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DIFERENCAS ENTRE TRADUCAO E INTERPRETACAO NA LINGUA BRASILEIRA DE SINAIS LIBRAS UMA ANALISE SOBRE HESITACOES

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA – UFU 
 CENTRO DE ENSINO, PESQUISA, EXTENSÃO E ATENDIMENTO EM EDUCAÇÃO ESPECIAL – CEPAE 
 I CONGRESSO NACIONAL DE LIBRAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA 
 I CONALIBRAS-UFU 
ISSN 2447-4959 
Realização: 
 
DIFERENÇAS ENTRE TRADUÇÃO E INTERPRETAÇÃO NA LÍNGUA BRASILEIRA 
DE SINAIS (LIBRAS): UMA ANÁLISE SOBRE HESITAÇÕES 
 
 
EIXO: Tradução e Interpretação de Libras 
 
Francine, SOUZA-ANDRADE, UFMG1 
Eva, BARBOSA, UFMG2 
Guilherme, LOURENÇO, UFMG – Orientador3 
Resumo: As tarefas de tradução e interpretação se diferenciam entre si, já que, enquanto a primeira envolve 
uma língua escrita, a segunda envolve línguas na modalidade oral/sinalizada (QUADROS, 2004; 
LACERDA, 2009). Dentro desse contexto, o presente artigo tem como principal objetivo verificar as 
diferenças existentes entre uma tarefa de tradução e uma tarefa de interpretação em Língua Brasileira de 
Sinais (Libras), no que diz respeito às hesitações de duas tradutoras/intérpretes durante a tradução e a 
interpretação de um texto motivador escrito em língua portuguesa. As análises levaram em consideração o 
modelo dos esforços para a interpretação proposto por Gile (1995). Além disso, objetiva-se aqui responder às 
seguintes perguntas: (i) é possível observamos uma diferença em termos de hesitação entre uma tarefa de 
tradução e uma de interpretação? (ii) qual a natureza dessas hesitações em cada uma das tarefas? Para a 
análise dos dados, fizemos uma comparação entre os produtos da interpretação e da tradução e 
contabilizamos o número de hesitações ocorridas, considerando o que cada um dos sujeitos de pesquisa teve 
acesso antes e durante a produção. Após as análises realizadas, foi possível perceber que a hesitação ocorrida 
durante a tradução foi bem pontual e se deu por uma distração do tradutor/intérprete. Já as hesitações 
ocorridas durante a interpretação, ocorreram devido a uma sobrecarga nos esforços de processamento do 
tradutor/intérprete, o que causou uma interrupção em sua produção e, consequentemente, a necessidade de 
solicitar auxílio do intérprete de apoio. A partir da comparação das produções, pudemos responder a 
pergunta de pesquisa e chegamos à conclusão de na tarefa de interpretação, o profissional realiza os esforços 
de compreensão, memória e produção, além de fazer uso do esforço de coordenação, conforme proposto em 
Gile (1995). Isto acaba sobrecarregando a capacidade de processamento do intérprete, resultando em um 
número maior de rupturas no fluxo de fala e também de hesitações. Já na tradução, o processo de translação 
da língua fonte para a língua alvo não acontece sob a pressão do tempo, de modo que os esforços feitos pelo 
profissional não são empreendidos simultaneamente, gerando um número significativamente menor de 
hesitações e interrupções. No presente estudo, não foi possível abarcar todos os aspectos inerentes à prática 
de tradução/interpretação, porém, esperamos que este trabalho possa fomentar mais pesquisas na área da 
tradução/interpretação em línguas de sinais e que possamos ampliar a visão do tradutor/intérprete em relação 
à sua atividade profissional. 
Palavras-chave: Tradução, Interpretação, Libras. 
 
 
1 Monitora da disciplina “Fundamentos de Libras Online”, oferecida pela Faculdade de Letras (FALE) da Universidade 
Federal de Minas Gerais (UFMG). Bacharel em Letras/Inglês, com ênfase em Tradução e graduanda do curso de 
Licenciatura em Inglês, também pela UFMG. Atua na linha de pesquisa tradução e interpretação em Libras/Português. 
 
