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CONTABILIDADE PARA 
ENTIDADES DE INTERESSE 
SOCIAL 
AULA 4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Profª Edicreia Andrade dos Santos 
 
 
 
2 
CONVERSA INICIAL 
A elaboração e divulgação de relatórios e demonstrativos financeiros são 
de suma importância para a transparência e credibilidade das operações da 
organização. Os relatórios com informações complementares também possuem 
papel de relevância, já que servem para eliminar dúvidas, além de passarem 
uma imagem positiva para o mercado (Neves, 2005). 
Com a harmonização das normas brasileiras aos padrões internacionais, 
as Notas Explicativas, que até então eram consideradas um complemento, 
tornaram-se obrigatórias, e no que tange à prestação de contas para os órgãos 
reguladores das organizações do Terceiro Setor o Relatório de Atividades 
também precisa ser elaborado e divulgado. 
Levando em consideração a relevância do tema e a necessidade de 
conhecer melhor os relatórios contábeis, a presente aula refere-se à explanação 
da conceituação e forma de elaboração das Notas Explicativas e do Relatório de 
Atividades, além de oferecer exemplos para fixação do conteúdo. 
Vídeo 
Terceiro Setor deve receber mais atenção da contabilidade: 
<https://www.youtube.com/watch?v=iyTkKl0CMmo>. 
CONTEXTUALIZANDO 
As entidades do terceiro setor abrangem um grande número de entidades. 
Dessa forma, logo surgiu a necessidade de uma legislação especifica para essas 
organizações. Até então as entidades de interesse social seguiam as mesmas 
normas que as empresas com finalidade lucrativa, com algumas mudanças na 
estrutura e no tratamento do patrimônio. Contudo, isso mudou com a Resolução 
n. 1.409/2002 do Conselho Federal de Contabilidade, que aprovou a 
Interpretação Técnica Geral (ITG) 2002. 
A Interpretação Técnica Geral (ITG) 2002 é aplicada às entidades sem 
finalidade lucrativa, estabelecendo critérios e procedimentos específicos de 
avaliação, reconhecimento das transações e variações patrimoniais, 
estruturação das demonstrações contábeis, e informações mínimas a serem 
divulgadas em Notas Explicativas de entidades de interesse social (Santos, 
2013). Ela possui como objetivo guiar as entidades em relação ao atendimento 
das exigências legais requisitadas pelos órgãos responsáveis em relação aos 
 
 
3 
procedimentos contábeis. Além da divulgação das demonstrações financeiras, 
essa norma estabelece a obrigação da publicação de notas explicativas, visando 
ao enriquecimento das informações divulgadas (Santos, 2013). No entanto, 
essas instituições precisam ainda de outros relatórios que atendam às 
necessidades de usuários de informações ligados ao terceiro setor (Assis; Mello; 
Slomski, 2006). 
Um dos relatórios que evidencia os trabalhos realizados pelas entidades 
do Terceiro Setor em um determinado período de gestão é o Relatório de 
Atividades. De acordo com o Conselho Federal de Contabilidade (2015), esse 
relatório compõe os documentos exigidos pela prestação de contas e funciona 
como um instrumento que “possibilita a apreciação, conhecimento, julgamento 
das contas e da gestão dos administradores das entidades, segundo as 
competências de cada órgão e autoridade, na periodicidade estabelecida no 
estatuto social ou na lei”. 
Nas próximas seções serão apresentados os aspectos inerentes à 
apresentação das Notas Explicativas e do Relatório de Atividades, as leis que 
estabelecem a obrigatoriedade e a forma de sua elaboração, além da 
apresentação de exemplos para o melhor entendimento do tema. 
TEMA 1 – NOTAS EXPLICATIVAS: INTRODUÇÃO 
A Lei da Sociedade por Ações (Lei n. 6.404/1976) é considerada um 
marco para apresentação e uniformidade das demonstrações contábeis das 
organizações com capital aberto. A grande novidade trazida por essa lei foi a 
citação da apresentação das Notas Explicativas em caráter complementar, 
juntamente com outros relatórios já conhecidos: Balanço Patrimonial, 
Demonstração dos Resultados do Exercício, Demonstração de Lucros ou 
Prejuízos (que poderia ser substituída pela Demonstração das Mutações do 
Patrimônio Líquido) e a Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos. 
Conforme o texto do parágrafo 4° do art. 176 da Lei n. 6.404/1976, “as 
demonstrações serão complementadas por notas explicativas e outros quadros 
analíticos ou demonstrações contábeis necessários para esclarecimento da 
situação patrimonial e dos resultados do exercício”. No entanto, a necessidade 
da divulgação das notas explicativas não é algo novo: a inclusão de sua 
publicação veio em resposta a uma deficiência antiga. 
 
 
4 
Em 1º de maio de 1972, o Banco Central do Brasil editou a Resolução 
n. 220, seguida das Circulares n. 178 e 179, de 11 de maio de 1972, nas quais 
a auditoria tornou-se obrigatória às grandes empresas. Tais inspeções deveriam 
ser feitas por auditores contábeis independentes, e suas demonstrações 
contábeis deveriam ser divulgadas pelos meios de comunicação, a fim de 
possibilitar que todos os usuários da informação (tanto internos como externos) 
tivessem acesso a esses dados (Neves, 2005). Desde então, as notas referentes 
às demonstrações contábeis passaram a ser mais utilizadas. 
Visando esclarecer aos usuários das informações financeiras e 
patrimoniais a real situação da organização, o Banco Central do Brasil passou a 
exigir a publicação das Notas Explicativas, afinal, era preciso mais do que a mera 
apresentação dos números: era preciso entender o seu verdadeiro significado. 
Mais tarde, com a publicação da Lei n. 6.404/1976, a obrigação tornou-se regra 
(Neves, 2005). 
No decorrer dos anos, novas regulamentações foram criadas. 
Recentemente, com a convergência das normas contábeis brasileiras e das 
normas internacionais, o Conselho Federal de Contabilidade (CFC) editou a 
Resolução n. 1.255/2009, que aprovou a NBC TG 1.000, destinada à 
Contabilidade para Pequenas e Médias Empresas, na qual ficou obrigada a 
apresentação das Notas Explicativas em complemento às Demonstrações 
Contábeis (Balanço Patrimonial, Demonstração do Resultado, Demonstração 
dos Lucros e Prejuízo Acumulados e Demonstração dos Fluxos de Caixa) que 
as referidas entidades devem elaborar. Dessa forma, houve a generalização da 
obrigação da apresentação das Notas Explicativas, que antes era atribuição 
apenas das empresas de capital aberto (Lunelli, 2017). 
Após a implantação das Normas Internacionais de Contabilidade no Brasil 
e com as novas leis resultantes dessa convergência, podemos afirmar que “não 
existe mais Demonstrações Contábeis que não devam ser complementadas por 
Notas Explicativas, que passam a ser de elaboração obrigatória para todas as 
entidades, independentemente de porte, atividade ou forma de tributação” 
(Lunelli, 2017). 
 
