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APOSTILA DE RESPONSABILIDADE SOCIAL E AMBIENTAL
Profº. Marlon A Santos
INTRODUÇÃO - CONCEITO DE RESPONSABILIDADE SOCIAL
BREVE HISTÓRICO
Em 1998, o Conselho Empresarial Mundial para o Desenvolvimento Sustentável (World Business Council for Sustainable Development - WBCSD), primeiro organismo internacional puramente empresarial com ações voltadas à sustentabilidade, definiu Responsabilidade socioambiental como "o compromisso permanente dos empresários de adotar um comportamento ético e contribuir para o desenvolvimento econômico, melhorando, simultaneamente, a qualidade de vida de seus empregados e de suas famílias, da comunidade local e da sociedade como um todo". Pode ser entendida também como um sistema de gestão adotado por empresas públicas e privadas que tem por objetivo providenciar a inclusão social (Responsabilidade Social) e o cuidado ou conservação ambiental(Responsabilidade Ambiental).
É adotado por empresas e escolas. As principais ações realizadas são: inclusão social, inclusão digital, coleta seletiva de lixo, educação ambiental, dentre outras.
Este tipo de prática ou política tem sido adotado desde a década de 1990, entretanto a luta pela sociedade e principalmente pela natureza é mais antiga, por volta da década de 1920.
O ápice da luta ambiental se deu por volta dos anos 70 quando organizações não governamentais ganharam força e influência no mundo.
Com a internacionalização do capital (globalização), o uso dos recursos naturais pelas empresas de maneira intensa e quase predatória, ou seja, sem a devida preocupação com os possíveis danos, foi fortemente combatida desde a década de 1970 pelos movimentos ambientalistas. As empresas, no intuito de ganhar a confiança do novo público mundial (preocupado com a preservação e o possível esgotamento dos recursos naturais), procuraram se adaptar a essa nova tendência com programas de preservação ambiental - utilização consciente dos recursos naturais. Muitas buscam seguir as regras de qualidade idealizadas pelo programa ISO 14000 e pelo Instituto Ethos.
A partir da Revolução Industrial ocorrida na Europa no século XIX, a utilização de materiais, dos recursos naturais e a emissão de gases poluentes foram desenfreados. Em contrapartida, no inicio do séc. XX alguns estudiosos e observadores já se preocupavam com a velocidade da destruição dos recursos naturais e com a quantidade de lixo que a humanidade estava produzindo. O movimento ambientalista começou a engatinhar na década de 1920. Passados os anos, este movimento ganhou destaque na década de 1970 e tornou-se obrigatório na vida de cada cidadão no momento atual. Conceitos como Gestão Ambiental, Desenvolvimento Regional Sustentável, Biodiversidade, Ecossistema, Responsabilidade Socioambiental ganharam força e a devida importância.
Responsabilidade socioambiental (RSA) é um conceito empregado por empresas e companhias que expressa o quão responsáveis são as mesmas para com as questões sociais e ambientais que envolvem a produção de sua mercadoria ou a realização de serviços, para com a sociedade e o meio ambiente, buscando reduzir ou evitar possíveis riscos e danos sem redução nos lucros.
A Responsabilidade Socioambiental corresponde a um compromisso das empresas em atender à crescente conscientização da sociedade, principalmente nos mercados mais maduros. Diz respeito à necessidade de revisar os modos de produção e padrões de consumo vigentes de tal forma que o sucesso empresarial não seja alcançado a qualquer preço, mas ponderando-se os impactos sociais e ambientais conseqüentes da atuação administrativa da empresa.
São exemplos de programas e projetos de Responsabilidade Socioambiental: inclusão social, inclusão digital, programas de alfabetização, ou seja, assistencialismo social, coleta de lixo, reciclagem, programas de coleta de esgotos e dejetos, e questões que envolvem: lixo industrial, reflorestamento X desmatamento, utilização de agrotóxicos, poluição, entre outros.
Em 1987, o documento Our Common Future (Nosso Futuro Comum), também conhecido como Relatório Brundtland, apresentou um novo conceito sobre desenvolvimento definindo-o como o processo que “satisfaz as necessidades presentes, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades”. Assim fica conhecido o conceito de desenvolvimento sustentável.
Linha do Tempo - Crescimento do Conceito de Responsabilidade Social e Responsabilidade Ambiental
1929- Constituição de Weimar (Alemanha) – Função Social da Propriedade;
1960- Movimentos pela Responsabilidade Social (EUA);
1971- Encontro de Founex (Suíça)
1972- Singer publica o que foi reconhecido como o primeiro balanço social do mundo;
1972- ONU – resolução 1721 do Conselho Econômico e Social – estudos sobre o papel das grandes empresas nas relações internacionais;
1973- PNUMA Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Genebra)
1977- determinação da publicação do balanço social - relações do trabalho (França);
1992- ECO 92 ou CNUMAD (Conferencia das Nações Unidas para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento) – Criação do Projeto Agenda 21;
1997- Betinho de Souza e IBASE incentivam publicação do balanço social;
1999- Criação do Selo “Empresa Cidadã”;
1999- 1ª Conferência Internacional do Instituto Ethos;
2000- ONU e o Pacto Global;[1]
Sustentabilidade começa a ser vista como algo presente no dia a dia da empresa, pois além das atividades produtivas, envolve o tratamento dado ao meio ambiente e sua influência e relacionamento com fornecedores, público interno e externo e com a sociedade, práticas de governança corporativa, transparência no relacionamento interno e externo, postura obrigatória para as empresas de âmbito mundial, cuja imagem deve agregar o mais baixo risco ético possível.
Não é correto confundir responsabilidade socioambiental com filantropia, pois esta se realiza de forma aleatória e não sistematizada ao contrario da RSA ou do DRS que busca contribuir de forma acertiva em seus projetos.
CONCEITO
Apesar de ser um termo bastante utilizado, é comum observarmos erros na conceituação de responsabilidade socioambiental, ou seja, se uma empresa apenas segue as normas e leis de seu setor no que tange ao meio ambiente e a sociedade esta ação não pode ser considerada responsabilidade socioambiental, neste caso ela estaria apenas exercendo seu papel de pessoa jurídica cumprindo as leis que lhe são impostas.
O movimento em prol da responsabilidade socioambiental ganhou forte impulso e organização no início da década de 1990, em decorrência dos resultados da Primeira e Segunda Conferências Mundiais da Indústria sobre gerenciamento ambiental, ocorridas em 1984 e 1991.
PARAMETROS
Nos anos subseqüentes às conferências surgiram movimentos cobrando por mudanças sócias, científicas e tecnológicas. Muitas empresas iniciaram uma nova postura em relação ao meio ambiente refletidas em importantes decisões e estratégias práticas, segundo o autor Melo Neto (2001) tal postura fundamentou-se nos seguintes parâmetros:
Bom relacionamento com a comunidade;
Bom relacionamento com os organismos ambientais;
Estabelecimento de uma política ambiental;
Eficiente sistema de gestão ambiental;
Garantia de segurança dos empregados e das comunidades vizinhas;
Uso de tecnologia limpa;
Elevados investimentos em proteção ambiental;
Definição de um compromisso ambiental;
Associação das ações ambientais com os princípios estabelecidos na carta para o desenvolvimento sustentável;
A questão ambiental como valor do negócio;
Atuação ambiental com base na agenda 21 local;
Contribuição para o desenvolvimento sustentável dos municípios circunvizinhos.
1.0 CONCEITO DE GESTÃO AMBIENTAL
A Gestão Ambiental é um conjunto de ferramentas utilizadas na administração de atividades econômicas e sociais, de forma a utilizar de maneira racional os recursos naturais, renováveis ou não.
A GestãoAmbiental deve visar o uso de práticas que garantam a conservação e preservação da biodiversidade, a reciclagem das matérias-primas  e a redução do impacto ambiental das atividades humanas sobre os recursos naturais.
Entre as ferramentas utilizadas na Gestão Ambiental, podemos destacar:
Técnicas para a recuperação de áreas degradadas;
O estudo de riscos e impactos ambientais para a avaliação de novos empreendimentos ou ampliação de atividades produtivas.
A Gestão Ambiental, quando bem aplicada, permite a redução de custos diretos - pela diminuição do desperdício de matérias-primas e de recursos cada vez mais escassos e mais dispendiosos, como água e energia - e de custos indiretos - representados por sanções e indenizações relacionadas a danos ao meio ambiente ou à saúde de funcionários e da população de comunidades que tenham proximidade geográfica com as unidades de produção da empresa.
A gestão sócio ambiental é o caminho para as organizações que decidiram assumir responsabilidade social e adotar as melhores práticas para tornar mais sustentáveis seus processos produtivos.
As crescentes restrições dos mercados exigentes e as aparentes ameaças da legislação ambiental podem ser fonte de maior competitividade, de inovação, de implantação de novas técnicas de gestão e melhoria de processos, de produtos e serviços. Essa obra trata de como é possível conciliar sustentabilidade econômica com sustentabilidade social e ambiental
Para compreendermos melhor qual o real significado deste termo, temos que entender os conceitos de Gestão e de Ambiente. Assim podemos dizer que por GESTÃO entendemos como sendo o ato ou efeito de gerir, administrar envolvendo os processos de planejar, organizar, liderar e controlar. Ainda, podemos dizer que administrar ou gerir um negócio está ligado ao ato de observar, fiscalizar e agir sobre o que está sendo feito para que se atinjam os objetivos propostos e desejados.
Na figura acima a descrição de como uma organização ou empresa está estruturada e quais setores estão subordinados à administração geral.
Como AMBIENTAL/ AMBIENTE podemos definir como um conjunto de condições em que existe determinado objeto ou que ocorre determinada ação.
