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Penal – Sociologia e Teoria do Crime ESCOLAS PENAIS Até o século II, o direito penal não existia – o que existia era o “período de vingança”; Do séc. I ao séc. XI, a igreja era patrística (os pais da igreja). Quem trouxe a justiça no sentido de posicionamento da pena foi a Igreja Católica (proporcional ao delito cometido); Séc XI, a igreja se torna Escolástica – quando a razão passa a ser ouvida. Juízo ordálias – quando ocorre a “interferência divida” para dizer se a pessoa é culpada ou não; Até o séc XVII o que era válido para o direito era o Direito Canônico, onde a prática de uma crime também era vista como pecado; Após o Canônico, entra o Direito Liberal – inicia -se a ESCOLA CLÁSSICA DO DIREITO PENAL, onde o crime se torna um ente jurídico, quando é dito quais as condutas consideradas criminosas, para que haja condenação. Tornou-se jurídico, porém manteve-se o livre arbítrio, que tem como consequência a pena Séc. XIX – ESCOLA POSITIVISTA: o crime continua sendo elemento jurídico, porém agora torna-se ofensivo para a sociedade. O livre arbítrio passa a não ter mais validade e a condenação passa a ser determinada. Nasce a Medida de Segurança; Séc. XX – ESCOLA MISTAS: Código Penal Brasileiro -> 1940 a 1984 – Teoria duplo Binário: a uma conduta se aplica uma pena é uma medida de segurança. 1984 – Atual TEORIA VICARIANTE – para uma conduta se aplica uma pena OU uma medida de segurança. PENA – IMPUTÁVEIS MEDIDA DE SEGURANÇA – NÃO IMPUTÁVEIS Ana Carolina Fagundes Arruda Séc. XXI – ESCOLA DE DEFESA SOCIAL: Direito Penal de 3ª velocidade – “ se não é a favor, é preso”. Exemplo Terrorismo. No Séc. XVIII ( Escola Clássica) nasce o TIPO PENAL ”Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal”. Art. 1º do Código Penal CONDUTA + CIRCUNSTÂNCIAS _____ Preceito Primário PENA + VETOR DE DOSIMETRIA ___ Preceito Secundário SANÇÃO PENAL – gênero composto por 3 espécies: Pena Medida de segurança Medida socioeducativa PENA – composta por 3 espécies: Privativa de Liberdade Restritiva de Direitos Multa Tipo Penal Exemplo: art. 121 caput: “matar alguém – pena: reclusão de seis a vinte anos §2º homicídio qualificado Direito Penal é sempre conduta com circunstâncias A pena e o regime devem ser de acordo com a circunstância. CONDUTA + CIRCUNSTÂNCIA PENA + VETOR DE DOSIMETRIA MATAR ALGUEM + FOGO RECLUSÃO + 12 a 30 ANOS Ana Carolina Fagundes Arruda Penal é o único ramo do direito que pode restringir a liberdade e eventualmente decretar a morte. ÚLTIMA RATIO. Política Criminal: corresponde à maneira como o Estado deve enfrentar e combater a criminalidade. Diz respeito ao poder que tem o Estado de definir um conflito social como criminal. A atividade do Estado tem como finalidade a convivência fraterna e harmônica entre as pessoas. Ao estabelecer as condutas proibidas caracterizadores das infrações penais e as sanções correspondentes, o Estado está exercendo a POLÍTICA CRIMINAL. Criminologia: ciência empírica, que com base em dados e demonstrações fáticas, busca uma explicação causal do delito como obra de uma pessoa determinada. De acordo com o objeto que ela investigue, pode-se falar em antropologia criminal, que se divide em Biologia e Psicologia criminal e Sociologia criminal. Como resultado, preocupa-se em fornecer as causas da prática do crime e, com isso, auxiliar no combate à criminalidade RINCÍPIOS DO DIREITO PENAL – Art. 1º LEGALIDADE – crime lei – art 1º do CP A lei penal tem que estar positivada Art. 1º “Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal” ANTERIORIDADE – art 1º do CP – a lei deve existir antes da conduta. Princípio geral do gerativismo jurídico. ABOLITIO CRIMINIS e REFORMATIO IN MELLIUS – Art. 2º (Quando deixa de ser crime) “Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória. ” Parágrafo único: A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada em julgado. ” A lei penal benéfica de divide em Abolitio Criminis e Reformatio In Mellius. – Ambos retroagirão, se aplicam a fatos ocorridos sob sua vigência, quando revogados por lei mais grave. Ana Carolina Fagundes Arruda REFORMATIO IN MELLIUS - entende-se a nova lei penal que mantendo a incriminação, dá ao fato tratamento mais brando. Exemplo: redução de pena prevista, autorização de concessão de benefícios legais antes proibidos, etc. ABOLITIO CRIMINIS - significa a nova lei penal que descriminaliza condutas. Deixa de