 
 
 
 
 
5 
É possível duvidar da finalidade das Notas Explicativas? 
Existem os que duvidam da finalidade das notas explicativas, 
principalmente em relação às pequenas e médias empresas, seja pela 
simplicidade ou mesmo pela uniformidade de suas operações. Esse é um grande 
obstáculo a ser superado pelos profissionais da contabilidade que precisam 
saber interpretar e colocar seus serviços a favor da organização: “fica aqui o 
alerta a todos os profissionais de contabilidade com mais este desafio de se 
atingir, com esmero, as necessidades atuais desta nossa cada vez mais 
importante ciência” (Olenik; Lira, 2013). 
 
A utilização das Notas Explicativas é de grande importância para o 
entendimento dos dados apresentado pelas organizações. A conversão às 
normas internacionais serviu como instrumento de consolidação e de inserção 
definitiva desse item no rol de informações sobrea contabilidade das empresas. 
Na próxima seção serão abordados os conceitos das Notas Explicativas. 
TEMA 2 – CONCEITOS 
As Notas Explicativas são consideradas um complemento às 
demonstrações contábeis, a fim de suprir dúvidas sobre as informações 
divulgadas quanto às operações da entidade no decorrer do exercício 
(Contábeis, 2017). No entanto, com a convergência das Normas Brasileiras de 
Contabilidade aos padrões internacionais de contabilidade (que resultaram em 
leis como a Lei n. 11.638/2007 e a Lei n. 11.941/2009), as Notas Explicativas 
passaram a ter maior importância para o conjunto de demonstrações contábeis 
(Contábeis, 2017). 
Na década de 1980 houve a popularização do uso das Notas Explicativas. 
Com isso aconteceu um aprimoramento na divulgação das informações, 
resultando no aumento dos dados disponíveis para os usuários internos e 
externos. No entanto, o uso generalizado desses relatórios também evidenciou 
resultados negativos, já que o corpo das informações ficou cada vez mais 
incompleto, dando uma ênfase excessiva as Notas Explicativas (Neves, 2005). 
 
 
 
 
6 
Quadro 1: Vantagens e desvantagens das Notas Explicativas 
Vantagens Desvantagens 
Credibilidade à empresa no mercado em que 
atua, demonstrando seu perfil, missão, 
valores, principais práticas de governança 
adotada, responsabilidade social, 
informações financeiras, valor de suas 
ações, informações aos acionistas, 
participação de mercado, metas 
alcançadas, mudanças de práticas 
contábeis em relação ao exercício social 
anterior, investimento em outras 
sociedades, informando quantidade de ações 
que compõem o capital social e outros de 
maneira bem clara e transparente, superando 
as expectativas em termos de agilidade, 
confiabilidade e inovação tecnológica para 
que os investidores sejam seduzidos em 
investir nas ações da empresa. 
 Preço da sua elaboração; 
 
 Profissionais despreparados para a sua 
confecção; 
 
 Notas Explicativas muito técnicas, 
dificultando a compreensão, não 
cumprido assim a função de informar; 
 
 Abuso das Notas Explicativas, em lugar 
do desenvolvimento apropriado de 
princípios visando à incorporação de 
novas relações e novos eventos nas 
demonstrações propriamente ditas; 
 
 O excesso de dados. 
Fonte: Santos, 2005. 
Com base nas informações apresentadas no Quadro 1 é possível auferir 
que as vantagens das Notas Explicativas são superiores às desvantagens, 
principalmente no que tange a organizações de interesse social que dependem 
de doações e por isso necessitam passar informações confiáveis e claras. 
Conforme a Lei n. 11.941 (Brasil, 2009), as Notas Explicativas devem: 
I. Apresentar informações sobre a forma de elaboração das 
demonstrações financeiras e das práticas contábeis específicas 
escolhidas e aplicadas para negócios e eventos significativos; 
II. Divulgar as informações exigidas pelas práticas contábeis 
adotadas no Brasil que não estejam apresentadas em nenhuma outra 
parte das demonstrações financeiras; 
III. Fornecer informações adicionais não indicadas nas próprias 
demonstrações financeiras e consideradas necessárias para uma 
apresentação adequada; e 
IV – indicar: 
a) os principais critérios de avaliação dos elementos patrimoniais, 
especialmente estoques, dos cálculos de depreciação, amortização e 
exaustão, de constituição de provisões para encargos ou riscos, e dos 
ajustes para atender a perdas prováveis na realização de elementos 
do ativo; 
b) os investimentos em outras sociedades, quando relevantes; 
c) o aumento de valor de elementos do ativo resultante de novas 
avaliações; 
d) os ônus reais constituídos sobre elementos do ativo, as garantias 
prestadas a terceiros e outras responsabilidades eventuais ou 
contingentes; 
e) a taxa de juros, as datas de vencimento e as garantias das 
obrigações a longo prazo; 
f) o número, espécies e classes das ações do capital social; 
g) as opções de compra de ações outorgadas e exercidas no exercício; 
h) os ajustes de exercícios anteriores; e 
i) os eventos subsequentes à data de encerramento do exercício que 
tenham, ou possam vir a ter, efeito relevante sobre a situação 
financeira e os resultados futuros da companhia. 
 
 
7 
As informações apresentadas anteriormente são relacionadas às 
empresas de forma geral. Segundo o Conselho Federal de Contabilidade (2015) 
as notas explicativas relacionadas às demonstrações contábeis das Entidades 
sem Finalidade Lucrativa devem divulgar, no mínimo, o conteúdo do item 28 da 
ITG 2002, como segue: 
(a) contexto operacional da entidade, incluindo a natureza social e 
econômica e os objetivos sociais; 
(b) os critérios de apuração da receita e da despesa, especialmente 
com gratuidade, doação, subvenção, contribuição e aplicação de 
recursos; 
(c) as isenções tributárias relacionadas com a atividade devem ser 
demonstradas como se a entidade não gozasse de isenção; 
(d) as subvenções recebidas pela entidade, à aplicação dos recursos 
e as responsabilidades decorrentes dessas subvenções; 
(e) os recursos de aplicação restrita e as responsabilidades 
decorrentes destes; 
(f) os recursos sujeitos a restrição ou vinculação por parte do doador; 
(g) eventos subsequentes à data do encerramento do exercício que 
tenham, ou possam vir a ter, efeito relevante sobre a situação 
financeira e os resultados futuros da entidade; 
(h) as taxas de juros, as datas de vencimento e as garantias das 
obrigações a longo prazo; 
(i) informações sobre os seguros contratados; 
(j) a entidade educacional de ensino superior deve evidenciar a 
adequação da receita com a despesa de pessoal, segundo parâmetros 
estabelecidos pela lei das Diretrizes e Bases da Educação e sua 
regulamentação; 
(k) os critérios e procedimentos do registro contábil de depreciação, 
amortização e exaustão do ativo imobilizado, devendo ser observado 
à obrigatoriedade do reconhecimento com base em estimativa de sua 
vida útil ou econômica; 
(m) segregar os atendimentos com recursos próprios dos demais 
atendimentos realizados pela entidade; 
(n) todas as gratuidades praticadas devem ser registradas de forma 
segregada, destacando aquelas que devem ser utilizadas na prestação 
de contas junto aos órgãos governamentais, apresentando dados 
quantitativos e qualitativos, ou seja, valores dos benefícios, número de 
atendidos, número de atendimentos, número de bolsistas com valores 
e percentuais representativos; 
(o) a entidade deve demonstrar, comparativamente, o custo e o valor 
recebido quando este valor não cobrir os custos dos serviços 
prestados. 
Pode-se afirmar que as Notas Explicativas possuem importância 
fundamental para a interpretação dos dados dispostos nas informações 
contábeis, além de fornecerem credibilidade para os doadores e investidores 
dessas instituições. Na próxima seção serão abordados exemplos de Notas 
Explicativas de entidades do Terceiro Setor. 
 
