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Ações eleitorais - TRE/PR

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TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO PARANÁ
ESCOLA JUDICIÁRIA ELEITORAL
AÇÕES ELEITORAISAÇÕES ELEITORAIS
O presente trabalho
organizado pela EJE-
PR, propõe ser um
guia inicial, sobretudo
aos recém-iniciados
na matéria e
interessados em obter
um panorama
referente ao assunto
AÇÕES ELEITORAIS.
Tema complexo na
seara eleitoral, tanto
pela falta de um
código a organizar o
assunto, como
também, pela vasta
gama de ações e
legislação a regular a
matéria.
O presente trabalho
organizado pela EJE-
PR, propõe ser um
guia inicial, sobretudo
aos recém-iniciados
na matéria e
interessados em obter
um panorama
referente ao assunto
AÇÕES ELEITORAIS.
Tema complexo na
seara eleitoral, tanto
pela falta de um
código a organizar o
assunto, como
também, pela vasta
gama de ações e
legislação a regular a
matéria.
2012TRE-PR
EJE-PR
http://www.tre-pr.jus.br/institucional/escola-judiciaria-eleitoral
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DOPARANÁ
ESCOLA JUDICIÁRIA ELEITORAL
AÇÕESELEITORAIS
Tribunal Regional Eleitoral do Paraná
 
Presidente: Des. Rogério Luís Nielsen Kanayama
Vice-Presidente e Corregedor: Des. Rogério Coelho
 
Realização: EJE-PR
 
Diretor EJE-PR: Des. Rogério Coelho 
Secretária Geral EJE-PR: Ana Flora França e Silva 
Coordenador Executivo EJE-PR: Fernando José dos Santos
 
Colaborador: David Schnaid Neto 
Revisora: Sandra Nater 
Estagiária: Jéssica Louize dos Santos Buiar 
 
Editoração e Impressão: Seção de Mecanografia e Impressão
AÇÕES ELEITORAIS 
ÍNDICE 
Apresentação .............................................................................................................................................03 
Ação de Impugnação de Mandato Eletivo (AIME).....................................37 
Ação e Impugnação de Registro de Candidatura (AIRC)................04 
Direito de Resposta ...........................................................................................................................22 
Recurso Contra Expedição de Diploma (RCED).........................................35 
Representações Específicas..................................................................................................10 
Representação para instauração de 
Ação de Investigação Judicial Eleitoral – AIJE..............................................07 
Representação na Pesquisa Eleitoral........................................................................32 
Representações e Reclamações......................................................................................16 
Bibliografia......................................................................................................................................................40 
AÇÕES ELEITORAIS 
APRESENTAÇÃO 
 As informações aqui sistematizadas 
objetivam fornecer subsídios para o servidor da Justiça Eleitoral em 
relação aos procedimentos das principais ações eleitorais da Lei 
Complementar nº 64/90, da Lei nº 9.504/97, nas normas que 
disciplinam as eleições, além de algumas referências da 
jurisprudência e da doutrina, com a finalidade de propiciar uma 
consulta rápida para esclarecer eventuais dúvidas, principalmente 
para os servidores que estão ingressando nos quadros da Justiça 
Eleitoral. 
 
 Des. Rogério Coelho 
 Diretor da EJE/PR 
AÇÕES ELEITORAIS 
4 
Ação de Impugnação de Registro de Candidatura 
(AIRC) 
Legislação: A AIRC tem previsão legal nos artigos 3º a 17º da LC 
64/90 
Finalidade: impedir que candidato escolhido em convenção 
partidária seja registrado, em virtude do não atendimento de algum 
requisito legal ou constitucional, a exemplo da ausência de uma ou 
mais condições de elegibilidade, a presença de uma causa de 
inelegibilidade ou mesmo a não apresentação de algum documento 
indispensável ao pedido de registro de candidatura previsto (art. 11, 
§ 1º da Lei nº 9.504/97). 
Rito: Artigos 3º e seguintes da LC 64/90. 
Competência: 
A competência para processamento e julgamento da AIRC é 
determinada pelo cargo pretendido: 
Juízes Eleitorais: São competentes para apreciar pedido 
de registro de candidatos a Prefeito, Vice-Prefeito e 
Vereador. 
Tribunais Regionais Eleitorais: São competentes para 
apreciar pedido de registro de candidato a Governador e 
Vice-Governador de Estados e do DF; Deputados Federais, 
Estaduais e Distritais, Senadores e Suplentes de 
Senadores. 
Tribunal Superior Eleitoral: Apreciam pedido de registro 
de candidatos a Presidente e Vice-Presidente da 
República. 
Prazo de interposição: 
O prazo para interposição da AIRC é de 5 dias, sendo este 
decadencial. Conta-se da publicação do registro do candidato.
AÇÕES ELEITORAIS 
5 
Ocorre preclusão da matéria não impugnada, salvo se tratar de 
matéria constitucional.
Legitimidade Ativa: 
a) Pré-candidato escolhido em convenção partidária;
b) Coligação Partidária; 
c) Ministério Público Eleitoral; 
d) Partido Político; 
e) eleitor; 
f) qualquer cidadão poderá no prazo de 5 (cinco) dias contados da 
publicação do edital sobre o pedido de registro ingressar com 
notícia de inelegibilidade ao juiz ou Tribunal competente. 
Legitimidade Passiva: pré-candidato escolhido em convenção 
partidária e que requereu o registro de candidatura. 
Consequência: 
a) Negação ao registro de candidatura ao pré-candidato; 
b) cancelamento do registro de candidatura, se acaso já obtido e 
não diplomado; 
c) anulação do diploma do eleito ou suplente se já diplomado;
d) além do afastamento imediato do cargo eletivo, acaso já 
iniciado o exercício.
Recurso: art. 258, 265 e seguintes do Código Eleitoral e artigos 8º, 
11 a 13 da LC n. 64/90 (Jose Jairo Gomes, Direito Eleitoral, 8ª 
edição, SP, Atlas, 2012)
 
Código Eleitoral: 
Art. 258. Sempre que a lei não fixar prazo especial, o 
recurso deverá ser interposto em três dias da publicação 
do ato, resolução ou despacho. 
AÇÕES ELEITORAIS 
6 
LC n. 64/90: 
Art. 8° Nos pedidos de registro de candidatos a ele i ções 
municipais, o Juiz Eleitoral apresentará a sentença em 
cartório 3 (três) dias após a conclusão dos autos, passando 
a correr deste momento o prazo de 3 (três) dias para a 
interposição de recurso para o Tribunal Regional Eleitoral. 
Art. 11 § 2º: Terminada a sessão, far-se-á a leitura e 
publicação do acórdão, passando a correr dessa data o 
prazo de 3 (três) dias, para a interposição de recurso para 
o TSE, com petição fundamentada.
 
Art. 12. Havendo recurso para o TSE, a partir da data em 
que for protocolizada a petição passará a correr o prazo de 
3 (três) dias para a apresentação de contra-razões, 
notificado por telegrama o recorrido.
Art. 13. Tratando-se de registro a ser julgado 
originariamente por Tribunal Regional Eleitoral, observado 
o disposto no art. 6° desta Lei Complementar, o ped ido de 
registro, com ou sem impugnação, será julgado em 3 (três) 
dias, independentemente de publicação em pauta.
Parágrafo único: Proceder-se-á ao julgamento na forma 
estabelecida no art. 11 desta Lei Complementar e, 
havendo recurso para o TSE, observar-se-á o disposto no 
artigo anterior.