2 Professora auxiliar da disciplina “Fundamentos de Libras Online”, oferecida pela FALE/UFMG. Licenciada e 
Bacharel em Letras/Português e Mestranda em Estudos Linguísticos – Linguística Aplicada/Linguagem e Tecnologia, 
também pela UFMG. Atua nas linhas de pesquisa: (i) tradução e interpretação em Libras/Português; e (ii) ensino de 
português como segunda língua para surdos. 
 
3 Professor da FALE/UFMG. Mestre em Linguística Teórica e Descritiva, pela UFMG. Coordenador do Projeto de 
Capacitação de Tradutores e Intérpretes de Língua de Sinais (ProtTILS), além de membro pesquisador do Núcleo de 
Estudos em Libras, Surdez e Bilinguismo (NeLIS/CNPQ), atuando nas seguintes linhas de pesquisa: (i) descrição e 
análise das Línguas de Sinais; e (ii) Tradução e Interpretação em Libras/Português. 
 UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA – UFU 
 CENTRO DE ENSINO, PESQUISA, EXTENSÃO E ATENDIMENTO EM EDUCAÇÃO ESPECIAL – CEPAE 
 I CONGRESSO NACIONAL DE LIBRAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA 
 I CONALIBRAS-UFU 
ISSN 2447-4959 
Realização: 
 
1. Introdução 
 
Nos Estudos da Tradução, é comum a distinção entre tradução e interpretação. A dicotomia 
texto escrito e texto oral (sinalizado, no caso das línguas de sinais) é o ponto central da 
diferenciação entre essas duas práticas, de modo que a tradução parte do texto escrito, enquanto a 
interpretação tem como fonte a produção oral. Nesse sentido, pode-se dizer que as condições de 
trabalho do tradutor e do intérprete são muito diferentes. A partir da constatação dessa diferença, o 
presente artigo propõe observar a diferença na produção de uma tarefa de tradução e de uma tarefa 
de interpretação entre uma língua oral e uma língua de sinais. 
As línguas de sinais apresentam uma diferença importante em relação às línguas orais: a sua 
modalidade. Enquanto as línguas orais apresentam-se na modalidade oral-auditiva, as línguas de 
sinais são produzidas na modalidade espaço-visual. Contudo, desde o trabalho de Stokoe (1960) e 
de pesquisas subsequentes, tem-se a certeza do estatuto linguístico das línguas de sinais e da 
existência de uma gramática nesses sistemas linguísticos, com seus níveis linguísticos (morfológico, 
fonológico, sintático, semântico e pragmático) bem estruturados. 
As práticas de tradução/interpretação entre uma língua oral e uma língua sinalizada 
apresentam características diferentes, uma vez que o profissional precisa trabalhar com um par 
linguístico que envolve duas modalidades diferentes, conforme exposto anteriormente. Em uma 
tarefa interpretação para uma língua de sinais pode-se dizer que o processo cognitivo é semelhante 
ao que acontece com a interpretação entre línguas orais, e pode se encaixar no modelo dos esforços 
cognitivo proposto por Gile (1995). Porém, devido às diferenças de modalidade, a prática é mais 
exaustiva, já que há um aspecto a mais na coordenação do esforço e o intérprete de línguas de sinais 
precisa lidar com a estrutura da gramática desta língua, na qual as sentenças são construídas 
espacialmente. 
Dentro desse contexto, este artigo tem como principal objetivo verificar a(s) diferença(s) 
entre a tradução e a interpretação da língua de sinais, mais especificamente da Língua Brasileira de 
Sinais (Libras), no que diz respeito às hesitações de duas tradutoras/intérpretes durante a prática de 
tradução e de interpretação de um texto escrito em língua portuguesa. Além disso, os objetivos 
específicos são: (i) analisar duas sinalizações, uma feita a partir da audição de um texto em língua 
portuguesa (interpretação), e outra feita a partir da leitura do mesmo texto (tradução); (ii) comentar 
as hesitações existentes nas duas tarefas, contrastando seus produtos: interpretação simultânea do 
português para a Libras e tradução do texto escrito para a Libras. 
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 CENTRO DE ENSINO,PESQUISA, EXTENSÃO E ATENDIMENTO EM EDUCAÇÃO ESPECIAL – CEPAE 
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Realização: 
 
