Buscar

PDTA A escola que eu sempre sonhei. Escola da Ponte - Pinóquio às avessas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Nomes
PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO E TEORIAS DE APRENDIZAGEM
TEORIAS E ABORDAGENS PEDAGÓGICAS 
São Paulo – 2016
PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO E TEORIAS DE APRENDIZAGEM
TEORIAS E ABORDAGENS PEDAGÓGICAS 
Trabalho comparativo de teoria apresentada na disciplina Psicologia do Desenvolvimento e teorias de Aprendizagem e a obra de Rubem Alves (Escola com que sempre sonhei sem imaginar que pudesse existir), da graduação de Psicologia.
Orientador: Profª 
São Paulo – 2016
ÍNDICE
	1.OBJETIVO ............................................................................................
	Pág. 4
	2.INTRODUÇÃO......................................................................................
	Pág. 5
	3. DESENVOLVIMENTO..........................................................................
	Pág. 6
	3.1 - ABORDAGEM TRADICIONAL.........................................................
	Pág. 6
	3.2 - ABORDAGEM HUMANISTA............................................................
	Pág. 7
	3.3- ABORDAGEM COMPORTAMENTAL..............................................
3.4- ABORDAGEM PSICANALISTA........................................................
3.5-ABORDAGEM CONSTRUTIVISTA.................................................... 
3.6- ABORDAGEM DE INTELIGENCIA EMOCIONAL............................
3.7- ABORDAGEM SOCIO CULTURAL..................................................
3.8- ABORDAGEM INTELIGENCIA MULTIPLAS....................................
	Pág. 8
Pág. 9
Pág. 9
Pág. 10
Pág. 11
Pág. 12
	4. CONCLUSÃO.......................................................................................
	Pág. 13
	5. BIBLIOGRAFIA.....................................................................................
	Pág. 15
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
1. OBJETIVO
A partir da leitura do livro “A escola que sempre sonhei sem imaginar que pudesse existir” de Rubem Alves, onde o autor expressa as principais diferenças entre as abordagens levantadas na disciplina teremos um comparativo da abordagem tradicional, humanista, comportamental, psicanalista, construtivista, sócio cultural, inteligência emocional e inteligências múltiplas. O autor apresenta críticas à abordagem de ensino tradicional, pois a metodologia de ensino da Escola da Ponte tem uma inclinação para a abordagem humanista e construtivista, procurou expor as marcas que o ensino tradicional tem causado no desenvolvimento e aprendizados das crianças que estão nele inclusas. A partir desse levantamento, podemos identificar melhor as características de cada abordagem, suas diferenças e ampliar o conhecimento a respeito de cada abordagem e de sua aplicação no ensino.
2. INTRODUÇÃO
	Dentro da disciplina de Psicologia do Desenvolvimento e Teorias da Aprendizagem foram apresentadas as principais abordagens pedagógicas: Tradicional, Humanista, Comportamental, Psicanalista, Construtivista, Sociocultural e Inteligência Emocional e Inteligências Múltiplas. 
A partir das abordagens levantadas, como tema de estudo, temos o livro “A escola que sempre sonhei sem imaginar que pudesse existir” de autoria de Alves Rubem que nos traz a reflexão já em suas primeiras linhas, se contrapondo aos contos e aos métodos de ensino regidos por ideologias repressivas que depositam o conhecimento no aluno de maneira engessada, causando competição e individualidade em sala de aula, excluindo a capacidade de pensar e isolando quem tem habilidades diferentes do que está sendo aplicado. 
O método da escola da Ponte é voltado para o princípio de que, entre o interior e exterior existe uma troca de conhecimento, todos são iguais, não há distinção entre alunos, e de que sempre temos algo para aprender e ensinar independentemente da idade criança que a criança tenha, adolescente, adulto ou idoso todos podemos contribuir e ao nos depararmos com o novo, o conhecimento despertará. 
As crianças aprendem a trabalhar em grupo, ajudando os demais, sendo solidários uns com os outros, saindo do senso comum de forma reflexiva, logo essas crianças serão seres humanos transformados, pois aprenderam isso desde a infância e é disso que a sociedade brasileira precisa. 
3. DESENVOLVIMENTO
3.1 - ABORDAGEM TRADICIONAL
A abordagem tradicional apresenta um método onde a criança é considerada uma tabula rasa onde ele é passivo das informações recebidas. Não tem senso crítico e não consegue expor sua opinião e temas que gostaria de aprender, logo esse aluno ser torna desinteressado pela falta de interação na aula. 