considerar determinado fato como infração penal. O que antes era uma infração penal, torna- se penalmente irrelevante. Abolitio Criminis é previsto como causa extintiva da punibilidade (art. 107, III – CP). Significa que com sua entrada em vigor o Estado perde o direito de punir. Se ocorrer depois do trânsito em julgado da sentença penal condenatória, irão se extinguir todos os efeitos penais da condenação. REFORMATIO IN MELLIUS PARA MELHOR Código Penal - Favorece o réu REFORMATIO IN PEJUS PARA PIOR É PROÍBIDO NO DIREITO PENAL Obs: Todo crime cuja pena mínima seja de até 1 ano – permite suspenção processual que normalmente acaba em pena restritiva de direitos – prestação de serviços ‘a comunidade de 1 ano/ multa. A LEI RETROAGE EM BENEFÍCIO DO RÉU Não pode retroagir para pior A regra é aplicar a lei no momento do fato Toda e qualquer vez que mudarem uma lei penal, o advogado busca o processo e vê se a lei mudou para o caso concreto e se dá para mudar para melhor, para beneficiar o réu. Ana Carolina Fagundes Arruda LEI EXTRAORDINÁRIA – ART. 3º “ Lei excepcional ou temporária. A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou cessadas as circunstâncias que determinam, aplica-se ao fato praticado durante a sai vigência. ” TEMPO REGIT ACTUM – princípio que rege o tempo penal. Vale a lei em vigência no momento em que cometeu o ato – condena pelo tempo do ato. Lei excepcional ou extraordinária entra com data para começar e para terminar a vigência (não pode cometer o delito nesse período) – situação especial/extraordinária: se comete o delito nesse período NÃO TEM ABOLITIO CRIMINIS e nem REFORMATIO IN MELLIUS. Exceção é a quando a Lei Penal RETROAGIR e ULTRAGIR APLICAÇÃO DA LEI PENAL NO TEMPO – Art. 4ª “Art. 4º - Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento de resultado”. A aplicação da lei penal no tempo é determinada pelo momento do crime – é aquele em que o sujeito pratica a conduta (ação ou omissão), mesmo que outro seja o momento do resultado. – Cuida-se da TEORIA DA ATIVIDADE. Se o agente cometer um crime cuja condita ocorra antes da entrada em vigor de uma nova lei mais grava, ainda que o resultado se verifique depois da entrada em vigor da lei mais gravosa (reformatio in pejus), esta não será aplicável ao delito, porque este se considerará cometido antes da sua entrada em vigor. Tendo em vista que o tempo de crime é o da conduta e não o da consumação. Exemplo: Lei 13.104/2015 de 9 de março - qualificação: agregou o FEMINICÍDIO No dia 07/05/2015, por razão de gênero eu atiro em uma mulher, simplesmente porqueela é mulher. Ela não morre nesse dia, mas vem a falecer dia 11/03/2015. No momento da conduta não tinha a lei que qualificava o Feminicídio. Ana Carolina Fagundes Arruda Obs: Com base na regra do Art. 4ª, também é possível fixar o exato momento em que o agente passará a responder criminalmente por seus atos – isso se dará somente se a ação ou mossão houver sido praticada quando ele já tiver completado 18 anos. A Teoria adotada para o tempo do crime é a da ATIVIDADE, de acordo com o art. 4º do CP. Existem 3 teorias para o tempo do crime: ATIVIDADE: Considera o crime ocorrido no momento em que cometeu a conduta. Essa é a teoria adotada pelo Código Penal Brasileiro. (Essa é uma teoria garantista, todos os códigos usam essa teoria) RESULTADO: Considera o crime o ocorrido no momento do resultado UBIQUIDADE: Considera-se o fato nos dois momentos. TERRIRORIALIDADE – Art. 5ª “ Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional, ao crime cometido no território nacional”. A Lei Penal Brasileira aplica-se a todos os fatos ocorridos dentro do nosso território. LUGAR DO CRIME – Art. 6ª “Art. 6º - Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado” Adota a teoria da UBIQUIDADE, segundo a qual o crime se considera praticado tanto no lugar da conduta quanto naquele em que se produziu o resultado. Exemplo: Se o resultado aconteceu no Brasil e o crime no Uruguai, o Brasil tem interesse em julgar o caso, pois o resultado aconteceu aqui. Qualquer atividade que comece no Brasil ou termine no Brasil vale a lei brasileira. Ana Carolina Fagundes Arruda EXTRATERRITORIALIDADE – Art. 7ª Em alguns casos fora do território brasileiro, também é possível aplicar a lei brasileira – ainda que nem a atividade e nem o resultado tenham ocorrido aqui. Embora o fato tenha ocorrido fora do Brasil, nossa lei será aplicada por algum juízo ou tribunal