A iniciativa desta pesquisa se deu através da participação dos pesquisadores no Projeto de 
Capacitação de Tradutores e Intérpretes de Língua de Sinais (ProTILS), mais especificamente do 
Curso de Capacitação de Tradutores/Intérpretes de Língua de Sinais, oferecido entre os meses de 
abril e julho de 2015, e oferecido pela Faculdade de Letras da Universidade Federal de Minas 
Gerais aos tradutores e intérpretes de língua de sinais (TILS) que atuam nas redes pública e privada, 
em diferentes graus de ensino. Segundo o site do projeto, o ProTILS “visa trazer suas contribuições 
para a comunidade de tradutores e intérpretes de Libras interna e externa à UFMG. Assim, são 
propostas atividades de extensão que possam fomentar a capacitação desses profissionais”i. 
Durante a participação neste projeto, foi possível perceber várias diferenças existentes entre 
a prática da tradução e da interpretação dos TILS. Através disso, surgiu o interesse em realizar uma 
análise para verificar algumas dessas diferenças que são de extrema importância para o profissional 
que trabalha com a língua de sinais. Dessa forma, esta pesquisa se justifica por trazer uma 
contribuição ao trabalho do TILS e para fomentar mais pesquisas na área da tradução/interpretação 
de língua de sinais. 
Apresentamos, a seguir, os principais pressupostos teóricos que embasaram este trabalho. 
 
 
2. Referencial Teórico 
 
 
Nesta seção apresentamos, primeiramente, as principais diferenças entre a 
tradução/interpretação de línguas em geral, e, logo em seguida, da tradução/interpretação específica 
das línguas de sinais. 
 
2.1 Tradução x Interpretação 
 
 
Há similaridades e diferenças entre a prática da tradução e da interpretação. A primeira 
semelhança é o fato de que ambos os processos envolvem a comunicação. Pode-se dizer que tanto o 
tradutor quanto o intérprete precisam tomar decisões. Ambos precisam conhecer a cultura das 
línguas envolvidas e ter um repertório linguístico que os permita transitar de uma língua para outra. 
A tradução é feita a partir da escrita e a interpretação é um produto da fala/sinalização da 
língua, ou seja, é a língua em uso. O tradutor pode ter acesso à documentação, já que tudo o que é 
traduzido fica documentado, por isso, nos Estudos da Tradução, os pesquisadores puderam formar 
corpora de textos traduzidos e dos respectivos textos originais. Segundo Mona Baker (2004), a 
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partir dos corpora é possível observar se o tradutor foi conservador no uso da língua ou não, se usou 
formas padronizadas, se foi mais formal, se evitou o uso de expressões regionais, etc., assim, o 
trabalho do tradutor tende a ser mais uniforme. 
Esse padrão ajuda os teóricos a observarem a frequência das palavras e a adaptação do 
estilo. O que não acontece durante a interpretação, já que nesse processo a possibilidade de 
documentação é mais restrita. A não ser que seja gravada, a produção da interpretação pode ser 
perdida. Além disso, o texto fonte é apresentado apenas uma vez, o fator “pressão de tempo” faz 
com que o refinamento do produto final seja quase inexistente, pois a produção do intérprete precisa 
ser rápida e há pouca possibilidade de correção ou revisão. 
Na interpretação, conforme o modelo de interpretação de Gile (1995), o intérprete precisa 
desprender-se dos seguintes esforços: 1) Compreensão, o esforço de ouvir e analisar a mensagem; 
2) Memória, o esforço de reter a mensagem; 3) Produção, o esforço de reproduzir a mensagem na 
língua de chegada; e 4) Coordenação, o esforço de coordenar os demais esforços. O modelo dos 
esforços de Gile (1995) pode ser ilustrado conforme a Figura 1, a seguir. 
 
FIGURA 01: PROCESSO COGNITIVO DO INTÉRPRETE 
 
Fonte: Adaptado de Gile (1995). 
 
Na próxima seção, serão considerados aspectos inerentes à tradução e à interpretação da 
Libras. 
 