Porém o termo aplica-se a muitos campos de trabalho em nosso caso, podemos dizer que se refere a todo meio ambiente, aos aspectos naturais, incluindo a luz, o ar, a água, o solo ou os seres vivos e suas interelações. 
Desta maneira, podemos entender que GESTÃO AMBIENTAL é um conjunto de políticas, programas e práticas administrativas e operacionais que levam em conta a saúde, a segurança das pessoas e a proteção ao meio ambiente, através da eliminação ou minimização de impactos ambientais decorrentes do planejamento, implantação, operação, ampliação, realocação ou desativação de empreendimentos ou atividades, incluindo-se todas as fases de produção de um produto.
FUNDAMENTOS BÁSICOS DA ADMINISTRAÇÃO AMBIENTAL
Os fundamentos da administração ambiental é a base, ou seja, os motivos que levam uma empresa a adotar práticas ambientais corretas. Esses motivos podem ser: ideológicos, administrativos, comerciais, legais e outros. 
Abaixo alguns motivos que levam as empresas a pensarem em gestão ambiental consciente em: 
Matérias primas escassas e caras.
Crescimento da população nas grandes regiões metropolitanas tem grande influencia sobre o meio ambiente.
Legislação ambiental rígida.
A fiscalização por parte da comunidade local.
Exigência dos clientes e investidores.
IMPORTÂNCIA DA ADMINISTRAÇÃO AMBIENTAL PARA AS EMPRESAS E SEUS FUNCIONÁRIOS
É preocupante o rumo que o nosso planeta está tomando. A destruição gratuita promovida pelo homem está acelerando processos destrutivos, como o aquecimento global. Um cenário lamentável, mas que não pode e nem deve continuar. Acredita-se que existam diversas formas de conscientizar as pessoas sobre os malefícios desta destruição. E uma delas, sem dúvida, é promover a Educação Ambiental dentro das empresas com a participação dos funcionários.
Por sua comprovada relevância para a sociedade, a Educação Ambiental tornou-se Lei em Abril de 1999, a chamada “Lei da Educação Ambiental” (Lei n° 9.795), com o objetivo de levar a conscientização para as escolas e universidades, a fim de construir um pensamento saudável nas novas gerações. Medida extremamente válida, mas que não pode estagnar nos bancos das escolas. É necessário que ela continue também nas empresas, sejam elas multinacionais ou empresas de porte menor.
A Educação ambiental, quando voltada especificamente para os funcionários de uma empresa, pode trazer diversos benefícios para a organização como um todo. Este processo pode ser feito através da implantação de um Sistema de Gestão Ambiental (SGA), da realização de mini-cursos, palestras e até mesmo através da contratação de consultorias que se encarregam de gerenciar estes processos educativos. Porém, é preciso destacar que as pessoas dentro da organização precisam estar alinhadas a estes princípios de conservação ambiental. Elas precisam pensar e agir de forma comprometida com o meio ambiente e, principalmente, com os impactos que suas atitudes equivocadas podem gerar no ecossistema em que vivem.
Os funcionários precisam conhecer os indicadores ambientais da empresa, as metas de redução de emissão de gases, as áreas que mais precisam de cuidados para evitar a poluição involuntária de rios, córregos etc, e tantas outras informações que são indispensáveis para que o colaborador crie uma consciência ambiental voltada não só para a preservação do meio-ambiente como para o benefício da própria empresa.
Assim, quando as equipes de trabalho estão conscientizadas da importância de se rever alguns processos, de realizar manutenções períodicas em equipamentos-chave, de promoverem ações internas e externas de divulgação de práticas sócio-ambientais responsáveis para outras empresas, escolas, universidades, centros comunitários etc, a empresa começa a perceber diversas mudanças positivas em suas práticas.
Tais mudanças, práticas e de pensamento, trazem benefícios, de curto, médio ou longo prazo, para as empresas, como:
Funcionários comprometidos com os ideais da empresa;
Boa imagem da empresa frente aos clientes e sociedade em geral;
Apelo forte de marketing  junto à marca da empresa;
Vantagem competitiva frente aos concorrentes;
Aumento da lucratividade decorrente do melhor posicionamento de sua empresa e produtos/serviços no mercado;
Chances reduzidas de provocar um acidente ambiental e com isso manchar a imagem da empresa;
Melhor relacionamento com as comunidades vizinhas, desenvolvendo parcerias na preservação ambiental local;
Ter uma empresa comprometida com ações que preservam o meio ambiente e garantem um futuro mais saudável para as próximas gerações.
E tantos outros benefícios óbvios advindos da preservação ambiental.
Como se pode notar são muitos os benefícios tanto para a empresa quanto para a sociedade. Mas é válido dizer que a empresa não deve se preocupar com as questões ambientais apenas por motivos de marketing empresarial, mas como uma consciência verdadeira do que se quer. O planeta mais do que nunca precisa de ajuda e não se pode tratar com desdém esta questão.
O termo gestão ambiental é bastante abrangente. Ele é freqüentemente usado para designar ações ambientais em determinados espaços geográficos, como por exemplo: gestão ambiental de bacias hidrográficas, gestão ambiental de parques e reservas florestais, gestão de áreas de proteção ambiental, gestão ambiental de reservas de biosfera e outras tantas modalidades de gestão que incluam aspectos ambientais.
A gestão ambiental empresarial está essencialmente voltada para organizações, ou seja, companhias, corporações, firmas, empresas ou instituições e pode ser definida como sendo um conjunto de políticas, programas e práticas administrativas e operacionais que levam em conta a saúde e a segurança das pessoas e a proteção domeio ambiente através da eliminação ou minimização de impactos e danos ambientais decorrentes do planejamento, implantação, operação, ampliação, realocação ou desativação de empreendimentos ou atividades, incluindo-se todas as fases do ciclo de vida de um produto.
À medida que avançamos para um novo milénio, damo-nos conta da crescente preocupação das empresas em relação às questões ambientais. Em países como o Japão, EUA ou Alemanha as empresas, apercebendo-se desta tendência mundial, têm vindo a alterar os seus métodos de trabalho bem como os seus produtos tentando satisfazer a vontade de um novo consumidor, disposto a mudar a sua atitude perante o Ambiente.
Neste campo não será alheia a pressão que o governo exerce nos diversos sectores empresariais de forma a coincidir com as expectativas, não só do mercado mas também com o intuito da preservação ambiental.
Embora a legislação possa não ser eficaz, desenvolvem-se fórmulas que incentivam ao seu cumprimento, tais como: contratos de adaptação ambiental, EMAS, sistema comunitário de atribuição de rótulo ecológico, Ponto Verde ou "produtos verdes".
Neste sentido, é determinante a focagem de dois pontos essenciais:
A relação empresa-Ambiente (a nível administrativo e econômico);
O papel do consumidor na progressiva adaptação ambiental das empresas.
FINALIDADES BÁSICAS DA ADMINISTRAÇÃO AMBIENTAL E EMPRESARIAL
Servir de instrumentos de gestão com vistas a obter ou assegurar a economia e o uso racional de matérias-primas e insumos, destacando-se a responsabilidade ambiental da empresa:
Orientar consumidores quanto à compatibilidade ambiental dos processos produtivos e dos seus produtos ou serviços;
Subsidiar campanhas institucionais da empresa com destaque para a conservação e a preservação da natureza;
Servir de material informativo a acionistas, fornecedores e consumidores para demonstrar o desempenho empresarial na área ambiental;
Orientar novos investimentos privilegiando setores com oportunidades em áreas correlatas;
Subsidiar procedimentos para a obtenção da certificação ambiental nos moldes da série de normas ISO 14.000;
Subsidiar a obtenção da rotulagem ambiental de produtos. 
O máximo de rendimento com o mínimo de utilização dos recursos naturais;
Designar investimentos para áreas como oportunidades de melhorias ambientais. 
Os objetivos e as finalidades inerentes a um gerenciamento ambiental nas empresas evidentemente devem estar em consonância com o conjunto das atividades empresariais. Portanto, eles não podem e nem devem ser vistos como elementos isolados, por mais importantes que possam parecer num primeiro momento. Vale aqui relembrar o trinômio das responsabilidades empresariais:
Responsabilidade ambiental
Responsabilidade econômica
Responsabilidade social 
RESPONSABILIDADE SOCIAL E AMBIENTAL DAS EMPRESAS
Os principais agentes do desenvolvimento econômico de um país são as empresas, onde seus avanços tecnológicos e a grande capacidade de geração de recursos fazem com que cada vez mais precisem de ações cooperativas e integradas onde possam desenvolver processos que tem por objetivo a Gestão Ambiental e a Responsabilidade Social.
As empresas socialmente responsáveis, têm uma postura ética onde o respeito da comunidade passa a ser um grande diferencial. O reconhecimento destes fatores pelos consumidores e o apoio de seus colaboradores faz com que se criem vantagens competitivas e, conseqüentemente, atinja maiores níveis de sucesso.
A responsabilidade empresarial frente ao meio ambiente é centrada na análise de como as empresas interagem com o meio em que habitam e praticam suas atividades, dessa forma, uma empresa que possua um modelo de Gestão Ambiental já está correlacionada à responsabilidade social. Tais eventos irão, de certa forma, interagir com as tomadas de decisões da empresa, tendo total importância na estratégia empresarial.
Assim, a Gestão Ambiental e a Responsabilidade Social são atualmente condicionadas pela pressão de regulamentações e pela busca de melhor reputação perante a sociedade. A sociedade atual está reconhecendo a responsabilidade ambiental e social como valor permanente, consideradas fatores de avaliação e indicadores de preferência para investidores e consumidores. Os investimentos destinados a Gestão Ambiental e a consciência da Responsabilidade Social pelas empresas são aspectos que fortalecem a imagem positiva das organizações diante dos mercados em que atuam, dos seus colaboradores, concorrentes e fornecedores.
