extensão do quadril ou ¾ Em pé, segurando no corrimão; ¾ Colocar um flutuador no tornozelo; ¾ Deixar que a flutuação ajude no alongamento. 2) Alongamento dos flexores de joelho ¾ De pé, do lado da parede; ¾ Colocar um espaguete debaixo do tornozelo e com o joelho em extensão; ¾ Deixar a flutuação auxiliar no alongamento. ou ¾ De pé, um pé no chão; ¾ A perna envolvida na escada e com extensão de joelho; ¾ Levar o peso para frente ou ¾ De pé, de frente para a parede, apoiado no corrimão; ¾ Dê um passo à frente, com a perna não envolvida, inclinar o tronco para frente; com flexão desse joelho; ¾ Mantenha o calcanhar do pé de trás no chão; ¾ Desloque o peso à frente. Exercícios para o joelho 1) Bicicleta com uma perna ¾ De pé, segure no corrimão; ¾ Flexionar e estender a perna envolvida. 2) Flexores e extensores de joelho ¾ De pé, colocar um espaguete debaixo do joelho; ¾ Flexionar e estender o joelho. 22 3) Extensores de joelho com flutuador ¾ De pé, colocar um equipamento de flutuação no tornozelo; ¾ De frente para a parede, segurando no corrimão; ¾ Lentamente, flexionar e estender o joelho. 4) Agachamentos ¾ De pé, de frente para a parede, mãos no corrimão; ¾ Devagar, flexionar os joelhos; ¾ Logo após, estender os joelhos. 5) Batimento das pernas ¾ Deitado de supino ou prono (bóia ou prancha); ¾ Alternadamente, flexione e estenda os joelhos, executando a ação de chutar. TORNOZELO Movimentos do tornozelo Flexão dorsal: tibial anterior, extensor longo do hálux, extensor longo dos dedos, fibular terceiro. Flexão plantar: fibular longo, curto, tríceps sural, fibular longo do hálux, tibial posterior, flexor longo dos dedos. Supinação + adução: extensor longo do hálux, tibial anterior, tibial posterior, flexor longo dos dedos, flexor longo do hálux. Pronação + abdução: fibulares curto e longo, fibular terceiro, extensor longo dos dedos. Alongamentos para o tornozelo: 1) Alongamento de tríceps sural ¾ De pé, de frente para a parede, apoiado no corrimão; ¾ Dê um passo à frente, com a perna não envolvida, inclinar o tronco para frente; com flexão desse joelho; ¾ Mantenha o calcanhar do pé de trás no chão; ¾ Desloque o peso à frente. 23 2) Alongamento dos músculos anteriores da perna ¾ Em pé, de frente para a parede, mão no corrimão; ¾ O joelho da perna envolvida flexionada de forma que a superfície dorsal dos artelhos estejam no chão (a outra perna com o joelho em extensão). 3) Alongamento do sóleo ¾ Em pé, de frente para a parede, mão no corrimão; ¾ Dê um passo à frente, colocando os artelhos contra a parede; ¾ Mantenha o calcanhar da perna de trás no chão, flexionando o joelho. Exercícios para o tornozelo: 1) Flexão dorsal e flexão plantar ¾ Em pé, de costas para a parede; ¾ Realizar um pouco de flexão de quadril com a perna envolvida; ¾ Realizar flexão dorsal e flexão plantar. 2) Inversão e eversão ¾ Em pé, de costas para a parede; ¾ Realizar um pouco de flexão de quadril com a perna envolvida; ¾ Girar a borda externa do pé para fora (eversão) e para dentro (inversão). 3) Elevação do calcanhar ¾ Segurando no corrimão, lentamente eleve-se nos dedos do pé; ¾ Segure, e então relaxe. 4) Caminhar no tornozelo ¾ Caminhar nos calcanhares,com flexão dorsal. ¾ Caminhar com flexão plantar. ¾ Caminhar na borda externa dos pés. ¾ Caminhar na borda interna dos pés. 24 EXERCÍCIOS PARA OS MMSS OMBRO Movimentos do ombro Flexão: deltóide anterior, peitoral maior, coracobraquial. Extensão: deltóide posterior, grande dorsal, redondo maior. Adução: grande dorsal, peitoral maior, redondo maior. Abdução: deltóide, supra-espinhoso. Rotação externa: infra-espinhal, redondo menor, deltóide posterior. Rotação interna: infra-escapular, grande dorsal, peitoral maior, red. maior e d.ant. Alongamentos para o ombro: 1) Alongamento de peitoral • De pé, realizar flexão de ombros, com a palma das mãos para cima; • Horizontalmente, abduza os braços trazendo as escápulas do ombro próximas uma da outra; 2) Toque de cotovelo • De pé, coloque as mãos nos ombros com os cotovelos para a lateral; • Lentamente, leve os cotovelos até que eles se toquem na frente do corpo 3) Puxada para trás por trás das costas • Segure as mãos atrás do corpo; • Gentilmente, eleve as mãos unidas para cima sem flexionar o tronco, quadril ou cotovelos. 4) Puxada acima da cabeça: • De pé, segure as mãos unidas à frente do corpo; • Gentilmente, eleve os braços com as mãos unidas o mais para cima possível, sem estender as costas ou flexionar os cotovelos. 5) Abdução do ombro • Apóie a antebraço do braço envolvido no corrimão, com a palma da mão para cima; • Traga a cabeçaem direção do braço enquanto move o tronco para longe da parede; • Sinta alongar sob o braço. 25 6) Pressionamento do peitoral • Em pé, de frente para a parede, com as pernas ligeiramente afastadas e as palmas das mãos na parede, com o cotovelo do braço não-envolvido flexionado e o outro estendido; • Leve o ombro não-envolvido para longe da parede (o ombro envolvido movimenta-se em direção da parede). 7) Alongamento no canto • Em pé, em um dos cantos da piscina, com as mãos na parede; • Flexione os cotovelos e incline-se para frente até que o alongamento seja sentido no peito. 