Saiba mais 
Veja este exemplo de Notas Explicativas da Organização Médicos sem 
Fronteiras Brasil: <http://www.msf.org.br/sites/default/files/relatorio_auditoria_2014.pdf>. 
 
 
8 
TEMA 3 – EXEMPLO DE NOTAS EXPLICATIVAS PARA O TERCEIRO SETOR 
Nesta seção serão apresentados exemplos de Notas Explicativas 
apresentados pelo Conselho Federal de Contabilidade (França, 2015) referentes 
às entidades do Terceiro Setor. No Quadro 2 são apresentados os recursos 
obtidos pelas entidades de interesse social através de parcerias com entidades 
governamentais ou de outro tipo: 
Quadro 2: Recursos Obtidos 
Entidade Parceira Segregação de Recursos Valor R$ N° e prazo 
Convênio/Parceria 
Entidade A, B, C (uma 
linha para cada entidade 
conforme o número) 
Recursos Recebidos 
Recursos Aplicados 
Saldo a Aplicar 
Saldo Bancário 
 
Somados Recursos 
Recursos Recebidos 
Recursos Aplicados 
Saldo a Aplicar 
Saldo Bancário 
Fonte: França, 2015. 
Conforme o Quadro 2, pode-se auferir que as entidades do Terceiro Setor 
(exclusivamente elas) devem apresentar de forma segregada a fonte dos 
recursos obtidos. O reconhecimento desses recursos deve respeitar o princípio 
de competência. 
De acordo com o Conselho Federal de Contabilidade (França, 2015), a 
divulgação sugerida que foi apresentada é de natureza financeira. Nela podem 
ser incluídos outros atributos, como “o estágio de execução do projeto, a 
quantidade de atendimentos etc. O valor de cada linha dos recursos recebidos e 
recursos aplicados deve corresponder à soma dos recursos classificados no 
passivo circulante e passivo não circulante” (França, 2015). 
É importante destacar que o valor do saldo a aplicar deverá ser igual ao 
saldo bancário, e no caso de entidades que possuam parcerias com o governo 
e com empresas privadas, as informações devem ser apresentadas em quadros 
separados (França, 2015). 
Na Nota referente às Receitas da entidade devem ser divulgadas todas 
as receitas por linha, com posterior explicação de sua origem, totalizando a 
Receita Líquida da Demonstração do Resultado do Período. É importante 
salientar que sempre deve ser apresentado também o ano anterior, a título de 
comparação: 
 
 
9 
Quadro 3: Receitas 
 
200X 200X+1 
RECEITA BRUTA 
 Receita de Venda de Bens 
 Receita de Venda de Serviços 
 Receita de Doações 
(-) DEDUÇÕES 
 ICMS 
 ISSQN 
 PIS/PASEP 
 COFINS 
RECEITA LÍQUIDA 
Fonte: França, 2015. 
Conforme o Quadro 3, as receitas devem respeitar o princípio da 
competência, e as doações e subvenções devem ser reconhecidas no resultado. 
As receitas decorrentes de doação e as respectivas despesas devem ser 
registradas em contas próprias, inclusive as patrimoniais, segregadas das 
demais contas da entidade, conforme regula a Resolução CFC n. 1.409/2012. 
Na Nota posterior, devem ser divulgados todos os custos desembolsados, 
incorridos e obtidos por doação, com posterior explicação dos valores 
apresentados: 
Quadro 4: Custos dos Produtos e Serviços 
 200X 200X+1 
CUSTO DOS PRODUTOS E SERVIÇOS 
 Custo das Mercadorias 
 Custo dos Serviços 
Fonte: França, 2015. 
Conforme o Quadro 4, os custos dos produtos e serviços, 
independentemente da origem, devem ser divulgados respeitando o princípio da 
competência (Conselho Federal de Contabilidade, 2012). A Nota seguinte deve 
fazer referência ao título na Demonstração do Resultado do Período em que os 
valores referentes aos serviços voluntários estão reconhecidos, assim como os 
outros itens com posterior explicação referente aos valores apresentados 
(França, 2015): 
 
 
 
10 
Quadro 5: Serviços voluntários 
 
 200X 200X+1 Título Despesa 
Serviços de saúde 
Serviços administrativos 
Serviços de educação 
Outros serviços profissionais 
SOMA 
Fonte: França, 2015. 
Conforme o Quadro 5, os serviços de trabalho voluntário, inclusive os 
serviços realizados de forma gratuita por membros integrantes dos órgãos da 
administração, no exercício de suas funções, devem ser reconhecidos pelo valor 
justo de sua prestação, como se tivesse ocorrido o desembolso financeiro 
(Conselho Federal de Contabilidade, 2012). 
A próxima nota deve ser elaborada após o ingresso de pedidos de 
reconhecimento de isenção, conforme estabelecer a lei e de posse do ato legal, 
além da soma dos benefícios da renúncia fiscal, que deve corresponder ao valor 
registrado na demonstração do resultado do período: 
Quadro 6: Impostos 
 20x1 20x0 Ato Legal 
IMPOSTO (cada imposto com isenção deve 
ser apresentado em uma linha) 
 
Contribuições 
Taxas 
OUTROS 
SOMA 
Fonte: França, 2015. 
Os impostos que se enquadram no Quadro 6 são referentes às receitas 
de qualquer natureza obtidas pela entidade. As imunidades tributárias 
concedidas não devem ser incluídas nos resultados (Conselho Federal de 
Contabilidade, 2012). 
Nessa nota devem ser apresentados os benefícios concedidos, de forma 
restrita e integral de gratuidade, detalhados segundo o serviço prestado, o valor 
recuperado, o valor efetivo dos serviços e a quantidade de favorecidos. A soma 
da coluna “custo reembolsado” deve corresponder ao valor informado na linha 
específica da Demonstração do Resultado do Período, quando os itens 
apresentados devem ser posteriormente explicados: 
 
 
 
11 
Quadro 7: Atendimento 
 20x1 20x0 
Atendimento Valor do 
Benefício 
Concedido 
Valor 
Efetivo do 
Benefício 
Quantidade 
de 
Atendimento 
Valor do 
Benefício 
Concedido 
Valor 
Efetivo do 
Benefício 
Quantidade 
de 
Atendimento 
Saúde 
(carente e não 
carente) 
 