 
AÇÕES ELEITORAIS 
7 
Representação para instauração de 
Ação de Investigação Judicial Eleitoral - AIJE 
Terminologia: 
A denominação AIJE é frequentemente utilizada para também 
denominar o que se chama de “representações específicas”, que 
são ações que visam apurar as condutas descritas nos artigos 23, 
30-A e 41-A, 73, 74, 75, 77 e 81, da Lei n. 9.504/1997, tendo em 
vista que o rito utilizado, por estas e por aquela é o previsto no art. 
22 da Lei Complementar n. 64/90. 
Preferimos neste trabalho utilizar a denominação AIJE para a 
representação que não se baseia em tais dispositivos.Legislação: LC n. 64/1990, art. 1º, I, “d” e “h”, e 19, além dos 
artigos. 22 e seguintes;
Finalidade: 
A ação de Investigação Judicial Eleitoral tem por finalidade apurar 
condutas realizadas com abuso de poder – econômico ou político, 
este último, no exercício ou função de cargo ou emprego na 
administração direta ou indireta – que tragam influência a 
normalidade e a legitimidade das eleições. 
Rito: 
- Ação de Investigação Judicial Eleitoral: art. 22 da Lei 
Complementar n. 64/1990; 
Competência: LC n. 64/90 
- Corregedor-Geral Eleitoral: na eleição para Presidente e Vice-
Presidente da república. 
- Corregedor-Regional Eleitoral: quando se tratar de eleições para 
Governador e Vice-Governador; Senadores e Suplentes; Deputados 
Federais, Estaduais e Distritais. 
AÇÕES ELEITORAIS 
8 
Art. 24. Nas eleições municipais, o Juiz Eleitoral será 
competente para conhecer e processar a representação 
prevista nesta lei complementar, exercendo todas as 
funções atribuídas ao Corregedor-Geral ou Regional, 
constantes dos incisos I a XV do art. 22 desta lei 
complementar, cabendo ao representante do Ministério 
Público Eleitoral em função da Zona Eleitoral as atribuições 
deferidas ao Procurador-Geral e Regional Eleitoral, 
observadas as normas do procedimento previstas nesta lei 
complementar. 
Prazo para interposição: até a diplomação. 
Legitimidade Ativa: a) O membro do Ministério Público Eleitoral; b) 
Candidato; c) Partido Político; e d) Coligação. 
Legitimidade Passiva: a) Candidato: que praticou ou foi 
beneficiado pelo abuso de poder; b) Terceiros: que praticaram o 
abuso de poder para benefício de candidato, partido político ou 
coligação. 
Observação: Partido político e Coligação não podem 
figurar no pólo passivo da AIJE. 
“ ... As pessoas jurídicas são partes ilegítimas para figurar 
no polo passivo de representações com pedido de abertura 
de investigação judicial eleitoral, nos termos do art. 22 da 
Lei Complementar n. 64/90, tendo em vista o fato de a 
sanção imposta pela referida norma não as alcançar. ...” 
TSE, AgReg em Rp n. 1229, rel. Francisco Cesar Asfhor 
Rocha, publicado no DJ 13.12.2006
Consequência: art. 22, XIV da Lei Complementar n. 64/90 
a) declaração de inelegibilidade b) cassação de registro ou diploma; 
AÇÕES ELEITORAIS 
9 
XIV – julgada procedente a representação, ainda que após 
a proclamação dos eleitos, o Tribunal declarará a 
inelegibilidade do representado e de quantos hajam 
contribuído para a prática do ato, cominando-lhes sanção 
de inelegibilidade para as eleições a se realizarem nos 8 
(oito) anos subsequentes à eleição em que se verificou, 
além da cassação do registro ou diploma do candidato
diretamente beneficiado pela interferência do poder 
econômico ou pelo desvio ou abuso do poder de 
autoridade ou dos meios de comunicação, determinando a 
remessa dos autos ao Ministério Público Eleitoral, para 
instauração de processo disciplinar, se for o caso, e de 
ação penal, ordenando quaisquer outras providências que 
a espécie comportar; (Redação dada pela Lei 
Complementar nº 135, de 2010) 
Recurso: art. 264 e 265 do Código Eleitoral 
Art. 264. Para os Tribunais Regionais e para o Tribunal 
Superior caberá, dentro de 3 (três) dias, recurso dos atos, 
resoluções ou despachos dos respectivos presidentes. 
Art. 265. Dos atos, resoluções ou despachos dos juizes ou 
juntas eleitorais caberá recurso para o Tribunal Regional. 
AÇÕES ELEITORAIS 
10 
Representações Específicas
Terminologia: 
A denominação “representações específicas” traduz-se naquelas 
ações voltadas a apurar condutas específicas previstas na Lei das 
Eleições. 
Legislação: 
- Representações fundadas nos artigos 23, 30-A e 41-A, 73, 74, 75, 
77 e 81, da Lei n. 9.504/1997: art. 22 da Lei Complementar n. 
64/1990 e artigos 1º ao 5º e 22 a 32 da Resolução TSE n. 
23.367/2011 
Finalidade: 
- Apurar e sancionar condutas que descumpriram as normas que 
regem as eleições: 
a) art.23 (doações de pessoas físicas para campanha); 
b) art. 30-A (arrecadação e gastos de recursos de campanha); 
c) art. 41-A (captação ilícita de sufrágio); 
d) artigos 73 a 77 (condutas vedadas aos agentes públicos em 
campanha); 
e) art. 81 (doações e contribuições de pessoas jurídicas para 
campanhas eleitorais). 
Rito: 
- Representações fundadas nos artigos 23, 30-A e 41-A, 73, 74, 75, 
77 e 81, da Lei n. 9.504/1997: art. 22 da Lei Complementar n. 
64/1990 e artigos 1º ao 5º e 22 a 32 da Resolução TSE n. 
23.367/2011. 
Competência: art. 96, Lei n. 9.504/97 e art. 22 da Res. TSE n. 
23.367: 
AÇÕES ELEITORAIS 
11 
Art. 96. Salvo disposições específicas em contrário desta 
Lei, as reclamações ou representações relativas ao seu 
descumprimento podem ser feitas por qualquer partido 
político, coligação ou candidato, e devem dirigir-se: 
 I - aos Juízes Eleitorais, nas eleições municipais;
Art. 22. Nas eleições de 2012, o Juiz Eleitoral será 
competente para conhecer e processar a representação 
prevista na Lei Complementar nº 64/90, exercendo todas 
as funções atribuídas ao Corregedor-Geral ou Regional, 
cabendo ao representante do Ministério Público Eleitoral 
em função na Zona Eleitoral as atribuições deferidas ao 
Procurador-Geral e Regional Eleitoral, nos termos dos 
incisos I a XV do art. 22 e das demais normas de 
procedimento previstas na LC nº 64/90. 
Prazo para interposição: art. 21, parágrafo único da Res. TSE n. 
23.367/2011 
Art. 21. As representações que visarem à apuração das 
hipóteses previstas nos arts. 23, 30-A, 41-A, 73, 74, 75, 77 
e 81 da Lei nº 9.504/97 observarão o rito estabelecido pelo 
art. 22 da Lei Complementar nº 64/90. 
Parágrafo único. As representações de que trata o caput 
deste artigo poderão ser ajuizadas até a data da 
diplomação, exceto as do art. 30-A e dos arts. 23 e 81 da 
Lei nº 9.504/97, que poderão ser propostas, 
respectivamente, no prazo de 15 dias e no de 180 dias a 
partir da diplomação. 
a) Representações fundadas nos artigos 41-A, 73, 74, 75 e 77, da 
Lei n. 9.504/1997: podem ser ajuizadas até a data da diplomação
(parágrafo único do art. 21 da Resolução TSE n. 23.367/2011). 