8) Encolher os ombros • Eleve os dois ombros na direção das orelhas e segure; • Lentamente abaixe os dois ombros. 9) Rolamento de ombro • Braços na lateral do corpo; • Desenhe com os ombros um círculo imaginário, movimentando a articulação para cima, para trás, para baixo e para frente. 10) Abraço • Comece com os braços estendidos na lateral; • Coloque cada mão no ombro oposto; • Flexione o queixo em direção do peito; • Puxe os braços para frente, o alongamento deve ser sentido nas porções superior e média das costas. 11) Alongamento cruzado à frente • Cruze o braço direito estendido pela frente do peito; • Posicione a mão esquerda sob a direita e cuidadosamente, puxe o braço em direção ao peito. 12) Rotação interna • Flexione o cotovelo do braço envolvido de forma que a face dorsal da mão esteja atrás das costas; • Tente levar a mão o mais alto possível que puder; • Sinta o alongamento na porção anterior do ombro. 26 13) Rotação externa • Posicione a palma da mão envolvida contra a parede, com o cotovelo flexionado a 90o ; • Faça uma rotação de tronco no lado envolvido na direção oposta à parede, mantendo o braço envolvido fixo e o cotovelo próximo ao corpo; • Gire o corpo até que seja sentido o alongamento na região anterior do ombro. Exercícios para o ombro: 1) Pressionamento de ombros para baixo • Segure equipamentos flutuantes ligeiramente à frente do corpo, na altura do peito, com os cotovelos flexionados; • Pressione para baixo, estendendo os cotovelos; • Volte à posição inicial. 2) Abdução e adução resistida de ombro (com a resist. da água ou palmar) • Segure o equipamento resistido na lateral, um pouco abaixo da linha do ombro; • Empurre as mãos em direção ao quadril (adução) mantendo os cotovelos estendidos. 3) Flexão e extensão resistida (com a resist. da água ou palmar) • Eleve o braço com o antebraço supinado; • Retorne realizando extensão de ombro com o antebraço pronado. 4) Abdução e adução horizontal resistida (com a resist. da água ou palmar) • Realizar abdução e adução horizontal. 5) Rotação interna e externa resistida (com a resist. da água ou palmar) • Cotovelo próximo à lateral do corpo; • Então, faça uma rotação interna e externa. COTOVELO E ANTEBRAÇO Movimentos do cotovelo Flexão: braquial, braquiorradial, bíceps braquial. Extensão: tríceps braquial, ancôneo. Movimentos do antebraço Pronação: pronador redondo, pronador quadrado, braquiorradial. Supinação: supinador, bíceps braquial, braquiorradial. 27 Alongamentos para o cotovelo e antebraço: 1) Alongamento do bíceps De pé, mantenha as mãos ao lado do corpo e flexione o punho de forma que as palmas das mãos fiquem voltadas para o chão; Estenda o cotovelo e empurre os braços para trás com os cotovelos estendidos; Sinta o alongamento na parte da frente dos braços. 2) Alongamento do tríceps Posicionar a mão do lado envolvido atrás das costas com a palma tocando atrás do pescoço; Procure atingir a coluna para baixo o máximo possível; Ajude o alongamento colocando a mão oposta no cotovelo e empurre cuidadosamente. 3) Alongamento do antebraço Em pé, com os braços à frente do corpo, as mãos unidas, palmas voltadas para baixo e cotovelos estendidos; Flexione os punhos até que o alongamento seja sentido no antebraço. Exercícios para o cotovelo e antebraço: 1) Flexão de cotovelo e extensão de cotovelo Segure o equipamento de resistência nas mãos, com os braços estendidos na lateral; Flexione os cotovelos e abduza os ombros movimentando as mãos em direção à superfície da água; Retorne à posição inicial realizando extensão de cotovelos. 2) Pronação e supinação Em pé, com os cotovelos pressionando a lateral do corpo e flexionados a 90 ; Com um halter na mão, realizar prono e supinação. 3) Flexão combinada do cotovelo Em pé, com os braços na lateral e palmas das mãos voltadas para frente (posição anatômica); Flexione os cotovelos até que as mãos toquem os ombros (supinação do antebraço); Pronar o antebraço e realizar extensão de cotovelos. 4) Extensão do tríceps Em pé, com o cotovelo na lateral, flexionado, segurando um equipamento de flutuação na mão; Estender o cotovelo e volte para a posição inicial. 28 REABILITAÇÃO AQUÁTICA DO PACIENTE NEUROLÓGICO Grande tem sido o debate em relação aos benefícios da utilização da hidroterapia como tratamento para pacientes neurológicos. Porém, parece que os benefícios estão longe de serem desvantagem. Muitas pessoas argumentam que a piscina não é “o mesmo ambiente” que a terra, e que por isso os movimentos ensinados na piscina não serão utilizados em terra. Porém, atividades aprendidas na piscina podem ser transferidas para atividades funcionais em terra. Embora os termos paresia e paralisia sejam, muitas vezes, usados com sinônimos, tecnicamente, paralisia designa a perda completa da contração voluntária, enquanto paresia designa uma perda parcial. A redução da força muscular é descrita, comumente, por sua distribuição: a hemiplegia é a fraqueza que afeta um dos lados do corpo, a paraplegia afeta o corpo abaixo dos braços e a teraplegia afeta os quatro membros. A perda de massa muscular é chamada de atrofia. A atrofia muscular resultante da falta de uso é chamada de atrofia por desuso, enquanto a atrofia