Educação 
(carente e não 
carente) 
 
Outros 
(carentes e 
não carentes) 
 
SOMA 
Fonte: França, 2015. 
Conforme o Quadro 7, os registros contábeis devem destacar “as contas 
de receitas e despesas, com e sem gratuidade, superávit ou déficit, de forma 
segregada, identificáveis por tipo de atividade, tais como educação, saúde, 
assistência social e demais atividades” (Conselho Federal de Contabilidade, 
2012). 
Na próxima Nota, devem ser divulgadas despesas realizadas com 
parcerias de acordo com as receitas referentes a convênios com o setor público 
e privado. Os valores aplicados devem estar de acordo com o plano de trabalho 
de cada termo de convênio/parceria. A soma da coluna de receita deve ser igual 
à soma da coluna de despesa, correspondente à linha específica da 
Demonstração do Resultado do Período. Assim como destacado em itens 
anteriores, tais valores devem ser seguidos de textos explicativos: 
Quadro 8: Projetos 
Projeto Atividade Receita Despesa 
 
A 
Esporte 
Ambiental 
SOMA 
 
B 
Saúde 
Educação 
SOMA 
 TOTAL DOS PROJETOS 
Fonte: França, 2015. 
Conforme o Quadro 8, os benefícios recebidos por organizações do 
Terceiro Setor a título de gratuidade através de projetos devem ser reconhecidos 
de forma segregada, destacando os itens que devem ser incluídos na prestação 
de contas aos órgãos governamentais (Conselho Federal de Contabilidade, 
2012). 
 
 
12 
É valido lembrar que a confecção das Notas Explicativas é importante 
para os usuários interessados pelas informações contábeis que são leigos em 
relação à contabilidade, tendo em vista isto, informações claras e objetivas que 
contribuam para o esclarecimento de dúvidas é a forma ideal de apresentação 
das notas explicativas (Hungarato; Costa; Sarlo Neto, 2008). Após a 
apresentação das origens, conceitos e exemplos das Notas Explicativas, na 
próxima seção abordaremos o Relatório de Atividades. 
TEMA 4 – RELATÓRIO DE ATIVIDADES 
De acordo com a Portaria n. 303/2014, deverão ser anexados à prestação 
de contas o Relatório das Atividades desenvolvidas no período de gestão ou do 
exercício financeiro, mesmo que o período da prestação de contas englobe 
vários exercícios (França, 2015). Esse Relatório é específico para as entidades 
de interesse social e fundações, e o mesmo deverá ser apresentado à 
fiscalização do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT): 
[...] juntamente com as demonstrações financeiras do encerramento do 
exercício social, com a ata da assembleia geral que aprovou a 
prestação de contas, com a ata da assembleia geral de eleição da 
Diretoria e do estatuto social e relatório de auditoria, quando houver 
previsão estatutária (Amorim, 2015). 
De acordo com o Conselho Federal de Contabilidade(França, 2015), o 
Relatório de Atividades é um documento que contém os trabalhos desenvolvidos 
no período da gestão, acompanhado de dados que confirmem a sua realização, 
de acordo com as finalidades estatutárias da entidade, evidenciando: 
a) os objetivos; 
b) a origem dos recursos utilizados; 
c) a infraestrutura utilizada; e 
d) a identificação de cada ação, serviço, projeto, programa e 
benefício executado: 
• o público-alvo; 
• a capacidade de atendimento realizado; 
• os recursos utilizados; 
• os recursos humanos envolvidos; 
• a abrangência territorial; 
• a forma de participação dos beneficiários e/ou as estratégias 
utilizadas nas etapas de elaboração; 
• execução; 
• avaliação e monitoramento do plano. (França, 2015). 
É importante destacar que o Relatório de Atividades deverá ter linguagem 
acessível e contemplar informações de natureza qualitativa e quantitativa sobre 
cada ação desenvolvida, número de voluntários, o valor e a origem dos recursos 
aplicados em cada projeto ou atividade, bem como a indicação dos dados 
 
 
13 
referentes ao convênio, contrato, ajuste ou termo de parceria, quando os 
recursos forem provenientes desses instrumentos. Nesse relatório também 
deverão ser apresentados, de forma minuciosa, as gratuidades concedidas pela 
instituição (Brasil, 2014). Na próxima seção será apresentada a forma de 
elaboração desse relatório. 
Saiba mais 
A seguir são apresentados alguns exemplos de Relatórios de Atividades 
de organizações sem finalidade lucrativa: 
 Monte Azul: 
<http://www.monteazul.org.br/arquivos/relatorios/arquivo_658_20111014091
247.pdf>. 
 Acer Brasil: 
<http://www.acerbrasil.org.br/arquivos/relatoriAnuais/2010/re10.pdf>. 
 Feac: <http://www.feac.org.br/wp-
content/uploads/2014/04/relatorio_atividades_20131.pdf>. 
 Recanto Tia Célia: <http://recantotiacelia.com.br/atividades.pdf>. 
 Santa Fé: <http://www.santafe.org.br/imagens/rel2013.pdf>. 
TEMA 5 – COMO O RELATÓRIO DE ATIVIDADES DEVE SER ELABORADO 
PARA O TERCEIRO SETOR 
As Demonstrações Contábeis e as Notas Explicativas permitem a 
visualização quantitativa e qualitativa das operações das organizações. Dessa 
forma, o Relatório de Atividades apresenta um detalhamento dos conteúdos das 
ações da entidade de uma maneira mais especifica (Amorim, 2015). Tendo como 
base as especificações do Centro de Apoio Operacional ao Terceiro Setor do 
Estado do Sergipe (2016), as informações que o Relatório de Atividades das 
entidades com finalidade social deve apresentar são: 
 Relatório de Atividades 
 Dados Gerais: 
 Dados da Entidade; 
 Mudança na Diretoria; 
 Estatuto/Diretoria; 
 Documento Legal do Registro (Estatuto); 
 
 
14 
 Entidades mantidas; 
 Outros departamentos; 
 Lista de finalidades principais de acordo com o Estatuto, organizadas 
de forma crescente de prioridade; 
 Lista de atividades principais de acordo com o Estatuto, organizadas 
de forma crescente de prioridade; 
 Alterações estatuárias; 
 Dados relativos a eventuais alterações estatuárias da Entidade 
ocorridas no último exercício. 
 Recursos humanos: 
 Quantidade de pessoas que colaboram com a entidade: 
I. Funcionários; 
II. Estagiários remunerados; 
III. OSCIP – Diretores remunerados; 
IV. Voluntários permanentes; 
V. Voluntários eventuais; 
VI. Estagiários não remunerados; 
VII. Trabalhadores autônomos. 
 Detalhamento de atividades: 
 Descrição; 
 Objetivo; 
 Público-alvo; 
 Resultados obtidos; 
 Período de realização; 
 Número de beneficiários atendidos de forma gratuita; 
 Número de beneficiários atendidos de forma parcialmente gratuita; 
 Número de beneficiários não gratuitos; 
 Percentual da gratuidade parcial, 
 Origem das fontes de recursos que custeiam atividades, serviços e 
projetos realizados: 
 Própria (recursos decorrentes da prestação de serviço à Entidade); 
 Própria (recursos decorrentes de mensalidades/doações dos 
membros associados; 
 Privada (recursos de doações e parcerias com empresas e entidades 
privadas); 
 