AÇÕES ELEITORAIS 
12 
b) Representações fundadas no art. 30-A da Lei n. 9.504/1997: 
podem ser ajuizadas no prazo de 15 dias a partir da diplomação 
(parágrafo único do art. 21 da Resolução TSE n. 23.367/2011). 
c) Representações fundadas nos artigos 23 e 81 da Lei n. 
9.504/1997: podem ser ajuizadas no prazo de 180 dias a partir da 
diplomação (parágrafo único do art. 21 da Resolução TSE n. 
23.367/2011). 
Legitimidade Ativa: a) O membro do Ministério Público Eleitoral; b) 
Candidato; c) Partido Político; e d) Coligação. 
Legitimidade Passiva: todos aqueles que descumpriram as 
disposições da Lei das Eleições; 
Consequência: a depender do dispositivo aplicado. 
Art. 23. Pessoas físicas poderão fazer doações em 
dinheiro ou estimáveis em dinheiro para campanhas 
eleitorais, obedecido o disposto nesta Lei. (Redação dada 
pela Lei nº 12.034, de 2009)
§ 3º A doação de quantia acima dos limites fixados neste 
artigo sujeita o infrator ao pagamento de multa no valor 
de cinco a dez vezes a quantia em excesso. 
............................................................................................... 
Art. 30-A. Qualquer partido político ou coligação poderá 
representar à Justiça Eleitoral, no prazo de 15 (quinze) dias 
da diplomação, relatando fatos e indicando provas, e pedir 
a abertura de investigação judicial para apurar condutas 
em desacordo com as normas desta Lei, relativas à 
arrecadação e gastos de recursos. (Redação dada pela Lei 
nº 12.034, de 2009)
... 
§ 2o Comprovados captação ou gastos ilícitos de recursos, 
para fins eleitorais, será negado diploma ao candidato, 
AÇÕES ELEITORAIS 
13ou cassado, se já houver sido outorgado. (Incluído pela 
Lei nº 11.300, de 2006)
............................................................................................... 
Art. 41-A. Ressalvado o disposto no art. 26 e seus incisos, 
constitui captação de sufrágio, vedada por esta Lei, o 
candidato doar, oferecer, prometer, ou entregar, ao eleitor, 
com o fim de obter-lhe o voto, bem ou vantagem pessoal 
de qualquer natureza, inclusive emprego ou função pública, 
desde o registro da candidatura até o dia da eleição, 
inclusive, sob pena de multa de mil a cinqüenta mil Ufir, 
e cassação do registro ou do diploma, observado o 
procedimento previsto no art. 22 da Lei Complementar no
64, de 18 de maio de 1990. (Incluído pela Lei nº 9.840, de 
28.9.1999)
............................................................................................... 
Art. 73. São proibidas aos agentes públicos, servidores ou 
não, as seguintes condutas tendentes a afetar a igualdade 
de oportunidades entre candidatos nos pleitos eleitorais: 
... 
§ 4º O descumprimento do disposto neste artigo acarretará 
a suspensão imediata da conduta vedada, quando for o 
caso, e sujeitará os responsáveis a multa no valor de 
cinco a cem mil UFIR.
§ 5o Nos casos de descumprimento do disposto nos 
incisos do caput e no § 10, sem prejuízo do disposto no § 
4o, o candidato beneficiado, agente público ou não, ficará 
sujeito à cassação do registro ou do diploma. (Redação 
dada pela Lei nº 12.034, de 2009)
§ 6º As multas de que trata este artigo serão duplicadas a 
cada reincidência.
AÇÕES ELEITORAIS 
14 
§ 7º As condutas enumeradas no caput caracterizam, 
ainda, atos de improbidade administrativa, a que se refere 
o art. 11, inciso I, da Lei nº 8.429, de 2 de junho de 1992, 
sujeitam-se às disposições daquele diploma legal, em 
especial às cominações do art. 12, inciso III.
............................................................................................... 
Art. 81. As doações e contribuições de pessoas jurídicas 
para campanhas eleitorais poderão ser feitas a partir do 
registro dos comitês financeiros dos partidos ou coligações. 
... 
§ 2º A doação de quantia acima do limite fixado neste 
artigo sujeita a pessoa jurídica ao pagamento de multa no 
valor de cinco a dez vezes a quantia em excesso. 
§ 3º Sem prejuízo do disposto no parágrafo anterior, a 
pessoa jurídica que ultrapassar o limite fixado no § 1º 
estará sujeita à proibição de participar de licitações 
públicas e de celebrar contratos com o Poder Público 
pelo período de cinco anos, por determinação da Justiça 
Eleitoral, em processo no qual seja assegurada ampla 
defesa. 
Recurso: art. 31 c/c 33, Res. TSE. N. 23.367 
Art. 31. Os recursos eleitorais contra as sentenças que 
julgarem as representações previstas nesta Seção 
deverão ser interpostos no prazo de 3 dias, contados 
da publicação, observando-se o mesmo prazo para os 
recursos subsequentes, inclusive recurso especial e 
agravo, bem como as respectivas contrarrazões e 
respostas. 
AÇÕES ELEITORAIS 
15 
Art. 33. Contra sentença proferida por Juiz Eleitoral é 
cabível recurso eleitoral para o respectivo Tribunal 
Regional Eleitoral, no prazo de 24 horas da publicação 
em cartório, assegurado à parte recorrida o 
oferecimento de contrarrazões, em igual prazo, a 
contar da sua notificação, ressalvadas as hipóteses
previstas no art. 31 desta resolução (Lei nº 9.504/97, 
art. 96, § 8º). 
AÇÕES ELEITORAIS 
16 
Representações e Reclamações 
Terminologia: 
São as ações voltadas a apurar e sancionar o descumprimento das 
normas da Lei das Eleições, inclusive em relação à propaganda 
eleitoral irregular. Trata-se de uma ação com previsão genérica, 
sendo seu rito utilizado caso não haja previsão específica. É 
utilizada frequentemente para a propaganda eleitoral irregular. 
Legislação: Lei n. 9.504/1997, Res. TSE n. 23.367/2011 e Res. 
TREPR n. 619/2012
Finalidade: Visam coibir condutas que afetam o equilíbrio da 
disputa eleitoral, ainda que potencial. 
Rito: Seguirão o rito do art. 96, da Lei n. 9.504/1997 e Res. TSE n. 
23.367/2011. 
Art. 96. Salvo disposições específicas em contrário desta 
Lei, as reclamações ou representações relativas ao seu 
descumprimento podem ser feitas por qualquer partido 
político, coligação ou candidato, e devem dirigir-se:
OBSERVAÇÃO: 
Conforme já estudado, as Representações dos artigos 23, 
30-A e 41-A, 73, 74, 75, 77 e 81, da Lei n. 9.504/1997 
seguem o rito da AIJE, previsto no art. 22 da LC n. 
64/1990, com disposições da Res. TSE n. 23.367/2011. 
Competência: § 1º e 2º, Art. 2º da Res. TSE n. 23.367 e art. 1º, 
Res. TREPR n. 619/2012: 
AÇÕES ELEITORAIS 
17 
Art. 2º da Res. TSE n. 23.367: 
 § 1º São competentes para apreciar as reclamações, as 
representações e os pedidos de resposta o Juiz que exerce 
a jurisdição eleitoral no Município e, naqueles com mais de 
uma Zona Eleitoral, os Juízes Eleitorais designados pelos 
respectivos Tribunais Regionais Eleitorais (Lei nº 9.504/97, 
art. 96, § 2º). 