muscular resultante de lesão do sistema nervoso é chamada atrofia neurogênica. Tônus muscular Tônus muscular é a quantidade de tensão do músculo em repouso. Clinicamente, o tônus muscular é, em geral, avaliado pela faixa de movimentação passiva. A lesão em qualquer ponto do sistema motor interfere, muitas vezes, na capacidade de regular o tônus muscular. A hipotonia, ou resistência anormalmente baixa ao estiramento passivo, ocorre nas seguintes condições: Distúrbios cerebelares Lesões dos motoneurônios inferiores Temporariamente, após lesão aguda de motoneurônios superiores. O outro extremo, a hipertonia, ou resistência anormalmente alta ao estiramento passivo, ocorre nas seguintes condições: Lesões crônicas de motoneurônios superiores Alguns distúrbios dos gânglios da base. Existem dois tipos de hipertonia: espástica e rígida. Espasticidade Rigidez Padrão de comprimento muscular Flexores dos MMSS; extensores dos MMII Flexores e extensores igualmente Natureza do tônus Aumento do tônus dependente da velocidade; “em canivete”. Constante durante todo o movimento: “roda denteada”. Reflexos tendíneos Aumentado Normal Fisiopatologia Maior ganho no reflexo miotático da coluna vertebral Maior componente de latência prolongada do reflexo miotático. 29 EXERCÍCIOS Normalização do tônus 1) Rotação em anel: Paciente no colo e de frente para o terapeuta, com o quadril flexionado. Tronco rodado, segurando tanto na costela do paciente ou na bóia. Se o tônus for muito alto, o terapeuta necessita utilizar a outra mão na EIAS, para derrodar a pélvis. 2) Rotaçãoem anel, com o quadril estendido.Segurar no corrimão: Para interferir no tônus extensor do AVC: com o joelho em flexão e dorsoflexão da tibiotársica. Para interferir no tônus flexor do P.C.:extensão do joelho e dorsoflexão da tibiotársica. 3) Suspensão vertical (com bóia): Paciente de frente para o corrimão, bloquear o quadril do paciente com os joelhos do terapeuta, alongando o tronco no lado afetado. 4) Alongamento de duas pessoas: Necessita de duas terapeutas, uma pegada no tornozelo e a outra no braço do paciente. Paciente em supino, com flutuadores, terapeutas irão deslocar o paciente de um lado para o outro. 5) Alongamento de ombro: Paciente em supino, com flutuadores (colar e espaguete), terapeuta encostado na parede, atrás do paciente. Pegada no braço do paciente e o joelho do terapeuta irá ficar na cifose do paciente. 6) Postura de cadeirinha (inibição total): Paciente de costas para o terapeuta, com flexão de quadril e joelhos. 7) Rotação fragmentada: Paciente deitado no ombro do terapeuta. Terapeuta irá realizar a rotação com o paciente até o decúbito lateral. 8) Rotação horizontal: Paciente deitado no ombro do terapeuta.Cuidado: rodar para o lado direito ⇒ cabeça do paciente no ombro direito do terapeuta e vice-versa. 9) Rotação vertical Paciente deitado no ombro do terapeuta e passa-lo da posição supina para a vertical. 10) Rotação combinada Rotação horizontal + Rotação vertical 30 11) Mobilização de cintura escapular: Paciente sentado no colo do terapeuta, e de costas para ele. Terapeuta irá pegar no braço do paciente realizando protrusão e retração das escápulas. 12) Serpentear: Para pacientes com tônus baixo ⇒ serpentear em amplitudes pequenas/ rápidas Para pacientes com tônus alto ⇒ serpentear em amplitudes maiores/ lentos 13) Alongamento lateral de tronco no rolo: Paciente em decúbito lateral no rolo, de costas para o terapeuta. Terapeuta irá pegar no ombro que está em contato com o rolo, realizando uma rotação externa. Quadril da terapeuta fletido para suportar o corpo do paciente. Alongamento dos músculos do tronco em contato com o rolo. Paciente em decúbito lateral no rolo, de costas para o terapeuta. Terapeuta irá pegar no ombro que está em contato com o rolo, realizando uma rotação externa. O outro ombro irá abduzir sobre a cabeça do paciente. Agora estamos alongando os músculos do tronco que não estão em contato com o rolo. 14) Trabalho de abdominais e glúteos no rolo (passivo ou ativo): Paciente de prono no rolo. Terapeuta de frente para o paciente e irá realizar dois movimentos: terapeuta deslocando para trás ⇒ trabalho de glúteos terapeuta deslocando para frente ⇒ trabalho de abdominais 31 EXERCÍCIOS EM PISCINA FUNDA (DEEP WATER) EXERCÍCIOS PARA MMSS 1) Puxada com o braço flexionado • Posição vertical; • Levar um braço à frente; • Puxar o braço para trás com o cotovelo flexionado ao mesmo tempo que o outro braço vai para a frente; • Repetir com o outro braço. 2) Puxada com o braço estendido • Posição vertical; • Manter o cotovelo estendido, • Supinar o antebraço e realizar flexão de ombro; • Ao mesmo tempo o outro lado está realizando pronação de antebraço e extensão de ombro. 3) Círculos de ombros • Posição vertical; • Manter o cotovelo estendido; • Abduzir os ombros e realizar movimentos circulares. 4) Pressionamento de ombro • Posição vertical; • Simultaneamente pressionar as duas mãos para frente a partir do peito. 5) Pressionamento de cotovelo • Posição vertical; • Alternadamente, flexionar um cotovelo e estender o outro, de forma que os antebraços movimentem-se para baixo e para cima na frente do corpo. 