 
15 
 Pública (recursos de subvenções, convênios e parcerias com órgãos 
ou entidades públicas; 
 Internacional Privada (recursos de entidades e organizações 
internacionais); 
 Internacional Pública (recursos de países estrangeiros, ONU etc.). 
 Área de abrangência do projeto: 
 Área de abrangência; 
 Zona de operação de abrangência das atividades, serviços e projetos 
desenvolvidos. 
 Outras informações: 
 Parcerias e subvenções públicas; 
 Informações sobre o órgão ou entidade parceira; 
I. Nome do órgão ou entidade parceira; 
II. Classificação do órgão na estrutura federativa; 
III. Origem dos recursos repassados; 
IV. Natureza do instrumento de parceria; 
V. Data de publicação na imprensa oficial; 
VI. Total de recursos financeiros previstos; 
VII. Recursos financeiros já repassados; 
VIII. Resumo do objeto da parceria; 
IX. Nº de beneficiários; 
X. Previsão de início das atividades; 
XI. Previsão de término das atividades. 
 Documentos e Títulos: 
 Título/Qualificação/Certificação Federais: 
I. Título de Utilidade Pública Federal (Lei n. 91/1935); 
II. Qualificação como Organização da Sociedade Civil de Interesse 
Público (Oscip) (Lei n. 9.790/1999); 
III. Atestado de Registro de Entidade Beneficente de Assistência 
Social (Lei n. 8.742/1993); 
IV. Qualificação como Organização Social (Lei n. 9.637/1998); 
V. Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social (Lei 
n. 8.742/1993); 
VI. Registro no Cadastro Nacional de Entidades Ambientais (CNEA) 
(Decreto n. 99.274/1990). 
 
 
16 
 Título/Qualificação/Certificação em outros âmbitos: 
I. Título de Utilidade Pública Estadual; 
II. Título de Utilidade Pública Municipal; 
III. Registro no Conselho Estadual de Assistência Social; 
IV. Registro no Conselho Municipal de Assistência Social. 
 Questionário de Inserção Social da Entidades: 
 Para estabelecer os tipos de atividades e serviços prestados pela 
entidade foram realizados estudos e pesquisas para levantar 
demandas e necessidades do público-alvo e caracterizar o perfil dos 
beneficiários? 
 A entidade criou espaços para que o público-alvo participasse do 
planejamento, execução e avaliação das atividades e serviços 
oferecidos? 
 Descrição de como se deu a participação dos beneficiários. 
 A entidade permitiu a participação de público na definição e no controle 
dos custos/orçamentos destinados para as atividades e serviços 
prestados? 
 A entidade fez parcerias ou articulou redes com instâncias/instituições 
da comunidade em que atua, para ampliar o atendimento ao público-
alvo? 
 Descrição das parcerias e/ ou redes articuladas: 
 A entidade realizou ações para dar visibilidade/denunciar os 
fenômenos relacionados ao público-alvo (campanhas, conferências, 
capacitação de lideranças, promove a conscientização acerca dos 
direitos e leis etc.)? 
 Descrição das ações realizadas. 
 O contato e a experiência na realização das atividades com o público-
alvo foram aproveitados pela entidade para realização e divulgação das 
pesquisas? 
 Relação das pesquisas e publicações realizadas pela entidade: 
 A entidade promoveu a capacitação dos profissionais em relação à 
temática com a qual atuou? 
 Como se deu essa capacitação? 
 
 
 
17 
 Avaliação 
 A entidade estabeleceu mecanismos de avaliação dos serviços e 
atividades prestados? 
O Relatório de Atividades é peça obrigatória na prestação de contas das 
organizações que compõem o Terceiro Setor. No entanto, seu uso é válido 
independente da obrigatoriedade, como observadono decorrer desta seção, 
dado que seu conteúdo é um instrumento para a descrição das metas cumpridas, 
ações realizadas etc. Ele funciona com um reflexo da instituição, é uma forma 
de mostrar o que foi feito de melhor com os recursos despendidos pelos 
doadores e investidores. 
TROCANDO IDEIAS 
A seguir um exemplo real do Instituto Ethos de Empresas e 
Responsabilidade Social referente ao ano de 2013: 
INSTITUTO ETHOS DE EMPRESAS E RESPONSABILIDADE SOCIAL 
Notas explicativas da Administração às demonstrações contábeis 
Exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 
(Em milhares de Reais, exceto de outra forma indicado) 
 
1. Contexto operacional 
O Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social é uma 
organização não governamental criada com a missão de mobilizar, sensibilizar 
e ajudar as empresas a gerir seus negócios de forma socialmente responsável, 
tornando-as parceiras na construção de uma sociedade sustentável e justa. 
Para caracterizar sua transparência administrativa, o Instituto Ethos optou 
institucionalmente pelo reconhecimento público de Organização de Sociedade 
Civil de Interesse Público, sem fins lucrativos. As doações, subvenções e 
contribuições recebidas são registradas como receita, conforme estabelece a Lei 
n. 9.790, de 23 de março de 1999. 
As receitas de projetos referem-se basicamente a contribuição 
associativa, patrocínios, doações de fundações do exterior e taxa de inscrição 
em conferência anual, com o intuito de fomentar sua finalidade social. 
O último ano do plano Ethos 10 anos foi 2013, mas a empresa entrou em 
outro ciclo de manutenção do apoio institucional, em vistas do planejamento 
2014-2017. 
 
 
18 
De acordo com a legislação vigente, o Instituto é isento do Imposto de 
Renda e Contribuição Social sobre o superávit apurado de suas operações 
sociais. 
2. Base de preparação 
a. Declaração de conformidade 
As demonstrações contábeis foram elaboradas e estão sendo 
apresentadas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, com base 
nas disposições contidas na ITG 2002 - Entidades sem finalidades de lucros, 
aprovada pela Resolução CFC n. 1.409 de 21 de setembro de 2012, pelo 
Comunicado Técnico CTG 2000, aprovado pela Resolução CFC n. 1.159 de 13 
de fevereiro de 2009, revogando as Resoluções do CFC n. 837/99, 838/99, 
852/99, 877/00, 926/01 e 966/03, e também pela NBC TG 1000 - Contabilidade 
para Pequenas e Médias Empresas, para os aspectos não abordados pela ITG 
2002 - Entidade sem finalidade de lucros. 
b. Base de mensuração 
As demonstrações contábeis foram preparadas com base no custo 
histórico, com exceção dos instrumentos financeiros mensurados pelo valor 
justo. 
c. Moeda funcional e moeda de apresentação 
As demonstrações contábeis são apresentadas em Real, que é a moeda 
funcional do Instituto. Todas as informações financeiras divulgadas nas 
demonstrações contábeis são apresentadas em Reais e foram arredondadas 
para o milhar mais próximo, exceto quando indicado de outra forma. 
d. Uso de estimativas e julgamentos 
A preparação das demonstrações contábeis está de acordo com as 
normas citadas acima, que exigem da Administração um julgamento para 
estimativas e premissas que possam afetar a aplicação dos procedimentos 
contábeis e os valores reportados nos quadros. Os resultados reais podem ser 
divergentes destas estimativas. Ressaltamos que a Administração revisa esses 
critérios anualmente. 
3. Resumo das principais práticas contábeis 
 