§ 2º As representações e as reclamações que versarem 
sobre a cassação do registro ou do diploma deverão ser 
apreciadas pelo Juízo Eleitoral competente para julgar o 
registro de candidatos. 
Res. TREPR n. 619/2012:
Art. 1º Ao Juiz Eleitoral com jurisdição no Município e aos 
Juízes designados pelo Tribunal Regional Eleitoral, nos 
Municípios com mais de uma Zona Eleitoral, cabe a 
competência para apreciar e decidir monocraticamente as 
reclamações e representações relativas ao 
descumprimento da Lei nº 9.504/97 e os pedidos de direito 
de resposta (art. 96, caput, e inciso I, e § 2º, da Lei nº 
9.504/97; art. 2º, § 1º, e art. 15, da Res/TSE nº 
23.367/2011). 
Prazo de interposição: (José Jairo Gomes, in Direito Eleitoral, 8ª 
Edição, Atlas, SP, 2012)
- Em relação aos arts. 36 e 37 da Lei 9.504/97: até a data da 
Eleição sob pena de carência de ação; 
“(...) 3. A jurisprudência firmou-se no sentido de que o 
prazo final para ajuizamento de representação por 
propaganda eleitoral antecipada ou irregular, é a data da 
eleição. (...) 
(TSE – Rp n. 189.711/DF – DJE, Tomo 91, 16-5-2011, pg. 
52-53) e ainda: TSE – Rp n. 1.341/DF – DJ 1-12-2007, p. 
230)
AÇÕES ELEITORAIS 
18 
- Em relação a propaganda eleitoral gratuita no rádio e na 
televisão: até 48hs. da divulgação.
 
“ (...) o prazo para representação que cuida o art. 96, §5º, 
da Lei n. 9504/97 é de 48hs. quando se tratar de 
veiculação de propaganda eleitoral gratuita de rádio ou 
televisão (precedente AgRgRp n. 443, rel. desig. Ministro 
Sepúlveda Pertence) (TSE – Ac. N. 483, de 23-09-2002 – 
JURISTSE 5:259) 
- Em relação a propaganda de uma espécie de pleito 
(majoritário – proporcional) que invade tempo da outra: até 
48hs. da divulgação. 
“(...) A aplicação do prazo de 48hs. (quarenta e oito horas) 
para propositura de representações por invasão de horário 
da propaganda e nos casos da veiculação de propaganda 
irregular no horário normal das emissoras, segundo o 
entendimento desta Corte, tem como finalidade evitar o 
armazenamento táctico de reclamações a serem feitas no 
momento da campanha eleitoral, em que se torne mais útil 
subtrair o tempo do adversário. Tal prazo, não se aplica às 
representações por propaganda antecipada, cuja 
penalidade é a de multa, prevista no art. 36, §3º, da lei das 
Eleições (...)” (TSE – AgREspe n. 26.202/MG – DJ 16-3-
2007, p. 209) 
Legitimidade Ativa: art. 2º da Res. TSE n. 23.367 
Art. 2º As reclamações e as representações poderão ser 
feitas por qualquer partido político, coligação, candidato 
ou pelo Ministério Público (Lei nº 9.504/97, art. 96, caput 
e inciso I). 
Legitimidade Passiva: art. 36, §3º e art. 241 do Código Eleitoral. 
Todos aqueles que contribuíram com a conduta ilícita: partidos, 
coligações,candidatos, veículos de comunicação social, terceiros 
etc. 
AÇÕES ELEITORAIS 
19 
Art. 36 ... 
§ 3o A violação do disposto neste artigo sujeitará o 
responsável pela divulgação da propaganda e, quando 
comprovado o seu prévio conhecimento, o beneficiário (..) 
Art. 241. Toda propaganda eleitoral será realizada sob a 
responsabilidade dos partidos e por eles paga, 
imputando-lhes solidariedade nos excessos praticados 
pelos seus candidatos e adeptos. 
Consequência: as mais variadas, a depender do dispositivo 
afetado; 
Lei n. 9504/97: 
- Aplicação de multa: arts. 36, §3º, 37, §1º, 39, §8º, 43, 
§2º, 45, §2º. 
- Perda do tempo destinado a propaganda eleitoral: 
arts. 45, §2º, primeira parte e 55, parágrafo único. 
- Perda do direito a veiculação: art. 53, §3º. 
- Suspensão da programação de rádio e ou televisão: 
art.56 
Recurso: 
Art. 33. Contra sentença proferida por Juiz Eleitoral é 
cabível recurso eleitoral para o respectivo Tribunal 
Regional Eleitoral, no prazo de 24 horas da publicação 
em cartório, assegurado à parte recorrida o oferecimento 
de contrarrazões, em igual prazo, a contar da sua 
notificação, ressalvadas as hipóteses previstas no art. 31 
desta resolução (Lei nº 9.504/97, art. 96, § 8º). 
§ 1º Oferecidas as contrarrazões, ou decorrido o respectivo 
prazo, serão os autos imediatamente remetidos ao Tribunal 
Regional Eleitoral, inclusive mediante portador, se 
necessário. 
§ 2º Não cabe agravo de instrumento contra decisão 
proferida por Juiz Eleitoral que concede ou denega medida 
liminar.
AÇÕES ELEITORAIS 
20 
Formas de publicação: 
Art. 14. A publicação dos atos judiciais será realizada no 
Diário de Justiça Eletrônico ou, na impossibilidade, em 
outro veículo da imprensa oficial. 
§ 1º No período compreendido entre 5 de julho de 2012 e a 
proclamação dos eleitos, a publicação dos atos judiciais 
será realizada em cartório, devendo ser certificado nos 
autos o horário da publicação. 
§ 2º No período a que se refere o § 1º deste artigo, os 
acórdãos serão publicados em sessão de julgamento, 
devendo ser certificada nos autos a publicação. 
§ 3º O Ministério Público Eleitoral será pessoalmente 
intimado das decisões pelo Cartório Eleitoral, mediante 
cópia, e dos acórdãos, em sessão de julgamento, quando 
nela forem publicados.
- CONTAGEM DO PRAZO EM HORAS APÓS PROCLAMAÇÃO 
DOS ELEITOS: 
Sendo omissa a legislação em relação a contagem do prazo em 
horas, a partir da publicação da decisão no DJEPR, transcreve-se 
os seguintes julgados: 
“AGRAVO REGIMENTAL. AGRAVO DE 
INSTRUMENTO. RECURSO ESPECIAL ELEITORAL. 
CAPTAÇÃO ILÍCITA DE SUFRÁGIO. ELEIÇÕES 
2008. CONTAGEM DO PRAZO EM HORAS. 
CONVERSÃO EM DIA. POSSIBILIDADE. NÃO 
PROVIMENTO. 
1. O prazo fixado em horas pode ser convertido em 
dias. (Precedentes: AgR-ED-Rp nº 789/DF, Relator 
designado Min. Marco Aurélio Mello, PSESS de 
18.10.2005; AgR-AI nº 11.755/GO, Rel. Min. Arnaldo 
Versiani, DJE de 23.6.2010).
AÇÕES ELEITORAIS 
21 
2. Agravo regimental não provido.” (AgR-AI nº 858-
76.2010.6.00.0000, Rel. Min. Aldir Passarinho Junior, 
julg. 23.11.2010). 
“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. RECURSO. 
INTEMPESTIVO. REPRESENTAÇÃO. DECISÃO. 
JUIZ AUXILIAR. LIMINAR. DEFERIMENTO. PRAZO. 