O mundo Global, a despeito de todos os males causados aos mais fracos, trouxe uma inovação interessante: A responsabilidade Social e Ambiental como diferenciais de mercado.
A Responsabilidade Social em uma corporação representa o compromisso contínuo da empresa com seu comportamento ético e com o desenvolvimento econômico, promovendo ao mesmo tempo a melhoria da qualidade de vida de sua força de trabalho e de suas famílias, da comunidade local e da sociedade como um todo, sendo hoje um fator tão importante para as empresas como a qualidade do produto ou do serviço, a competitividade nos preços, marca comercialmente forte etc. Estudos mostram que atualmente mais de 70% dos consumidores preferem marcas e produtos envolvidos em algum tipo de ação social.
A Responsabilidade Social é uma forma de conduzir os negócios da empresa de tal maneira que a torna parceira e co-responsável pelo desenvolvimento social. A empresa socialmente responsável é aquela que possui a capacidade de ouvir os interesses das diferentes partes (acionistas, funcionários, prestadores de serviço, fornecedores, consumidores, comunidade, governo e meio-ambiente) e conseguir incorporá-los no planejamento de suas atividades, buscando atender às demandas de todos e não apenas dos acionistas ou proprietários.
A atuação baseada em princípios éticos elevados e a busca de qualidade nas relações são manifestações da responsabilidade social empresarial. Numa época em que os negócios não podem mais se dar em segredo absoluto, à transparência passou ser a alma do negócio: tornou-se um fator de legitimidade social e um importante atributo positivo para a imagem pública e reputação das empresas. Empresas socialmente responsáveis estão mais bem preparadas para assegurar a sustentabilidade em longo prazo dos negócios, por estarem sincronizadas com as novas dinâmicas que afetam a sociedade e o mundo empresarial.
As enormes carências e desigualdades sociais existentes em nosso país dão à responsabilidade social empresarial relevância ainda maior. A sociedade brasileira espera que as empresas cumpram um novo papel no processo de desenvolvimento: sejam agentes de uma nova cultura, sejam atores de mudança social, sejam construtores de uma sociedade melhor.
A empresa é sócio-ambientalmente responsável quando vai além da obrigação de respeitar as leis, pagar impostos e observar as condições adequadas de segurança e saúde para os trabalhadores, e faz isso por acreditar que assim será uma empresa melhor e estará contribuindo para a construção de uma sociedade mais justa, agregando valor à imagem da empresa.
As transformações sócio-econômicas dos últimos 20 anos têm afetado profundamente o comportamento de empresas até então acostumadas à pura e exclusiva maximização do lucro. Se por um lado o setor privado tem cada vez mais lugar de destaque na criação de riqueza; por outro lado, é bem sabido que com grande poder, vem grande responsabilidade. Em função da capacidade criativa já existente, e dos recursos financeiros e humanos já disponíveis, empresas têm uma intrínseca responsabilidade social e ambiental.
A responsabilidade social e ambiental nos negócios é um conceito que se aplica a toda a cadeia produtiva. Não somente o produto final deve ser avaliado por fatores ambientais ou sociais, mas o conceito é de interesse comum e, portanto, deve ser difundido ao longo de todo e qualquer processo produtivo. Assim como consumidores, empresas também são responsáveis por seus fornecedores edevem fazer valer seus códigos de ética aos produtos e serviços usados ao longo de seus processos produtivos.
Responsabilidade social anda de mãos dadas com o conceito de desenvolvimento sustentável. Uma atitude responsável em relação ao ambiente e à sociedade, não só garante a não escassez de recursos, mas também amplia o conceito a uma escala mais ampla. O desenvolvimento sustentável não só se refere ao ambiente, mas por via do fortalecimento de parcerias duráveis, promove a imagem da empresa como um todo e por fim leva ao crescimento orientado. Uma postura sustentável é por natureza preventiva e possibilita a prevenção de riscos futuros, como impactos ambientais ou processos judiciais.
A globalização traz consigo demandas por transparência. Não mais nos bastam mais os livros contábeis. Empresas são gradualmente obrigadas a divulgar sua performance social e ambiental, os impactos de suas atividades e as medidas tomadas para prevenção ou compensação de acidentes. Nesse sentido, empresas serão obrigadas a publicar relatórios anuais, onde sua performance é aferida nas mais diferentes modalidades possíveis. Muitas empresas já o fazem em caráter voluntário, mas muitos prevêem que relatórios sócio-ambientais serão compulsórios num futuro próximo.
No Brasil, o movimento de valorização da responsabilidade social empresarial ganhou forte impulso na década de 90, através da ação de entidades não governamentais, institutos de pesquisa e empresas sensibilizadas para a questão.
A obtenção de certificados de padrão de qualidade e de adequação ambiental, como as normas ISO, por centenas de empresas brasileiras, também é outro símbolo dos avanços que têm sido obtidos em alguns aspectos importantes da responsabilidade sócio-ambiental.
Muito do debate sobre a responsabilidade social empresarial já foi desenvolvido mundo afora, mas o Brasil tem dado passos largos no sentido da profissionalização do setor e da busca por estratégias de inclusão social através do setor privado.
O índice Dow Jones Mundial de Sustentabilidade (DJSI) foi criado em 1999 e, neste ano, 81 empresas mundiais do setor de petróleo e gás e 20 brasileiras tentaram seu ingresso O questionário aborda questões de sustentabilidade, como governança corporativa, gestão da marca e de risco, até as mais específicas para a indústria de petróleo e gás, como mudança climática, padrões para fornecedores e gestão de projetos sociais.
A Petrobrás conquistou o direito de compor, o Índice Dow Jones Mundial de Sustentabilidade (DJSI), o mais importante índice internacional de sustentabilidade, usado como parâmetro para análise dos investidores sócios e ambientalmente responsáveis.
No Brasil integram Índice Dow Jones Mundial de Sustentabilidade (DJSI): Aracruz Celulose, Banco Bradesco, Banco Itaú, Companhia Energética de Minas Gerais (CEMIG). No setor de petróleo e gás estão incluídas: BG Group, BP PLC, EnCana, Nexen Inc, Repsol YPF, Royal Dutch Shell, Shell Canada Ltd., Statoil, Suncor Energy Inc., Total S.A.
O levantamento da Market Analysis de 2007 aponta as dez melhores corporações em Responsabilidade Social atuantes no Brasil. Entre as melhores avaliadas estão Petrobras, Nestlé, Coca-Cola, Rede Globo, Unilever, Natura, Vale do Rio Doce, AmBev, Bom Preço e Azaléia.
5.0 Ecossistemas
Os Ecossistemas são sistemas complexos formados por dois grupos de componentes: os organismos vivos (plantas, animais, microorganismos), que constituem a Biótica e os organismos não vivos (ar, água, solo, vento), que constituem a Abiótica. Esses dois grupos são inseparavelmente inter-relacionados e são muito importantes, porque é dos serviços ambientais produzidos pelos ecossistemas que o homem obtém os benefícios para a vida em sociedade.
Os serviços ambientais são os benefícios que os seres humanos obtêm da natureza e que são produzidos pelas interações que ocorrem dentro dos ecossistemas. Muitos desses serviços são essenciais à sobrevivência do homem, outros aumentam o seu bem estar. Os alimentos e a água que nos mantêm vivos, a madeira que nos fornece abrigo e móveis, e até mesmo o clima e o ar que respiramos, todos são produtos dos sistemas vivos deste planeta.
O estado atual da natureza e sua utilização pelo homem tem sido tema de intensos estudos pelo mundo todo. Em 2005 a Organização das Nações Unidas (ONU) desenvolveu um inventário sobre o estado de uso da natureza pelos seres humanos. Este documento é chamado de Avaliação Ecossistêmica do Milênio (AEM) e sua finalidade é fornecer as bases científicas para que governos, sociedade civil e empresas assumam ações que propiciem a conservação, o manejo sustentável e o uso dos ecossistemas e seus serviços.
Neste estudo foram consideras questões como: clima, biodiversidade, desertificação e áreas úmidas. A mensagem síntese da Avaliação Ecossistêmica do Milênio descreve o preocupante estágio em que se encontra o suporte dos recursos naturais utilizados pelos empreendimentos e pela sociedade como um todo, alertando que o mundo pode sofrer um colapso ambiental ainda este século. Mas, o mesmo relatório também indica que ainda há uma possibilidade de mudar este rumo se forem tomadas medidas quanto ao uso indiscriminado dos serviços ambientais.
Estudos recentes da ONU revelam que nos últimos 50 anos o homem modificou os ecossistemas mais rápida e extensivamente que em qualquer outro intervalo de tempo equivalente na história da humanidade e, na maioria das vezes, fez isto para suprir rapidamente a crescente demanda por alimentos, água doce, madeira, fibras e combustível.
Esta modificação dos ecossistemas apontada pela ONU acarreta uma crescente degradação ambiental, pois como alerta a Avaliação Ecossistêmica do Milênio, 60% dos serviços ambientais essenciais à sobrevivência do homem estão em estágio acelerado de degradação.
O que se pode observar diante desses estudos relatados é que, em nome do desenvolvimento, os serviços naturais encontram-se severamente ameaçado.
O custo total dessas perdas ambientais é de difícil mensuração, mas é alto e continua a crescer, e embora a capacidade da ciência de entender e prever esses processos tenha aumentado muito, eles ainda são imprevisíveis e surgem na forma de novas epidemias de doenças (Aids, gripe suína), mudanças climáticas (tsunamis, terremotos), extinção de espécies, perda da qualidade da água, e em um futuro breve os serviços ambientais não estarão disponíveis gratuitamente.
Políticas futuras devem ter por objetivo satisfazer as necessidades humanas a um preço menor sobre os sistemas naturais. Sem esta mudança, os sistemas naturais não mais poderão prover nossas necessidades em longo prazo.
CONCEITOS FUNDAMENTAIS
Responsabilidade Social - Responsabilidade Social diz respeito ao cumprimento dos deveres e obrigações dos indivíduos e empresas para com a sociedade em geral.