 
19 
As principais práticas contábeis aplicadas na elaboração dessas 
demonstrações contábeis estão descritas a seguir. 
a. Ativos circulantes e não circulantes 
Caixa e equivalentes de caixa 
Estão representados por depósitos bancários e aplicações financeiras de 
curto prazo, avaliadas ao custo de aquisição acrescido dos rendimentos 
auferidos até a data do balanço patrimonial, com base no regime de 
competência. 
Contas a receber 
São registradas e mantidas no balanço pelo seu valor nominal, que é o 
valor líquido de realização esperado diminuído das perdas estimadas para 
créditos de liquidação duvidosa (PECLD). 
Demais ativos circulantes e não circulantes 
Os ativos circulantes são registrados pelos seus valores de aquisição e, 
quando aplicável, são reduzidos, mediante provisão, aos seus valores prováveis 
de realização. 
Imobilizado 
Os ativos imobilizados estão demonstrados pelos valores de custos 
históricos de aquisição dos bens, deduzido de depreciação acumulada e perdas 
de redução ao valor recuperável (impairment), acumuladas, quando necessário. 
Ganhos e perdas na alienação de um item do imobilizado são apurados 
pela comparação entre os recursos advindos da alienação com o valor contábil 
do imobilizado e são reconhecidos como líquidos dentro de “Outras receitas” no 
resultado do exercício. 
As depreciações são calculadas pelo método linear sobre o custo de 
aquisição, que levam em consideração a vida útil-econômica dos bens (vide Nota 
Explicativa n. 7). 
b. Passivos circulantes e não circulantes 
São demonstrados pelos valores conhecidos ou pela melhor estimativa 
contábil possível e, quando aplicável, são acrescidos dos correspondentes 
encargos incorridos até a data do balanço patrimonial. 
 
 
20 
c. Aplicações financeiras (ativos circulantes) e projetos a executar 
(passivos circulantes) 
As aplicações financeiras compreendem os valores recebidos pelo 
Instituto e que somente poderão ser utilizados em propósitos específicos, 
conforme determinado em seus respectivos contratos. Tais recursos possuem 
como contrapartida a conta de projetos a executar classificada no passivo 
circulante. 
d. Instrumentos financeiros 
Os instrumentos financeiros somente são reconhecidos a partir da data 
em que o Instituto se toma parte das disposições contratuais dos instrumentos 
financeiros e incluem caixa e equivalentes de caixa, contas a receber e 
fornecedores. 
Os instrumentos financeiros que não sejam reconhecidos pelo valor justo 
por meio de resultado são acrescidos de quaisquer custos de transação 
diretamente atribuíveis. 
e. Ativos e passivos contingentes e obrigações legais 
As práticas contábeis para registro e divulgação de ativos e passivos 
contingentes, provisões e obrigações legais, são as seguintes: 
 Ativos contingentes são reconhecidos somente quando há garantias reais 
ou decisões judiciais favoráveis, transitadas em julgado. Os ativos 
contingentes com êxito provável são apenas divulgados em notas 
explicativas. 
 Passivos contingentes são provisionados na medida em que o Instituto 
espera desembolsar fluxos de caixa. Processos tributários e cíveis são 
provisionados quando as perdas são avaliadas como prováveis e os 
montantes envolvidos são mensurados com suficiente segurança. 
Quando a expectativa de perda desses processos é avaliada como 
possível, uma descrição dos processos e montantes envolvidos é 
divulgada em nota explicativa. Processos trabalhistas, cujas perdas são 
avaliadas como prováveis, são provisionados com base no percentual 
histórico de desembolsos. Passivos contingentes avaliados como perdas 
remotas não são provisionados ou divulgados. 
 
 
21 
f. Apuração do superávit/déficit do exercício e reconhecimento de receitas 
de doações 
O superávit/déficit do exercício é apurado em conformidade com o regime 
contábil de competência. As receitas de doações e patrocínios são originadas de 
doações e patrocínios de pessoas jurídicas, em datas e valores variáveis, sendo 
registradas contabilmente de acordo com o prazo estimado de finalização dos 
projetos. 
g. Demonstração do resultado abrangente 
A demonstração dosresultados abrangentes não está sendo 
apresentada, pois não ocorreram movimentações de outros resultados 
abrangentes no período corrente de 31 de dezembro de 2013 e no período 
comparativo de 31 de dezembro de 2012. 
4. Caixa e equivalentes de caixa 
Em 31 de dezembro de 2013 e 2012, o total de caixa e equivalentes de 
caixa, sem restrições, era composto da seguinte forma: 
Quadro 9: Caixa e equivalentes de caixa 
 2013 2012 
Caixa 11 4 
Bancos 13 378 
 24 382 
Fonte: Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, 2014. 
O saldo de caixa é composto por moeda nacional e estrangeira. 
5. Aplicações financeiras 
Em 31 de dezembro de 2013 e 2012, o total de aplicações financeiras, 
sem restrições, era composto da seguinte forma: 
 
 
 
22 
Quadro 10: Aplicações financeiras 
 2013 2012 
Banco Bradesco – FIC FI 85 276 
Banco Santander – CDB DI 829 1.438 
Banco Itaú – CDB 9 2 
Banco Itaú – Compromissada DI 816 1.769 
 1.739 3.485 
Fonte: Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, 2014. 
As aplicações referem-se, substancialmente, a certificados de depósitos 
bancários e fundos de renda fixa em bancos de primeira linha, atrelados ao 
(CDI), com rendimentos pré-fixados e pós-fixados. Os rendimentos pré-fixados 
giram em torno de uma taxa média de 0,75% a.m., já as taxas pós-fixadas 
rendem em torno 96% do CDI. Conforme mencionado acima, as aplicações 
estão totalmente vinculadas aos projetos (projetos a executar, conforme Nota 
Explicativa n. 9). 
6. Projetos a receber 
Quadro 11: Projetos a receber 
 2013 2012 
P14-97 – GT Clima 29 12 
P14-118 – GT DH 20 8 
P18-112 – Plano Ethos 10 Anos - 533 
P14-120 – Jogos Limpos - 570 
POS-105 Indicadores 3ª Geração 15 - 
P18- 147– Conferência Ethos 369 - 
 433 1.123 
Fonte: Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, 2014. 
O saldo refere-se a contribuições das doações e patrocínios já firmados 
com os doadores e ainda não recebidos financeiramente. 
7. Imobilizado 
Em 31 de dezembro de 2013 e 2012, o total de imobilizado, sem restrição, 
era composto da seguinte forma: 
Quadro 12: Imobilizado 
Descrição Taxa de 
Depreciação 
Anual (%) 
 
 
2013 2012 
Custo Depreciação Líquido Líquido 
Móveis e utensílios 10 345 (307) 38 50 
Computadores e Periféricos 20 581 (510) 71 83 
Instalações 10 153 (132) 22 28 
TOTAL 1.079 (949) 131 161 
Fonte: Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, 2014. 
 