2.2 Tradução x Interpretação da Língua de Sinais 
 
 
Segundo Russo (2009), o Tradutor/Intérprete de Língua de Sinais (TILS) tem sido cada vez 
mais presente no dia a dia dos surdos, devido à crescente participação dessas pessoas nos espaços 
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sociais, educacionais, políticos e culturais, incentivada a partir do reconhecimento da Libras no 
Brasil: 
À medida em que a língua de sinais do país passou a ser reconhecida enquanto 
língua de fato [sic], os surdos passaram a ter garantias de acesso a ela enquanto 
direito linguístico. Assim, consequentemente, as instituições se viram obrigadas a 
garantir acessibilidade através do profissional intérprete de língua de sinais 
(QUADROS, 2004, p. 13). 
 
 
O intérprete de língua de sinais, geralmente, não tem uma formação profissional para atuar, 
são chamados ad hoc, aqueles que começaram sua atividade de interpretação para auxiliar um 
amigo ou um parente surdo e, na maioria das vezes, no meio religioso. 
O trabalho do TILS é composto por duas tarefas: a de tradução e a de interpretação. Alguns 
autores defendem que os dois termos se complementam e, até mesmo, remetem a uma mesma tarefa 
de “versar os conteúdos de uma dada língua para outra, buscando trazer neste processo sentidos 
pretendidos, sem que eles se percam ou que sejam distorcidos no percurso” (LACERDA, 2009, p. 
14). Outros autores, porém, defendem que os conceitos remetem a tarefas distintas. Para esses 
autores, a tradução sempre envolve uma língua escrita, podendo haver: 
 
 
[...] uma tradução de uma língua de sinais para a língua escrita de uma língua 
falada, da língua escrita de sinais para a língua falada, da escrita da língua falada 
para a língua de sinais, da língua de sinais para a escrita da língua falada, da escrita 
da língua de sinais para a escrita da língua falada e da escrita da língua falada para 
a escrita da língua de sinais (QUADROS, 2004, p. 09). 
 
 
Já a interpretação, sempre envolve as línguas faladas/sinalizadas, ou seja, línguas nas 
modalidades orais-auditivas e espaço-visuais. Dessa forma, pode haver “a interpretação da língua de 
sinais para a língua falada e vice-versa, da língua falada para a língua de sinais” (QUADROS, 2004, 
p. 09). 
A tradução da língua de sinais possui diferentes sistemas de transcrição que ainda se 
encontram em processo de desenvolvimento. Dentre os sistemas mais conhecidos, podemos 
encontrar o de William Stokoe (1960), mais codificado e analítico, e o de Valerie Sutton (1996), 
mais gráfico e icônico (MCCLEARY; VIOTTI, 2005). Segundo McCleary e Viotti (2005), tais 
sistemas de transcrição ainda não são totalmente aceitos pela linguística por apresentarem 
dificuldades em sua leitura às pessoas que não estão devidamente treinadas.UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA – UFU 
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O que tem sido adotado, portanto, é a variação de um sistema de glosas, que, originalmente, 
são criadas através de palavras em inglês, grafadas em maiúsculo, que são utilizadas na 
representação de sinais da língua de sinais com o mesmo sentido. Além disso, “algumas marcações 
não-manuais são acrescentadas por códigos sobrescritos, e alguns usos do espaço de sinalização são 
representados por letras ou números subscritos” (MCCLEARY; VIOTTI, 2005, p. 03). 
A interpretação da língua de sinais, por sua vez, ocorre de duas maneiras diferentes. No 
primeiro caso, a interpretação de uma língua para outra acontece de maneira simultânea, ou seja, o 
TILS “precisa ouvir/ver a enunciação em uma língua (língua fonte), processá-la e passar para a 
outra língua (língua alvo) no tempo da enunciação” (QUADROS, 2004, p. 09). Já no segundo caso, 
a interpretação de uma língua para outra ocorre de maneira consecutiva, ou seja, o TILS “ouve/vê o 
enunciado em uma língua (língua fonte), processa a informação e, posteriormente, faz a passagem 
para a outra língua (língua alvo)” (ibid, 2004, p. 09). 
Dessa forma, existem também algumas diferenças entre o trabalho dos tradutores e dos 
intérpretes. Essas diferenças são apresentadas no Quadro 01, a seguir: 
 
