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CONTABILIDADE PARA ENTIDADES DE INTERESSE SOCIAL AULA 4 Profª Edicreia Andrade dos Santos 2 CONVERSA INICIAL A elaboração e divulgação de relatórios e demonstrativos financeiros são de suma importância para a transparência e credibilidade das operações da organização. Os relatórios com informações complementares também possuem papel de relevância, já que servem para eliminar dúvidas, além de passarem uma imagem positiva para o mercado (Neves, 2005). Com a harmonização das normas brasileiras aos padrões internacionais, as Notas Explicativas, que até então eram consideradas um complemento, tornaram-se obrigatórias, e no que tange à prestação de contas para os órgãos reguladores das organizações do Terceiro Setor o Relatório de Atividades também precisa ser elaborado e divulgado. Levando em consideração a relevância do tema e a necessidade de conhecer melhor os relatórios contábeis, a presente aula refere-se à explanação da conceituação e forma de elaboração das Notas Explicativas e do Relatório de Atividades, além de oferecer exemplos para fixação do conteúdo. Vídeo Terceiro Setor deve receber mais atenção da contabilidade: <https://www.youtube.com/watch?v=iyTkKl0CMmo>. CONTEXTUALIZANDO As entidades do terceiro setor abrangem um grande número de entidades. Dessa forma, logo surgiu a necessidade de uma legislação especifica para essas organizações. Até então as entidades de interesse social seguiam as mesmas normas que as empresas com finalidade lucrativa, com algumas mudanças na estrutura e no tratamento do patrimônio. Contudo, isso mudou com a Resolução n. 1.409/2002 do Conselho Federal de Contabilidade, que aprovou a Interpretação Técnica Geral (ITG) 2002. A Interpretação Técnica Geral (ITG) 2002 é aplicada às entidades sem finalidade lucrativa, estabelecendo critérios e procedimentos específicos de avaliação, reconhecimento das transações e variações patrimoniais, estruturação das demonstrações contábeis, e informações mínimas a serem divulgadas em Notas Explicativas de entidades de interesse social (Santos, 2013). Ela possui como objetivo guiar as entidades em relação ao atendimento das exigências legais requisitadas pelos órgãos responsáveis em relação aos 3 procedimentos contábeis. Além da divulgação das demonstrações financeiras, essa norma estabelece a obrigação da publicação de notas explicativas, visando ao enriquecimento das informações divulgadas (Santos, 2013). No entanto, essas instituições precisam ainda de outros relatórios que atendam às necessidades de usuários de informações ligados ao terceiro setor (Assis; Mello; Slomski, 2006). Um dos relatórios que evidencia os trabalhos realizados pelas entidades do Terceiro Setor em um determinado período de gestão é o Relatório de Atividades. De acordo com o Conselho Federal de Contabilidade (2015), esse relatório compõe os documentos exigidos pela prestação de contas e funciona como um instrumento que “possibilita a apreciação, conhecimento, julgamento das contas e da gestão dos administradores das entidades, segundo as competências de cada órgão e autoridade, na periodicidade estabelecida no estatuto social ou na lei”. Nas próximas seções serão apresentados os aspectos inerentes à apresentação das Notas Explicativas e do Relatório de Atividades, as leis que estabelecem a obrigatoriedade e a forma de sua elaboração, além da apresentação de exemplos para o melhor entendimento do tema. TEMA 1 – NOTAS EXPLICATIVAS: INTRODUÇÃO A Lei da Sociedade por Ações (Lei n. 6.404/1976) é considerada um marco para apresentação e uniformidade das demonstrações contábeis das organizações com capital aberto. A grande novidade trazida por essa lei foi a citação da apresentação das Notas Explicativas em caráter complementar, juntamente com outros relatórios já conhecidos: Balanço Patrimonial, Demonstração dos Resultados do Exercício, Demonstração de Lucros ou Prejuízos (que poderia ser substituída pela Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido) e a Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos. Conforme o texto do parágrafo 4° do art. 176 da Lei n. 6.404/1976, “as demonstrações serão complementadas por notas explicativas e outros quadros analíticos ou demonstrações contábeis necessários para esclarecimento da situação patrimonial e dos resultados do exercício”. No entanto, a necessidade da divulgação das notas explicativas não é algo novo: a inclusão de sua publicação veio em resposta a uma deficiência antiga. 4 Em 1º de maio de 1972, o Banco Central do Brasil editou a Resolução n. 220, seguida das Circulares n. 178 e 179, de 11 de maio de 1972, nas quais a auditoria tornou-se obrigatória às grandes empresas. Tais inspeções deveriam ser feitas por auditores contábeis independentes, e suas demonstrações contábeis deveriam ser divulgadas pelos meios de comunicação, a fim de possibilitar que todos os usuários da informação (tanto internos como externos) tivessem acesso a esses dados (Neves, 2005). Desde então, as notas referentes às demonstrações contábeis passaram a ser mais utilizadas. Visando esclarecer aos usuários das informações financeiras e patrimoniais a real situação da organização, o Banco Central do Brasil passou a exigir a publicação das Notas Explicativas, afinal, era preciso mais do que a mera apresentação dos números: era preciso entender o seu verdadeiro significado. Mais tarde, com a publicação da Lei n. 6.404/1976, a obrigação tornou-se regra (Neves, 2005). No decorrer dos anos, novas regulamentações foram criadas. Recentemente, com a convergência das normas contábeis brasileiras e das normas internacionais, o Conselho Federal de Contabilidade (CFC) editou a Resolução n. 1.255/2009, que aprovou a NBC TG 1.000, destinada à Contabilidade para Pequenas e Médias Empresas, na qual ficou obrigada a apresentação das Notas Explicativas em complemento às Demonstrações Contábeis (Balanço Patrimonial, Demonstração do Resultado, Demonstração dos Lucros e Prejuízo Acumulados e Demonstração dos Fluxos de Caixa) que as referidas entidades devem elaborar. Dessa forma, houve a generalização da obrigação da apresentação das Notas Explicativas, que antes era atribuição apenas das empresas de capital aberto (Lunelli, 2017). Após a implantação das Normas Internacionais de Contabilidade no Brasil e com as novas leis resultantes dessa convergência, podemos afirmar que “não existe mais Demonstrações Contábeis que não devam ser complementadas por Notas Explicativas, que passam a ser de elaboração obrigatória para todas as entidades, independentemente de porte, atividade ou forma de tributação” (Lunelli, 2017). 