Meio ambiente - É a realidade física e orgânica de um determinado espaço, que pode compreender tanto um ecossistema como toda a biosfera. 
Ecossistemas - São sistemas complexos, formados por dois grupos de componentes: os organismos vivos, constituintes da Biótica (plantas, animais, bactérias), e os organismos não vivos, constituintes da abiótica (ar, água, solo, vento). 
Serviços ambientais - São os benefícios que os seres humanos obtêm da natureza e que são produzidos pelas interações que ocorrem dentro do ecossistema. 
A Avaliação Ecossistêmica do Milênio (AEM) - Inventário lançado em 2005 pela Organização das Nações Unidas (ONU) sobre o estado de uso da natureza pelos seres humanos, incluindo questões como o clima, a biodiversidade, a desertificação e as áreas úmidas. 
ONU - Organização das Nações Unidas. Fundada oficialmente em 24 de outubro de 1945, em São Francisco, Califórnia, por 51 países, logo após o final da Segunda Guerra Mundial. Sua atual sede é na cidade de Nova York
6.0 Sustentabilidade
A partir da Revolução Industrial a humanidade preocupou-se muito com a produção em massa, superestimando a capacidade do planeta de assimilara exploração ilimitada dos recursos naturais e o poder dos ecossistemas de se reciclarem após a devastação.
Até o final do século XX, o mundo capitalista se preocupou com o progresso e o desenvolvimento, criando várias fábricas, incentivando o consumo e descobrindo formas eficientes de explorar a matéria prima dos sistemas naturais. O resultado disso foi um impacto ambiental nunca antes visto, que culminou na degradação do meio ambiente.
A Avaliação Ecossistêmica do Milênio expressa a necessidade de uma mudança radical e em curto prazo dos padrões de desenvolvimento, para que não ocorra uma tragédia em escala global. É necessário também equilibrar o planeta, as pessoas e o progresso, o que gera uma responsabilidade tripla entre governos, sociedades e empresas. Todos têm que fazer a sua parte.
Diante da iminência de efeitos danosos à economia mundial, como a perda de até 20% do Produto Mundial Bruto, fica evidente que estruturas empresariais, sociais e políticas terão que se adaptar para uma economia dentro dos parâmetros da sustentabilidade.
O conceito de sustentabilidade representa promover a exploração de áreas ou o uso de recursos naturais de forma a prejudicar o menos possível o equilíbrio entre o meio ambiente e o homem e toda a biosfera que deles depende para existir.
As empresas, obviamente, não podem ficar alheias a esse movimento voltado à sobrevivência da civilização. As empresas devem pensar em projetos que gerem resultados além da filantropia, bem como inserir a gestão ambiental em seu planejamento de longo prazo.
As empresas têm que incluir em seu conceito de lucro as noções de Sustentabilidade e Sobrevivência. Uma empresa sustentável é aquela que tem o foco no capital financeiro sem perder de vista o capital natural e social.
A credibilidade de uma empresa está atrelada ao grau de responsabilidade que ela assume diante dos problemas que prejudicam o mundo. Isto é conhecido por responsabilidade moral da empresa.
As sociedades estão cada vez mais atentas às necessidades de preservação e sustentabilidade do mundo. Isto requer das empresas uma atitude de maior responsabilidade e transparência, bem como o desenvolvimento de projetos que atendam aos parâmetros de sustentabilidade.
Torna-se relevante que as empresas façam negócios sustentáveis e entendam e pratiquem a inclusão social, a melhoria de qualidade de vida e o uso consciente dos recursos naturais.
CONCEITOS FUNDAMENTAIS
Sustentabilidade - Um meio de configurar a civilização e as atividades humanas, de tal forma que a sociedade e as suas economias possam suprir as suas necessidades e, ao mesmo tempo, preservar os ecossistemas naturais. Resumidamente, sustentabilidade significa promover o uso dos recursos naturais de forma a não prejudicar o seu equilíbrio. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Sustentabilidade. Acessado em: 03/07/09.
Desenvolvimento Sustentável – É um modelo econômico, político, social, cultural e ambiental equilibrado, que satisfaz as necessidades das gerações atuais, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de satisfazer suas próprias necessidades. Disponível em: http://www.catalisa.org.br/site/index.php?option=com_content&view=article&id=30&Itemid=59. Acessado em: 18/06/2009.
Responsabilidade Tripla – É a interação entre a sociedade civil, governo e empresas para a promoção da sustentabilidade.
Stakeholder – Termo utilizado para se referir àqueles que podem afetar ou são afetados pelas atividades de uma empresa.
Projetos Sustentáveis – São projetos que devem atingir um nível satisfatório de desenvolvimento social e econômico fazendo, ao mesmo tempo, um uso razoável dos recursos naturais e preservando as espécies.
Economia Sustentável - Fazer negócios ambientalmente responsáveis e socialmente inclusivos de modo a beneficiar a comunidade de baixa renda e a empresa envolvida no empreendimento.
Gestão Sustentável – É a gestão que atinge um nível satisfatório de desenvolvimento social, econômico e cultural, fazendo, ao mesmo tempo, um uso razoável dos recursos naturais e preservando as espécies.
1ª Revolução Industrial – Consistiu em um conjunto de mudanças tecnológicas com profundo impacto no processo produtivo em níveis econômico e social. Iniciou na Inglaterra em meados do século XVIII e expandiu-se pelo mundo a partir do século XIX. Sua principal característica foi a substituição do trabalho artesanal pelo trabalho fabril decorrente da invenção da máquina a vapor, que possibilitou a produção em massa.
Produto Interno Bruto - O PIB (Produto Interno Bruto) é um dos principais indicadores do potencial da economia de um país. Ele revela o valor (soma) de toda a riqueza (bens, produtos e serviços) produzida por um país em um determinado período, geralmente um ano. Disponível em: http://www.mundovestibular.com.br/articles/725/1/PIB---PRODUTO-INTERNO-BRUTO/Paacutegina1.html. Acessado em: 03/07/2009.
7.0 – Qualidade de vida 
Qualidade de vida é o método usado para medir as condições de vida de um ser humano. Envolve o bem espiritual, físico, mental, psicológico e emocional, além de relacionamentos sociais, como família e amigos e também a saúde, educação, poder de compra, habitação, saneamento básico e outras circunstâncias da vida. Não deve ser confundida com padrão de vida, uma medida que quantifica a qualidade e quantidade de bens e serviços disponíveis.
Avaliação
A Organização Mundial da Saúde desenvolveu um questionário para aferir a qualidade de vida, que possui duas versões validadas para o português, o 100 (composto por 100 questões) e o composto por 26 questões.
É composto por seis domínios: o físico, o psicológico, o do nível de independência, o das relações sociais, o do meio ambiente e o dos aspectos religiosos.
IDH
Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é uma medida comparativa usada para classificar os países pelo seu grau de "desenvolvimento humano" e para ajudar a classificar os países como desenvolvidos(desenvolvimento humano muito alto), em desenvolvimento (desenvolvimento humano médio e alto) e subdesenvolvidos (desenvolvimento humano baixo). A estatística é composta a partir de dados de expectativa de vida ao nascer, educação e PIB (PPC) per capita (como um indicador do padrão de vida) recolhidos a nível nacional. Cada ano, os países membros da ONU são classificados de acordo com essas medidas. O IDH também é usado por organizações locais ou empresas para medir o desenvolvimento de entidades subnacionais como estados, cidades, aldeias, etc.
O índice foi desenvolvido em 1990 pelos economistas Amartya Sen e Mahbub ul Haq, e vem sendo usado desde 1993 pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) no seu relatório anual.
8.0 – O impacto ambiental
O ambiente é entendido como um espaço geográfico / território ou lugar, com distintas escalas de ocupação, dinamizado pelos movimentos geofísicos, biológicos, econômicos, sociais, culturais e políticos que interagem em um processo histórico evolutivo.
Riscos ambientais para a saúde são todos os fatores ou situações que sob determinados contextos e condições podem afetá-la.
Saúde e qualidade de vida são conceitos estreitamente associados. Segundo Dubos “o binômio saúde /doença pode ser avaliado como o maior ou menor sucesso que o homem venha a ter em suas relações com o meio ambiente”.
Fazer saúde é melhorar a qualidade de vida e melhor qualidade de vida leva o indivíduo a ter mais saúde. Não esquecer que qualidade de vida depende de um referencial que muitas vezes é pessoal, e a importância cada vez maior que o emprego do conhecimento e de tecnologias assume em todos os diferentes componentes da qualidade de vida/saúde.
Na apresentação do “Livro Verde” publicado pelo Ministério da Ciência e 
Tecnologia, no início do primeiro parágrafo lê-se: “O conhecimento tornou-se, hoje mais do que no passado, um dos principais fatores de superação de desigualdades, de agregação de valor, criação de emprego qualificado e de propagação do bem-estar”.Os impactos ambientais chegam com mais força do que a infra estrutura necessária para o desenvolvimento sustentável/qualidade de vida/saúde.
Aqui, a disponibilidade de energia é insuficiente para instalar as diversas instâncias dos procedimentos da tecnologia atual, quase toda ela dependente de eletricidade (saúde a distância, etc.). Os transportes são insuficientes para ligar internamente os espaços regionais, são caros e não contemplam a vocação ribeirinha da região. 
A comunicação representada por telefone e ou rádio é precária, precisa interligar grandes espaços pouco povoados e não tem se beneficiado dos avanços tecnológicos do setor.
9.0 – Gestão ambiental
A gestão ambiental nada mais é que o reconhecimento da organização de que a gestão do ambiente é prioritária e fator determinante do desenvolvimento sustentável. A partir deste reconhecimento são estabelecidas políticas, programas e procedimentos para conduzir suas atividades de modo ambientalmente  seguro.
 