pátrio. Entende-se que a Justiça competente para o processo e julgamento nos casos de extraterritorialidade da lei penal é a Justiça Federal. H á duas espécies de extraterritorialidade no Código Penal. Os casos mais graves são os de extraterritorialidade incondicionada, em que nossa lei se aplica aos fatos praticados no exterior, independentemente de qualquer condição (art. 7º, I, e § 1º). Nas hipóteses de extraterritorialidade condicionada, a aplicação de nossa lei depende do concurso de diversas condições (art. 7º, II, e §§ 2º e 3º). “Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984) I - os crimes: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da República; b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, de Território, de Município, de empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público; c) contra a administração pública, por quem está a seu serviço; d) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil; (Incondicionados – se acontecer em qualquer lugar do mundo instaura inquérito no Brasil - § 1º) II - os crimes: a) que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a reprimir; b) praticados por brasileiro; c) praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, quando em território estrangeiro e aí não sejam julgados. (Condicionados – Contra particulares § 2º) § 1º - Nos casos do inciso I, o agente é punido segundo a lei brasileira, ainda que absolvido ou condenado no estrangeiro. Ana Carolina Fagundes Arruda § 2º - Nos casos do inciso II, a aplicação da lei brasileira depende do concurso das seguintes condições: a) entrar o agente no território nacional; b) ser o fato punível também no país em que foi praticado; c) estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a extradição; d) não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí cumprido a pena; e) não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo, não estar extinta a punibilidade, segundo a lei mais favorável. § 3º - A lei brasileira aplica-se também ao crime cometido por estrangeiro contra brasileiro fora do Brasil, se, reunidas as condições previstas no parágrafo anterior: a) não foi pedida ou foi negada a extradição; b) houve requisição do Ministro da Justiça. ” PENA CUMPRIDA NO ESTRANGEIRO – Art. 8ª “Art. 8º - A pena cumprida no estrangeira atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo crime, ou nela é computada quando idênticas” TEMPO E LUGAR DO CRIME TEMPO DO CRIME: é aquele em que o sujeito pratica a conduta (ação ou omissão), ainda que outro seja o momento do resultado. Cuida-se da TEORIA DA ATIVIDADE LUGAR DO CRIME: o crime se considera praticado tanto no lugar da conduta quanto naquele em que se produziu ou deveria produzir-se o resultado — TEORIA DA UBIQUIDADE Ana Carolina Fagundes Arruda EFICÁCIA DA SENTENÇA ESTRANGEIRA – Art. 9ª “Art. 9º - A sentença estrangeira, quando a aplicação da lei brasileira produz na espécie as mesmas conseqüências, pode ser homologada no Brasil para: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) I - obrigar o condenado à reparação do dano, a restituições e a outros efeitos civis; II - sujeitá-lo a medida de segurança. Parágrafo único - A homologação depende: a) para os efeitos previstos no inciso I, de pedido da parte interessada; b) para os outros efeitos, da existência de tratado de extradição com o país de cuja autoridade judiciária emanou a sentença, ou, na falta de tratado, de requisição do Ministro da Justiça.” A Sentença Estrangeira tem validade no Brasil, mas precisa ser homologada. CONTAGEM DE PRAZO – Art. 10ª Consideram-se prazos penais todos aqueles capazes de interferir, diretamente ou indiretamente, no exercício do ius puniendi estatal. São prazos de índole material, pois ao refletirem no direito de punir do Estado, assinalando seu exercício ou extinção, repercutem correlatamente na liberdade individual, direito fundamental assegurado na Constituição. Os prazos possuem termo inicial ou dies a quo e termo final ou dies ad quem. No que tange aos penais, inclui-se em sua contagem o termo inicial, excluindo-se o final. Assim, por exemplo, uma pena de reclusão de dois anos, cujo início se deu no dia 05 de março de 2012, será integralmente cumprida no último minuto do dia 04 de março de 2014. O art. 10 do CP dispõe, ainda, que os prazos penais devem ser contados de acordo com o calendário comum. Significa, destarte, que os meses e anos possuirão tantos dias quantos