 
QUADRO 01 - PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE O TRADUTOR E O INTÉRPRETE DE 
LÍNGUA DE SINAIS 
Tradutor Intérprete 
Deve dominar as línguas envolvidas e o assunto 
alvo em seu trabalho. 
Deve dominar as línguas envolvidas e o assunto alvo em seu 
trabalho, além de dominar as expressões orais/corporais presentes 
em ambos os idiomas. 
Tem acesso ao material a ser traduzido 
previamente. 
Não tem acesso ao que será falado/sinalizado previamente, o 
assunto pode mudar no momento da interpretação. 
Trabalha mais isoladamente, são horas de trabalho 
diante do computador, entre livros e outras fontes 
de pesquisa, e eventualmente troca de ideias com 
outras pessoas para consultas. 
Atua em equipe, são vários os profissionais que se revezam num 
mesmo evento, atuam nas relações face a face muitas vezes 
conversando com o conferencista ou com o público alvo, 
buscando ajustar sua atuação da melhor forma possível. 
 
Adaptado de: Lacerda, 2009, p. 18. 
 
A partir do Quadro 01, podemos perceber que, apesar de se tratar do mesmo profissional, os 
TILS possuem características diferentes em relação ao tipo de tarefa por ele desempenhada: a 
tradução ou a interpretação. Portanto, cabe a ele adaptar sua intervenção de acordo com o ambiente, 
o público alvo, a modalidade de língua e o objetivo final de seu trabalho em cada situação. 
Através do exposto, apresentamos a metodologia utilizada, na próxima seção. 
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3. Metodologia 
 
 
A presente pesquisa foi realizada a partir da coleta de dados feita no Curso de Capacitação 
de Tradutores/Intérpretes de Língua de Sinais, parte integrante do Projeto ProTILS. Foram 
selecionados dois vídeos produzidos por dois alunos do curso, que assinaram um termo de 
consentimento livre e esclarecido autorizando o uso integral ou parcial das produções realizadas 
durante o curso. Tais alunos serão mencionadas durante a análise dos dados da seguinte maneira: 
 
• Sujeito 01 – aluno que realizou a interpretação do texto. 
• Sujeito 02 – aluno que realizou a tradução do texto. 
 
Os vídeos, gravados em sala de aula, foram produzidos pelos dois alunos a partir do texto 
motivador apresentado no Quadro 02 abaixo, sendo que um deles deveria produzir uma tradução e o 
outro uma interpretação. 
 
 
QUADRO 02 - TEXTO MOTIVADOR PARA A TRADUÇÃO E A INTERPRETAÇÃO EM LIBRAS 
 
 
Pedro Bandeira nasceu em Santos, SP, em 9 de março de 1942, onde dedicou-se ao teatro 
amador, até mudar para São Paulo a fim de estudar Ciências Sociais na Universidade de 
São Paulo (USP). Morando então na capital, casou-se com Lia, com quem teve três filhos: 
Rodrigo (31) e Marcelo e Maurício (28). Ah! E tem duas netinhas: Melissa e Michele. 
Além de professor, trabalhou em teatro profissional até 1967 e com teatro de bonecos. Mas 
desde 62, Pedro já trabalhava também na área de jornalismo e publicidade, começando na 
revista “Última Hora” e depois na editora Abril, onde escreveu para diversas revistas e foi 
convidado a participar de uma coleção de livrinhos infantis. 
 
 
Adaptado de: <<http://fabianjaleu.blogspot.com.br/2011/08/pedro-bandeira-o-fantastico-misterio-de.html>>. 
 