Como nasceu a gestão ambiental?
A partir de conferências mundiais iniciadas na década de 70 foram discutidos temas ambientais e a necessidade das nações estabelecerem políticas de controle da poluição ambiental.  Na década de 80 os conceitos de proteção ao Meio Ambiente começaram a se ampliar, tendo a década de 90 se caracterizado pela globalização dos conceitos e pela sistematização das ações, e as indústrias incorporado em seus planejamentos estratégicos a variável ambiental.
 
O que é passivo ambiental?
Consiste na responsabilidade ambiental referente a impactos presentes, gerados na produção de bens, atividades desenvolvidas ou serviços prestados.
 
O que é sistema de gestão?
Um sistema de gestão pode ser definido como a estrutura organizacional, suas atividades, responsabilidades, práticas, procedimentos e processos, bem como os recursos necessários para implementar a gestão de qualidade de um produto, atividade ou serviço, de acordo com a política estabelecida pela organização.
 
Como devem ser desenvolvidos os produtos e serviços numa organização que possui um sistema de gestão ambiental?
A organização deve desenvolver e fornecer produtos ou serviços que não produzam impacto indevido sobre o ambiente, sejam seguros em sua utilização, e ao mesmo tempo apresentem o menor consumo de energia e de recursos naturais, que sejam reciclados, reutilizados e sua disposição final não seja perigosa.
 
O que é política ambiental?
Declaração de uma organização expondo suas intenções e princípios em relação ao seu desempenho ambiental global, que prevê uma estrutura para ação e definição de objetivos e metas ambientais.
 
O que é desempenho ambiental?
Resultados mensuráveis do sistema de gestão ambiental, relativos ao controle de uma organização sobre seus aspectos ambientais, com base na sua política, seus objetivos e metas ambientais.
 
O que é auditoria do Sistema de Gestão Ambiental (SGA)?
Instrumento de gestão da organização que compete a avaliação objetiva, sistemática e periódica do sistema de gerenciamento ambiental, incluindo tanto a estrutura organizacional, como o desempenho dos sistemas e equipamentos de controle da poluição existentes na organização.
 
Quem realiza as auditorias?
A organização propicia treinamento através de empresas credenciadas para formar auditores internos que serão responsáveis pela avaliação periódica do atendimento à legislação e regulamentos ambientais pertinentes. Auditores externos são contratados para realizar as auditorias iniciais para  Certificação, e, semestralmente  para manutenção do Certificado.
 
Quais itens são avaliados na auditoria ambiental?
Política ambiental, treinamento, comunicação, controle de documentação, registro e auditoria interna.
 
O que é objetivo ambiental?
Propósito ambiental global, decorrente da política ambiental, que uma organização se propõe a atingir, sendo quantificado sempre que exeqüível.
 
O que é certificação?
A certificação de produtos, sistemas ou serviços consiste em um atestado, fornecido por organismos públicos ou privados, de conformidade a um determinado referencial. A certificação tem por objetivo demonstrar que um determinado produto, serviço ou sistema se distingue dos seus concorrentes. A certificação traz ao consumidor uma garantia da qualidade do bem ou serviço adquirido.
 
Qual a diferença entre certificação de um produto e de um sistema de gestão?
Quando é demonstrada a existência de sistema de gestão de produção de bens ou serviço o certificado é conferido ao Sistema de Gestão; quando é demonstrada a existência de produtos que cumprem os requisitos de um referencial é selo é conferido ao produto.
 
O que é a série ISO-14000?
Com a função de harmonizar padrões de Gestão Ambiental, a ISO, entidade privada com sede em Genebra, instalou em 1993, um comitê (TC-207) com o objetivo de elaborar normas de Gestão Ambiental e suas ferramentas. Foi criada uma série de normas, dentre elas a NBR-ISO14001, que trata da gestão ambiental das organizações.
 
Quais são as regras para implementar um sistema de gestão?
1.       Registrar o que deve ser feito através de documentos;
2.     Cumprir o que está documentado;
3.     Acompanhar através de auditorias internas se o que foi documentado está sendo cumprido, adotando medidas preventivas e corretivas se necessário;
4.     Conservar os registros de todas as ações através de documentos diversos (atas de reunião, certificados etc).
 