indicados no calendário. Se um indivíduo se sujeitar a um ano de prisão, ficará recolhido por 365 ou 366 dias, conforme o ano em que se execute o respectivo mandado. “Art. 10 - O dia do começo inclui-se no cômputo do prazo. Contam-se os dias, os meses e os anos pelo calendário comum” Ana Carolina Fagundes Arruda PROCESSO SEMPRE COMEÇA A CONTAR NO DIA SEGUINTE PENAL SEMPRE COMEÇA A CONTAR NO DIA Na ação penal privada tem 6 meses para apresentar a queixa crime Exemplo: Xinguei alguém no dia 13/09 – A pessoa tem 6 meses para prestar queixa. O PRAZO VENCE DI 12/09 – PORQUE CONTA O PRIMEIRO DIA (Decadência) O primeiro dia conta porque é a favor do réu.Prazos Clássicos do Direito Material: Decadência (6 meses) Prescrição Representação (6 meses – exceção pública condicionada – precisa da autorização da vítima para processar – exemplo: Lesão corporal) CRIME a) Toda conduta que vulneraa objeto tutelado pela lei penal, constitui crime – Formal b) Conduta que vulnera objeto tutelado pela lei penal, constitui crime – Material c) Crime é FATO TÍPICO + ANTIJURÍDICO + CULPÁVEL – Aspecto Anaítico FATO TÍPICO Os crimes precisam de: CONDUTA RESULTADO NEXO CAUSAL TIPICIDADE Ana Carolina Fagundes Arruda CONDUTA Açao ou omissao humana, consciente e voluntária, dirigida a uma finalidade. Pressupõe a existência de comportamento humano. 3 elementos da conduta se mostram presentes em praticamente todos os sistemas penais: Exteriorização do pensamento Consiência Voluntariedade Só haverá conduta se ocorrer a exteriorização do pensamento, mediante um movimento corpóreo ou abstenção indevida de um movimento Só entram no campo da ilicitude penal os atos conscientes. Se algém pratica uma conduta sem ter consciência do que faz, o ato é penalmente irrelevanta. Exemplo: fato praticado em estado de sonambulismo ou sob efeito de hipnóse. A conduta pode ser comissiva ou omissiva. DOLO: Consiste na vontade de concretizar os elementos objetivos e normativos do tipo. Trata-se de elemento subjetivo implícito da conduta, presente no fato típico de crime doloso CULPA: Há três modalidades de culpa, expressamente referidas em nosso Código Penal (art. 18, II): imprudência, negligência e imperícia. São, a rigor, as três formas pelas quais o indivíduo pode violar o dever de cuidado objetivo. TEORIA CAUSAL NATURALISTA DA AÇÃO: Ação seria a mera exteriorização do pensamento, consciente, numa modificação do mundo exterior. “Para se afirmar que existe a ação basta a carteza de que o sujeito atuou coluntáriamente. O que quis, ou seja, o conteúdo da sua vontade. É irrelevanta a finalidade. É meramente analisada pelo prisma material; Não se discute se o crime foi feito visando A ou B, apenas se identifica a conduta; - A conduta pode ocorrer porque a pessoa quis, ou porque houve coação; Ana Carolina Fagundes Arruda - A coação pode ser resistível ou irresistível; - Na coação irresistível ainda existe conduta, mas não existe o crime – exclui a culpabilidade ITER CRIMINIS DA TEORIA CAUSALISTA Composto por 2 momento: 1) EXECUÇÃO 2) EXAURIMENTO RESULTADO Conduta – Material/ Natural CAUSALISMO Resultado: a) FORMAL: vulnera lei pena SEM resultado naturalistico/material. Exemplo: Injúria; b) MATERIA: vulnera lei pena COM resultado naturalistico/material TEORIA FINALISATA DA AÇÃO: Ação é a conduta humana consciente e volutária dirigida a uma finalidade. A ação e finalidade são conceitos insparáveis. O homem sendo conhecedo dos diversos processos causais que pode desencadear, dirige seus comportamentos buscando atingir algum objetivo. Quando a pessoa promove a condura, ela já sai com o que ela quer (dolo ou culpa) A conduta material/naturalística agora tem um conteúdo jurídico Qual o dolo ou culpa com o qual o agente realizou a conduta? Qual o fim que buscava com essa conduta. O estudo da conduta para a TEORIA CAUSALISTA é feito pelo ponto de vista materia/ natural. Analiza-se apenas se a conduta existiu ou não. Ana Carolina Fagundes Arruda ITER CRIMINIS DA TEORIA FINALISTA 1) COGITAÇÃO: Pensar o crime; 2) PREPARAÇÃO: Atos no mundo exterior SEM potencialidade de vulnerar o objeto de tutela; 3) EXECUÇÃO: Atos no mundo exterios COM a potencialidade de vulnerar o objeto de tutela 4) EXAURIMENTO: Atos que, depois da vulneração do objeto se desdobram. (o que acontece depois da execução). O crime é consumado ou tentado. Art. 14 – CP “Art. 14 - Diz-se o crime: Crime consumado I - consumado, quando nele se reúnem todos