6) Onda • Posição vertical; • Estender os cotovelos e abduzir os ombros; • Alternadamente, flexionar um punho enquanto estende o outro. 7) Pressionamento lateral de punho • Posição vertical; • Flexionar os cotovelos e punhos; • Estender os cotovelos, mantendo os punhos flexionados. 32 EXERCÍCIOS PARA MMII 1) Corrida • Posição vertical com o abdômen contraído; • Inclinar o tronco 5o para a frente; • Executar a ação da corrida, usando braços e pernas. 2) Caminhada • Posição vertical; • Alternadamente, flexionar e estender o quadril e os joelhos, executando a ação de caminhar. 3) Bicicleta na posição sentada • Posição vertical; • Flexionar o quadril a 90o (posição sentada); • Executar a ação de pedalar com as pernas, mantendo o tronco vertical e as pernas à frente do corpo. 4) Salto com afastamento • Posição vertical; • Manter os cotovelos e joelhos estendidos; • Simultaneamente, abduzir o quadril e aduzir os ombros; • Aduzir o quadril para a linha mediana, enquanto abduz o ombro. 5) Esquiador • Posição vertical; • Manter os braços e pernas estendidas, alternadamente flexionar e estender o quadril e o ombro, executando a ação de esquiar. 6) Salto com afastamento • Posição vertical; • Manter os cotovelos e joelhos estendidos; • Simultaneamente, abduzir o quadril e aduzir o ombro; • Aduzir o quadril para a linha mediana, enquanto abduz o ombro. 7) Salto cruzado • Executar o salto com afastamento, mas abduzir os quadris, passando a linha mediana do corpo. 8) Elevação dupla de joelhos • Posição vertical; • Mantendo as pernas unidas, trazer os joelhos em direção ao peito; • Voltar as pernas para a posição inicial e repetir. 33 9) Pernada com flutuação • Posição vertical; • Manter quadril e joelhos estendidos; • Alternadamente, flexionar e estender os quadris, criando um rápido “batimento de pernas” a partir dos pés. 10) Flexão e extensão de quadril • Posição vertical; • Joelhos em extensão realizar flexão e extensão de quadril. 11) Flexão dupla de joelhos • Posição vertical; • Flexionar ambos os joelhos levando os calcanhares em direção à superfície da água; • Estender os joelhos. 12) Extensão de joelho na posição sentada • Posição vertical; • Flexionar o quadril a 90o (posição sentada); • Flexionar e estender o joelho. 13) Abdução de quadril na posição sentada • Posição vertical; • Flexionar os quadris a 90o (posição sentada); • Joelhos estendidos, abduzir e aduzir o quadril. 14) Diamante • Posição vertical; • Flexionar os quadris, colocando as superfícies plantares dos pés unidas; • Quadril abduzido, encostar um joelho no outro e voltar. 15) Contração de glúteos • Posição vertical; • Flexionar os quadris, colocando as superfícies plantares dos pés unidas; • Levar os calcanhares para cima, na direção da virilha, enquanto contrai glúteos; • Estender os joelhos, voltando para a posição inicial. 16) Flexão de quadril com rotação externa • Posição vertical; • Simultaneamente, flexionar o quadril e os joelhos em rotação externa; • Retornar para a posição vertical. 17) Gazela • Posição vertical; manter uma das pernas estendidas enquanto flexiona e abduz o quadril e joelho oposto; retornar à posição vertical e repetir o movimento. 34 REABILITAÇÃO AQUÁTICA PARA A PACIENTE OBSTÉTRICA E GINECOLÓGICA Alterações Posturais na gravidez Localização Alteração Centro de gravidade Não grávida: S2 Grávida: desvia-se anterior e superiormente. Pés Pronação aumentada e arcos plantares forçados. Quadris Flexão aumentada tende a exarcerbar-se. Joelhos Extensão aumentada tende a exarcerbar-se. Coluna lombar Usualmente lordose excessiva Coluna torácica Cifótica Caixa costal tende a tornar-se limitada. Respiração pode alternar-se. Ombros Pode ocorrer uma rotação interna. Cabeça Pode salientar-se para frente MarchaBase aumentada de suporte: andar gingado (ou andar “de pata”). EXERCÍCIOS Sempre atentos à respiração: sempre que realizar um movimento, soltar o ar. 1) Aquecimento: 9 Para frente 9 Lateral: abdução e adução de quadril 9 De costas 9 Cruzada: adução além da linha média e abdução de quadril 9 Com giros: dois passos na lateral, roda sobre uma perna, dois passos na lateral, roda sobre uma perna 9 Para frente, realizando flexão de quadril a 90o 9 Para frente, realizando abdução e rotação externa de quadril 2) Alongamento de peitoral 9 De pé, realizar flexão de ombros, com a palma das mãos para cima; 9 Horizontalmente, abduza os braços trazendo as escápulas do ombro próximas uma da outra; 35 3) Toque de cotovelo 9 de pé, coloque as mãos nos ombros com os cotovelos para a lateral; 9 Lentamente, aduza os cotovelos até que eles se toquem na frente do corpo. 4) Encolher os ombros 9 Eleve os dois ombros na direção das orelhas e segure; 9 Lentamente abaixe os dois ombros. 5) Rolamento de ombro 9 Braços na lateral do corpo; 9 Desenhe com os ombros um círculo imaginário, movimentando a articulação para cima, para trás, para baixo e para frente. 6) Flexão, abdução e rotação externa quadril 9 Em pé, de costas para o corrimão; 9 Perna não envolvida no chão; 9 Realizar flexão, abdução e rotação externa quadril com o joelho fletido e estendido 7) Abdução e adução de quadril (com flexão de joelhos) 9 Em pé, de costas para o corrimão; 9 Segurar no corrimão e manter a coluna encostada na parede; 9 Fletir quadril e joelhos; 9 Realizar abdução e adução de quadril. 