10.0 – Principais leis de proteção ambiental no Brasil
 - Novo Código Florestal Brasileiro - Lei nº 4771/65 (ano 1965)
- promulgada durante o segundo ano do governo militar, estabeleceu que as florestas existentes no território nacional e as demais formas de vegetação, ...são bens de interesse comum a todos os habitantes do País.
- Política Nacional do Meio Ambiente - Lei nº 6938/81 (ano 1981)
- tornou obrigatório o licenciamento ambiental para atividades ou empreendimentos que possam degradar o meio ambiente. Aumentou a fiscalização e criou regras mais rígidas para atividades de mineração, construção de rodovias, exploração de madeira e construção de hidrelétricas.
- Lei de Crimes Ambientais - Decreto nº 3179/99 (ano 1999)
- instituiu punições administrativas e penais para pessoas ou empresas que agem de forma a degradar a natureza. Atos como poluição da água, corte ilegal de árvores, morte de animais silvestres tornaram-se crimes ambientais.
- Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SUNC) - Lei nº 9985/2000 (ano 2000)
- definiu critérios e normas para a criação e funcionamento das Unidades de Conservação Ambiental.
- Medida Provisória  nº 2186-16 (ano 2001)
- deliberou sobre o acesso ao patrimônio genético, acesso e proteção ao conhecimento genético e ambiental, assim como a repartição dos benefícios provenientes.
- Lei de Biossegurança - Lei nº 11105 (ano 2005)
- estabeleceu sistemas de fiscalização sobre as diversas atividades que envolvem organismos modificados geneticamente.
- Lei de Gestão de Florestas Públicas - Lei nº 11284/2006 (ano 2006)
- normatizou o sistema de gestão florestal em áreas públicas e criou um órgão regulador (Serviço Florestal Brasileiro). Esta lei criou também o Fundo de Desenvolvimento Florestal.
- Medida Provisória nº 458/2009 (ano 2009)
- estabeleceu novas normas para a regularização de terras públicas na região da Amazônia. 
11.0 – Auditoria Ambiental
A Auditoria Ambiental é vista de uma forma bastante abrangente, para González-Malaxechevarria (1995), um componente ou compartimento da auditoria social, e deve ser independente, sistemático, periódico, documentado e objetivo; realizado por uma equipe interdisciplinar de auditores ambientalistas, estes, especializados nos campos contábil-financeiro-econômico-ambiental. Ele vai mais além, quando sugere que os profissionais desta auditoria devem possuir conhecimento de biologia, de engenharia, de direito, de ciências sociais e da indústria e principalmente do Governo Nacional, capacitadosna aplicação dos respectivos procedimentos de auditoria financeira e de gestão.
Um instrumento de gestão, como a Auditoria Ambiental, deve permitir fazer esta avaliação não só nos sistemas de gestão mas também, como indica Valle (1995), sobre o desempenho dos equipamentos instalados em um estabelecimento de uma empresa, para fiscalizar e limitar o impacto de suas atividades sobre o Meio Ambiente.
Para a Comissão Europeia, a Auditoria Ambiental, além de contribuir para salva guardar o meio avalia o cumprimento de diretrizes da empresa, o que incluiria o atendimento da exigências de órgãos reguladores e normas aplicáveis.
Quanto à sua periodicidade, nos lembra Malheiros (1996), os procedimentos de auditoria podem ser também ocasionais, principalmente quando relacionados às atividades ambientais de uma empresa, sendo considerados como instrumentos de aprimoramento de seu desempenho ambiental e das ações relativas a essa questão.
Esses procedimentos, conforme assinala a Environmental Protection Agency — EPA, devem ser utilizados, principalmente, por entidades regulamentadas relacionadas com o atendimento aos requisitos ambientais.
As Auditorias Ambientais são consideradas ainda, segundo Antunes (1997), instrumentos voluntários de gestão ambiental que permitem verificar a compatibilidade da atividade empresarial com a melhoria constante dos padrões ambientais e com o atendimento das normas aplicáveis.
No Brasil, as normas para Auditoria Ambiental foram publicadas pela ABNT (1997) e define Auditoria do Sistema de Gestão Ambiental — SGA como um processo sistemático e documentado de verificação, executado para obter e avaliar, de forma objetiva, evidências que determinem se o sistema de gestão ambiental de uma organização está em conformidade com os critérios de auditoria do sistema de gestão ambiental estabelecido pela organização, e para comunicar os resultados desse processo à administração.
Segundo a NBR ISO 14001:1996 (ABNT, 1997), uma organização deve estabelecer e manter procedimentos para identificar os aspectos ambientais (produtos ou serviços) de suas atividades, a fim de determinar aqueles que possam ter impacto da elaboração para as normas série ISO 14000.
Auditoria Ambiental, para o Tribunal de Contas da União — TCU, é o conjunto de procedimentos aplicados ao exame e avaliação dos aspectos ambientais envolvidos em políticas, programas, projetos e atividades desenvolvidas pelos órgãos e entidades sujeitos ao seu controle (Manual de Auditoria Ambiental. Brasília, TCU: 2001). Os Tribunais de Contas também exercem o controle externo das ações de responsabilidade do Governo Federal, assim como da aplicação de recursos federais em atividades relacionadas à proteção do meio ambiente.
O Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento — BIRD, em suas normas operacionais, assim define a auditoria ambiental: "Auditoria ambiental: um instrumento para determinar a natureza e a extensão de todas as áreas de impacto ambiental de uma atividade existente. A auditoria identifica e justifica as medidas apropriadas para reduzir as áreas de impacto, estima o custo dessas medidas e recomenda um calendário para a sua implementação. Para determinados projetos, o Relatório de Avaliação Ambiental consistirá apenas da auditoria ambiental; em outros casos, a auditoria será um dos componentes do Relatório." (World Bank, 1999).
Segundo a Organização Internacional das Entidades Superiores de Fiscalização — INTOSAI, a Auditoria Ambiental requer um critério totalizador, compreensivo, holístico e, para o caso das Entidades Fiscalizadoras Superiores (no Brasil, os Tribunais de Contas), necessariamente um enfoque governamental. São algumas fontes de critérios geralmente aceitos pela INTOSAI: Organização Mundial de Saúde — OMS, Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente — PNUMA, a norma inglesa BS7750, dentre outras.
Enfim, a Auditoria Ambiental nada mais é do que um processo de auditoria convencional, mas que também inclui em seus objetivos, escopo e critérios de avaliação, o quesito ambiental. Sendo assim, este tipo de auditoria segue o mesmo processo de uma auditoria operacional.
Objetivos da auditoria Ambiental
Auditorias Ambientais têm como objetivo detectar problemas ou oportunidades em áreas ou atividades como:
fontes de poluição e medidas de controle e prevenção
uso de energia e água e medidas de economia
processos de produção e distribuição
pesquisas e desenvolvimentos de produtos
uso, armazanagem, manuseio e transporte de produtos controlados
subprodutos e desperdícios
estações de tratamento de águas residuárias (esgoto)
sítios contaminados
reformas e manutenções de prédios e instalações
panes, acidentes e medidas de emergência e mitigação
saúde ocupacional e segurança do trabalho
Tipos de Auditoria
	Tipo
	Objetivos
	Auditoria de conformidade
	Verificar o grau de conformidade com a legislação ambiental.
	Auditoria de desempenho ambiental
	Avaliar o desempenho de unidades de produção com relação à geração de poluentes e ao consumo de energia, água e materiais.
	Due diligence
	Verificação das responsabilidades de uma empresa perante acionistas, credores, fornecedores, clientes. Muito usada no processo de fusão/cisão/aquisição para identificação dos passivos ambientais.
	Auditoria de desperdícios e de emissões
	Avaliar os desperdícios e seus impactos ambientais e econômicos com intenção de melhoria dos processos ou equipamentos.
	Auditoria pós-acidente
	Verificar quem é o responsável, quais os danos, e as causas do acidente.
	Auditoria de fornecedor
	Avaliar o desempenho de um fornecedor atual ou provável.
	Auditoria de sistema de gestão ambiental
	Avaliar o desempenho de SGA, o grau de conformidade com os requisitos da norma utilizada e se está de acordo com a política da empresa.
12.0 – Selo Verde
O QUE É SELO VERDE
O selo verde pode ser reconhecido internacionalmente pelos consumidores de madeira e produtores derivados, como móveis e estruturas para a construção civil. Desta forma o comprador pode ter certeza que adquiriu um produto que não agride as florestas tropicais.
O Selo verde surgiu a partir da crescente preocupação ambiental dos consumidores, principalmente do mercado europeu. Foi quando governos e organizações não governamentais (ONGs) de vários países formularam um conjunto de normas para regular o comércio de produtos provenientes das florestas tropicais através de acordos internacionais. Ficou definido que as madeireiras que possuem o selo verde deveriam comercializar apenas produtos retirados das florestas de forma ambientalmente correta e enquadrados em um plano de manejo certificado por organismos internacionalmente reconhecidos.
13.0 - Vigilância Sanitária
Vigilância Sanitária é a parcela do poder de polícia do Estado destinado à defesa da saúde, que tem como principal finalidade impedir que a saúde humana seja exposta a riscos ou, em última instância, combater as causas dos efeitos nocivos que lhe forem gerados, em razão de alguma distorção sanitária, na produção e na circulação de bens, ou na prestação de serviços de interesse à saúde.
No Brasil, a definição legal de vigilância sanitária é consentida pela lei federal nº 8.080 de 19 de setembro de 1.990:
Entende-se, por vigilância sanitária, um conjunto de ações capaz de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e circulação de bens e da prestação de serviços de interesse da saúde, abrangendo: o controle de bens de consumo que, direta ou indiretamente, se relacionem com a saúde, compreendidas todas as etapas e processos, da produção ao consumo; e o controle da prestação de serviços que se relacionam direta ou indiretamente com a saúde. A vigilância sanitária de portos,aeroportos e fronteiras não é um dever exclusivo ao S.U.S podendo ser executada juntamente com a participação cooperativa da União.
14.0- Atenção Estabelecimento de Saúde
A responsabilidade pelo gerenciamento adequado dos resíduos desde a geração até a disposição final é do enfermeiro. Baseado nessa informação, sabe o tamanho da sua responsabilidade ao entregar seu resíduo, seja ele potencialmente infectante ou algum resíduo que oferece risco químico, como medicamentos, reagentes, filmes de Raios-X a uma empresa pouco comprometida?
Na realização das etapas à serem realizadas com eficiência e segurança, os geradores, devem observar algumas diretrizes estabelecidas nas legislações específicas vigentes: ANVISA RDC 306/04 e CONAMA RDC 358/05 que estabelece as diretrizes do manejo dos RSS, conforme descrito:
RDC 306 2004 e CONAMA RDC 358/05
 Resolução da Diretoria Colegiada – RDC nº 306, de 07 de dezembro de 2004 Publicada no DOU de 10/12/2004 
Dispõe sobre o Regulamento Técnico para o gerenciamento de resíduos de serviços de saúde 
A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, no uso da atribuição que lhe confere o Art. 11, inciso IV, do Regulamento aprovado pelo Decreto nº.3029, ANVISA de 16 de abril de 1999, em reunião realizada em 06 de dezembro de 2004, ANVISA. 