Por que é que, a despeito de toda pedagogia, as crianças têm dificuldades em aprender nas escolas? Porque nas escolas o ensinado não vai colado à vida. Isso explica o desinteresse dos alunos pela escola. (Rubem Alves, pag. 34)
Na metodologia de ensino tradicional o aluno acumula conhecimento, portando o professor tem o dever de passar conteúdo em excesso, a quantidade define o conhecimento e memorização da criança. O aluno tem papel insignificante na elaboração do que aprenderá a ele cabe apenas o papel de fazer suas tarefas e aprender.
Explica também a indisciplina, Por que haveria uma criança de disciplinar-se, se aquilo que ela tem de aprender não é aquilo que o seu corpo deseja saber? E explica também a preguiça que sentem as crianças ao se defrontarem com as lições de casa. Roland Barthes tem um delicioso ensaio sobre a preguiça. Segundo ele, há dois tipos de preguiça. Um deles, abençoado, é a preguiça de quem está deitado na rede de barriga cheia. Não quer fazer nada porque na rede está muito bom. O outro tipo é preguiça infeliz, ligada inseparavelmente à escola. O aluno se arrasta sobre a lição de casa. Não quer fazê-la, A vida o está chamando numa outra direção mais alegre, Mas não tem alternativa. É obrigado a fazer a lição. Por isso ele se arrasta em sofrimento (Rubem Alves, pag. 34)
O método tradicional apresenta o molde de conhecimento já está pronto, nada se cria, os alunos são separados em turmas, de idade diferente a cada ano. O aluno deverá passar por um ano com o conteúdo que é definido com tudo que ele supostamente precisa aprender; seu dever é fazer suas atividades e entregar de maneira individual, cada um é responsável pelo seu desenvolvimento individual para ter a nota que merece no final do bimestre, semestre e ano, de acordo com o modelo de avaliação, passando assim para o próximo ano. 
Nas nossas escolas: salas separadas - o que se ensina é que a vida é cheia de espaços estanques; turmas separadas e hierarquizadas - o que se ensina é que a vida é feita de grupos sociais separados, uns em cima dos outros. Consequência prática: a competição entre as turmas, competição que chega à violência (os trotes!) (Rubem Alves, pag. 45)
3.2 - ABORDAGEM HUMANISTA
Na abordagem de ensino humanista os alunos tem liberdade para estudar temas que acham interessantes e importantes para si, tendo autonomia. O professor é um facilitador do conhecimento, quando necessário, é convidado a participar do estudo criando condições para o desenvolvimento dos alunos. As crianças que estão tendo alguma dificuldade tem liberdade para pedir ajuda dos demais.
Ditas essas palavras, ela abriu a porta e, ao entrar, o que vi me causou espanto. Era uma sala enorme, enorme mesmo, sem divisões, cheia das mesinhas baixas, próprias para as crianças. As crianças trabalhavam nos seus projetos, cada uma de uma forma. Moviam-se algumas pela sala, na maior ordem, tranquilamente. Ninguém corria. Ninguém falava em voz alta. Em lugares assim normalmente se ouve um zumbido, parecido com o zumbido de abelhas. Nem isso se ouvia. Notei, entre as crianças, algumas com síndrome 30 de Down que também trabalhavam. As professoras estavam assentadas com as crianças, em algumas mesas, e se moviam quando necessário. Nenhum pedido de silencio. Nenhum pedido de atenção, Não era necessário. (Rubem Alves, pag. 29e 30)
A teoria Humanista considera o aluno arquiteto do seu conhecimento, ele tem liberdade para criar seu próprio conhecimento de maneira subjetiva, através da troca de experiência com os demais e expondo o que vive.
E que as frases que se encontravam escritas na parede da Escola da Ponte eram frases propostas pelas próprias crianças, frases que diziam o que elas estavam vivendo, Aprendiam, assim, que a escrita serve para dizer a vida que cada um vive. (Rubem Alves, pag. 30)
Dentro do ensino humanista, as crianças aprendem que são autônomas no seu desenvolvimento, por este motivo não existe descriminação e diferença, pois cada um é um ser único. Assim as crianças se tornam mais flexíveis e compreensíveis, pois atribuem significado ao mundo do outro independente da sua diferença. 
Ando um pouco mais e encontro uma menina com síndrome de Down trabalhando com outras, numa mesinha. Ela trabalha de forma concentrada. Sua presença é uma presença igual à de todas as demais crianças: alguém que não sabe muitas coisas, que pode aprender muitas coisas. Acima de tudo ela aprende que ela tem um lugar importante na vida. (Rubem Alves, pag. 31)
3.3 - ABORDAGEM COMPORTAMENTAL
A abordagem comportamental acredita que na influência do ambiente que o aluno está inserido, o meio pode manipular e modificar seu comportamento conforme as condições e experiências oferecidas, moldando o comportamento e construindo o conhecimento. 