 
 
Os vídeos gravados foram transcritos em glosas por meio do software ELAN, que é “uma 
ferramenta profissional para a criação de anotações complexas sobre os recursos de áudio e vídeo” 
(tradução nossa)ii. Para a análise dos dados, fizemos uma comparação entre os produtos (da 
interpretação e da tradução), e contabilizamos o número de hesitações da interpretação em oposição 
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a uma hesitação da tradução, considerando o que cada um dos sujeitos de pesquisa tiveram acesso 
antes e durante a produção. 
O dicionário Caldas Aulete, apresenta a seguinte definição para o verbo hesitar: “1. Ficar 
indeciso, não ter certeza. 2. demonstrar insegurança ou dúvida em” (AULETE, 2004). Dessa forma, 
nossa análise objetivou verificar as diferentes hesitações ocorridas durante a tradução e a 
interpretação em língua de sinais do texto motivador apresentado acima, a fim de verificar suas 
possíveis causas . 
Nossa hipótese é a de que, na tradução, o profissional não se encontra em um contexto de 
conflito de esforços, uma vez que o processo de compreensão da mensagem e o de produção da 
tradução não acontecem na mesma unidade temporal. Por outro lado, na tarefa de interpretação, o 
profissional precisa controlar os diferentes esforços (compreensão, memória, produção e 
coordenação – GILE, 1995) de maneira simultânea, gerando uma sobrecarga no processamento 
cognitivo e resultando em um número maior de descontinuidades e hesitações. 
Na próxima seção, apresentamos as análises realizadas e os resultados obtidos através desta 
pesquisa. 
 
4. Desenvolvimento e Resultados 
 
O Quadro 03, a seguir, apresenta a transcrição da interpretação realizada pelo Sujeito 01 
desta pesquisa. O texto motivador foi lido por outra pessoa, em leitura fluida e na velocidade 
normal de fala. O Sujeito 01 contou também com o auxílio de um intérprete de apoioiii, e algumas 
das hesitações apresentadas foram em demanda a este apoio, conforme discutiremos nesta seção. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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QUADRO 03 - PRODUTO DA INTERPRETAÇÃO 
HOMEM PEDRO BANDEIRA NASCER SP CIDADE SANTOS 9 MÊS MARÇO 1942 
LÁ COMEÇAR TRABALHAR TEATRO 
 
*hesitação* 
 
INFORMAL 
MUDAR SÃO PAULO ESTUDAR CIENCIAS SOCIAL UNIVERSIDADE SÃO PAULO NOME USP 
 
IX3 MORA CAPITAL MULHER CASAR LIA TER FILHO 3 
 
UM RODRIGO IDADE 31/DOIS GÊMEOS 
 
*hesitação* 
 
MARCELO 31 
 
PERDER 
 
PULAR 
 
TRABALHO PROFISSIONAL TEATRO ATÉ 1997 TAMBÉM TEATRO BONECO 
 
*hesitação* 
 
1962 JÁ COMEÇAR TRABALHAR “JORNAL” “PUBLICIDADE” É REVISTA NOME TÍTULO 
ÚLTIMA HORA 
 
TAMBÉM ESCREVER EDITORA ABRIL JÁ ESCREVER 
 
JÁ ESCREVER LIVROS VÁRIOS JÁ 1CONVIDAR3 TRABALHAR LIVRO PRÓPRIO CRIANÇA 
 
 
O Quadro 4, a seguir, apresenta a transcrição da tradução feita pelo Sujeito 02 da pesquisa. 
Ele contou com a leitura prévia do texto e com um tempo para analisar e pensar nas possibilidades 
de sinalização, além disso, foi permitida a elaboração de glosa. 
 
QUADRO 04 – PRODUTO DA TRADUÇÃO 
 
HOMEM PEDRO BANDEIRA NASCER CIDADE SANTOS LÁ SÃO PAULO 
DIA NASCER 9 MARÇO ANO 1932 
 
IX3 O-QUE TRABALHO? TEATRO/ PROFISSIONAL NÃO/ BÁSICO. 
 