5 É possível duvidar da finalidade das Notas Explicativas? Existem os que duvidam da finalidade das notas explicativas, principalmente em relação às pequenas e médias empresas, seja pela simplicidade ou mesmo pela uniformidade de suas operações. Esse é um grande obstáculo a ser superado pelos profissionais da contabilidade que precisam saber interpretar e colocar seus serviços a favor da organização: “fica aqui o alerta a todos os profissionais de contabilidade com mais este desafio de se atingir, com esmero, as necessidades atuais desta nossa cada vez mais importante ciência” (Olenik; Lira, 2013). A utilização das Notas Explicativas é de grande importância para o entendimento dos dados apresentado pelas organizações. A conversão às normas internacionais serviu como instrumento de consolidação e de inserção definitiva desse item no rol de informações sobrea contabilidade das empresas. Na próxima seção serão abordados os conceitos das Notas Explicativas. TEMA 2 – CONCEITOS As Notas Explicativas são consideradas um complemento às demonstrações contábeis, a fim de suprir dúvidas sobre as informações divulgadas quanto às operações da entidade no decorrer do exercício (Contábeis, 2017). No entanto, com a convergência das Normas Brasileiras de Contabilidade aos padrões internacionais de contabilidade (que resultaram em leis como a Lei n. 11.638/2007 e a Lei n. 11.941/2009), as Notas Explicativas passaram a ter maior importância para o conjunto de demonstrações contábeis (Contábeis, 2017). Na década de 1980 houve a popularização do uso das Notas Explicativas. Com isso aconteceu um aprimoramento na divulgação das informações, resultando no aumento dos dados disponíveis para os usuários internos e externos. No entanto, o uso generalizado desses relatórios também evidenciou resultados negativos, já que o corpo das informações ficou cada vez mais incompleto, dando uma ênfase excessiva as Notas Explicativas (Neves, 2005). 6 Quadro 1: Vantagens e desvantagens das Notas Explicativas Vantagens Desvantagens Credibilidade à empresa no mercado em que atua, demonstrando seu perfil, missão, valores, principais práticas de governança adotada, responsabilidade social, informações financeiras, valor de suas ações, informações aos acionistas, participação de mercado, metas alcançadas, mudanças de práticas contábeis em relação ao exercício social anterior, investimento em outras sociedades, informando quantidade de ações que compõem o capital social e outros de maneira bem clara e transparente, superando as expectativas em termos de agilidade, confiabilidade e inovação tecnológica para que os investidores sejam seduzidos em investir nas ações da empresa. Preço da sua elaboração; Profissionais despreparados para a sua confecção; Notas Explicativas muito técnicas, dificultando a compreensão, não cumprido assim a função de informar; Abuso das Notas Explicativas, em lugar do desenvolvimento apropriado de princípios visando à incorporação de novas relações e novos eventos nas demonstrações propriamente ditas; O excesso de dados. Fonte: Santos, 2005. Com base nas informações apresentadas no Quadro 1 é possível auferir que as vantagens das Notas Explicativas são superiores às desvantagens, principalmente no que tange a organizações de interesse social que dependem de doações e por isso necessitam passar informações confiáveis e claras. Conforme a Lei n. 11.941 (Brasil, 2009), as Notas Explicativas devem: I. Apresentar informações sobre a forma de elaboração das demonstrações financeiras e das práticas contábeis específicas escolhidas e aplicadas para negócios e eventos significativos; II. Divulgar as informações exigidas pelas práticas contábeis adotadas no Brasil que não estejam apresentadas em nenhuma outra parte das demonstrações financeiras; III. Fornecer informações adicionais não indicadas nas próprias demonstrações financeiras e consideradas necessárias para uma apresentação adequada; e IV – indicar: a) os principais critérios de avaliação dos elementos patrimoniais, especialmente estoques, dos cálculos de depreciação, amortização e exaustão, de constituição de provisões para encargos ou riscos, e dos ajustes para atender a perdas prováveis na realização de elementos do ativo; b) os investimentos em outras sociedades, quando relevantes; c) o aumento de valor de elementos do ativo resultante de novas avaliações; d) os ônus reais constituídos sobre elementos do ativo, as garantias prestadas a terceiros e outras responsabilidades eventuais ou contingentes; e) a taxa de juros, as datas de vencimento e as garantias das obrigações a longo prazo; f) o número, espécies e classes das ações do capital social; g) as opções de compra de ações outorgadas e exercidas no exercício; h) os ajustes de exercícios anteriores; e i) os eventos subsequentes à data de encerramento do exercício que tenham, ou possam vir a ter, efeito relevante sobre a situação financeira e os resultados futuros da companhia. 7 As informações apresentadas anteriormente são relacionadas às empresas de forma geral. Segundo o Conselho Federal de Contabilidade (2015) as notas explicativas relacionadas às demonstrações contábeis das Entidades sem Finalidade Lucrativa devem divulgar, no mínimo, o conteúdo do item 28 da ITG 2002, como segue: (a) contexto operacional da entidade, incluindo a natureza social e econômica e os objetivos sociais; (b) os critérios de apuração da receita e da despesa, especialmente com gratuidade, doação, subvenção, contribuição e aplicação de recursos; (c) as isenções tributárias relacionadas com a atividade devem ser demonstradas como se a entidade não gozasse de isenção; (d) as subvenções recebidas pela entidade, à aplicação dos recursos e as responsabilidades decorrentes dessas subvenções; (e) os recursos de aplicação restrita e as responsabilidades decorrentes destes; (f) os recursos sujeitos a restrição ou vinculação por parte do doador; (g) eventos subsequentes à data do encerramento do exercício que tenham, ou possam vir a ter, efeito relevante sobre a situação financeira e os resultados futuros da entidade; (h) as taxas de juros, as datas de vencimento e as garantias das obrigações a longo prazo; (i) informações sobre os seguros contratados; (j) a entidade educacional de ensino superior deve evidenciar a adequação da receita com a despesa de pessoal, segundo parâmetros estabelecidos pela lei das Diretrizes e Bases da Educação e sua regulamentação; (k) os critérios e procedimentos do registro contábil de depreciação, amortização e exaustão do ativo imobilizado, devendo ser observado à obrigatoriedade do reconhecimento com base em estimativa de sua vida útil ou econômica; (m) segregar os atendimentos com recursos próprios dos demais atendimentos realizados pela entidade; (n) todas as gratuidades praticadas devem ser registradas de forma segregada, destacando aquelas que devem ser utilizadas na prestação de contas junto aos órgãos governamentais, apresentando dados quantitativos e qualitativos, ou seja, valores dos benefícios, número de atendidos, número de atendimentos, número de bolsistas com valores e percentuais representativos; (o) a entidade deve demonstrar, comparativamente, o custo e o valor recebido quando este valor não cobrir os custos dos serviços prestados. Pode-se afirmar que as Notas Explicativas possuem importância fundamental para a interpretação dos dados dispostos nas informações contábeis, além de fornecerem credibilidade para os doadores e investidores dessas instituições. Na próxima seção serão abordados exemplos de Notas Explicativas de entidades do Terceiro Setor. Saiba mais Veja este exemplo de Notas Explicativas da Organização Médicos sem Fronteiras Brasil: <http://www.msf.org.br/sites/default/files/relatorio_auditoria_2014.pdf>. 