os elementos de sua definição legal; II - tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente. Pena de tentativa Parágrafo único - Salvo disposição em contrário, pune-se a tentativa com a pena correspondente ao crime consumado, diminuída de um a dois terços” Se a conduta teve potencialidade, mas não executou a finalidade, é TENTATIVA. EXECUÇÃO UNISSUBISITENTE: Ato ÚNICO – NÃO TEM TENTATIVA - A conduta ocorre ao mesmo tempo do resultado e normalmente ocorre nos crimes formais, cujo resultado não modifica a matéria Obs: In Dubio Pró Réu = processual Favor Rei = material (se na hora do enquadramento tiver dúvida se há a tentativa ou se não houve nada, o enquadramento favorece o réu TENTATIVA É UM FENÔMENO QUE SE DÁ NA EXECUÇÃO Ana Carolina Fagundes Arruda PLURISSUBSITENTE: Execução de VÁRIOS ATOS, ou seja, fracionada. Exemplo: puxa a arma, aperta o gatilho, dispara... mas o tiro falha e pega na parede...HÁ TENTATIVA. Num crime PLURISSUBSISTENTE a conduta ocorre num tempo DIFERENTE do resultado. Há a modificação da matéria e geralemte ocorre nos crimes materiais em que o resultado TEM que modificar a matéria RESULTADO RESULTADO FORMAL: Execução UNISSUBISISTENTE CONDUTA = RESULTADO NÃO HÁ TENTATIVA RESULTADO NATURAL/MATERIAL: Execução PLURISSUBSISTENTE CONDUTA ≠ RESULTADO ATOS MULTIPLOS - HÁ TENTATIVA NEXO CAUSAL Trata-se do liame que une a conduta ao resultado que produziu. Constituiu requisito expresso do fato típico. Esse vínculo, porém, não se fará necessário em todos os crimes, mas somente naqueles em que à conduta exigir a produção de resultado, isto é. De uma modificação no mundo exterior, ou seja, cuida-se de um exame que se fará necessário no âmbito dos crimes materiais ou de resultado. “Relação de causalidade Art. 13 - O resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem lhe deu causa. Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido. Superveniência de causa independente § 1º - A superveniência de causa relativamente independente exclui a imputação quando, por si só, produziu o resultado; os fatos anteriores, entretanto, imputam-se a quem os praticou. Relevância da omissão Ana Carolina Fagundes Arruda § 2º - A omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir para evitar o resultado. O dever de agir incumbe a quem: a) tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância; b) de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado; c) com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrência do resultado” As teorias sobre a relação de causalidade Trata-se do liame que une a conduta ao resultado que produziu. Constituiu requisito expresso do fato típico. Esse vínculo, porém, não se fará necessário em todos os crimes, mas somente naqueles em que à conduta exigir a produção de resultado, isto é. De uma modificação no mundo exterior, ou seja, cuida-se de um exame que se fará necessário no âmbito dos crimes materiais ou de resultado. A teoria da condição simples, isto é, que não estabelece níveis de importância entre os antecedentes do resultado, é mais conhecida como teoria da conditio sine qua non ou da equivalência dos antecedentes. Sob o enfoque da conditio sine qua non, que foi adotada expressamente pelo nosso Código Penal (art.13, caput, parte final), haverá relação de causalidade entre todo e qualquer fator que anteceder o resultado e nele tiver alguma interferência. O método utilizado para se aferir o nexo de causalidade é o juízo de eliminação hipotética, vale dizer, quando se pretender examinar a relação causal entre uma conduta e um resultado, basta eliminá-la hipoteticamente e verificar, após, se o resultado teria ou não ocorrido exatamente como se dera. Assim, se, depois de retirado mentalmente determinado fator, notar- se que o resultado não se teria produzido (ou não teria ocorrido exatamente do mesmo modo), poder-se dizer que entre a conduta (mentalmente eliminada) e o resultado houve nexo causal. Por outro lado, se conclusão for a de que, com ou sem a conduta (hipoteticamente retirada), o resultado teria se produzido do mesmo modo como se deu, então, ficará afastada a relação de causalidade. Art. 13, caput: “O resultado de que depende a existência do crime somente é imputável a quem lhe deu causa. Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido” TIPICIDADE A tipicidade, ao lado da conduta, constitui elemento necessário ao fato típico de qualquer infração penal. Ana Carolina Fagundes Arruda Trata-se de uma relação de encaixe, de enquadramento. É o adjetivo que pode ou não ser dado a um fato, conforme ele se enquadre ou não na lei penal. Exemplo 1: “Art. 121 caput: matar alguém, reclusão de seis a vinte anos” Exemplo 2: “Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência: Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa. § 2º - A pena aumenta-se de um terço até metade: I - se a violência ou ameaça é exercida com emprego de arma; II - se há o concurso de duas ou mais pessoas; CONDUTA + CIRCUNSTÂNCIA PENA + VETOR DE DOSIMETRIA Subtrair coisa alheia + violência + arma + sujeito 1 e sujeito 2 Reclusão + 4 anos + 1/3 Ana Carolina Fagundes Arruda Ana Carolina Fagundes Arruda ANTIJURÍDICO Antijuridicidade ou Ilicitude é contrariedade do fato com o ordenamento jurídico (enfoque puramente formal ou “ilicitude formal”), por meio da exposição a perigo de dano ou da lesão a um bem jurídico tutelado (enfoque material ou “ilicitude material”). A antijuridicidade da conduta deve ser apreciada objetivamente, sem se investigar se o sujeito tinha consciência de que agia de forma contrária ao Direito. A ilicitude possui relação com a tipicidade. A realização de um fato típico traduz um indício de que o comportamento é dotado de antijuridicidade. Esta característica só não se fará presente quando o ato houver sido praticado sob amparo de alguma excludente de ilicitude. “Exclusão de ilicitude (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) Art. 23 - Não há crime quando o agente pratica o fato: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) I - em estado de necessidade; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) II - em legítima defesa;(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) III - em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito.(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) Excesso punível (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) Parágrafo único - O agente, em qualquer das hipóteses deste artigo, responderá pelo excesso doloso ou culposo” Excludentes da Ilicitude: ESTADO DE NECESSIDADE LEGÍTIMA DEFESA ESTRITO CUMPRIMENTO DE DEVER LEGAL EXERCÍCIO REGULAR DE DIREITO Ana Carolina Fagundes Arruda ESTADO DE NECESSIDADE “Estado de necessidade Art. 24 - Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar de perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-se. § 1º - Não pode alegar estado de necessidade quem tinha o dever legal de enfrentar o perigo. § 2º - Embora seja razoável exigir-se o sacrifício do direito ameaçado, a pena poderá ser reduzida de um a dois terços. ” REQUISITOS: a) Precisa de um perigo atual; b) Não pode ter conduta; c) Defender direito próprio ou alheio; d) Lesão suportada razoável; Exemplo 1: Um cachorro se solta da coleira e vai para cima de uma pessoa que atira no cachorro (Perigo atual). O que vale mais... a vida da pessoa ou a do cachorro? A pessoa pode alegar que não é obrigada a colocar a própria vida em risco por causa do cachorro. (não era razoável). Exemplo 2: A pessoa está em uma praça e alguém vai roubar o seu relógio de alto valor. A pessoa está armada e atira no sujeito. Tem perigo atual; A conduta não foi dele; Estava defendendo o seu patrimônio; × Não era razoável – A vida de uma pessoa não vale um relógio. LEGÍTIMA DEFESA “Legítima defesa Art. 25 - Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem” É razoável, desde que o mal causado seja inferior ao mal que o outro causaria. Para que seja lícito, é necessário que seja razoável. Ana Carolina Fagundes Arruda A antijuridicidade da conduta deve ser apreciada objetivamente, sem se investigar se o sujeito tinha consciência de que agia de forma contrária ao Direito. REQUISITOS: a) Agressão Injusta (de pessoa que parta de alguém conta outra pessoa ou um bem) b) Meios moderados; c) Atual ou Iminente d) Defendendo direito próprio ou alheio Exemplo 1: Uma pessoa invade a sua casa e você coloca ela para fora a pancadas. - A agressão injusta foi contra o direito à propriedade. Exemplo 2: Um cara ia estuprar uma mulher e ela, antes bate nele com um extintor de incêndio, e ele cai. Legítima Defesa. Se depois de caído ela continuar esfaqueando o cara até a morte, depois de o perigo ter acabado, ela cometeu excesso e responderá por homicídio. Ofendículos Compreendem todos os instrumentos empregados regularmente, de maneira predisposta (previamente instalada), na defesa de algum