DEPOIS MUDAR LÁ SÃO PAULO CAPITAL LÁ 
 
ESTUDAR CURSO LÁ 
 
*hesitação*/ DESCULPA 
 
VOLTA 
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ELE MUDAR SÃO PAULO CAPITAL LÁ ESTUDAR VONTADE CURSO FACULDADE 
 
CIÊNCIAS SOCIAIS 
 
FACULDADE USP 
 
IXa MORA FICAR SÃO PAULO CAPITAL FICAR 
 
CASAR MULHER LIA NASCER TRÊS FILHOS 
 
UM HOMEM RODRIGO IDADE 31 
 
DOIS HOMEM MARCELO 
 
TRÊS MARIO 
 
QUATRO/TRÊS IDADE 28 
 
AGORA HOMEM PEDRO TER DOIS NETOS 
 
UM MULHER MELISSA/DOIS MICHELE 
 
PEDRO JÁ TRABALHAR PROFISSIONAL TEMPO-ATÉ 67 O-QUE? TEATRO PROFISSIONAL 
 
TAMBÉM TRABALHA O-QUE TEATRO BONECO MARIONETE 
 
PASSADO ANO TEMPO-FUTURO-PRÓXIMO JÁ HOMEM PEDRO O-QUE ENTREVISTA 
 
TAMBÉM “PUBLICIDADE” 
 
COMEÇOU TRABALHAR LÁ REVISTA NOME TÍTULO REVISTA ÚLTIMA HORA 
 
DEPOIS TRABALHAR ENTRAR O-QUE 
 
REVISTA EDITORA ABRIL 
 
PEDRO ESCREVER + LIVROS VÁRIOS / aCONVIDARb IXa PEDRO O-QUE? 
 
ESCREVER LIVRO CRIANÇA / VÁRIOS LIVROS 
 
Primeiramente, observa-se uma diferença significativa entre o produto da tarefa de tradução 
e o produto da tarefa de interpretação, em termos de taxa de produção. Adicionalmente, podemos 
perceber que na interpretação aconteceram três hesitações e na tradução apenas uma. A hesitação da 
tradução é bem pontual, e aconteceu quando o Sujeito 02, ao ler a glosa, percebeu que estava 
pulando uma linha do texto. Este fato pode ser percebido pelo sinal DESCULPA realizado após a 
percepção do erro cometido. 
 Já em relação às hesitações na interpretação, como já foi citado anteriormente, podemos 
perceber que ocorreram devido à descontinuidade na produção da interpretação e também a alguma 
solicitação do Sujeito 01 ao intérprete de apoio. A primeira hesitação ocorreu quando o Sujeito 01 
escutou a palavra “amador” e, por não conseguir encontrar uma equivalência imediata em Libras, 
buscou o auxílio do intérprete de apoio, que lhe sugeriu o sinal INFORMAL. A segunda hesitação 
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ocorreu quando o Sujeito 01 ouviu a informação do texto de que dois irmãos (Marcelo e Maurício) 
possuíam a mesma idade, porém, ao processar a informação de que eles seriam gêmeos, acabou 
perdendo a informação referente aos nomes desses irmãos, o que fez com que ele buscasse a 
informação com o intérprete de apoio. Já a terceira hesitação, ocorreu quando o Sujeito 01 escutou a 
informação do ano 1962 e, novamente, recorreu ao auxílio do intérprete de apoio para certificar-se 
da data referida no texto. 
Devemos nos atentar ao fato de que, nem sempre, o intérprete consegue dividir o tempo dos 
esforços como deveria. Algumas vezes, o tempo para a compreensão é mínimo, o que irá influenciar 
nos demais esforços. Pode acontecer também do tempo para a produção ser prejudicada se o 
intérprete não conseguir memorizar a fala a ser interpretada, tal como aconteceu com o Sujeito 01 
de nossa pesquisa. 
A seguir, apresentamos as discussões as quais chegamos, após a análise dos dados e os 
resultados por nós obtidos. 
 