8) Flexão de quadril (joelhos fletido) 9 Em pé, de costas para o corrimão; 9 Segurar no corrimão e manter a coluna encostada na parede; 9 Realizar flexão de quadril e joelhos (com um pouco de abdução de quadril, para não comprimir a barriga); 9 Voltar colocando os pés no chão. 9) Rotações 9 Em pé, de costas para o corrimão; 9 Segurar no corrimão e manter a coluna encostada na parede; 9 Realizar flexão de quadril e joelhos (com um pouco de abdução de quadril, para não comprimir a barriga); 9 Realizar rotação de quadril, levando os joelhos de um lado para o outro. 10) Flexão de quadril (joelhos estendidos) 9 Em pé, de costas para o corrimão; 9 Segurar no corrimão e manter a coluna encostada na parede; 9 Realizar flexão de quadril com os joelhos extensão 36 11) Abdução e adução de quadril (com extensão de joelhos) 9 Em pé, de costas para o corrimão; 9 Segurar no corrimão e manter a coluna encostada na parede; 9 Realizar flexão de quadril, e abduzir e aduzir o quadril com extensão de joelhos. 12) Variação do exercício anterior 9 De frente (prono) para o corrimão(se necessário, colocar um flutuador no quadril); 9 Realizar abdução e adução de quadril; 9 Depois realizar adução além da linha média. Paciente Suspensa 13) Abdução e adução de quadril joelhos fletidos) 9 Paciente com boinha de braço e halteres nas mãos; 9 Ombros abduzidos a 90o ; 9 Realizar flexão de quadril, e abduzir e aduzir o quadril com flexão de joelhos. 14) Exercício para assoalho pélvico 9 Paciente com boinha de braço e halteres nas mãos; 9 Ombros abduzidos a 90o ; 9 Fletir, abduzir e rodar os quadris externamente; 9 Realizar uma lenta contração e retenção do assoalho pélvico (5 seg.), seguida por uma liberação lenta. 15) Alongamento de adutores com os joelhos fletidos e estendidos) 9 Paciente com boinha de braço e halteres nas mãos; 9 Ombros abduzidos a 90o ; 9 Realizar flexão, abdução e rotação externa de quadril e deixar que a flutuação realize o alongamento. 16) Fortalecimento/estabilização escápulotorácicos 9 Paciente com boinha de braço e halteres nas mãos; 9 Ombros abduzidos a 90o ; 9 Quadril fletido, abduzido e rodado externo (cadeirinha); 9 Realizar adução de ombros bilateralmente. 17) Alongamento dos flexores laterais do tronco 9 Paciente com boinha de braço e halteres nas mãos; 9 Ombros abduzidos a 90o ; 9 Realizar flexão, abdução e rotação externa de quadril; 9 Levar os pés para o lado direito com extensão de joelhos; 9 Realizar novamente flexão, abdução e rotação externa de quadril; 9 Levar os pés para o lado esquerdo com extensão de joelhos; 9 Repetir o movimento. 37 18) Miniabdominal 9 Paciente com boinha de braço e halteres nas mãos; 9 Ombros abduzidos a 90o ; 9 Espaguete debaixo dos joelhos; 9 Realizar abdominal bem curtinho, levando o tronco em direção ao MMII. ou 9 Deitada no colchão de neoprene; 9 Realizar abdominal bem curtinho, com os braços cruzados. 19) Prensa das pernas 9 Paciente com boinha de braço e halteres nas mãos; 9 Ombros abduzidos a 90o ; 9 Paciente reclinado, com os pés apoiados no chão; 9 Realizar uma marcha alternada. 20) Prensa das pernas em rã bilateral 9 Paciente com boinha de braço e halteres nas mãos; 9 Ombros abduzidos a 90o ; 9 Joelhos e quadris fletidos, abduzidos e rodados externamente; 9 Realizar adução de quadril, com extensão de joelhos e dorsoflexão. 21) Ponte 9 Paciente com boinha de braço e halteres nas mãos; 9 Ombros abduzidos a 90o ; 9 Espaguete debaixo dos joelhos; 9 Posicionar o quadril e joelhos fletidos; 9 Realizar a ponte. 22) Fortalecimento da musculatura interescapular 9 Paciente com boinha de braço e halteres nas mãos; 9 Ombros abduzidos a 90o ; 9 Espaguete debaixo dos joelhos; 9 Posicionar o quadril e joelhos fletidos; 9 Realizar adução escapular. 23) Asas de anjo 9 Colar cervical; 9 Espaguete debaixo dos joelhos; 9 Realizar abdução e adução de ombro bilateralmente. 24) Balanço pélvico 9 Paciente na postura de pé; 9 Realizar extensão de cabeça + flexão de quadril + anteroversão pélvica; 9 Depois realizar flexão de cabeça + flexão de tronco + retroversão pélvica. 38 HIDROTERAPIA APLICADA À PACIENTES ORTOPÉDICOS Coluna cervical 1) Serpentear pela região do occiptal 2) Tração cervical Sentir a tração cervical com o colar cervical virado para trás. Tração cervical aquática estática: - Paciente segurando no corrimão; - Sentado no colo do terapeuta; - Terapeuta com as mãos na região occiptal do paciente realizando uma tração para cima; - Cotovelo do terapeuta no ombro do paciente. Tração cervical aquática dinâmica: - Paciente sentado no colo do terapeuta; - Os braços do terapeuta irão passar debaixo das axilas do paciente; - Terapeuta com as mãos na região occiptal do paciente realizando uma tração para cima; - Pular levemente com o paciente para trás. 3) Movimentos de flexão, extensão, flexão lateral e rotação de pescoço. 4) Caminhada: marcha para frente anteroversão pélvica e extensão de pescoço; e marcha para trás retroversão pélvica e flexão de pescoço. 