24 HORAS. ART. 9º DA RES.-TSE Nº 22.142/2006. 
DESCUMPRIMENTO. 
1. O prazo de 24 horas pode ser convertido em um 
dia. 
2. Considera-se encerrado o prazo na última hora 
do expediente do dia útil seguinte. 
3. Tendo sido publicada a decisão no dia 2.2.2007 
(sexta-feira), o prazo para recorrer encerrou-se na 
última hora do expediente do dia 5.2.2007 
(segunda-feira). 
4. Não há omissão a ser sanada. 
5. Embargos conhecidos, mas rejeitados.” (ED-AgR-Rp 
nº 1.328/SP, Rel. Min. Marcelo Ribeiro, DJE de 
17.9.2008). 
EMENTA – REPRESENTAÇÃO ELEITORAL - 
PROPAGANDA ANTECIPADA – INTIMAÇÃO 
SENTENÇA VIA DIÁRIO DA JUSTIÇA – PRAZO EM 
HORAS - CONTAGEM – INTEMPESTIVIDADE - 
RECURSO NÃO CONHECIDO. 
1. O prazo de 24 horas pode ser convertido em um 
dia. 
2. Tendo sido publicada a sentença no dia 04.07.2012 
(quarta-feira), o prazo para recorrer encerrou-se na 
última hora do expediente do dia 05.07.2012 (quinta-
feira). 
3. Recurso não conhecido. 
(RE 215-91.2012.6.16.0004, Rel. Rogério Coelho, 
TREPR)
AÇÕES ELEITORAIS 
22 
Direito de Resposta 
Legislação: 
Art. 5º, V da Constituição Federal, art. 58, Lei n. 9.504/1997 e Res. 
TSE n. 23.367/2011. 
Art. 58. A partir da escolha de candidatos em convenção, é 
assegurado o direito de resposta a candidato, partido ou 
coligação atingidos, ainda que de forma indireta, por 
conceito, imagem ou afirmação caluniosa, difamatória, 
injuriosa ou sabidamente inverídica, difundidos por 
qualquer veículo de comunicação social. 
Finalidade: 
Ação voltada a manter a igualdade de condições na disputa 
eleitoral, assegurando ao candidato, partido político ou coligação 
resposta sobre conduta ilícita prevista na legislação eleitoral que 
extrapole os princípios da informação e da veracidade na 
campanha. 
Rito: art. 58, Lei n. 9.504/1997 e Res. TSE n. 23.367/2011 
Competência: segue a regra geral das representações. 
Art. 96. Salvo disposições específicas em contrário desta 
Lei, as reclamações ou representações relativas ao seu 
descumprimento podem ser feitas por qualquer partido 
político, coligação ou candidato, e devem dirigir-se: 
 I - aos Juízes Eleitorais, nas eleições municipais;
 II - aos Tribunais Regionais Eleitorais, nas eleições 
federais, estaduais e distritais; 
AÇÕES ELEITORAIS 
23 
 III - ao Tribunal Superior Eleitoral, na eleição 
presidencial.
As representações, em eleições municipais, devem ser dirigidas aos 
juízes eleitorais segundo a regra de competência constante da Res. 
TRE/PR n. 619/2012. 
Res. TSE n. 23.367: 
Art. 15. Os pedidos de resposta devem dirigir-se ao Juiz 
Eleitoral encarregado da propaganda eleitoral. 
Prazo de interposição: 
Pedidos de Resposta: a partir da escolha de candidatos 
em convenção é assegurado o direito de resposta, nos 
seguintes prazos:
a) Órgão de imprensa escrita: 72 horas, a contar das 19 horas da 
data constante da edição em que veiculada a ofensa, salvo prova 
documental de que a circulação, no domicílio do ofendido, se deu 
após esse horário (art. 16, I, a, Res. TSE n. 23.367/2011). 
b) Programação normal das emissoras de rádio e de TV: 48 horas 
a contar da veiculação (art. 16, II, a, Res. TSE n. 23.367/2011). 
c) Horário eleitoral gratuito: 24 horas contadas a partir da 
veiculação da ofensa (art. 16, III, a, Res. TSE n. 23.367/2011). 
Legitimidade Ativa: art. 58, caput da Lei n. 9504/97. 
a) Candidatos ou pré-candidatos; 
b) Partidos políticos; 
c) Coligações; 
d) Ministério Público; 
Observação: O terceiro (o não participante do processo eleitoral) 
poderá formular pedido de direito de resposta à Justiça Eleitoral 
quando o ato ilícito for veiculado no horário eleitoral gratuito. Se a 
AÇÕES ELEITORAIS 
24 
ilicitude decorreu de veiculação na imprensa escrita ou fora do 
horário eleitoral, na programação normal de rádio ou televisão, o 
pedido é de competência da Justiça Comum. (José Jairo Gomes, 
Direito Eleitoral, 8º Ed., Sp, Atlas, 2012, p. 417 e Elmana Viana
Lucena Esmeralda, Processo Eleitoral, J.H. Mizuno, SP, 2011, p. 
117) 
Direito de Resposta exercido por terceiro: 
Art. 17. Os pedidos de resposta formulados por terceiro, 
em relação ao que foi veiculado no horário eleitoral 
gratuito, serão examinados pela Justiça Eleitoral e deverão 
observar os procedimentos previstos na Lei nº 9.504/97, 
naquilo que couber. 
Legitimidade Passiva: responsável pela divulgação de conceito, 
imagem ou afirmação caluniosa, difamatória, injuriosa ou 
sabidamente inverídica. 
- Existe divergência na jurisprudência quanto a 
inclusão do veículo de comunicaçãono pólo passivo: 
Pela inclusão: 
DIREITO DE RESPOSTA. CANDIDATO A PREFEITO. 
MATÉRIA. VEICULAÇÃO. JORNAL. 
RESPONSABILIDADE. TERCEIRO. PREJUDICIALIDADE. 
ADVENTO. ELEIÇÕES. NÃO-CARACTERIZAÇÃO. 
EXCLUSÃO. VEÍCULO DE COMUNICAÇÃO. RELAÇÃO 
PROCESSUAL. ATRIBUIÇÃO. ÔNUS. RESPOSTA. 
IMPOSSIBILIDADE. TEXTO DA RESPOSTA. RELAÇÃO. 
FATOS SUPOSTAMENTE OFENSIVOS. ART. 58, § 3º, I, 
A, DA LEI Nº 9.504/97 APLICÁVEL POR ANALOGIA AO 
DISPOSTO NA ALÍNEA B, SEGUNDA PARTE, INCISO III, 
DO MESMO DISPOSITIVO. 
(...)
2. Em se tratando de pedido de direito de resposta que se 
originou por meio de matéria veiculada em jornal cuja 
AÇÕES ELEITORAIS 
25 
ofensa é atribuída a terceiro, é recomendável que o veículo 
de comunicação figure na relação processual, a fim de lhe 
assegurar a ampla defesa, além do que, tal providência 
objetiva que ele assuma sua responsabilidade quanto à 
veiculação de matérias que possam ter repercussão no 
pleito. Precedente: Acórdão nº 19.880. 
3. A disposição contida no art. 36 da Lei de Imprensa, que 
imputa a veiculação da resposta ao veículo de 
comunicação, cujo custo deve ser cobrado, posteriormente, 
do ofensor, não pode ser invocada para admitir que a 
Justiça Eleitoral tão-somente imponha o ônus ao jornal, 
sem estar ele no pólo passivo da representação. 
4. A decisão que impõe a veículo de comunicação que não 
figurou no processo a obrigação de veicular direito de 
resposta cujo ônus é de terceiro, configura ofensa ao art. 