8 TEMA 3 – EXEMPLO DE NOTAS EXPLICATIVAS PARA O TERCEIRO SETOR Nesta seção serão apresentados exemplos de Notas Explicativas apresentados pelo Conselho Federal de Contabilidade (França, 2015) referentes às entidades do Terceiro Setor. No Quadro 2 são apresentados os recursos obtidos pelas entidades de interesse social através de parcerias com entidades governamentais ou de outro tipo: Quadro 2: Recursos Obtidos Entidade Parceira Segregação de Recursos Valor R$ N° e prazo Convênio/Parceria Entidade A, B, C (uma linha para cada entidade conforme o número) Recursos Recebidos Recursos Aplicados Saldo a Aplicar Saldo Bancário Somados Recursos Recursos Recebidos Recursos Aplicados Saldo a Aplicar Saldo Bancário Fonte: França, 2015. Conforme o Quadro 2, pode-se auferir que as entidades do Terceiro Setor (exclusivamente elas) devem apresentar de forma segregada a fonte dos recursos obtidos. O reconhecimento desses recursos deve respeitar o princípio de competência. De acordo com o Conselho Federal de Contabilidade (França, 2015), a divulgação sugerida que foi apresentada é de natureza financeira. Nela podem ser incluídos outros atributos, como “o estágio de execução do projeto, a quantidade de atendimentos etc. O valor de cada linha dos recursos recebidos e recursos aplicados deve corresponder à soma dos recursos classificados no passivo circulante e passivo não circulante” (França, 2015). É importante destacar que o valor do saldo a aplicar deverá ser igual ao saldo bancário, e no caso de entidades que possuam parcerias com o governo e com empresas privadas, as informações devem ser apresentadas em quadros separados (França, 2015). Na Nota referente às Receitas da entidade devem ser divulgadas todas as receitas por linha, com posterior explicação de sua origem, totalizando a Receita Líquida da Demonstração do Resultado do Período. É importante salientar que sempre deve ser apresentado também o ano anterior, a título de comparação: 9 Quadro 3: Receitas 200X 200X+1 RECEITA BRUTA Receita de Venda de Bens Receita de Venda de Serviços Receita de Doações (-) DEDUÇÕES ICMS ISSQN PIS/PASEP COFINS RECEITA LÍQUIDA Fonte: França, 2015. Conforme o Quadro 3, as receitas devem respeitar o princípio da competência, e as doações e subvenções devem ser reconhecidas no resultado. As receitas decorrentes de doação e as respectivas despesas devem ser registradas em contas próprias, inclusive as patrimoniais, segregadas das demais contas da entidade, conforme regula a Resolução CFC n. 1.409/2012. Na Nota posterior, devem ser divulgados todos os custos desembolsados, incorridos e obtidos por doação, com posterior explicação dos valores apresentados: Quadro 4: Custos dos Produtos e Serviços 200X 200X+1 CUSTO DOS PRODUTOS E SERVIÇOS Custo das Mercadorias Custo dos Serviços Fonte: França, 2015. Conforme o Quadro 4, os custos dos produtos e serviços, independentemente da origem, devem ser divulgados respeitando o princípio da competência (Conselho Federal de Contabilidade, 2012). A Nota seguinte deve fazer referência ao título na Demonstração do Resultado do Período em que os valores referentes aos serviços voluntários estão reconhecidos, assim como os outros itens com posterior explicação referente aos valores apresentados (França, 2015): 10 Quadro 5: Serviços voluntários 200X 200X+1 Título Despesa Serviços de saúde Serviços administrativos Serviços de educação Outros serviços profissionais SOMA Fonte: França, 2015. Conforme o Quadro 5, os serviços de trabalho voluntário, inclusive os serviços realizados de forma gratuita por membros integrantes dos órgãos da administração, no exercício de suas funções, devem ser reconhecidos pelo valor justo de sua prestação, como se tivesse ocorrido o desembolso financeiro (Conselho Federal de Contabilidade, 2012). A próxima nota deve ser elaborada após o ingresso de pedidos de reconhecimento de isenção, conforme estabelecer a lei e de posse do ato legal, além da soma dos benefícios da renúncia fiscal, que deve corresponder ao valor registrado na demonstração do resultado do período: Quadro 6: Impostos 20x1 20x0 Ato Legal IMPOSTO (cada imposto com isenção deve ser apresentado em uma linha) Contribuições Taxas OUTROS SOMA Fonte: França, 2015. Os impostos que se enquadram no Quadro 6 são referentes às receitas de qualquer natureza obtidas pela entidade. As imunidades tributárias concedidas não devem ser incluídas nos resultados (Conselho Federal de Contabilidade, 2012). Nessa nota devem ser apresentados os benefícios concedidos, de forma restrita e integral de gratuidade, detalhados segundo o serviço prestado, o valor recuperado, o valor efetivo dos serviços e a quantidade de favorecidos. A soma da coluna “custo reembolsado” deve corresponder ao valor informado na linha específica da Demonstração do Resultado do Período, quando os itens apresentados devem ser posteriormente explicados: 11 Quadro 7: Atendimento 20x1 20x0 Atendimento Valor do Benefício Concedido Valor Efetivo do Benefício Quantidade de Atendimento Valor do Benefício Concedido Valor Efetivo do Benefício Quantidade de Atendimento Saúde (carente e não carente) Educação (carente e não carente) Outros (carentes e não carentes) SOMA Fonte: França, 2015. Conforme o Quadro 7, os registros contábeis devem destacar “as contas de receitas e despesas, com e sem gratuidade, superávit ou déficit, de forma segregada, identificáveis por tipo de atividade, tais como educação, saúde, assistência social e demais atividades” (Conselho Federal de Contabilidade, 2012). Na próxima Nota, devem ser divulgadas despesas realizadas com parcerias de acordo com as receitas referentes a convênios com o setor público e privado. Os valores aplicados devem estar de acordo com o plano de trabalho de cada termo de convênio/parceria. A soma da coluna de receita deve ser igual à soma da coluna de despesa, correspondente à linha específica da Demonstração do Resultado do Período. Assim como destacado em itens anteriores, tais valores devem ser seguidos de textos explicativos: Quadro 8: Projetos Projeto Atividade Receita Despesa A Esporte Ambiental SOMA B Saúde Educação SOMA TOTAL DOS PROJETOS Fonte: França, 2015. Conforme o Quadro 8, os benefícios recebidos por organizações do Terceiro Setor a título de gratuidade através de projetos devem ser reconhecidos de forma segregada, destacando os itens que devem ser incluídos na prestação de contas aos órgãos governamentais (Conselho Federal de Contabilidade, 2012). 