Considerando as atribuições contidas nos Art. 6º , Art. 7º, inciso III e Art. 8º da Lei 9782, de 26 de janeiro de 1999; 
Considerando a necessidade de aprimoramento, atualização e complementação dos procedimentos contidos na Resolução RDC 33, de 25 de fevereiro de 2003, relativos ao gerenciamento dos resíduos gerados nos serviços de saúde - RSS, com vistas a preservar a saúde pública e a qualidade do meio ambiente 
Considerando os princípios da biossegurança de empregar medidas técnicas, administrativas e normativas para prevenir acidentes, preservando a saúde pública e o meio ambiente; 
Considerando que os serviços de saúde são os responsáveis pelo correto gerenciamento de todos os RSS por eles gerados, atendendo às normas e exigências legais, desde o momento de sua geração até a sua destinação final; 
Considerando que a segregação dos RSS, no momento e local de sua geração, permite reduzir o volume de resíduos perigosos e a incidência de acidentes ocupacionais dentre outros benefícios à saúde pública e ao meio ambiente; 
Considerando a necessidade de disponibilizar informações técnicas aos estabelecimentos de saúde, assim como aos órgãos de vigilância sanitária, sobre as técnicas adequadas de manejo dos RSS, seu gerenciamento e fiscalização; 
Adota a seguinte Resolução da Diretoria Colegiada e eu, Diretor-Presidente, determino a sua publicação: 
Art. 1º Aprovar o Regulamento Técnico para o Gerenciamento de Resíduos de 
Serviços de Saúde, em Anexo a esta Resolução, a ser observado em todo o território nacional, na área pública e privada. 
Art. 2º Compete à Vigilância Sanitária dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal, com o apoio dos Órgãos de Meio Ambiente, de Limpeza Urbana, e da Comissão Nacional de Energia Nuclear – CNEN, divulgar, orientar e fiscalizar o cumprimento desta Resolução . 
Art. 3º A vigilância sanitária dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal, visando o cumprimento do Regulamento Técnico, poderão estabelecer normas de caráter supletivo ou complementar, a fim de adequá-lo às especificidades locais. RDC 306 2004 
Art. 4º A inobservância do disposto nesta Resolução e seu Regulamento Técnico configura infração sanitária e sujeitará o infrator às penalidades previstas na Lei nº. 6.437, de 20 de agosto de 1977, sem prejuízo das responsabilidades civil e penal cabíveis. 
Art. 5º Todos os serviços em funcionamento, abrangidos pelo Regulamento Técnico em anexo, têm prazo máximo de 180 dias para se adequarem aos requisitos nele contidos. 
A partir da publicação do Regulamento Técnico, os novos serviços e aqueles que pretendam reiniciar suas atividades, devem atender na íntegra as exigências nele contidas, previamente ao seu funcionamento. 
Art. 6º Esta Resolução da Diretoria Colegiada entra em vigor na data de sua publicação, ficando revogada as disposições constantes na Resolução ANVISA - RDC nº. 33, de 25 de fevereiro de 2003
Segregação
Os resíduos de serviço de saúde (RSS) devem ser separados conforme o risco por ele apresentado. E quem pode definir isso, é o gerador! Por tanto, a segregação é realizada no ato da geração e por quem gerou.
Acondicionamento
Toda forma de acondicionar, desde a primária, saco plástico ou recipiente rígido, até os contentores, abrigo interno/externo, caminhão de transporte e tudo que envolver o RSS, deve estar identificado com o risco específico, conforme legislação, para proteção das pessoas que os manuseiam.
Para cada risco há um recipiente específico.
Armazenamento
Os resíduos, acondicionados adequadamente e dispostos em contentores plásticos ficam armazenados aguardando a coleta externa. Para isso pode passar por dois locais para armazenagem. 
Armazenamento Interno: é um local facilitador, que pode dividir espaço com local de guarda de material de limpeza, por exemplo. Justifica realizar armazenamento interno hospitais e clínicas de grande porte, principalmente com estrutura física verticalizada. Local deve atender algumas regras estruturais, como iluminação artificial, pisos e paredes resistentes e de fácil higienização, conforme descrito nas legislações específicas. 
Armazenamento Externo: O armazenamento externo deve ser realizado em local de acesso restrito a pessoas e facilitado ao caminhão coletor entre outros requisitos citados na mesma NBR da ABNT.
No local de armazenamento, seja ele interno ou externo os RSS não podem ser disposto diretamente no piso. Para isso devem ficar armazenados em recipientes rígidos, resistentes, com cantos arredondados e com tampa articulada, dessa maneira isolando com eficiência os resíduos, no que tange a proliferação bacteriana, fúngica, e barreira contra vetores e veículos. Oferecemos linha completa de Containers para RSS de acordo com as legislações vigentes.
Até esse ponto você era o único responsável, a partir daqui, dividimos, com consciência e eficiência essa responsabilidade. Aqui, começa o serviço de uma empresa séria e comprometida com a sociedade e com o meio ambiente.
Coleta e transporte de RSS
Disponibilizamos aos nossos clientes veículos para coleta e transporte de Resíduos de Serviço de Saúde em conformidade com as normas específicas.
Equipe treinada, motoristas capacitados com o MOPP – Movimentação e Operação de Produtos Perigosos e paramentados com os Equipamentos de Proteção Individual - EPIs apropriados, além de toda documentação para segurança e identificação do resíduo e rastrealibidade.
Tratamento de RSS
Nas Unidades de tratamento RSS, dispõe do sistema de autoclavagem que através de vapor d'água saturado somado a pulsos de pressão que auxiliam na homogeneização do calor, garantindo a eficiência do processo até no ponto mais central da carga promovendo a ESTERILIZAÇÃO. Após a isso, os resíduos passam pelo processo de fragmentação, ou seja, são triturados antes de encaminhar para Aterro Sanitário devidamente Licenciado.
A Unidade da Contemar tem a capacidade de tratamento superior a 165 toneladas por mês, e opera sob a Licença de Operação n° 6005685, emitida dia 16/06/2010.
Controle biológico: Para controle do sistema, realizamos testes biológicos com o Geobacillum stearothermophilus, que é o microorganismo mais resistente a temperatura, assim garantindo a eficiência da esterilização.
Responsabilidade na destinação dos resíduos: Após o processo existe dois resíduos a ser destinado:
Classe I: Efluente gerado no processo e na lavagem dos veículos e contentores de acondicionamento de RSS. Esses são encaminhados por empresa capacitada para tratamento externo em local devidamente licenciado.
Classe II: Resíduos de Serviço de Saúde após o processo de esterilização e fragmentação são encaminhados para Aterro Sanitário Licenciado. 
Para destinação dos resíduos possuímos CADRI distinto para cada empresa receptora.Responsabilidade com os Funcionários (ou social) – Atendendo a exigência da NBR 12810 a Contemar disponibiliza aos seus funcionários Uniformes e EPIs limpo e prontos para uso e local para higienização corporal, além do atendimento as portarias, normas e leis do Ministério do Trabalho.
Acessória na Documentação
Segue a baixo algumas relações, elaboração e emissão de documentos relacionados com a coleta, transporte e tratamento dos RSS:
CADRI – auxiliamos junto a CETESB a emissão do CADRI, documento indispensável para destinação de resíduos perigosos.
MTR – Manifesto de Transporte Rodoviário: que permite a rastreabilidade dos resíduos;
Ficha e Envelope de emergência: Documentos necessários para transporte dos RSS, nele consta todos os cuidados padronizados em caso de acidentes.
PGRSS – Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviço de Saúde: Documento obrigatório para todos os estabelecimentos geradores de RSS, que descreve passo a passo todo manejo dos resíduos. 
Capacitação de Equipes
Por ser tratar de gestão, para implantação e bom funcionamento do PGRSS, é necessário equipes capacitada regularmente e de maneira direta, de acordo com a realidade do local. 
15.0 - OS RESIDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE (RSS)
15.1 Conceito
Infelizmente ainda não existe uma maneira que impeça o ser humano de produzir lixo ou resíduos, sendo que muitos indivíduos ainda não têm consciência da importância de um ambiente limpo e preservado e continuam jogando resíduos de todos os tipos em locais inapropriados. Até hoje, no Brasil, a maior parte dos resíduos recolhidos nos centros urbanos, como podemos ver no capítulo anterior, é simplesmente jogada sem qualquer cuidado em depósitos existentes nas periferias das cidades.
Resíduo, talvez, seja o termo técnico mais apropriado para o que se conhece como lixo, já que o lixo proveniente de hospitais, clínicas, consultórios e todos os serviços relacionados com o atendimento à saúde humana e animal caracterizam-se como Resíduos de Serviços de Saúde (RSS).
Atualmente, uma questão relevantemente focada pelos ambientalistas é o Gerenciamento dos Resíduos dos Serviços de Saúde. Devido às condições precárias do nosso sistema de gerenciamento de resíduos, não há estatística precisa da quantidade de pessoas que geram este tipo de resíduo e qual destino lhes é dado.
Os RSS possuem composição variada e são elementos geralmente considerados provenientes de hospitais, clínicas médicas, clínicas veterinárias e outros grandes geradores, sendo que diferentes definições dos RSS foram propostas por diversas entidades como CONOMA, ANVISA, entes federais e municipais.
Vejamos o que é considerado serviço de saúde, bem como resíduos destes serviços pela Resolução do CONAMA n.º 283 de 12 de julho de 2001:
“Art. 1º - Esta resolução aplica-se a todos os serviços relacionados com o atendimento a saúde humana ou animal, inclusive os serviços de assistência domiciliar e de trabalhos de campo; laboratórios analíticos de produtos para saúde; necrotérios, funerais e serviços onde se realizem atividades de embasamento (tanatopraxia e somatoconservação); serviços de medicina legal; drogarias e farmácias inclusive as de manipulação; estabelecimentos de ensino e pesquisa na área de saúde; centros de controle de zoonoses; distribuidores de produtos farmacêuticos; importadores, distribuidores e produtores de materiais e controles de diagnóstico in vitro; unidades móveis de atendimento a saúde; serviços de acupuntura; serviços de tatuagem, entre outros similares.
Art. 2º Para efeitos desta Resolução considera-se:
X - resíduos de serviço de saúde: são todos aqueles resultantes de atividades exercidas nos serviços definidos no art. 1º desta resolução que, por suas características, necessitam de processo diferenciado em seu manejo, exigindo ou não tratamento prévio à sua disposição final;”( CONAMA, 2005. n.º 358)
Ocupando lugar de destaque entre os principais poluentes os RSS, merecem tratamento diferenciado, em todas as suas fases de manejo, até sua destinação final, sendo que causam danos imediatos e graves ao meio ambiente e a todos aqueles que entram em contato com os mesmos, já que se constituem de elementos químicos, biológicos e físicos, que na maioria das vezes são nocivos à saúde ao meio ambiente.
A classificação dos RSS dá-se segundo suas características biológicas, físicas, químicas, já que é substância de natureza heterogênea, sendo considerado também como critério para classificação dos RSS (Resíduos de Serviços de Saúde) o risco de transmitir doenças, provocar acidentes ou promover danos ao meio ambiente.