472 do Código de Processo Civil. 
5. O art. 58, § 3º, I, a, da Lei nº 9.504/97 estabelece, no 
que se refere ao pedido de direito de resposta em 
imprensa escrita, a exigência de que seja ele instruído com 
o texto para a resposta, devendo este ser dirigido aos fatos 
supostamente ofensivos, entendimento aplicável por 
analogia ao disposto na alínea b, segunda parte, inciso III, 
do mesmo dispositivo. Precedente: Acórdão nº 1.395.
Recursos especiais conhecidos e providos. 
(TSE, Respe n. 24.387/RJ, rel. Ministro Carlos Eduardo 
Caputo Bastos, DJ 16.09.2005, p.172) 
RECURSO ELEITORAL. REPRESENTAÇÃO. DIREITO 
DE RESPOSTA. ELEIÇÕES 2008. PROCEDÊNCIA. 
Preliminares. 
1) Intempestividade do recurso. Rejeitada. Intimação de 
representante da empresa recorrente não-qualificado nos 
autos. Não-intimação do advogado da parte. Necessidade 
de intimação, tendo em vista que a sentença não foi 
publicada no prazo de 72 horas, previsto no art. 58, § 2º, 
da Lei n. 9.504/97. 
AÇÕES ELEITORAIS 
26 
 2) Ilegitimidade passiva da empresa jornalística. Rejeitada. 
Veículo de comunicação que divulga matéria negativa ou 
ofensiva tem legitimidade para figurar no pólo passivo da 
representação por direito de resposta. Precedente. 
 3) Impropriedade do rito de direito de resposta previsto no 
art. 58 da Lei n. 9.504/97. Rejeitada. Aplicação do rito da 
Lei n. 5.250/67 somente é admissível em se tratando de 
ofensa contra terceiros. Resolução n. 20.675/2000/TSE. No 
caso em apreço, em que o exercício do direito de resposta 
é requerido por coligação partidária, o rito é disciplinado 
pelo art. 58 da Lei n. 9.504/97. 
Mérito. Matéria questionada não possui afirmações de 
cunho ofensivo, mas apenas severas críticas políticas. Não 
enseja direito de resposta a matéria que não ultrapassa os 
limites da crítica política. Precedentes do Tribunal Superior 
Eleitoral. Recurso a que se dá provimento. 
(RECURSO ELEITORAL nº 5013, Acórdão nº 4207 de 
01/10/2008, Relator(a) RENATO MARTINS PRATES, 
Publicação: PSESS - Publicado em Sessão, Volume 
20:35, Data 01/10/2008 ) 
Recurso. Direito de Resposta. Eleições 2012. 
Decisão originária que julgou parcialmente procedente a 
representação, concedendo direito de resposta à recorrida. 
Legitimidade do órgão de imprensa escrita para figurar no 
polo passivo do pedido de direito de resposta. Assegurado 
o direito de resposta ao candidato atingido por afirmação 
injuriosa, difamatória ou ofensiva, difundida por qualquer 
veículo de comunicação social. Notícia veiculada no jornal 
que extrapola a crítica moderada, externando opinião 
maliciosa e tendenciosa. Provimento negado. (Recurso 
Eleitoral nº 82676, Acórdão de 11/09/2012, Relator(a) 
DR. ARTUR DOS SANTOS E ALMEIDA, Publicação: 
PSESS - Publicado em Sessão, Data 11/09/2012)
Pela não inclusão: 
AÇÕES ELEITORAIS 
27 
DIREITO DE RESPOSTA. COLIGAÇÃO PARTIDÁRIA. 
PARTIDO POLÍTICO. IMPRENSA.
(...) 
5. A Lei 9.504 é diploma que "estabelece normas para as 
eleições". Nela, o seu mais caracterizado objetivo é 
assegurar a lisura do processo eleitoral. Lisura que outra 
coisa não é senão a própria depuração do regime 
representativo e da moralidade que se põe como 
inafastável condição de investidura em cargo político-
eletivo. Daí que tudo gravite em torno dos protagonistas 
centrais do certame, que são os candidatos e seus partidos 
políticos, agindo estes assim de forma isolada como em 
coligação; 
6. Nesse bem fincado palco é que se aclara a 
compreensão do mencionado art. 58: ele assegura, sim, 
direito de resposta, porém às expensas de qualquer um 
daqueles três centrados atores da cena eleitoral: 
candidato, partido, coligação partidária. Vale dizer, tão-
somente às custas de um ofensor que seja ao mesmo 
tempo ator político é que o ofendido vê a sua honra 
desagravada, ou a verdade dos fatos restabelecida. 
Passando a ocupar, então, o mesmo espaço em que se 
movimentou o seu adversário (candidato, partido, ou 
coligação partidária, repise-se). Terçando as mesmas 
armas de que se valeu o seu eventual detrator. Pois assim 
é que se restabelece o equilíbrio de forças entre 
competidores de uma mesma pugna, sabido que o direito 
de resposta é mecanismo assecuratório desse mesmo 
equilíbrio entre partes; 
7. É certo, não se nega, que o art. 58 termina sua fala 
normativa com explícita referência ao agravo que se 
veicule "por qualquer meio de comunicação social". Mas 
não é menos certo que tal referência apenas quer explicitar 
o seguinte: a longa manus da lisura eleitoral persegue o 
ofensor por todos os espaços de sua ilícita movimentação, 
ainda que perpetrada esta em momento e local não-
coincidentes com aqueles reservados ao programa eleitoral 
AÇÕES ELEITORAIS 
28 
gratuito. Noutros termos, o que importa é garantir ao 
ofendido a possibilidade do desagravo, seja qual for o 
veículo de que se valeu o ofensor para alcançar o 
chamado grande público (âmbito pessoal de alcance dos 
meios de comunicação social, não por acaso rotulados de 
meios de comunicação de massa); 
8. Representação que não ultrapassa a barreira processual 
do conhecimento. O art. 58 da Lei 9.504 não incide, no 
ponto, em razão de a parte representada não integrar o rol 
dos três encarecidos atores da cena eleitoral: candidato, 
agremiação partidária, coligação de partidos. 
(TSE, Rp. 1201/DF, rel. Ministro Marcelo Ribeiro, rel. 
designado ministro Carlos Ayres Britto, Publicado em 
Sessão em 02.10.2006) 
Consequência: Res. TSE n. 23.367 e art. 58, Lei n. 9504/97. 
I – em órgão da imprensa escrita: 
(...) 
c) deferido o pedido, a divulgação da resposta será dada 
no mesmo veículo, espaço, local, página, tamanho, 
caracteres e outros elementos de realce usados na ofensa, 
em até 48 horas após a decisão ou, tratando-se de veículo 
com periodicidade de circulação maior do que 48 horas, na 
primeira oportunidade em que circular (Lei nº 9.504/97, art. 
58, § 3º, I, b); 
II – em programação normal das emissoras de rádio e de 
televisão: 
(...) 
d) deferido o pedido, a resposta será dada em até 48 horas 
após a decisão, em tempo igual ao da ofensa, nunca 
inferior a 1 minuto (Lei nº 9.504/97, art. 58, § 3º, II, c); 
III – no horário eleitoral gratuito: 
(...) 
AÇÕES ELEITORAIS 
29 
f) deferido o pedido para resposta, a emissora geradora e o 
partido político ou a coligação atingidos deverão sernotificados imediatamente da decisão, na qual deverão 
estar indicados o período, diurno ou noturno, para a 
veiculação da resposta, sempre no início do programa do 
partido político ou coligação, e, ainda, o bloco de 
audiência, caso se trate de inserção (Lei nº 9.504/97, art. 