5) Atividades funcionais: Dar ré no carro: segurar no corrimão e realizar o movimento de dar ré no carro. De prono no espaguete, corrimão ou rolo: bater pernas e trabalhar a musculatura extensora de pescoço. Rolando na bóia: realizar rotação do pescoço, extensão e flexão. Coluna torácica 1) Tração torácica Com o auxílio do espaguete - Paciente na bóia preta; - Segurar no corrimão; - Espaguete debaixo dos joelhos; - Deixar a flutuação realizar a tração. 39 Tração manual - Paciente na bóia preta; - Segurar no corrimão; - Espaguete debaixo dos joelhos; - Realizar uma tração manual de cima para baixo. 2) Mobilidade de cintura escapular: Uso de pranchas - Ficar de pé; - Deixar as pranchas na superfície da água; - Colocar as mãos em cima da prancha; - Realizar movimentos de flexão de ombro com extensão de cotovelo e logo após flexão de cotovelocom extensão de ombro. (realizar unilateralmente e bilateralmente) Oscilação de braços - Ficar de pé; - Realizar movimentos de flexão (mão voltada para frente) e extensão (mão voltada para trás) de ombros. (realizar unilateralmente e bilateralmente) Mãos nos bolsos - Ficar de pé; - Segurar os halteres com extensão de cotovelos (dentro da água); - Realizar movimentos de flexão e extensão de cotovelos bilateralmente. Marcha de muletas - Ficar de pé; - Segurar os halteres; - MMSS ao longo do corpo; - Realizar movimentos de flexão e extensão de ombros (reciprocamente). Cintura lombar 1) Tração lombar Com o auxílio do espaguete - Paciente na bóia preta; - Segurar no corrimão; - Espaguete debaixo dos joelhos; - Deixar a flutuação realizar a tração. 40 Tração manual - Paciente na bóia preta; - Segurar no corrimão; - Espaguete debaixo dos joelhos; - Realizar uma tração manual de cima para baixo. 2) Movimentos ativos dos MMII Flexão de quadril alternado e bilateral - Colocar a bóia preta; - Segurar no corrimão; - Artelhos na parede; - Realizar movimentos de flexão de quadril alternado e bilateralmente. Flexão de quadril com abdução e adução - Colocar a bóia preta; - Segurar no corrimão; - Artelhos na parede; - Fletir o quadril e joelhos, e realizar abdução e adução de quadril. Rotação de tronco - Colocar a bóia preta; - Segurar no corrimão; - Fletir o quadril e joelhos; - Joelhos na parede; - Levar os joelhos de um lado para o outro. 41 REABILITAÇÃO AQUÁTICA DO ATLETA Fase aguda 1) Exercícios isométricos : ♦ Isquios tibiais - Paciente na postura de pé; - Segurar no corrimão; - Realizar flexão de quadril com extensão de joelhos; - Terapeuta segura a coxa do paciente; - Com a outra mão irá resistir a flexão de joelhos. ♦ Quadríceps - Paciente na postura de pé; - Segurar no corrimão; - Realizar flexão de quadril com flexão de joelhos; - Terapeuta segura a coxa do paciente; - Com a outra mão irá resistir a extensão de joelhos. ♦ Glúteos - Paciente na postura de pé; - Segurar no corrimão; - O terapeuta impede o movimento de extensão de quadril (joelhos em extensão) do paciente com o seu pé. ♦ Adutores e abdutores - Paciente na postura de pé; - Segurar no corrimão; - O terapeuta impede o movimento de abdução e adução de quadril (joelhos em extensão) do paciente com o seu pé. ♦ Paravertebrais - Paciente na postura de pé; - De frente para a parede com as mãos apoiadas no azulejo; - Cotovelos fletidos; - Realizar extensão de tronco; - Terapeuta irá resistir essa extensão com as mãos próximas da cintura escapular. 42 ♦ Reto abdominal - Paciente na postura de pé; - De costas para a parede; - Realizar flexão de tronco; - Terapeuta irá resistir essa flexão de tronco com as mãos nos ombros do paciente. ♦ Depressores de ombro - Paciente na postura de pé; - MMSS ao longo do corpo; - Extensão de cotovelos com extensão de punhos; - Palma da mão do paciente com a palma da mão do terapeuta; - Terapeuta irá resistir esse movimento. Fase avançada 2) Exercícios utilizando o colete com extensor ♦ Correr para frente; ♦ Correr de um lado para o outro; ♦ Virar o colete e correr para trás; ♦ Virar o colete e correr para os lados 43 EXTENSORES PARA FORTALECIMENTO MUSCULAR 1) Fortalecimento de MMSS ¾ Abdutores e adutores de ombro ¾ Abdução e adução horizontal ¾ Flexores de ombro ¾ Extensores de ombro ¾ Rotadores externos e internos do ombro ¾ Flexores e extensores de cotovelo ¾ Flexores e extensores de punho 2) Fortalecimento de MMII ¾ Abdutores e adutores de quadril ¾ Flexão e extensão de quadril ¾ Flexão e extensão de joelhos ¾ Flexão plantar e dorsoflexão HIDROTERAPIA APLICADA À PACIENTES COM DOENÇA CARDIOVASCULAR Progressão do tratamento Medir a pressão arterial no início, durante e fim da sessão. • Caminha lenta, de curta duração e longa distância; • Caminha rápida, de curta distância e longa distância; • Trabalhar todos os exercícios de MMSS e MMII; • O mais fácil estilo de nado, curta distância e com a cabeça para fora d água; • O segundo mais fácil estilo de nado; • Parar quando o paciente exceder sua freqüência cardíaca. 