bem jurídico, geralmente posse ou propriedade. Os primeiros seriam aparatos visíveis (cacos de vidro nos muros, pontas de lança etc.); os segundos, ocultos (cercas eletrificadas, armadilhas etc.). De qualquer modo, a jurisprudência recomenda que o instrumento seja sempre visível e inacessível a terceiros inocentes. Em se tratando de defesa mecânica predisposta, portanto, é preciso a existência de alguma advertência cientificando terceiros sobre sua existência (p. ex., “Cuidado, cão bravo” ou “Atenção, cerca eletrificada”), além da inacessibilidade a terceiros inocentes. Legítima Defesa só é possível na EXECUÇÃO do crime Tem que ser produzida ANTES da consumação Não necessita de razoabilidade Todas as vezes que tive Agressão Injusta é Legítima Defesa Ana Carolina Fagundes Arruda Presentes esses requisitos, o titular do bem protegido não responderá criminalmente pelos resultados lesivos dele decorrentes. Quando atingir o agressor, terá agido em legítima defesa (preordenada); se atingir terceiro inocente, será absolvido com base na legítima defesa putativa. Legítima defesa putativa: O indivíduo imagina estar em legitima defesa, reagindo contra uma agressão inexistente. EXERCÍCIO REGULAR DE DIREITO Presentes esses requisitos, o titular do bem protegido não responderá criminalmente pelos resultados lesivos dele decorrentes.Quando atingir o agressor, terá agido em legítima defesa (preordenada); se atingir terceiro inocente, será absolvido com base na legítima defesa putativa. Todo aquele que exerce um direito assegurado por lei não pratica ato ilícito. Quando o ordenamento jurídico, por meio de qualquer de seus ramos, autoriza determinada conduta, sua licitude reflete-se na seara penal, configurando excludente de ilicitude: exercício regular de um direito (CP, art. 23, III). Compreende ações do cidadão comum autorizadas pela existência de direito definido em lei e condicionadas a regularidade do exercício desse direito. Pode ser “pro magistratu” que são situações em que o Estado não pode estar presente para evitar a lesão ao bem jurídico ou recompor a ordem pública. Como pode também Direito de Castigo que consiste na educação e no exercício do poder familiar. REQUISITOS: a) Indispensabilidade (impossibidade de recurso útil aos meios coercitivos normais) b) Proporcionalidade; c) Conhecimento da situação de fato justificante (subjetivo) Exemplos: Intervenção médico-cirúrgica: (a intervenção cirúrgica não praticada por profissional habilitado apenas será autorizada em casos de estado de necessidade). Note-se que o médico deverá colher o consentimento do paciente, ou de seu representante, se menor, somente se podendo cogitar de cirurgia independentemente de autorização do paciente nos casos de estado de necessidade; Ana Carolina Fagundes Arruda Violência desportiva:, desde que o esporte seja regulamentado oficialmente e a lesão ocorra de acordo com as respectivas regras. Assim, o boxeador que provoca lesão no rosto do oponente durante a luta não comete crime; Flagrante facultativo: (CPP, art. 301), que constitui a faculdade conferida por lei a qualquer do povo de prender quem esteja em situação de flagrante delito, não podendo ser punido por sequestro (CP, art. 148) ou constrangimento ilegal (CP, art. 146). ESTRITO CUMPRIMENTO DO DEVER LEGAL Por vezes, a própria lei obriga um agente público a realizar condutas, dando-lhe poder até de praticar fatos típicos para executar o ato legal. REQUISITOS: ■ existência prévia de um dever legal, leia-se: de uma obrigação imposta por norma jurídica de caráter genérico, não necessariamente lei no sentido formal; o dever poderá advir, inclusive, de um ato administrativo (de conteúdo genérico). ■ atitude pautada pelos estritos limites do dever; ■ conduta, como regra, de agente público e, excepcionalmente, de particular. Exemplos: ■ CPP, art. 292: violência para executar mandado de prisão; ■ CPP, art. 293: execução de mandado de busca e apreensão e arrombamento; ■ oficial de justiça que executa ordem de despejo; ■ soldado que fuzila o condenado a morte por crime militar em tempo de guerra; ■ agente policial infiltrado com autorização judicial que se vê obrigado a cometer delitos no seio da organização criminosa (art. 2º, V, da Lei n. 9.034/95). Como em todas as excludentes, também é possível que ocorra excesso (doloso, culposo ou exculpante). Ana Carolina Fagundes Arruda CULPABILIDADE Juízo de reprovação que recai sobre o