58, § 3º, III, d); 
(...) 
h) se o ofendido for candidato, partido político ou coligação 
que tenha usado o tempo concedido sem responder aos 
fatos veiculados na ofensa, terá subtraído tempo idêntico 
do respectivo programa eleitoral; tratando-se de terceiros, 
ficarão sujeitos à suspensão de igual tempo em eventuais 
novos pedidos de resposta e à multa no valor de R$ 
2.128,20 (dois mil cento e vinte e oito reais e vinte 
centavos) a R$ 5.320,50 (cinco mil trezentos e vinte reais e 
cinquenta centavos) (Lei nº 9.504/97, art. 58, § 3º, III, f). 
IV – em propaganda eleitoral pela internet: 
a) deferido o pedido, a divulgação da resposta será dada 
no mesmo veículo, espaço, local, horário, página 
eletrônica, tamanho, caracteres e outros elementos de 
realce usados na ofensa, em até 48 horas após a entrega 
da mídia física com a resposta do ofendido (Lei nº 
9.504/97, art. 58, § 3º, IV, a); 
b) a resposta ficará disponível para acesso pelos usuários 
do serviço de internet por tempo não inferior ao dobro em 
que esteve disponível a mensagem considerada ofensiva 
(Lei nº 9.504/97, art. 58, § 3º, IV, b); 
c) os custos de veiculação da resposta correrão por conta 
do responsável pela propaganda original (Lei nº 9.504/97, 
art. 58, § 3º, IV, c). 
AÇÕES ELEITORAIS 
30 
Descumprimento das decisões: 
Art. 20. O não cumprimento integral ou em parte da 
decisão que reconhecer o direito de resposta sujeitará o 
infrator ao pagamento de multa no valor de R$ 5.320,50 
(cinco mil trezentos e vinte reais e cinquenta centavos) a 
R$ 15.961,50 (quinze mil novecentos e sessenta e um 
reais e cinquenta centavos), duplicada em caso de 
reiteração de conduta, sem prejuízo do disposto no art. 347 
do Código Eleitoral (Lei nº 9.504/97, art. 58, § 8º). 
Direito de resposta nos últimos dias do Horário Eleitoral 
Gratuito: 
É possível o direito de resposta nos últimos dias do horário eleitoral 
gratuito, nos termos do §1º do art. 16 da Res. TSE n. 23.367/2011: 
§ 1º Se a ofensa ocorrer em dia e hora que inviabilizem sua 
reparação dentro dos prazos estabelecidos neste artigo, a 
resposta será divulgada nos horários que a Justiça Eleitoral 
determinar, ainda que nas 48 horas anteriores ao pleito, 
em termos e forma previamente aprovados, de modo a não 
ensejar tréplica (Lei nº 9.504/97, art. 58, § 4º). 
Recurso: Res. TSE n. 23.367 e art. 96, §8º da Lei 9.504/97 
Art. 33. Contra sentença proferida por Juiz Eleitoral é 
cabível recurso eleitoral para o respectivo Tribunal 
Regional Eleitoral, no prazo de 24 horas da publicação em 
cartório, assegurado à parte recorrida o oferecimento de 
contrarrazões, em igual prazo, a contar da sua notificação, 
ressalvadas as hipóteses previstas no art. 31 desta 
resolução (Lei nº 9.504/97, art. 96, § 8º). 
§ 1º Oferecidas as contrarrazões, ou decorrido o respectivo 
prazo, serão os autos imediatamente remetidos ao Tribunal 
Regional Eleitoral, inclusive mediante portador, se 
necessário. 
AÇÕES ELEITORAIS 
31 
Art. 96. Salvo disposições específicas em contrário desta 
Lei, as reclamações ou representações relativas ao seu 
descumprimento podem ser feitas por qualquer partido 
político, coligação ou candidato, e devem dirigir-se: 
I - aos Juízes Eleitorais, nas eleições municipais;
II - aos Tribunais Regionais Eleitorais, nas eleições 
federais, estaduais e distritais; 
III - ao Tribunal Superior Eleitoral, na eleição presidencial. 
§ 8º Quando cabível recurso contra a decisão, este deverá 
ser apresentado no prazo de vinte e quatro horas da 
publicação da decisão em cartório ou sessão, assegurado 
ao recorrido o oferecimento de contra-razões, em igual 
prazo, a contar da sua notificação. 
AÇÕES ELEITORAIS 
32 
Representação na Pesquisa Eleitoral 
Legislação: Art. 33 da Lei nº 9.504/97, art. 1º da Res.- TSE nº 
23.364/2011.
Finalidade: coibir e punir os responsáveis pela divulgação de 
pesquisas eleitorais que não tenham sido registradas em 
atendimento da legislação. 
Rito: Artigo 96 da Lei nº 9.504/97 e artigos 1º a 14 da Res. TSE 
23.367/2011.
Competência: art. 96, Lei n. 9.504/97:
Art. 96. Salvo disposições específicas em contrário desta 
Lei, as reclamações ou representações relativas ao seu 
descumprimento podem ser feitas por qualquer partido 
político, coligação ou candidato, e devem dirigir-se: 
 I - aos Juízes Eleitorais, nas eleições municipais; 
 II - aos Tribunais Regionais Eleitorais, nas eleições 
federais, estaduais e distritais; 
 III - ao Tribunal Superior Eleitoral, na eleição 
presidencial. 
Prazo de interposição: 
O prazo para propositura da Representação Eleitoral em 
decorrência de Pesquisa sem registro é o mesmo das 
representações por propaganda irregular. (AREsp TSE nº 28.066/ e 
AG. nº 8225 TSE). 
AÇÕES ELEITORAIS 
33 
Legitimidade Ativa: O MPE, candidatos e partidos políticos ou 
coligações.
Legitimidade Passiva: Todo aquele que der causa a divulgação da 
pesquisa sem o registro na Justiça Eleitoral, assim como o Instituto 
de Pesquisa, o meio de comunicação que a divulgou, quem 
contratou, candidato, partido político e coligação ou, qualquer outro 
responsável. 
Consequência: 
Em caso de decisão condenatória será determinada a suspensão 
da divulgação da pesquisa até o regular registro e condenará os 
responsáveis ao pagamento de multa no valor de R$ 53.205,00 a 
R$ 106.410,00. A multa será aplicada de forma individual.
Recursos: art. 96, §8º da Lei n. 9504/97 e Res. TSE n. 
23.367/2011 
Lei n. 9504/97: 
Art. 96 ... 
§ 8º Quando cabível recurso contra a decisão, este deverá 
ser apresentado no prazo de vinte e quatro horas da 
publicação da decisão em cartório ou sessão, assegurado 
ao recorrido o oferecimento de contra-razões, em igual 
prazo, a contar da sua notificação. 
Res. TSE n. 23.367/2011 
Art. 33. Contra sentença proferida por Juiz Eleitoral é 
cabível recurso eleitoral para o respectivo Tribunal 
Regional Eleitoral, no prazo de 24 horas da publicação em 
cartório, assegurado à parte recorrida o oferecimento de 
contrarrazões, em igual prazo, a contar da sua notificação, 
ressalvadas as hipóteses previstas no art. 31 desta 
resolução (Lei nº 9.504/97, art. 96, § 8º). 
AÇÕES ELEITORAIS 
34 
Art. 35. Do acórdão do Tribunal Regional Eleitoral caberá 
recurso especial para o Tribunal Superior Eleitoral, no 
prazo de 3 dias, a contar da publicação (Código Eleitoral, 
art. 276, § 1º), salvo quando se tratar de direito de 
resposta. 