Uma escola em que o saber vá nascendo das perguntas que o corpo faz. Uma escola em que o ponto de referência não seja o programa oficial a ser cumprido (inutilmente!), mas o corpo da criança que vive, admira, encanta-se, espanta-se, pergunta, enfia o dedo, prova com a boca, erra, machuca-se, brinca. Uma escola que seja iluminada pelo brilho dos inícios. (Rubem Alves, pag. 38)
A abordagem de ensino comportamentalista tem o conhecimento como algo que vem do mundo externo e através da experiência se adquire o conhecimento, como é citado na situação abaixo: 
Esse é o destino de toda ciência que não é aprendida a partir da experiência: o esquecimento. Quanto à ciência que se aprende a partir da vida, ela não é esquecida nunca. A vida é o único programa que merece ser seguido. Quem navegaria num barco que só fosse à direção do vento, e não na que se deseja?
Quanto à ciência que se aprende a partir da vida, ela não é esquecida nunca. (Rubem Alves, pag. 42)
A teoria comportamental, acredita que o conhecimento se dá através do fenômeno das experiências, principalmente quando são atos reforçadores. O espaço onde o aluno está inserido propicia e molda seu aprendizado e através do empirismo é transmitido o conhecimento. 
Ele descreve o seu ideal de aula como sendo a criação de um espaço – isso mesmo! Um espaço! Parecido com aqueles que existe quando uma criança brinca ao redor da mãe. Explico. A criança pega um botão, leva para a mãe. A mãe ri, e faz um corrupio (você sabe o que é um corrupio?). Pega um pedaço de barbante. Leva para a mãe. A mãe ri e lhe ensina a fazer nós. Ele conclui que o importante não é nem
o botão nem o barbante, mas esse espaço lúdico que se ensina sem que se fale sobre ele. (Rubem Alves, pag. 45)
3.4- ABORDAGEM PSICANALITICA
Para a abordagem psicanalítica a criança é movida pelo ID, que são os desejos, afetos e impulsos inconscientes. O desejo de saber vem de forma subliminar a sanar suas curiosidades que foram reprimidas e deixadas de lado anteriormente. O professor recebe esse conhecimento oferecido pelo aluno e o conhecimento se dá na relação aluno-professor.
Espantoso foi como Rubem Alves, psicanalista atento, que acredita que no mais
profundo do inconsciente mora a beleza, entendeu que a essência que respiramos
diariamente nesta escola é construída no respeito e interajuda aluno-aluno, aluno-professor, professor-aluno, professor-professor; respeito por todos os saberes, valores e atitudes, de todos, igualmente. (Rubem Alves, pag. 48)
Para Freud aprendemos com o consciente e o inconsciente, que é constituído de maneira primaria e lúdica na hora de aprender. A educação para ele depende da motivação, que desperta a curiosidade do saber, e as razões seriam perguntas do vindas do inconsciente. 
Não residirá aqui a nossa mais-valia? A tal beleza em que Rubem acredita? Eu também acredito, porque diariamente procuramos dar continuidade ao tal tempo em que a infância continue a brincar. (Rubem Alves, pag. 48)
3.5- ABORDAGEM CONSTRUTIVISTA
Segundo a abordagem construtivista o aluno aprende a dar significado para o mundo para compreender as coisas, essa construção tem etapas e varia de acordo com o desenvolvimento individual de cada aluno, o conhecimento depende da sua elaboração e associação. 