44 TREINAMENTO E MODIFICAÇÃO DE ESTILOS DE NADO PARA REABILITAÇÃO A natação tem sido usada como técnica terapêutica para uma grande variedade de populações de pacientes. Há muitas razões diferentes para incluir o treinamento de natação em um programa de tratamento por terapia aquática. A natação oferece um excelente meio de trabalhar voltado para condicionamento e flexibilidade musculares em um padrão funcional de movimento. Estabilização do tronco em cadeia cinética aberta pode ser trabalhada por meio da natação. Controle motor e percepção corporal são desenvolvidos com essa habilidade, que envolve a coordenação do movimento das extremidades superiores e inferiores com equilíbrio em flutuação e controle da respiração. Resistência cardiovascular pode ser alcançada com um programa constante de natação. Controle da dor e relaxamento. Pacientes que não são capazes de participar em um programa de exercício em terra, como marcha, jogging, aeróbica ou ciclismo, muitas vezes melhoram seu moral, quando trabalham em natação, uma vez que a identificam com uma forma mais “normal”e atlética de exercício. Alguns pacientes não são candidatos ao treinamento de natação com parte de um programa de terapia aquática. Se um paciente não tiver interesse em natação, sua adesão é improvável. Quando ele tem medo da água ou não teve experiência prévia com natação, o profissional de reabilitação aquática pode não dispor de tempo adequado para acrescentar isso ao programa de tratamento, e esse tempo poderia ser melhor despendido em áreas diferentes da reabilitação aquática. O quadro abaixo indica uma progressão lógica para treinamento de natação. As primeiras sete habilidades são áreas de segurança aquática básica que precisam ser trabalhadas antes de iniciar instrução de natação. _________________________________________________________________________ Progressão do Treinamento de Natação _________________________________________________________________________ 1-Entrada segura na piscina e saída segura 2- Ajustamento mental e físico à água 3- Controle da respiração 4- Habilidades de recuperação 5- Controle de flutuação estacionária 6- Habilidades de suspensão 7- Mudanças de direção 8- Estilos de nados _________________________________________________________________________ Entrada e Saída Segura na Piscina O paciente deve ser ensinado a entrar na piscina com segurança e a sair dela nas mesmas condições. Isso pode incluir o uso de uma cadeira de rodas para descer ou subir uma rampa com segurança, o uso de um elevador de pacientes, uma escada com ou sem corrimão ou uma escada vertical. 45 Ajustamento Mental e Físico à Água O paciente deve demonstrar ajustamento mental e físico à água e aos efeitos da flutuação. Ele deve sentir-se confortável ao mover-se na água e molhar os cabelos, a face e as orelhas. As atividades a trabalhar nessas áreas são andar na água, soprar para fazer bolhas, subir-descer e submergir a face. Qualquer sinal de medo ou apreensão com essas atividades básicas indica problemas para a instrução continuada de natação. Se o paciente não se ajustar rapidamente à água com essas atividades, ele pode não ser um bom candidato paratreinamento de natação. Controle da Respiração O paciente deve demonstrar controle respiratório adequado quando a face é submergida. Ele deve ser capaz de submergir sua face em todas as direções sem ter de segurar o nariz. O paciente deve aprender a soprar o ar de uma maneira controlada quando embaixo da água de modo que leve menos tempo para inspirar quando a cabeça sai da água. Habilidades de Recuperação Habilidades de recuperação são necessárias para fazer a transição de uma posição para outra dentro da água. Mais especificamente, as habilidades de recuperação permitem a uma pessoa fazer a transição da posição em pé para a de flutuação ou de supino para prono enquanto estiver flutuando. O paciente deve dominar essas habilidades antes que se possa progredir em direção à instrução de estilo de nado. Controle da Flutuação Estacionária O paciente deve ter bom controle na posição flutuando. O profissional de reabilitação aquática deve conhecer o grau de flutuação do paciente e ensina-lo a posicionar o seu corpo para flutuação máxima com mínimo esforço.Assistência manual embaixo da região torácica pode inicialmente ser necessária até que o paciente relaxe o suficiente para flutuar sozinho.É melhor tentar flutuar sem o uso de flutuadores. Habilidades de Suspensão Pisar a água: é uma habilidade importante de segurança em uma piscina com uma parte funda. Ela mantém o paciente ereto na água funda com a cabeça fora da água. Pisar a água é feito usando a batida das pernas de tesoura ou a batida de pernas do nado peito, juntamente com movimentos de “remar”dos braços e mãos, apenas o suficiente para manter a cabeça fora da água. Mudança de Direção O paciente deve ser instruído sobre como manobrar ou ajustar o caminho de direção na natação. Para manobrar durante nados em supino, o paciente flexiona lateralmente a cabeça na direção desejada e executa braçadas mais fortes com o braço oposto. A chave é utilizar a cabeça para facilitar a direção do movimento. Estilos de Nados Uma vez que os pacientes tenham aprendido as habilidades básicas de segurança na água, eles estão prontos para instrução de estilos de nado. 46 9 Estilo Básico Movimento do corpo: nado em supino com movimento contínuo simétrico dos braços e movimento contínuo assimétrico das pernas. Objetivos de tratamento: fortalecimento dos MMSS e MMII; estabilização do tronco; treinamento de resistência; treinamento de relaxamento; tratamento da dor. 9 Estilo de Costas Elementar Movimento do corpo: nado em supino com movimento simultâneo simétrico dos braços e pernas. Objetivos de tratamento: fortalecimento dos MMSS e MMII; estabilização do tronco; treinamento de resistência; treinamento de relaxamento; tratamento da dor; facilitar a expansão torácica. 