12 É valido lembrar que a confecção das Notas Explicativas é importante para os usuários interessados pelas informações contábeis que são leigos em relação à contabilidade, tendo em vista isto, informações claras e objetivas que contribuam para o esclarecimento de dúvidas é a forma ideal de apresentação das notas explicativas (Hungarato; Costa; Sarlo Neto, 2008). Após a apresentação das origens, conceitos e exemplos das Notas Explicativas, na próxima seção abordaremos o Relatório de Atividades. TEMA 4 – RELATÓRIO DE ATIVIDADES De acordo com a Portaria n. 303/2014, deverão ser anexados à prestação de contas o Relatório das Atividades desenvolvidas no período de gestão ou do exercício financeiro, mesmo que o período da prestação de contas englobe vários exercícios (França, 2015). Esse Relatório é específico para as entidades de interesse social e fundações, e o mesmo deverá ser apresentado à fiscalização do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT): [...] juntamente com as demonstrações financeiras do encerramento do exercício social, com a ata da assembleia geral que aprovou a prestação de contas, com a ata da assembleia geral de eleição da Diretoria e do estatuto social e relatório de auditoria, quando houver previsão estatutária (Amorim, 2015). De acordo com o Conselho Federal de Contabilidade(França, 2015), o Relatório de Atividades é um documento que contém os trabalhos desenvolvidos no período da gestão, acompanhado de dados que confirmem a sua realização, de acordo com as finalidades estatutárias da entidade, evidenciando: a) os objetivos; b) a origem dos recursos utilizados; c) a infraestrutura utilizada; e d) a identificação de cada ação, serviço, projeto, programa e benefício executado: • o público-alvo; • a capacidade de atendimento realizado; • os recursos utilizados; • os recursos humanos envolvidos; • a abrangência territorial; • a forma de participação dos beneficiários e/ou as estratégias utilizadas nas etapas de elaboração; • execução; • avaliação e monitoramento do plano. (França, 2015). É importante destacar que o Relatório de Atividades deverá ter linguagem acessível e contemplar informações de natureza qualitativa e quantitativa sobre cada ação desenvolvida, número de voluntários, o valor e a origem dos recursos aplicados em cada projeto ou atividade, bem como a indicação dos dados 13 referentes ao convênio, contrato, ajuste ou termo de parceria, quando os recursos forem provenientes desses instrumentos. Nesse relatório também deverão ser apresentados, de forma minuciosa, as gratuidades concedidas pela instituição (Brasil, 2014). Na próxima seção será apresentada a forma de elaboração desse relatório. Saiba mais A seguir são apresentados alguns exemplos de Relatórios de Atividades de organizações sem finalidade lucrativa: Monte Azul: <http://www.monteazul.org.br/arquivos/relatorios/arquivo_658_20111014091 247.pdf>. Acer Brasil: <http://www.acerbrasil.org.br/arquivos/relatoriAnuais/2010/re10.pdf>. Feac: <http://www.feac.org.br/wp- content/uploads/2014/04/relatorio_atividades_20131.pdf>. Recanto Tia Célia: <http://recantotiacelia.com.br/atividades.pdf>. Santa Fé: <http://www.santafe.org.br/imagens/rel2013.pdf>. TEMA 5 – COMO O RELATÓRIO DE ATIVIDADES DEVE SER ELABORADO PARA O TERCEIRO SETOR As Demonstrações Contábeis e as Notas Explicativas permitem a visualização quantitativa e qualitativa das operações das organizações. Dessa forma, o Relatório de Atividades apresenta um detalhamento dos conteúdos das ações da entidade de uma maneira mais especifica (Amorim, 2015). Tendo como base as especificações do Centro de Apoio Operacional ao Terceiro Setor do Estado do Sergipe (2016), as informações que o Relatório de Atividades das entidades com finalidade social deve apresentar são: Relatório de Atividades Dados Gerais: Dados da Entidade; Mudança na Diretoria; Estatuto/Diretoria; Documento Legal do Registro (Estatuto); 14 Entidades mantidas; Outros departamentos; Lista de finalidades principais de acordo com o Estatuto, organizadas de forma crescente de prioridade; Lista de atividades principais de acordo com o Estatuto, organizadas de forma crescente de prioridade; Alterações estatuárias; Dados relativos a eventuais alterações estatuárias da Entidade ocorridas no último exercício. Recursos humanos: Quantidade de pessoas que colaboram com a entidade: I. Funcionários; II. Estagiários remunerados; III. OSCIP – Diretores remunerados; IV. Voluntários permanentes; V. Voluntários eventuais; VI. Estagiários não remunerados; VII. Trabalhadores autônomos. Detalhamento de atividades: Descrição; Objetivo; Público-alvo; Resultados obtidos; Período de realização; Número de beneficiários atendidos de forma gratuita; Número de beneficiários atendidos de forma parcialmente gratuita; Número de beneficiários não gratuitos; Percentual da gratuidade parcial, Origem das fontes de recursos que custeiam atividades, serviços e projetos realizados: Própria (recursos decorrentes da prestação de serviço à Entidade); Própria (recursos decorrentes de mensalidades/doações dos membros associados; Privada (recursos de doações e parcerias com empresas e entidades privadas); 15 Pública (recursos de subvenções, convênios e parcerias com órgãos ou entidades públicas; Internacional Privada (recursos de entidades e organizações internacionais); Internacional Pública (recursos de países estrangeiros, ONU etc.). Área de abrangência do projeto: Área de abrangência; Zona de operação de abrangência das atividades, serviços e projetos desenvolvidos. Outras informações: Parcerias e subvenções públicas; Informações sobre o órgão ou entidade parceira; I. Nome do órgão ou entidade parceira; II. Classificação do órgão na estrutura federativa; III. Origem dos recursos repassados; IV. Natureza do instrumento de parceria; V. Data de publicação na imprensa oficial; VI. Total de recursos financeiros previstos; VII. Recursos financeiros já repassados; VIII. Resumo do objeto da parceria; IX. Nº de beneficiários; X. Previsão de início das atividades; XI. Previsão de término das atividades. Documentos e Títulos: Título/Qualificação/Certificação Federais: I. Título de Utilidade Pública Federal (Lei n. 91/1935); II. Qualificação como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip) (Lei n. 9.790/1999); III. Atestado de Registro de Entidade Beneficente de Assistência Social (Lei n. 8.742/1993); IV. Qualificação como Organização Social (Lei n. 9.637/1998); V. Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social (Lei n. 8.742/1993); VI. Registro no Cadastro Nacional de Entidades Ambientais (CNEA) (Decreto n. 99.274/1990). 16 Título/Qualificação/Certificação em outros âmbitos: I. Título de Utilidade Pública Estadual; II. Título de Utilidade Pública Municipal; III. Registro no Conselho Estadual de Assistência Social; IV. Registro no Conselho Municipal de Assistência Social. Questionário de Inserção Social da Entidades: Para estabelecer os tipos de atividades e serviços prestados pela entidade foram realizados estudos e pesquisas para levantar demandas e necessidades do público-alvo e caracterizar o perfil dos beneficiários? A entidade criou espaços para que o público-alvo participasse do planejamento, execução e avaliação das atividades e serviços oferecidos? Descrição de como se deu a participação dos beneficiários. A entidade permitiu a participação de público na definição e no controle dos custos/orçamentos destinados para as atividades e serviços prestados? A entidade fez parcerias ou articulou redes com instâncias/instituições da comunidade em que atua, para ampliar o atendimento ao público- alvo? Descrição das parcerias e/ ou redes articuladas: A entidade realizou ações para dar visibilidade/denunciar os fenômenos relacionados ao público-alvo (campanhas, conferências, capacitação de lideranças, promove a conscientização acerca dos direitos e leis etc.)? Descrição das ações realizadas. O contato e a experiência na realização das atividades com o público- alvo foram aproveitados pela entidade para realização e divulgação das pesquisas? Relação das pesquisas e publicações realizadas pela entidade: A entidade promoveu a capacitação dos profissionais em relação à temática com a qual atuou? Como se deu essa capacitação? 17 Avaliação A entidade estabeleceu mecanismos de avaliação dos serviços e atividades prestados? O Relatório de Atividades é peça obrigatória na prestação de contas das organizações que compõem o Terceiro Setor. No entanto, seu uso é válido independente da obrigatoriedade, como observadono decorrer desta seção, dado que seu conteúdo é um instrumento para a descrição das metas cumpridas, ações realizadas etc. Ele funciona com um reflexo da instituição, é uma forma de mostrar o que foi feito de melhor com os recursos despendidos pelos doadores e investidores. TROCANDO IDEIAS A seguir um exemplo real do Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social referente ao ano de 2013: INSTITUTO ETHOS DE EMPRESAS E RESPONSABILIDADE SOCIAL Notas explicativas da Administração às demonstrações contábeis Exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 (Em milhares de Reais, exceto de outra forma indicado) 1. Contexto operacional O Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social é uma organização não governamental criada com a missão de mobilizar, sensibilizar e ajudar as empresas a gerir seus negócios de forma socialmente responsável, tornando-as parceiras na construção de uma sociedade sustentável e justa. Para caracterizar sua transparência administrativa, o Instituto Ethos optou institucionalmente pelo reconhecimento público de Organização de Sociedade Civil de Interesse Público, sem fins lucrativos. As doações, subvenções e contribuições recebidas são registradas como receita, conforme estabelece a Lei n. 9.790, de 23 de março de 1999. As receitas de projetos referem-se basicamente a contribuição associativa, patrocínios, doações de fundações do exterior e taxa de inscrição em conferência anual, com o intuito de fomentar sua finalidade social. O último ano do plano Ethos 10 anos foi 2013, mas a empresa entrou em outro ciclo de manutenção do apoio institucional, em vistas do planejamento 2014-2017. 18 De acordo com a legislação vigente, o Instituto é isento do Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o superávit apurado de suas operações sociais. 2. Base de preparação a. Declaração de conformidade As demonstrações contábeis foram elaboradas e estão sendo apresentadas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, com base nas disposições contidas na ITG 2002 - Entidades sem finalidades de lucros, aprovada pela Resolução CFC n. 1.409 de 21 de setembro de 2012, pelo Comunicado Técnico CTG 2000, aprovado pela Resolução CFC n. 1.159 de 13 de fevereiro de 2009, revogando as Resoluções do CFC n. 837/99, 838/99, 852/99, 877/00, 926/01 e 966/03, e também pela NBC TG 1000 - Contabilidade para Pequenas e Médias Empresas, para os aspectos não abordados pela ITG 2002 - Entidade sem finalidade de lucros. b. Base de mensuração As demonstrações contábeis foram preparadas com base no custo histórico, com exceção dos instrumentos financeiros mensurados pelo valor justo. c. Moeda funcional e moeda de apresentação As demonstrações contábeis são apresentadas em Real, que é a moeda funcional do Instituto. Todas as informações financeiras divulgadas nas demonstrações contábeis são apresentadas em Reais e foram arredondadas para o milhar mais próximo, exceto quando indicado de outra forma. d. Uso de estimativas e julgamentos A preparação das demonstrações contábeis está de acordo com as normas citadas acima, que exigem da Administração um julgamento para estimativas e premissas que possam afetar a aplicação dos procedimentos contábeis e os valores reportados nos quadros. Os resultados reais podem ser divergentes destas estimativas. Ressaltamos que a Administração revisa esses critérios anualmente. 3. Resumo das principais práticas contábeis 19 As principais práticas contábeis aplicadas na elaboração dessas demonstrações contábeis estão descritas a seguir. a. Ativos circulantes e não circulantes Caixa e equivalentes de caixa Estão representados por depósitos bancários e aplicações financeiras de curto prazo, avaliadas ao custo de aquisição acrescido dos rendimentos auferidos até a data do balanço patrimonial, com base no regime de competência. Contas a receber São registradas e mantidas no balanço pelo seu valor nominal, que é o valor líquido de realização esperado diminuído das perdas estimadas para créditos de liquidação duvidosa (PECLD). Demais ativos circulantes e não circulantes Os ativos circulantes são registrados pelos seus valores de aquisição e, quando aplicável, são reduzidos, mediante provisão, aos seus valores prováveis de realização. Imobilizado Os ativos imobilizados estão demonstrados pelos valores de custos históricos de aquisição dos bens, deduzido de depreciação acumulada e perdas de redução ao valor recuperável (impairment), acumuladas, quando necessário. Ganhos e perdas na alienação de um item do imobilizado são apurados pela comparação entre os recursos advindos da alienação com o valor contábil do imobilizado e são reconhecidos como líquidos dentro de “Outras receitas” no resultado do exercício. As depreciações são calculadas pelo método linear sobre o custo de aquisição, que levam em consideração a vida útil-econômica dos bens (vide Nota Explicativa n. 7). b. Passivos circulantes e não circulantes São demonstrados pelos valores conhecidos ou pela melhor estimativa contábil possível e, quando aplicável, são acrescidos dos correspondentes encargos incorridos até a data do balanço patrimonial. 