Assim podemos considerar os RSS poluidores, vez que como dispõe o art.3.º, II, entende por poluição “... toda atividade que direta ou indiretamente; a – prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da população...”, não restam dúvidas que os RSS, prejudicam a saúde e degredam o meio ambiente, desta forma, podemos ratificar sua natureza de poluidor, pois os mesmos estão em conformidade com o que dispõe a Política Nacional do Meio Ambiente.
Vejamos o que diz o Ministério da Saúde a respeito da composição dos RSS:
“... São compostos por diferentes frações geradas por estabelecimentos de saúde, compreendendo desde os materiais perfurocortantes contaminados com agentes biológicos, peças anatômicas, produtos químicos tóxicos e materiais perigosos (solventes, quimioterápicos, produtos químicos fotográficos, formaldeído, radionuclídeos, mercúrio, etc.), até vidros vazios, caixas de papelão, papel de escritório, plásticos descartáveis e resíduos alimentares que, se não forem gerenciados de forma adequada, representam fontes potenciais de impacto negativo no ambiente e de disseminação de doenças, podendo oferecer perigo para os trabalhadores dos estabelecimentos de saúde, bem como para os pacientes e para a comunidade em geral.” (Saúde, 2001, p.14)
Os Resíduos de Serviços de Saúde são classificados através da Resolução n.º 358/05 do CONAMA, a Resolução n.º 33/03 do Ministério da Saúde e também das normas da ABNT, sendo que cada uma classifica de forma diferenciada os RSS, dificultando ainda mais o trabalho de gestão destes Resíduos. Usaremos como base a classificação do CONAMA, que abaixo transcrevemos:
• Grupo A - resíduos biológicos: aqueles que apresentam risco a saúde pública ao meio ambiente devido a presença de agentes biológicos.
• Grupo B - resíduos químicos: são aqueles que apresentam risco a saúde pública ao meio ambiente devido às suas características químicas.
• Grupo C - resíduos radioativos: aqueles materiais radioativos ou contaminados com radionuclídeos provenientes de laboratórios de análises clínicas, serviços de medicina nuclear e radioterapia.
• Grupo D - resíduos comuns: são todos aqueles que não apresentam riscos biológico, químico ou radiológico à saúde ou ao meio ambiente, podendo ser comparado aos resíduos domiciliares.
• Grupo E: materiais perfurocortantes ou escarificantes, tais como lâminas de barbear, agulhas, ampolas de vidro, pontas diamantadas, lâminas de bisturi, lancetas, espátulas e outros similares.
A devida classificação dos RSS é de fundamental importância para que seja realizada a correta gestão dos mesmos, já que se tratando de substâncias perigosas, devem receber tratamento adequado, devendo os seus geradores cuidar para uma diminuição na geração dos mesmos ou para, a não geração dos RSS.
Segundo Barbosa (2003), os procedimentos para gestão dos RSS emanam de dois princípios básicos no direito ambiental, que são o da Precaução e do Poluidor Pagador, concordamos com o Professor Barbosa, já que estes princípios são os pilares de nosso estudo, pois devemos sempre prevenir antes que o pior aconteça, e fazer que o poluidor arque com o ônus da sua conduta, ou seja, quem gerar os resíduos deve ser responsável pelo mesmo.
Destarte, segundo dados do IBGE (2000) no Brasil mais de 70% dos seus municípios depositam os RSS à céu aberto, ficamos perplexos com estes dados, pois como demonstramosanteriormente, muitas famílias hoje em dia vivem do lixão. Entre todos aqueles resíduos, podem ser encontrados até partes do corpo humano e diversos resíduos de contaminados, que vão degredar o meio ambiente. Vejamos trecho de sentença proferida pelo juiz federal Álvaro Luiz Valery Mirra:
È importante assinalar que o mero respeito aos padrões de emissão não garante, por si só, que uma atividade não seja poluidora. Isso porque tais padrões normatizados serão meramente indicativos de que as concentrações previamente fixadas em uma substancia ou matéria não causarão prejuízos a saúde pública, as espécies da fauna e flora e aos ecossistemas. Pode ocorre, porém, que, apesar de plenamente conforme os padrões estabelecidos, o lançamento de uma determinada substancia se mostre nocivo e daí será indispensável a sua reprodução ou proibição para compatibiliza-ló com o objetivo desta técnica, que é evitar a poluição. ( Irigaray, 2006, p. 279)
Assim, fica claro a importância do tema ora tratado, pois o meio ambiente é um bem de todos, é ele que nos da qualidade de vida e todos nós temos o dever de protegê-lo, se 2.300 toneladas diárias de Resíduos de Serviços de Saúde, são coletadas no Brasil, segundo dados do IBGE, não podemos ficar de braços cruzados, vendo estes RSS ir para locais inadequados, devemos sim fiscalizar e verificar se as normas que regulamentam o gerenciamento dos RSS são cumpridas.
15.2 Regulamentação Legal
Com a evolução dos meios utilizados pelos estabelecimentos de saúde, bem como clínicas veterinárias e laboratórios, surgem inéditos e diversos tipos Resíduos de Serviço de Saúde, que dificultam a classificação dos mesmos, bem como seu manuseio e gerenciamento, para que possam ser administrado na forma estabelecida pela legislação.
Os Resíduos de Serviços de Saúde constituem parte importante dos resíduos sólidos, que podem lesar a saúde pública e o meio ambiente, sendo então classificados em função de suas características, físicas, químicas e biológicas, levando em consideração o grau do dano que podem causar.
Os RSS merecem atenção e devem ser tratados de forma especial, já que são sérios poluentes do meio ambiente, bem como, podem prejudicar ao próprio homem. E necessitam de uma política de prevenção e gerenciamento elaborada em conjunto pelo poder público e os geradores destes resíduos, sendo que vários estados e Municípios já possuem normas e legislações próprias para cuidar do gerenciamento destes RSS.
Desta forma, os RSS vieram ganhando espaço na legislação nacional, vez que se tornou imprescindível a adoção de procedimentos que busquem controlar a geração e disposição dos RSS. Assim o CONAMA, no exercício da competência regulamentar que lhe foi atribuída pela Lei n.º 6.968/81, vem juntamente com a ANVISA regulamentando a gestão dos RSS.
O Manual de Gerenciamento de RSS da ANVISA informa que em 1991 o CONAMA editou a primeira resolução que tratava especificamente de RSS (Resolução CONAMA Nº. 006/1991), que visava acabar com a incineração como meio de destinação final dos RSS. Contudo tratou o assunto de uma forma superficial. Posteriormente foi editada a RDC n.º 005/93 que teve como base a RDC n.º 006/91, tratando os RSS de forma mais ampla, buscando definir os Resíduos de Serviços de Saúde e classsifica-lós de acordo com a sua periculosidade, estabelecendo para os geradores destes resíduos, além disso, estabeleceu que os geradores destes resíduos elaborassem o gerenciamento dos mesmos.
Desta forma, surgiu a Resolução (Res.) n.º 283/01 do CONAMA, que buscou especificamente tratar apenas dos RSS, dispondo sobre o tratamento e a destinação final dos RSS, dando a este assunto a importância devida, buscando evitar a degradação do meio ambiente por estes RSS, já que o meio ambiente é um bem coletivo, que deve ser conservado para as gerações presentes e futuras.
Como já dito, a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária),que foi criada pela Lei nº 9.782/99, também regulamenta o assunto através de Resoluções, buscando fiscalizar, regulamentar e controlar os produtos que causem risco à saúde pública, que é bem o caso dos RSS.
Segundo ANVISA (2006), em 2003 foi editada a RDC n.º 33/03, que veio tratar do regulamento técnico dos RSS, “a resolução passou a considerar os riscos aos trabalhadores, à saúde e o meio ambiente” , entretanto houve divergência entre esta Res. da ANVISA e a Res. n.º 283/01 do CONAMA, o que levou os órgãos a repensarem o assunto. Neste contexto surgiram as RDC n.° 306 da ANVISA e a 358/05 do CONAMA, que hoje regulamentam o tema ora abordado.
Visando cumprir os objetivos da Política Nacional do Meio Ambiente o CONAMA criou a RDC 358/05, para que juntamente com a ANVISA pudessem tratar de forma mais segura e completa os RSS, vez que as RDC que hoje regulamentam os RSS dispõem sobre um gerenciamento desde a origem dos RSS até seu destino final, com o objetivo de prevenir os danos ao meio ambiente e a todos nós, já que o meio ambiente é um bem da coletividade.
A resolução foi adotada pela ANVISA, sendo que os geradores de Resíduos de Serviços de Saúde devem agora se responsabilizar pelo gerenciamento destes resíduos desenvolvendo um plano que irá estabelecer procedimentos a serem usados para gerir as fases de manejo, segregação, condicionamento, armazenamento, coleta, transporte, tratamento, e disposição final, dos RSS, visando prevenir acidentes, e a contaminação do meio ambiente e dos indivíduos que tem contato com estes RSS.
Vê-se que o objetivo deste gerenciamento é a precaução, ou seja, evitar que acidentes aconteçam, que o meio ambiente seja contaminado, e que os geradores façam o manejo dos RSS aleatoriamente, os responsabilizando pelos danos causados ao meio ambiente. Então podemos notar o motivo que faz dos Princípios da Precaução e do Poluidor Pagador os pilares de nosso estudo.
Ressaltamos, ainda, que a competência para estabelecerem critérios para o licenciamento das atividades geradoras dos RSS, bem como para os responsáveis pelo gerenciamento dos RSS é dos órgãos ambientais, ligados aos municípios e aos estados, que deverão estabelecer uma política de precaução e punir os geradores que não se adequarem as normas estabelecidas pela ANVISA e pelo CONAMA, pois como já sabemos, as normas existem elas só não são respeitadas.
A Lei 6.938/81 em seu art. 10 dispõe sobre a necessidade de licenciamento prévio dos estabelecimentos que possam realizar atividades prejudiciais a saúde e ao meio ambiente. Vejamos:
Art. 10 - A construção, instalação, ampliação e funcionamento de estabelecimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais, considerados efetiva e potencialmente poluidores, bem como os capazes, sob qualquer forma, de causar degradação ambiental, dependerão de prévio licenciamento de órgão estadual competente, integrante do Sistema Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA, e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis - IBAMA, em caráter supletivo, sem prejuízo de outras licenças exigíveis.
...
§ 4º Compete ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis - IBAMA o licenciamento previsto no caput deste artigo, no caso de atividades e obras com significativo impacto ambiental, de âmbito nacional ou regional
Segundo o Ministério da Saúde (2001), muitos estabelecimentos geradores de RSS estão funcionando ilegalmente, sendo que não possuem as licenças necessárias, pois o licenciamento é obrigatório.
Assim, em seu art. 60, a Lei 9.605 (Crimes ambientais), considera crime a conduta que infringe o disposto no caput. do art. 10 da Lei 6.938/81, atribuindo como penalidade para esta conduta o seguinte “Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa, ou ambas as penas cumulativamente.”
Os geradores dos RSS devem cumprir as exigências estabelecidas por lei, ou podem sofrer as penalidades na esfera administrativa, penal e ambiental.
15.2.2. A Identificação Dos Geradores e suas Responsabilidades.
A RDC ANVISA n.º 306/04, juntamente com a RDC

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