 
23 
8. Intangível 
Em 31 de dezembro de 2013 e 2012, o total de imobilizado, sem restrição, 
era composto da seguinte forma: 
Quadro 13: Intangível 
Descrição Taxa de 
Depreciação 
Anual (%) 
 
 
2013 2012 
Custo Amortização Líquido Líquido 
Marcas e patentes 20 159 - 159 141 
Direito de uso de software 20 357 (286) 71 107 
Total 468 (286) 230 248 
Fonte: Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, 2014. 
9. Adiantamento de Projetos 
Quadro 14: Adiantamento de projetos 
 2013 2012 
Projeto 14/97 – GT Fórum Clima (c) 143 89 
Projeto 1 4/ 102 Mebb (d) 7 6 
Projeto 12/ 105 Indicadores 3ª geração (e) - 144 
Projeto 14/ 120 – Jogos Limpos (f) - 400 
Projeto 14/ 118 – GT Direitos Humanos (g) - 53 
Projeto 14/116 Resíduos sólidos (h) - 51 
Projeto 2/112 – Plano Ethos 10 anos (i) - 1.250 
Projeto Resíduos sólidos – Avina - 127 
Projeto 14/ 73 Integridade 129 141 
Projeto P14-121 Global Compact – Siemens 16 - 
Projeto P14-134 GT Carvão 27 60 
Outros 15 7 
 337 2.328 
Fonte: Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, 2014. 
Esses valores referem-se aos recursos já recebidos por conta dos 
patrocínios que deverão ser investidos nos respectivos projetos. Os recursos 
compromissados correspondentes a esses projetos, ainda disponíveis para 
utilização, estão demonstrados na rubrica de “Aplicações financeiras”. O 
reconhecimento das receitas relacionadas a esses projetos será realizado de 
acordo com o regime de competência, na medida em que os recursos forem 
efetivamente empregados nos respectivos projetos. Descrição de alguns 
projetos: 
(a) Projeto 14/102 MEEB 
Contribuir para conservação e uso sustentável da biodiversidade e para a 
promoção de desenvolvimento local, por meio de práticas empresariais de 
referência e da construção de negócios inovadores da biodiversidade. Recuperar 
 
 
24 
e conservar biomas (Amazônia, Cerrado e Mata Atlântica), bem como reduzir o 
consumo dos recursos naturais para que respeite os limites do planeta. 
(b) Projeto 17/73 – GT Integridade 
Grupo de trabalho: aplicar as práticas do pacto contra a corrupção. 
Promover o aprendizado entre as empresas e entidades por meio de discussões 
e troca de experiências sobre atividades já desenvolvidas. Ações: aumentar a 
adesão de novas empresas e a incorporação de novas práticas que honrem os 
compromissos assumidos, entre eles o aumento dos mecanismos de 
transparência, de posicionamentos e práticas de combate à corrupção e à 
impunidade e de promoção da integridade nas relações de mercado. 
(c) Projeto 14/97 – GT Fórum Clima 
Contribui para a redução nas emissões de gases do efeito estufa e no 
enfrentamento das mudanças climáticas, a partir da liderança empresarial. 
Entregáveis identificados: 
 Traz setores estratégicos para o grupo, com foco no agronegócio. 
 Participar do processo de construção dos planos setoriais da PNMC. 
 Contribuir para integrar políticas nacionais às estaduais e municipais. 
 Estimular o debate sobre a implantação de um mercado de carbono 
brasileiro. 
 Criar indicadores para acompanhar os compromissos assumidos pelas 
empresas na carta aberta. 
 Liderar a convergência das diferentes iniciativas empresariais 
(CBDES/FGV e CNI). 
d) Projeto 14/1 20 2 Jogos Limpos 
Promover maior transparência e integridade sobre os investimentos de 
infraestrutura da Copa do Mundo de 2014 e Jogos Olímpicos de 2016 por meio 
da criação de mecanismos de ações coletivas, monitoramento e controle social 
Em 2013, o projeto focou-se i. na celebração de acordos setoriais-chave, como 
entre empresas líderes na área de equipamentos hospitalares e construção civil; 
e ii. na celebração de pactos de transparência com os candidatos/prefeitos 
eleitos das cidades-sede. 
(e) Projeto 14/1 18 – GT Direitos Humanos 
Contribuir para a construção de uma agenda positiva de garantia dos 
direitos humanos no mercado de trabalho e da promoção do trabalho decente. 
 
 
25 
Esta agenda é liderada pelas empresas que assumiram um compromisso com a 
responsabilidade social, influenciando a sua gestão e sua cadeia de valor, bem 
como as políticas públicas incidentes em tais direitos. Em 2013, o foco do projeto 
voltou-se para a inclusão de mulheres e negros em posição de lideranças dentro 
das empresas. 
10. Obrigações trabalhistas e contribuições sociais 
Quadro 15: Obrigações trabalhistas e contribuições sociais 
 2013 2012 
Encargos sociais 277 264 
Provisões trabalhistas 641 714 
 918 978 
Fonte: Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, 2014. 
10.1 Remuneração da administração 
Os conselheiros do Ethos não possuem remuneração. São remunerados 
apenas os executivos com cargo de gestão, com valores condizentes com o 
mercado para seus cargos. 
10.2 Remuneração da diretoria executiva 
Quadro 16: Remuneração da diretoria executiva 
 2013 2012 
Remuneração da diretoria (fixa) 847 983 
Fonte: Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, 2014. 
11. Patrimônio líquido 
As rendas geradas pelo Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade 
Social são empregadas integralmente nos seus objetivos sociais. 
Conforme determinado em seu estatutosocial, em caso de dissolução, a 
Assembleia Geral deverá decidir a destinação do patrimônio social, sendo 
distribuído preferencialmente à outra pessoa jurídica que tenha o mesmo objeto 
social. 
Quadro 17: Patrimônio líquido 
 2013 2012 
Projetos 8.715 9.514 
Patrocínios de projetos 7.036 7.438 
Recursos Fundação Avina 128 228 
Recurso recebido de outras fundações 1.588 1.813 
Doações pessoas jurídicas - 35 
Contribuições 
Contribuições de associados 2.653 2.919 
Serviços 
 
 
26 
Receitas de serviços 1.134 472 
Outras receitas 
Outras receitas - 258 
Receitas financeiras 236 432 
 12.775 13.595 
Fonte: Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, 2014. 
As receitas de patrocínio referem-se aos valores recebidos de empresas 
que patrocinam atividades operacionais do Instituto, como cursos, pesquisas e 
desenvolvimentos etc. 
12. Custos de projetos, contribuições e serviços 
Quadro 18: Custos de projetos, contribuições e serviços 
 2013 2012 
Salários 4.060 3.976 
Encargos sociais e outros benefícios 3.502 3.275 
Materiais e serviços 1.680 1.483 
Eventos 2.124 1.813 
Comunicação 360 520 
Representação - 2 
Alugueis 458 447 
Publicações 206 557 
Doações (*) 437 770 
Tributos gerais 10 28 
Outros 191 186 
 13.028 13.057 
Fonte: Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, 2014. 
(*) Referem-se a doações para a Entidade Nossa São Paulo custear o Projeto 
Ethos 10 anos. 
Os custos são atrelados aos projetos na medida em que sejam 
confiavelmente mensurados. 
 