Um exercício fascinante a se fazer com as crianças seria provocá-las para que elas imaginassem o nascimento dos vários objetos que existem numa casa, Todos os objetos, os mais humildes, têm uma história para contar. Que necessidade fez com que se inventassem panelas, facas, vassouras, O fósforo, a lâmpada, as garrafas, o fio dental? Quais poderiam ter sido os passos da inteligência, no processo de inventá-los? Quem é capaz de, na fantasia, reconstruir a história da invenção desses objetos fica mais inteligente, Depois de inventados, eles não precisam ser inventados de novo, Quem inventou passa a possuir a receita para sua fabricação. E é assim que as gerações mais velhas passam para seus filhos as receitas de técnicas que tornam possível a sobrevivência. (Rubem Alves, pag. 37)
O construtivismo não vê algo pronto, pois tudo está em constante evolução dando autonomia ao aluno e acreditando na construção do conhecimento, associação e técnicas para compreensão do mesmo. O conhecimento não nasce com o indivíduo ele aprende a construir como é citado abaixo: 
O mesmo pode ser dito da aprendizagem de técnicas: o indiozinho que aprende a fabricar e a usar o arco e a flecha, a construir canoas e a pescar, a andar sem se perder na floresta, a construir ocas está se tornando num membro do seu grupo, reconhecido por suas habilidades e por sua contribuição à sobrevivência da tribo. O que ele aprende e sabe faz sentido. Ele sabe o uso de seus saberes. (Rubem Alves, pag. 37)
O aluno abstrai do meio o que é de seu interesse, depois reconstrói e reflete com o que já tem de conhecimento, dando novos significados para o objeto. Segundo Piaget existe pelo menos duas fases, a Fase Exógena (fase da constatação, repetição e cópia) e Fase Endógena (fase da compreensão das combinações e relações dependendo totalmente do sujeito). 
Um exercício fascinante a se fazer com as crianças seria provocá-las para que elas imaginassem o nascimento dos vários objetos que existem numa casa, Todos os objetos, os mais humildes, têm uma história para contar. Que necessidade fez com que se inventassem panelas, facas, vassouras, O fósforo, a lâmpada, as garrafas, o fio dental?
Quais poderiam ter sido os passos da inteligência, no processo de inventá-los? Quem é capaz de, na fantasia, reconstruir a história da invenção desses objetos fica mais inteligente. (Rubem Alves, pag. )
3.6- ABORDAGEM INTELIGENCIA EMOCIONAL	
A educação vista pelo ângulo da inteligência emocional acredita que devemos respeitar as diferenças, focando nos sentimentos presentes na interação com o meio e pessoas de convívio, pois isso ajudará no desenvolvimento do aluno que sentirá prazer em estar na escola. Aprendendo a ter o controle de suas emoções diante de várias situações, esses são reforços criados a partir do método otimizando o processo cognitivo. A abordagem de Inteligência Emocional acredita que a educação e o ensino são afetivos, onde há o aprendizado com respeito a reagir e identificar melhor os próprios sentimentos e dos outros, regendo melhor os relacionamentos.
Dentro de uma mesma escola há diferentes interesses, diferentes olhares sobre as coisas. A minha filha aprendeu a ter respeito por ela própria e pelos outros. Aprendeu a ser feliz e a fazer os outros felizes. Aprendeu a liberdade respeitando a liberdadedos outros frequente deparar com situações de ensaios para "festas" em que as crianças acabam apenas por "emprestar" seu corpo para as representações, representando mais com medo que com prazer, pois os educadores e os pais "terão de gostar". Tudo é feito contra a espontaneidade e a criatividade das crianças que se limitam a cumprir as ordens de quem organiza a festa ou o teatro e de quem faz os fatos, constrói os adereços e os cenários. Essas festas repetem-se todos os anos e sempre com as mesmas características: no Natal, no Carnaval, no Dia Mundial da Criança, no Final do Ano... Repetem-se todos os dias, como se a escola fosse um palco cheio de personagens. O professor encena, dirige, organiza. Os alunos representam. Os pais agem como espectadores mais ou menos atentos.( Rubem Alves, pag. 50)
 
3.8- ABORDAGEM INTELIGENCIA MULTIPLAS
Na abordagem de inteligências múltiplas são aplicados diversas matérias o professor tem papel de encorajar o aluno em suas competências, e deve ficar atento, pois todos tem capacidade de desenvolvimento, o aluno é um indivíduo único que avança sozinho e aprende de diversas formas. A avaliação é despadronizada, avaliação é feita buscando resolver problemas e desenvolver produtos sozinhos, por meio de uma variedade de materiais. 
O que mais me impressionou nesta escola foi o valor que se dá à criança. Escutam-se suas opiniões e propostas; se aceita a diferença. Aqui, o professor é o amigo a quem se pode recorrer sem receio, quando se tem uma dúvida, quando se quer desabafar, ou contar um segredo. Razão tinha a Constância quando disse para a mãe: "Oh, mãe, a minha escola não é bem uma escola, é assim como uma família!"( Rubem Alves, pag. 50)
3.9- ABORDAGEM SOCIOCULTURAL
A educação na abordagem Sociocultural é vista com o conceito de que o conhecimento é mutuo e existe uma conscientização entre professor e alunos quanto mais os professores explorarem juntamente com os seus alunos, onde se transfere o conhecimento de si para o outro, nessa relação são ensinados tópicos como a autoconsciência e respeito. Paulo Freire diz também que a escola é uma instituição que existe num contexto para o conhecimento da sua origem histórica para superação do oprimido de forma libertadora. 