5. Discussões 
 
 
O principal objetivo deste artigo era verificar quais são as diferenças entre a tradução e a 
interpretação da língua de sinais, mais especificamente da Libras, no que diz respeito às hesitações 
de dois tradutores/intérpretes durante a prática de tradução e de interpretação a partir de um texto 
motivador escrito em Língua Portuguesa. 
A partir da comparação das produções, podemos responder a pergunta de pesquisa: Por que 
houve apenas uma hesitação durante a produção da tradução? Primeiro, porque o Sujeito 2 teve 
acesso prévio ao texto, segundo porque lhe foi permitido elaborar uma glosa, e, terceiro, porque ele 
teve a oportunidade de treinar a sinalização antes da produção. Já em relação ao Sujeito 1, ele não 
obteve a oportunidade de ter acesso ao texto e sua produção foi simultânea, tendo como auxílio 
apenas o intérprete de apoio. 
Dessa forma, confirmarmos nossa hipótese de que haveria uma quantidade 
significativamente menor de interrupções e hesitações na tarefa de tradução, uma vez que, o 
profissional não se encontra em um contexto de conflito de esforços, já que o processo de 
compreensão da mensagem e o de produção da tradução não acontecem na mesma unidade 
temporal. Por outro lado, na tarefa de interpretação, o profissional precisa controlar os diferentes 
esforços (compreensão, memória, produção e coordenação – GILE, 1995) de maneira simultânea, 
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gerando uma sobrecarga no processamento cognitivo o que pode ser observado no número maior de 
hesitações. 
Os resultados obtidos através deste trabalho não devem servir como uma generalização das 
práticas de tradução/interpretação da língua de sinais, já que é necessário levar em consideração o 
contexto e as condições nos quais os TILS estão inseridos. Além disso, por se tratar de um artigo, 
não foi possível abarcar todos os aspectos inerentes à prática de tradução/interpretação, tais como as 
escolhas lexicais, a relevância, etc. Esses aspectos podem ser analisados em futuras pesquisas na 
área. Esperamos que, através de nosso trabalho, possamos ampliar a visão do TILS em relação à sua 
atividade profissional e proporcionar um direcionamento para a formaçãode novos TILS. 
 
i Informação encontrada em: << http://www.letras.ufmg.br/protils/>>. Acesso em: 25 ago. 2015. 
ii “ELAN is a professional tool for the creation of complex annotations on video and audio resources”. Informação 
disponível em: <<https://tla.mpi.nl/tools/tla-tools/elan/>>. Acesso em: 25 ago. 2015. 
 
iii O intérprete de apoio serve como um ajudador para o intérprete sinalizador, ele auxilia com a audição do que está 
sendo falado, apoiando com a memorização e com o léxico da língua de sinais, quando necessário. 
 
 
Referências: 
 
AULETE, Caldas. Mini dicionário contemporâneo da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Nova 
Fronteira, 2004. 
 
BAKER, Mona. (2004). A corpus-based view of similarity and difference in translation, 
International Journal of Corpus Linguistics, p. 167-193. 
 
GILE, Daniel. “The Effort Models in Interpretation”. In: Basic Concepts and Models for Interpreter 
and Translator Training. Amsterdam/Philadelphia: John Benjamins, 1995, p. 159-190. 
 
LACERDA, Cristina B. F. Intérprete de Libras: em atuação na educação infantil e no ensino 
fundamental. Porto Alegre: Mediação, 2009. 
 
MCCLEARY, Leland; VIOTTI, Evani. Transcrição de dados de uma língua sinalizada: um estudo 
piloto da transcrição na língua de sinais brasileira (LSB). In: CONGRESSO INTERNACIONAL 
DA ABRALIN, 04, p. 01-28, Brasília, 2005. Disponível em: << 
https://www.academia.edu/456473/Transcri%C3%A7%C3%A3o_De_Dados_De_Uma_L%C3%A
Dngua_Sinalizada_Um_Estudo_Piloto_Da_Transcri%C3%A7%C3%A3o_De_Narrativas_Na_L%
C3%ADngua_De_Sinais_Brasileira_LSB_>. Acesso em: 20 ago. 2015. 
 
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QUADROS, R. M. O Tradutor e Intérprete de Língua Brasileira de Sinais e Língua Portuguesa. 
Secretaria de Estado de Educação Especial; Programa Nacional de Apoio à Educação de Surdos. 
Brasília: SEESP, 2004. Disponível em: << 
http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/tradutorlibras.pdf>>. Acesso em: 20 ago. 2015. 
 
RUSSO, Ângela. Intérprete de Língua Brasileira de Sinais: uma posição discursiva em construção. 
2009. 133 f. Dissertação (Mestrado em Educação) - Faculdade de Educação, Universidade Federal 
do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2009. Disponível em: 
<<http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/21851/000738782.pdf>>. Acesso em> 20 ago. 
2015.

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