20 c. Aplicações financeiras (ativos circulantes) e projetos a executar (passivos circulantes) As aplicações financeiras compreendem os valores recebidos pelo Instituto e que somente poderão ser utilizados em propósitos específicos, conforme determinado em seus respectivos contratos. Tais recursos possuem como contrapartida a conta de projetos a executar classificada no passivo circulante. d. Instrumentos financeiros Os instrumentos financeiros somente são reconhecidos a partir da data em que o Instituto se toma parte das disposições contratuais dos instrumentos financeiros e incluem caixa e equivalentes de caixa, contas a receber e fornecedores. Os instrumentos financeiros que não sejam reconhecidos pelo valor justo por meio de resultado são acrescidos de quaisquer custos de transação diretamente atribuíveis. e. Ativos e passivos contingentes e obrigações legais As práticas contábeis para registro e divulgação de ativos e passivos contingentes, provisões e obrigações legais, são as seguintes: Ativos contingentes são reconhecidos somente quando há garantias reais ou decisões judiciais favoráveis, transitadas em julgado. Os ativos contingentes com êxito provável são apenas divulgados em notas explicativas. Passivos contingentes são provisionados na medida em que o Instituto espera desembolsar fluxos de caixa. Processos tributários e cíveis são provisionados quando as perdas são avaliadas como prováveis e os montantes envolvidos são mensurados com suficiente segurança. Quando a expectativa de perda desses processos é avaliada como possível, uma descrição dos processos e montantes envolvidos é divulgada em nota explicativa. Processos trabalhistas, cujas perdas são avaliadas como prováveis, são provisionados com base no percentual histórico de desembolsos. Passivos contingentes avaliados como perdas remotas não são provisionados ou divulgados. 21 f. Apuração do superávit/déficit do exercício e reconhecimento de receitas de doações O superávit/déficit do exercício é apurado em conformidade com o regime contábil de competência. As receitas de doações e patrocínios são originadas de doações e patrocínios de pessoas jurídicas, em datas e valores variáveis, sendo registradas contabilmente de acordo com o prazo estimado de finalização dos projetos. g. Demonstração do resultado abrangente A demonstração dosresultados abrangentes não está sendo apresentada, pois não ocorreram movimentações de outros resultados abrangentes no período corrente de 31 de dezembro de 2013 e no período comparativo de 31 de dezembro de 2012. 4. Caixa e equivalentes de caixa Em 31 de dezembro de 2013 e 2012, o total de caixa e equivalentes de caixa, sem restrições, era composto da seguinte forma: Quadro 9: Caixa e equivalentes de caixa 2013 2012 Caixa 11 4 Bancos 13 378 24 382 Fonte: Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, 2014. O saldo de caixa é composto por moeda nacional e estrangeira. 5. Aplicações financeiras Em 31 de dezembro de 2013 e 2012, o total de aplicações financeiras, sem restrições, era composto da seguinte forma: 22 Quadro 10: Aplicações financeiras 2013 2012 Banco Bradesco – FIC FI 85 276 Banco Santander – CDB DI 829 1.438 Banco Itaú – CDB 9 2 Banco Itaú – Compromissada DI 816 1.769 1.739 3.485 Fonte: Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, 2014. As aplicações referem-se, substancialmente, a certificados de depósitos bancários e fundos de renda fixa em bancos de primeira linha, atrelados ao (CDI), com rendimentos pré-fixados e pós-fixados. Os rendimentos pré-fixados giram em torno de uma taxa média de 0,75% a.m., já as taxas pós-fixadas rendem em torno 96% do CDI. Conforme mencionado acima, as aplicações estão totalmente vinculadas aos projetos (projetos a executar, conforme Nota Explicativa n. 9). 6. Projetos a receber Quadro 11: Projetos a receber 2013 2012 P14-97 – GT Clima 29 12 P14-118 – GT DH 20 8 P18-112 – Plano Ethos 10 Anos - 533 P14-120 – Jogos Limpos - 570 POS-105 Indicadores 3ª Geração 15 - P18- 147– Conferência Ethos 369 - 433 1.123 Fonte: Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, 2014. O saldo refere-se a contribuições das doações e patrocínios já firmados com os doadores e ainda não recebidos financeiramente. 7. Imobilizado Em 31 de dezembro de 2013 e 2012, o total de imobilizado, sem restrição, era composto da seguinte forma: Quadro 12: Imobilizado Descrição Taxa de Depreciação Anual (%) 2013 2012 Custo Depreciação Líquido Líquido Móveis e utensílios 10 345 (307) 38 50 Computadores e Periféricos 20 581 (510) 71 83 Instalações 10 153 (132) 22 28 TOTAL 1.079 (949) 131 161 Fonte: Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, 2014. 23 8. Intangível Em 31 de dezembro de 2013 e 2012, o total de imobilizado, sem restrição, era composto da seguinte forma: Quadro 13: Intangível Descrição Taxa de Depreciação Anual (%) 2013 2012 Custo Amortização Líquido Líquido Marcas e patentes 20 159 - 159 141 Direito de uso de software 20 357 (286) 71 107 Total 468 (286) 230 248 Fonte: Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, 2014. 9. Adiantamento de Projetos Quadro 14: Adiantamento de projetos 2013 2012 Projeto 14/97 – GT Fórum Clima (c) 143 89 Projeto 1 4/ 102 Mebb (d) 7 6 Projeto 12/ 105 Indicadores 3ª geração (e) - 144 Projeto 14/ 120 – Jogos Limpos (f) - 400 Projeto 14/ 118 – GT Direitos Humanos (g) - 53 Projeto 14/116 Resíduos sólidos (h) - 51 Projeto 2/112 – Plano Ethos 10 anos (i) - 1.250 Projeto Resíduos sólidos – Avina - 127 Projeto 14/ 73 Integridade 129 141 Projeto P14-121 Global Compact – Siemens 16 - Projeto P14-134 GT Carvão 27 60 Outros 15 7 337 2.328 Fonte: Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, 2014. Esses valores referem-se aos recursos já recebidos por conta dos patrocínios que deverão ser investidos nos respectivos projetos. Os recursos compromissados correspondentes a esses projetos, ainda disponíveis para utilização, estão demonstrados na rubrica de “Aplicações financeiras”. O reconhecimento das receitas relacionadas a esses projetos será realizado de acordo com o regime de competência, na medida em que os recursos forem efetivamente empregados nos respectivos