Peculiaridades: Novidade nas eleições 2012, o PesqEle sistema 
informatizado, dispensa a impressão de papéis e autuação. 
(Resolução TSE 23.364) 
Dados obrigatórios para divulgação da pesquisa: período da 
realização da coleta de dados; margem de erro; número de 
entrevistas; nome de quem realizou a pesquisa e se for o caso 
quem contratou; número de registro da pesquisa. 
Diferença de pesquisa e enquete: Pesquisa eleitoral utiliza 
metodologia científica e enquete é mero levantamento de opinião 
sem rigor científico. 
Abuso dos meios de comunicação social: O abuso mediante 
pesquisa irregular com o fim de influenciar o eleitorado poderá 
caracterizar ainda abuso nos meios de comunicação social, nos 
termos dos arts. 19 e 22 da LC 64/90, a ser apurado por meio da 
AIJE. 
AÇÕES ELEITORAIS 
35 
Recurso Contra Expedição de Diploma (RCED) 
Legislação: artigos 216, 262, 265, 266 e 267 do Código Eleitoral.
Finalidade: Desconstituir o pronunciamento judicial que deferiu a 
homologação do resultado das eleições. 
Rito: 
Aplica-se o rito previstonos artigos 265 e seguintes do Código 
Eleitoral. 
Consequências: Cassação do diploma do candidato eleito ou 
suplente, podendo ainda ser aplicada multa nos termos do 41-A da 
Lei 9.504/97, se a decisão reconhecer tal prática. 
Competência: 
Eleição para Prefeito, Vice-Prefeito ou Vereador, o julgamento é 
feito pelo TRE, embora o processo e instrução sejam feitos pelo 
Juiz Eleitoral. 
Nas eleições de Deputado Federal, Estadual ou Distrital, Senador, 
Governador e Vice-Governador, o julgamento é feito pelo 
TSE, embora o processo tramite no TRE.
Não cabe RCED contra candidatos a Presidente e Vice-Presidente 
da República. 
Prazo de interposição: 
O termo inicial é o dia seguinte à diplomação, ainda que esse dia 
seja recesso forense ou feriado, uma vez que se trata de prazo 
decadencial. (Respe nº 37002 de 2010, Ministro Felix Fisher)
Legitimidade Ativa: O membro do MPE; candidato; partido político; 
coligação. 
AÇÕES ELEITORAIS 
36 
Legitimidade Passiva: Candidatos eleitos e os suplentes, desde 
que diplomados. 
Consequência: Cassação do diploma do beneficiado (art. 262 CE). 
Recurso: 
Eleições Municipais: em decisões do TRE caberá 
Recurso Especial ao TSE e Embargos de Declaração; da 
decisão final do TSE caberá Recurso Extraordinário ao 
STF e Embargos de Declaração; da decisão que nega 
seguimento ao Recurso Especial ou Recurso Extraordinário 
caberá Agravo; das decisões monocráticas proferidas pelo 
Relator ou Presidente do TRE ou TSE, caberá Agravo 
Regimental ao pleno da Corte. 
Eleições Estaduais, Federais e Distritais: da decisão 
final do TSE cabe Embargos de Declaração e Recurso 
Extraordinário ao STF; da decisão que nega seguimento ao 
Recurso Especial ou Recurso Extraordinário cabe Agravo; 
das decisões monocráticas proferidas pelo Relator ou 
Presidente do TRE ou TSE cabe Agravo Regimental ao 
pleno da Corte. 
Peculiaridade: Parte predominante da doutrina entende que trata-
se de verdadeira ação eleitoral. 
AÇÕES ELEITORAIS 
37 
Ação de Impugnação de Mandato Eletivo (AIME) 
Legislação: CF 88, art. 14, §§ 10 e 11. 
Finalidade: 
Desconstituir a relação jurídica que dá sustentação ao mandato 
eletivo obtido ilicitamente pelo candidato eleito, em garantia da 
normalidade e legitimidade do exercício do poder de sufrágio 
popular contra a prática de abuso do poder econômico, corrupção 
ou fraude durante o processo eleitoral. 
Rito: Previsto na LC 64/90, referente à AIRC, mais célere, alterado 
pela Resolução 21.634/2004. 
Competência: 
Eleição para Presidente da República: TSE
Eleições para Governador e Vice-Governador, inclusive 
do DF, deputados federais e estaduais e senadores: 
Tribunais Regionais Eleitorais 
Eleições Municipais: Juízes Eleitorais 
Prazo de interposição: Até 15 dias após a diplomação, conforme a 
CF. 
Legitimidade Ativa: a) O Ministério Público Eleitoral, b) partido 
político, c) coligação e d) candidato.
Observação: Eleitor, segundo o TSE, não tem legitimidade 
para propor AIME. (AC. 11.835) 
Legitimidade Passiva: Diplomados 
AÇÕES ELEITORAIS 
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Consequências: 
Desconstituição do mandato como consequência do 
reconhecimento do ilícito eleitoral ou do benefício obtido nas urnas. 
Nesta ação não se decreta a inelegibilidade, salvo se ocorrer 
julgamento em conjunto com a AIJE. Em decorrência do art. 216, 
entende-se que a AIME só pode ter sua sentença executada depois 
do trânsito em julgado da sentença. 
Recursos: 
O sistema recursal é do Código Eleitoral, subsidiado pelo Código de 
Processo Civil. 
- Quanto às decisões de mérito são recorríveis: 
- No pleito municipal é cabível Recurso Eleitoral para o 
TRE (art. 265 CE). 
Contra acórdão regional pode-se ingressar com Recurso 
Especial Eleitoral de competência do TSE (art. 276, I) 
- Nos pleitos federais e estaduais é cabível recurso 
ordinário para o TSE (art. 121, § 4º, IV; 276, II, “a”). 
- Nas eleições para presidente o recurso deve ser 
encaminhado ao STF (CF, art. 121, § 3º, e art. 102, III). 
É cabível agravo (TSE – AC. 217 de 27.02.2003). 
Nos processos de competência originária do TRE não é cabível o 
agravo de instrumento para atacar decisões interlocutórias, sendo 
cabível o agravo regimental. 
Caso afronte “expressa disposição de lei” pode-se ingressar com 
recurso especial eleitoral. (artigo 542, § 3º, do CPC). 
Quanto aos efeitos dos recursos eleitorais, incide a regra de que 
não terão efeito suspensivo (art. 257 CE). 
AÇÕES ELEITORAIS 
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Peculiaridades: 
- Segredo de Justiça: a AIME corre em segredo de justiça por 
imposição constitucional; 
- AIME E AIJE: Inexiste litispendência entre a AIME e a AIJE, ainda 
que versem sobre os mesmos fatos, pois possuem objetivos 
diversos. 
AÇÕES ELEITORAIS 
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Bibliografia consultada: 
BARREIROS NETO. Jaime. Direito Eleitoral. Editora Jus Podium. 
2011.
 
ESMERALDO. Elmana Viana Lucena. Processo Eleitoral. 
Sistematização das Ações Eleitorais. JH Mizuno. 2ª Edição 
atualizada, 2012.
GOMES. José Jairo. Direito Eleitoral. Editora Atlas. 8ª Edição 
atualizada e ampliada, 2012.
VELLOSO. Carlos Mário. AGRA, Walber de Moura. Elementos de 
Direito Eleitoral. Editora Saraiva. 2ª Edição, 2010.
 
Código Eleitoral Anotado e Legislação Complementar. TSE. 10 ª 
Edição, Brasília, 2012.

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