autor culpado por um fato típico e antijurídico. RESUMO Todo fato típico se presume ilícito Culpabilidade é a soma dos seguintes elementos: IMPUTABILIDADE POTENCIAL CONSCIÊNCIA DA ILICITUDE EXIGIBILIDADE DE CONDUTA DIVERSA Ana Carolina Fagundes Arruda FATO TÍPICO = Subsunção do que ocorre de acordo com o padrão abstrato (que está no Código Penal) CONDUTA NATURALISTICA/MATERIAL = analisa apenas a conduta se houve coação resistível ou irresistíve Teoria Causalista Iter criminis: 1) Execução 2) Exaurimento CONDUTA JURÍDICA/FINALISTA = analisa a conduta + dolo e culpa Finalismo – Qual a finalidade que pretendia Iter criminis 1) Cogitação 2) Preparação 3) Execução 4) Exaurimento RESULTADO Pode ser: Material: muda a matéria Momento da conduta ≠ Resultado PLURISSUBSISTENTE Execução de vários atos Possibilidade de Tentativa Formal: não modifica a matéria Momento da conduta = Resultado UNISSUBSISTENTE Ato único Não tem Tentiva NEXO DE CAUSALIDADE Ana Carolina Fagundes Arruda Cometer um crime é cometer um FATO TÍPICO ANTIJURÍDICO E CULPAVEL seguindo o ITINERÁRIO CRIMINAL Teoria Conditio sine qua non - Causa adequada TIPICIDADE Fatos no enquadramento legal ANTIJURÍDICO = Ilícito Excludentes da antijuridicidade (ilicitude) ESTADO DE NECESSIDADE = Quebra de objeto menor para defender objeto maior LEGÍTIMA DEFESA = Agressão injusta de pessoa EXERCÍCIO REGULAR DE DIREITO = Tem o direito de agir ESTRITO CUMPRIMENTO DO DEVER JURÍDICO = Está na Lei Ana Carolina Fagundes Arruda DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA E ARREPENDIMENTO EFICAZ – Art. 15 “Desistência voluntária e arrependimento eficaz Art. 15 - O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução ou impede que o resultado se produza, só responde pelos atos já praticados” Ocorre quando o agente inicia a execução de um crime que pretende consumar, porém não o faz por vontade própria Na DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA/ ARREPENDIMENTO EFICAZ o agente pode, mas não quer Ocorre antes do término da EXECUÇÃO REQUISITOS: Voluntariedade: ato voluntário, de livre escolha do sujeito. Por vontade própria prefere desistir ou arrependeu-se impedindo a consumação do delito – interrompendo o Iter Criminis Basta que o ato tinha sido voluntário, ainda que decorrente de sugestão de terceiro ou súplica da vítima Eficácia: A consumação deve ter sido efetivamente evitada. Efeito: O sujeito só responderá pelos atos já praticados se forem típicos. O delito que o agente tentou praticar, mas desistiu, não será reconhecido, apenando-o apenas pelos comportamentos anteriores Obstáculo erroneamente suposto: A existência de um obstáculo erroneamente suposto que faz com que o indivíduo desista de prosseguir na execução não permitindo a aplicação do art. 15. As causas de exclusão da adequação prevista no art. 15 comunicam-se em caso de concurso de pessoas, porque se o fato é atípico para um, é para todos. Ana Carolina Fagundes Arruda ARREPENDIMENTO POSTERIOS – Art. 16 “Arrependimento posterior Art. 16 - Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o dano ou restituída a coisa, até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do agente, a pena será reduzida de um a dois terços. ” Atitude praticada DEPOIS da consumação Causa obrigatória de diminuição de pena REQUISITOS: Reparação integral do dano ou restituição da coisa como antes se encontrava: deve ser feita de forma total ou devolução no estado original; Ato do sujeito: Somente incidirá quando o ato for praticado pelo sujeito ativo da infração. Quando o crime for cometido em concurso de pessoas, basta que uma delas efetue a reparação integral para fazer jus a diminuição de pena Voluntariedade: A voluntariedade na ação do sujeito ativo é essencial para que se justifique a aplicação da redução da pena Crime sem violência ou grave ameaça à pessoa: Se houver grave ameaça ou violência contra a pessoa, ainda que ocorra a reparação do dano ou a devolução do bem, não se recomporá por completo o “status quo ante”. O STJ entende que para que se possa aplicar a diminuição de pena prevista no art. 16, faz-se necessário que o crime praticado seja ou possua efeitos patrimoniais Reparação ou restituição anterior ao recebimento da denúncia ou queixa:Limite para que o ato voluntário do agente lhe propicie a redução da pena é o recebimento da denúncia ou queixa-crime (iniciação da ação penal)
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