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A crise das explicações religiosas e o triunfo da ciência - A sociedade europeia não se Daca conta das nefastas consequências que a Revolução Industrial teria para o mundo tradicional agrário e manufatureiro. Aos olhos dos homens eram vitoriosas as conquistas do conhecimento humano, no sentido de abrir caminho para o controle sobre as leis da natureza. - A vida parecia submeter-se aos ditames do homem esclarecido. Preparava-se o caminho para o amplo progresso científico, que aflorou quando capitalistas financeiros, investindo na atividade científica, fizeram surgir a chamada Revolução Científica. - O filósofo da Ilustração acreditava que a sociedade poderia ser explicada, conhecida e controlada. Daí proveio a discussão em torno do método científico. - A indução, método que concebia o conhecimento como resultado da experimentação contínua e do aprofundamento da manipulação, havia sido pregada por Bacon. - Descartes defendia a validade do método dedutivo, que possibilitava descobertas através do encadeamento lógico de hipóteses elaboradas a partir da razão. - A ciência se fundava como um conjunto de ideias que diziam respeito à natureza dos fatos e aos métodos para compreendê-los. - A Igreja foi questionada como fonte de poder secular, político e econômico e como instituição que feria os princípios da soberania nacional, na medida em que se imiscuía em questões civis e do Estado. Tal questionamento levou a uma descrença na doutrina e na infalibilidade eclesiástica, assim como ao repúdio à atuação secular do clero. - A religião começou a ser encarada como um dos aspectos da cultura humana, como algo criado pelos homens com finalidades práticas relativas à vida terrena, eliminando-se muito de seu aspecto sobrenatural e transcendente. - A nova maneira de encarar a doutrina religiosa auxiliou o desenvolvimento das ciências humanas, em particular das ciências sociais. Passava-se agora a buscar as explicações para a existência das crenças religiosas na própria sociedade. - A ciência não aparecia como uma forma particular de saber, mas como o saber capaz de abolir e suplantar as crenças religiosas e até mesmo as discussões éticas.
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