13. Partes Relacionadas 
 
a) Remuneração da Administração 
A remuneração da Diretoria do Uniethos é realizada pelo Instituto Ethos. 
30% do salário do Vice-Presidente, que equivale a R$ 152.276,38, é transferido 
do Ethos para o Uniethos e reembolsado pelo Uniethos ao Ethos por meio do 
compartilhamento de estrutura de serviços. 
b) Compartilhamento de estrutura de serviços 
Quadro 19: Compartilhamento de estrutura de serviços 
 2013 2012 
Receitas por compartilhamento de estrutura de serviços nos exercícios 255 240 
Saldos de contas a receber 395 140 
Fonte: Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, 2014. 
 
 
27 
Até 31 de dezembro de 2013, Ethos e Unietho operavam integradamente 
sob administração comum e os custos compartilhados das estruturas 
administrativas e operacional eram atribuídos às entidades, ao custo e com base 
em instrumento contratual, de acordo com critérios que consideravam a 
razoabilidade de sua identificação e o custo de seu controle. Os valores 
decorrentes desse compartilhamento não têm prazo de vencimento e são 
saldados pelo Uniethos à medida de sua capacidade de pagamento. Não há 
encargos sobre os valores não pagos. 
c) Mútuos 
Quadro 20: Mútuos 
 2013 2012 
Saldos de mútuos 78 1 
Fonte: Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, 2014. 
d) Total contas-correntes 
Quadro 21: Total contas-correntes 
 2013 2012 
Total contas correntes 473 141 
Fonte: Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, 2014. 
Os mútuos decorrem de necessidades temporárias de caixa, supridos ao 
Uniethos pelo Ethos. Não estão sujeitos a encargos e têm prazo contratual de 
vencimento em julho de 2015, mas se espera que sejam liquidados até o 
encerramento do exercício de 2014. 
14. Instrumentos financeiros 
O Instituto opera apenas com instrumentos financeiros não derivativos, 
que incluem contas a receber, outros recebíveis e caixa e equivalentes de caixa, 
cujos valores são representativos aos respectivos valores de mercado. 
15. Cobertura de seguros 
O Instituto adota a política de contratar cobertura de seguros para os bens 
sujeitos a riscos por montantes considerados pela Administração como 
suficientes para cobrir eventuais sinistros, considerando a natureza de sua 
atividade. As premissas de riscos adotadas, dada a sua natureza, não fazem 
parte do escopo de uma auditoria de demonstrações contábeis, 
consequentemente não foram analisadas pelos auditores independentes. 
 
 
 
28 
16. Certificado Oscip 
O Instituto é qualificado como Organização da Sociedade Civil de 
Interesse Público (Oscip) e seu certificado têm como data de vencimento 
(renovação) 30 de setembro de 2014. 
18. Benefício fiscal por entidade sem fins lucrativos 
O Instituto é isento do pagamento de Imposto de Renda Pessoa Jurídica 
(IRPJ) e de Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL), de acordo com o 
art. 15 da Lei n. 9.532/1997, no exercício fiscal de 2013. Caso a obrigação fosse 
devida, não haveria valores de Imposto de Renda Pessoa Jurídica e Contribuição 
Social sobre Lucro Líquido, pois o Instituto apresentou déficit em 2013. 
NA PRÁTICA 
Para responder à questão a seguir, confira os relatórios acessando os 
links abaixo: 
Instituto Abrace 
 Prestação de Contas: <http://www.abrace.com.br/prestacao-de-
contas#.WBSNpNUrLIU> 
 Demonstrações Contábeis: 
<http://www.abrace.com.br/images/downloads/aba_prestacao_de_contas/PA
RECERAUDITORIA_EXERCCIO2014.pdf> 
 Relatório de Atividades: 
<http://www.abrace.com.br/images/downloads/aba_prestacao_de_contas/rel
atorio_de_atividades/RELATORIOATIVIDADES_2014.pdf> 
A organização sem finalidade lucrativa Instituto Abrace oferece 
assistência social para crianças e adolescentes com câncer e doenças do 
sangue que tenham dificuldades socioeconômicas, promovendo assim 
qualidade de vida e colaborando para a promoção de condições ideais de 
tratamento. Tendo como base as Notas Explicativas e o Relatório de Atividades, 
responda: 
Você faria alguma mudança em relação à elaboração das Notas 
Explicativas, ou a forma como elas foram elaboradas cumpre o seu papel? 
Em sua opinião, o relatório de atividades da instituição contribui para a 
credibilidade do Instituto Abrace? 
 
 
29 
Sugestão de solução: 
As Notas Explicativas da instituição cumprem com a sua finalidade legal 
ao preencherem todos os requisitos previstos em lei: 
 Apresentação de informações referentes à forma de elaboração das 
demonstrações contábeis e das práticas utilizadas. 
 Divulgação das informações exigidas que não tenham sido apresentadas 
em outras partes das demonstrações contábeis, mas que sejam 
relevantes para a compreensão das demonstrações contábeis. 
 Resumo das práticas contábeis escolhidas. 
 Informações de auxílio aos itens apresentados. 
Obviamente seria interessante um maior detalhamento da origem dos 
recursos que compõem as receitas da entidade, o que foi apresentado de 
maneira extremamente superficial. Outro aspecto relevante é a demora na 
divulgação dessas informações, mas cabe lembrar que quase a totalidade das 
organizações de interesse social publica em atraso as suas demonstrações. 
Pode-se afirmar que o Relatório de Atividades apresentado pela ONG 
Abrace contribui para a credibilidade da instituição. São apresentadas as 
atividades desenvolvidas pela organização ao longo do ano, com o detalhamento 
de ações e até do tempo despendido em cada atividade. O investidor que acessa 
essas informações consegue observar de forma clara como os recursos doados 
são aplicados. 
FINALIZANDO 
As Notas Explicativas e os Relatórios de Atividades são considerados 
parte integrante das Demonstrações Contábeis e também complementos às 
informações dispostas no relatório. No entanto, são de grande valia para os 
usuários dessas informações, já que esses elementos contribuem para o melhor 
entendimento dos resultados evidenciados pelas organizações. 
De acordo com o conteúdo apresentado nesta aula, foi possível 
compreender todos os aspectos que concernem às Notas Explicativas e aos 
Relatóriode Atividades, bem como a legislação que regula a sua elaboração, 
sua conceituação e exemplos para maior compreensão dos mesmos. 
 
 
 
30 
REFERÊNCIAS 
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