projetos. Descrição de alguns projetos: (a) Projeto 14/102 MEEB Contribuir para conservação e uso sustentável da biodiversidade e para a promoção de desenvolvimento local, por meio de práticas empresariais de referência e da construção de negócios inovadores da biodiversidade. Recuperar 24 e conservar biomas (Amazônia, Cerrado e Mata Atlântica), bem como reduzir o consumo dos recursos naturais para que respeite os limites do planeta. (b) Projeto 17/73 – GT Integridade Grupo de trabalho: aplicar as práticas do pacto contra a corrupção. Promover o aprendizado entre as empresas e entidades por meio de discussões e troca de experiências sobre atividades já desenvolvidas. Ações: aumentar a adesão de novas empresas e a incorporação de novas práticas que honrem os compromissos assumidos, entre eles o aumento dos mecanismos de transparência, de posicionamentos e práticas de combate à corrupção e à impunidade e de promoção da integridade nas relações de mercado. (c) Projeto 14/97 – GT Fórum Clima Contribui para a redução nas emissões de gases do efeito estufa e no enfrentamento das mudanças climáticas, a partir da liderança empresarial. Entregáveis identificados: Traz setores estratégicos para o grupo, com foco no agronegócio. Participar do processo de construção dos planos setoriais da PNMC. Contribuir para integrar políticas nacionais às estaduais e municipais. Estimular o debate sobre a implantação de um mercado de carbono brasileiro. Criar indicadores para acompanhar os compromissos assumidos pelas empresas na carta aberta. Liderar a convergência das diferentes iniciativas empresariais (CBDES/FGV e CNI). d) Projeto 14/1 20 2 Jogos Limpos Promover maior transparência e integridade sobre os investimentos de infraestrutura da Copa do Mundo de 2014 e Jogos Olímpicos de 2016 por meio da criação de mecanismos de ações coletivas, monitoramento e controle social Em 2013, o projeto focou-se i. na celebração de acordos setoriais-chave, como entre empresas líderes na área de equipamentos hospitalares e construção civil; e ii. na celebração de pactos de transparência com os candidatos/prefeitos eleitos das cidades-sede. (e) Projeto 14/1 18 – GT Direitos Humanos Contribuir para a construção de uma agenda positiva de garantia dos direitos humanos no mercado de trabalho e da promoção do trabalho decente. 25 Esta agenda é liderada pelas empresas que assumiram um compromisso com a responsabilidade social, influenciando a sua gestão e sua cadeia de valor, bem como as políticas públicas incidentes em tais direitos. Em 2013, o foco do projeto voltou-se para a inclusão de mulheres e negros em posição de lideranças dentro das empresas. 10. Obrigações trabalhistas e contribuições sociais Quadro 15: Obrigações trabalhistas e contribuições sociais 2013 2012 Encargos sociais 277 264 Provisões trabalhistas 641 714 918 978 Fonte: Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, 2014. 10.1 Remuneração da administração Os conselheiros do Ethos não possuem remuneração. São remunerados apenas os executivos com cargo de gestão, com valores condizentes com o mercado para seus cargos. 10.2 Remuneração da diretoria executiva Quadro 16: Remuneração da diretoria executiva 2013 2012 Remuneração da diretoria (fixa) 847 983 Fonte: Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, 2014. 11. Patrimônio líquido As rendas geradas pelo Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social são empregadas integralmente nos seus objetivos sociais. Conforme determinado em seu estatutosocial, em caso de dissolução, a Assembleia Geral deverá decidir a destinação do patrimônio social, sendo distribuído preferencialmente à outra pessoa jurídica que tenha o mesmo objeto social. Quadro 17: Patrimônio líquido 2013 2012 Projetos 8.715 9.514 Patrocínios de projetos 7.036 7.438 Recursos Fundação Avina 128 228 Recurso recebido de outras fundações 1.588 1.813 Doações pessoas jurídicas - 35 Contribuições Contribuições de associados 2.653 2.919 Serviços 26 Receitas de serviços 1.134 472 Outras receitas Outras receitas - 258 Receitas financeiras 236 432 12.775 13.595 Fonte: Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, 2014. As receitas de patrocínio referem-se aos valores recebidos de empresas que patrocinam atividades operacionais do Instituto, como cursos, pesquisas e desenvolvimentos etc. 12. Custos de projetos, contribuições e serviços Quadro 18: Custos de projetos, contribuições e serviços 2013 2012 Salários 4.060 3.976 Encargos sociais e outros benefícios 3.502 3.275 Materiais e serviços 1.680 1.483 Eventos 2.124 1.813 Comunicação 360 520 Representação - 2 Alugueis 458 447 Publicações 206 557 Doações (*) 437 770 Tributos gerais 10 28 Outros 191 186 13.028 13.057 Fonte: Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, 2014. (*) Referem-se a doações para a Entidade Nossa São Paulo custear o Projeto Ethos 10 anos. Os custos são atrelados aos projetos na medida em que sejam confiavelmente mensurados. 13. Partes Relacionadas a) Remuneração da Administração A remuneração da Diretoria do Uniethos é realizada pelo Instituto Ethos. 30% do salário do Vice-Presidente, que equivale a R$ 152.276,38, é transferido do Ethos para o Uniethos e reembolsado pelo Uniethos ao Ethos por meio do compartilhamento de estrutura de serviços. b) Compartilhamento de estrutura de serviços Quadro 19: Compartilhamento de estrutura de serviços 2013 2012 Receitas por compartilhamento de estrutura de serviços nos exercícios 255 240 Saldos de contas a receber 395 140 Fonte: Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, 2014. 27 Até 31 de dezembro de 2013, Ethos e Unietho operavam integradamente sob administração comum e os custos compartilhados das estruturas administrativas e operacional eram atribuídos às entidades, ao custo e com base em instrumento contratual, de acordo com critérios que consideravam a razoabilidade de sua identificação e o custo de seu controle. Os valores decorrentes desse compartilhamento não têm prazo de vencimento e são saldados pelo Uniethos à medida de sua capacidade de pagamento. Não há encargos sobre os valores não pagos. c) Mútuos Quadro 20: Mútuos 2013 2012 Saldos de mútuos 78 1 Fonte: Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, 2014. d) Total contas-correntes Quadro 21: Total contas-correntes 2013 2012 Total contas correntes 473 141 Fonte: Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, 2014. Os mútuos decorrem de necessidades temporárias de caixa, supridos ao Uniethos pelo Ethos. Não estão sujeitos a encargos e têm prazo contratual de vencimento em julho de 2015, mas se espera que sejam liquidados até o encerramento do exercício de 2014. 