As crianças que chegavam à escola com uma cultura diferente da que ali prevalecia eram desfavorecidas pelo não reconhecimento da sua experiência sociocultural. Algumas das crianças que acolhíamos transferiam para a vida escolar os problemas sociais dos bairros pobres onde viviam. Exigiam de nós uma atitude de grande atenção e investimento no domínio afetivo e emocional. E tomamos consciência de que não passa de um grave equívoco a ideia de que se poderá construir uma sociedade de indivíduos personalizados, participantes e democráticos enquanto a escolaridade for concebida como um mero adestramento cognitivo.( Rubem Alves, pag. 65)
4. CONCLUSÃO 
Simples e diretamente, Rubem Alves traz críticas à reforma na educação do século XX reconhecendo as principais diferenças entre as abordagens, suas características individuais, ideologias, métodos aplicáveis e influencias da sociedade. Com o material apresentado na leitura de sua obra, desenvolvemos um olhar mais límpido para essa identificação, o que nos possibilitou enxergar na abordagem de ensino tradicional diretiva, que predomina a maior parte das instituições de ensino no Brasil, onde o professor ensina e o aluno escuta, analisando a aplicação de outros conceitos em instituições que estão quebrando alguns paradigmas da abordagem tradicional. 
É possível constatar relação entre algumas abordagens a forma de levar a criança a entender o mundo, lidar com as diferenças e o desenvolvimento desse indivíduo na sociedade. Rubem Alves mostra a importância em lidar com as diversidades, ensinar o respeito, sermos flexíveis e algumas abordagens trabalham isso com os alunos, porém não são todas. Temos o exemplo do humanismo, construtivismo e inteligência emocional, Sociocultural que são abordagens que trabalham, perante a educação, em uma linha de pensamento similar e se cruzam propondo uma reflexão ao papel do professor, sua importância e capacidade de estimular ou vetar sonhos, comportamentos e desenvolvimento de uma criança, com relação à escola, e o zelo pela integridade de sua forma individual de aprendizado em grupo e esse indivíduo como cidadão na sociedade. 	
Ainda com relação à abordagem sociocultural, pudemos identificar a valorização da interatividade do sujeito, propondo reflexão e autoanálise, onde a realidade da sociedade é um objeto a ser estudado e compreendido de forma objetiva. Além dessa abordagem, percebemos esse viés da importância no desenvolvimento pessoal, em termos de consciência, respeito e reflexão bem marcantes na Escola da Ponte.
A abordagem psicanalítica acredita na importância do laço afetivo, produzindo uma relação consistente de transferência entre aluno e professor para desenvolver o interesse e motivação para o aprendizado. Essa relação professor-aluno se opõe a abordagem tradicional que acredita que o professor não precisa ter relação com o aluno a ele cabe apenas o papel de aprender o que está sendo aplicado.
O autor procura demonstrar como as atividades escolares podem levar em conta as capacidades individuais, estruturando seus próprios trabalhos, oque mostra uma tendência comportamental e potencializa seu desenvolvimento e aprendizagem.
Podemos ainda identificar a sinuosidade das abordagens de ensino de inteligência emocional e inteligências múltiplas, que se mesclam claramente com outras abordagens de ensino e na própria Escola da Ponte, principalmente quando se diz respeito às individualidades do aluno e de como se forma seu conhecimento e se dá seu desenvolvimento.
Assim podemos concluir, que a maioria das escolar, leva pequenos traços de mais de uma abordagem de ensino para melhor desenvoltura, aceitação e alcance dos objetivos com o grupo escolar e seus integrantes.
	
5. BIBLIOGRAFIA
ALVES, Rubem. A ESCOLA QUE SEMPRE SONHEI SEM IMAGINAR QUE PUDESSE EXISTIR. Edição: 7°/2004. Editora: Papirus.
ANTUNES, Celso. ALFABETIZAÇÃO EMOCIONAL: NOVAS ESTRATÉGIAS. Petrópolis – RJ : Editora Vozes, 1999.
GARDNER, Howard. ESTRUTURAS DA MENTE-A TEORIA DAS INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS. Porto Alegre. Artes Médicas Sul, 1994.
KUPFER, Maria Cristina. FREUD E A EDUCAÇÃO : o mestre do impossível. São Paulo: Ed. Scipione, 1989.
MIZUKAMI, Maria da Graça Nicoletti. ENSINO: AS ABORDAGENS DO PROCESSO. São Paulo: EPU, 1986.

Outros materiais