9 Estilo de Lado Movimento do corpo: nado deitado de lado com braços e pernas assimétricos. Objetivos de tratamento: treinamento de resistência; fortalecimento e alongamento ativo dos MMSS e MMII; promover dissociação dos dois lados do corpo; alongamento do tronco no lado de baixo. 9 Estilo Peito Movimento do corpo: nado em prono com movimento simétrico dos braços e pernas. Objetivos de tratamento: fortalecimento e alongamento ativo dos MMSS e MMII; estabilização do tronco; treinamento de resistência; controle da respiração. 9 Estilo Crawl Movimento do corpo: nado em prono com movimento asssimétrico dos braços e pernas. Objetivos de tratamento: fortalecimento dos MMSS e MMII; promover dissociação dos dois lados do corpo; estabilização do tronco; treinamento de resistência; amplitude de movimento e alongamento ativo de extremidades superiores. 9 Estilo Costas Movimento do corpo: nado em supino com movimento asssimétrico dos braços e pernas. Objetivos de tratamento: fortalecimento dos MMSS e MMII; promover dissociação dos dois lados do corpo; estabilização do tronco; treinamento de resistência; facilitar a expansão torácica. 47 ALONGAMENTOS PASSIVOS Bóia preta ¾ Interósseos dorsais: Terapeuta faz um arco para baixo com os dedos do pé do paciente. ¾ Pé cavo: Terapeuta coloca uma mão no retropé e a outra no antepé e força para cima. ¾ Pé plano: Terapeuta coloca uma mão no calcanhar e a outra no antepé dorsalmente e força o antepé para baixo. ¾ Tríceps sural: Terapeuta se posiciona ao lado do paciente e alonga o sóleo(joelho fletido) e gastrocnêmio. ¾ Isquiotibiais: Terapeuta à frente do paciente e irá fletir o quadril com extensão de joelho. ¾ Adutores de quadril: Bilateral e unilateral terapeuta no meio das pernas do paciente realizando uma abdução de quadril, ¾ Íliopsoas: Terapeuta posiciona o lado que não será alongado com uma flexão de joelho e quadril e irá empurrar o joelho do lado a ser alongado para baixo. ¾ Alongamento da coluna para escoliose: - Terapeuta se posiciona do lado da flexão lateral de tronco , de costas para o paciente e empurra a coxa do paciente para o outro lado. - Terapeuta se posiciona do lado oposto ao da flexão lateral de tronco, os braços passam por cima do corpo do paciente promovendo o alongamento da musculatura lateral de tronco. ¾ Alongamento para escoliose lombar com hiperlordose: Corrigir a escoliose com os cotovelos e depois realizar uma pompagem lombar corrigindo a hiperlordose. 48 MÉTODO HALLIWICK Princípios estabelecidos: - adaptação mental: reconhecimento de duas forças atuando sobre o corpo)gravidade e flutuação) - restauração do equilíbrio: enfatiza o uso de grandes padrões de movimento, particularmente com os braços, para restaurar e/ou manter o equilíbrio(rotações). - inibição: a capacidade de criar e manter uma posição desejada. O nadador é capaz de conter todo movimento indesejado. - Facilitação: a capacidade de criar um movimento mentalmente desejado e fisicamente controlado por quaisquer meios sem recursos de flutuação. Objetivos de tratamento: aumentar a ADM; facilitar as reações posturais e de equilíbrio; melhorar a condição física geral; melhorar a adaptabilidade mental; reduzir a dor; interferir no tônus muscular; alongamento e fortalecimento muscular. MÉTODO BAD RAGAZ Atividades práticas: 1) Estabilização de tronco técnica de inversão rápida ⇒ ADM pequena técnica de inversão lenta ⇒ ADM maior Paciente na bóia preta; terapeuta entre as pernas do paciente; deslocar a bóia de um lado para outro(comando verbal – mantenha o tronco rígido) 2) Estabilização de MMSS Paciente na bóia preta e com os ombros abduzidos; terapeuta posicionado caudalmente ao paciente com pegada nos pés. O terapeuta empurra o paciente para trás e para frente; e este é orientado a não mover os braços. 3) Estabilização de MMII Paciente na bóia preta(mãos na nuca) e com os quadris ligeiramente abduzidos(boinha de braço nos tornozelos); terapeuta atrás do paciente segurando na bóia ou nos braços do paciente. Terapeuta leva o paciente para frente e para trás, e este é orientado a não mover as pernas. 4) Padrão isotônico de MMII Trabalhar exercícios isométricos e isotônicos(abdução e adução) 49 5) Padrão de abdução e adução de um só braço Pedir para o paciente trabalhar abdução e adução de ombro isometricamente. 6) Padrão bilateral de MMSS Terapeuta atrás do paciente, realizar uma flexão de cotovelos, pronação dos antebraços e adução de ombros. Realizar o reflexo de estiramento indo para extensão dos cotovelos, rotação externa de ombro e supinação. Retornar a posição inicial com resistência. 7) Padrão de MMII Paciente em supino(bóia preta) Comando verbal: terapeuta dá o reflexo de estiramento e pede ao paciente “vire seu pé para dentro e dobre a perna levando ao lado
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