14. Instrumentos financeiros O Instituto opera apenas com instrumentos financeiros não derivativos, que incluem contas a receber, outros recebíveis e caixa e equivalentes de caixa, cujos valores são representativos aos respectivos valores de mercado. 15. Cobertura de seguros O Instituto adota a política de contratar cobertura de seguros para os bens sujeitos a riscos por montantes considerados pela Administração como suficientes para cobrir eventuais sinistros, considerando a natureza de sua atividade. As premissas de riscos adotadas, dada a sua natureza, não fazem parte do escopo de uma auditoria de demonstrações contábeis, consequentemente não foram analisadas pelos auditores independentes. 28 16. Certificado Oscip O Instituto é qualificado como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip) e seu certificado têm como data de vencimento (renovação) 30 de setembro de 2014. 18. Benefício fiscal por entidade sem fins lucrativos O Instituto é isento do pagamento de Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e de Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL), de acordo com o art. 15 da Lei n. 9.532/1997, no exercício fiscal de 2013. Caso a obrigação fosse devida, não haveria valores de Imposto de Renda Pessoa Jurídica e Contribuição Social sobre Lucro Líquido, pois o Instituto apresentou déficit em 2013. NA PRÁTICA Para responder à questão a seguir, confira os relatórios acessando os links abaixo: Instituto Abrace Prestação de Contas: <http://www.abrace.com.br/prestacao-de- contas#.WBSNpNUrLIU> Demonstrações Contábeis: <http://www.abrace.com.br/images/downloads/aba_prestacao_de_contas/PA RECERAUDITORIA_EXERCCIO2014.pdf> Relatório de Atividades: <http://www.abrace.com.br/images/downloads/aba_prestacao_de_contas/rel atorio_de_atividades/RELATORIOATIVIDADES_2014.pdf> A organização sem finalidade lucrativa Instituto Abrace oferece assistência social para crianças e adolescentes com câncer e doenças do sangue que tenham dificuldades socioeconômicas, promovendo assim qualidade de vida e colaborando para a promoção de condições ideais de tratamento. Tendo como base as Notas Explicativas e o Relatório de Atividades, responda: Você faria alguma mudança em relação à elaboração das Notas Explicativas, ou a forma como elas foram elaboradas cumpre o seu papel? Em sua opinião, o relatório de atividades da instituição contribui para a credibilidade do Instituto Abrace? 29 Sugestão de solução: As Notas Explicativas da instituição cumprem com a sua finalidade legal ao preencherem todos os requisitos previstos em lei: Apresentação de informações referentes à forma de elaboração das demonstrações contábeis e das práticas utilizadas. Divulgação das informações exigidas que não tenham sido apresentadas em outras partes das demonstrações contábeis, mas que sejam relevantes para a compreensão das demonstrações contábeis. Resumo das práticas contábeis escolhidas. Informações de auxílio aos itens apresentados. Obviamente seria interessante um maior detalhamento da origem dos recursos que compõem as receitas da entidade, o que foi apresentado de maneira extremamente superficial. Outro aspecto relevante é a demora na divulgação dessas informações, mas cabe lembrar que quase a totalidade das organizações de interesse social publica em atraso as suas demonstrações. Pode-se afirmar que o Relatório de Atividades apresentado pela ONG Abrace contribui para a credibilidade da instituição. São apresentadas as atividades desenvolvidas pela organização ao longo do ano, com o detalhamento de ações e até do tempo despendido em cada atividade. O investidor que acessa essas informações consegue observar de forma clara como os recursos doados são aplicados. FINALIZANDO As Notas Explicativas e os Relatórios de Atividades são considerados parte integrante das Demonstrações Contábeis e também complementos às informações dispostas no relatório. No entanto, são de grande valia para os usuários dessas informações, já que esses elementos contribuem para o melhor entendimento dos resultados evidenciados pelas organizações. De acordo com o conteúdo apresentado nesta aula, foi possível compreender todos os aspectos que concernem às Notas Explicativas e aos Relatóriode Atividades, bem como a legislação que regula a sua elaboração, sua conceituação e exemplos para maior compreensão dos mesmos. 30 REFERÊNCIAS ABRACE. Disponível em: <http://www.opolen.com.br/abrace#sobrenos>. Acesso em: 21 set. 2017. _____. Relatório Auditoria 2014. Disponível em: <http://www.msf.org.br/sites/default/files/relatorio_auditoria_2014.pdf>. Acesso em: 21 set. 2017. _____. Parecer Auditoria Exercício 2014 e Respectivos Demonstrativos Contábeis. Disponível em: <http://www.abrace.com.br/images/downloads/aba_prestacao_de_contas/PAR ECERAUDITORIA_EXERCCIO2014.pdf>. Acesso em: 21 set. 2017. _____. Relatório de Atividades 2014. Disponível em: <http://www.abrace.com.br/images/downloads/aba_prestacao_de_contas/relato rio_de_atividades/RELATORIOATIVIDADES_2014.pdf>. ACER BRASIL. Relatório de atividades desenvolvidas no ano de 2010. Disponível em: <http://www.acerbrasil.org.br/arquivos/relatoriAnuais/2010/re10.pdf>. Acesso em: 21 set. 2017. AMORIM, H. S. Análise do relatório de atividades no contexto da prestação de contas das entidades do Terceiro Setor. 2015. 23 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Ciências Contábeis) – Universidade de Brasília, Brasília, 2015. ASSIS, M. S. de; MELLO, G. R. de; SLOMSKI, V. Transparência nas entidades do Terceiro Setor: a Demonstração do Resultado Econômico como instrumento de mensuração de desempenho. In: CONGRESSO USP DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA EM CONTABILIDADE, 6., 2006, São Paulo. Anais..., São Paulo, 2006. BRASIL. Lei n. 6.404, de 15 de dezembro de 1976. Diário Oficial da União, Poder Legislativo, Brasília, DF, 17 dez. 1976. _____. Lei n. 11.638, de 28 de dezembro de 2007. Diário Oficial da União, Poder Legislativo, Brasília, DF, 28 dez. 2007. _____. Lei n. 11.941, de 27 de maio de 2009. Diário Oficial da União, Poder Legislativo, Brasília, DF, 28 maio 2009. 31 BRASIL. Ministério Público do Distrito Federal e Territórios. Portaria Normativa n. 303, de 29 de janeiro de 2014. CENTRO DE APOIO OPERACIONAL AO TERCEIRO SETOR. Material de apoio. Centro de Apoio Operacional ao Terceiro Setor, ago. 2015. Disponível em: <http://www.mpse.mp.br/Caop/Documentos/Documentos.aspx?caop=12&ti po=60>. Acesso em: 21 set. 2017. CFC – CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Resolução CFC n. 1.409, de 27 de setembro 2012: Normas Brasileiras de Contabilidade – ITG 2002 – Entidade sem Finalidade de Lucros. Disponível em: <http://www1.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.aspx?Codigo=2012/001409>. Acesso em: 21 set. 2017. CONTÁBEIS. A importância das Notas Explicativas nas Demonstrações Contábeis. 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