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CURSO – DELEGADO DE POLÍCIA FEDERAL (NOITE) Nº 17 DATA – 30/08/2016 DISCIPLINA – DIREITO CONSTITUCIONAL PROFESSOR – BERNARDO GONÇALVES FERNANDES MONITOR – LUIZ FERNANDO PEREIRA RIBEIRO AULA 01 Contato Facebook: Bernardo Gonçalves Fernandes Bibliografia: Curso de Direito Constitucional - 8ª edição, Bernardo Gonçalves Fernandes, editora JusPodivm. Senha de desconto (tempo limitado) para compra através do site da editora: Bernardo8 Ementa: PONTO 1 – TEORIA DA CONSTITUIÇÃO 1) Constitucionalismo 2) Constituição 2.1) Conceito de Constituição 3) Neoconstitucionalismo 3.1) Conceito 3.2) Marcos 3.3) Características do Neoconstitucionalismo 4) Sentido ou Concepções de Constituição PONTO 2 – APLICABILIDADE DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS 1) Pressuposto 2) Fundamento 3) Graus De Aplicabilidade 3.1) Normas De Eficácia Plena 3.2) Normas De Egicácia Contida 3.3) Normas De Eficácia Limitada PONTO 1 – TEORIA DA CONSTITUIÇÃO Nesta primeira aula iremos começar a analisar o ponto 1 do edital de Delegado de Polícia Federal, qual seja, Teoria da Constituição. Para isso, é necessário que tenhamos algumas noções básicas sobre: 1) Constitucionalismo 2) Constituição 3) Neoconstitucionalismo 4) Sentidos ou concepções de constituição Nossa tarefa inicial é focar nesses quatro pontos e analisá-los especificadamente. Vejamos: 1) Constitucionalismo Fatalmente o examinador do concurso para o cargo de Delegado de Polícia Federal vai querer saber se o candidato sabe sobre o constitucionalismo e todas as peculiaridades. Conceito: Movimento do Século XVII na Inglaterra e do Secéculo XVIII na França e nos Estados Unidos, que teve como objetivo a limitação do poder (com uma nova organização do estado) e o estabelecimento de direitos fundamentais. Basicamente é o movimento que limita o poder. Buscou-se acabar com a ideia de um Estado da política com poderes ilimitados, para se implementar um Estado democrático de direito. Para lembrar: A ideia aqui é acabar com a “farra” no poder. Devemos deixar bem claro que todos são universalmente iguais, livres e proprietários, no mínimo, do próprio corpo. Feita as considerações, passemos a diferenciar o constitucionalismo inglês, americano e francês. Constitucionalismo Inglês Constitucionalismo Americano/Francês Século XVII Século XVIII Fruto da revolução Gloriosa de 1688-1689 Revolução gloriosa vai fundamentar a ideia de limitação de poder na Inglaterra, que traz a concepção de Fruto das revoluções Burguesas supremacia do parlamento (comandado pela Câmara dos comuns e pela Câmara dos lordes). O rei reina, mas não governa mais. Traz a ideia da supremacia do parlamento Teoria da separação dos poderes. Declaração de direitos – Bill of Rights – 1689 Declaração de Direitos de 1789 – (Declaração Universal dos Direitos Humanos) (França-1789/EUA- 1791) Constituição vai ser material, não escrita e histórica. Os Ingleses nunca acreditaram que a Constituição para existir precisa estar em um documento escrito, formal e dogmático fundamentado. O que os constitui são as práticas, e não um documento de papel. Constituição vai ser formal e escrita Como ocorreu a limitação do poder no constitucionalismo americano e francês? A limitação do poder se fundamenta na Constituição. O que rege é o poder das leis e não o poder dos homens. Vai ocorrer a era das constituições escritas, fruto das revoluções burguesas. Observação Importante Qual o modelo de constitucionalismo que mais deu certo (de maior sucesso) desde o constitucionalismo? A maioria dos países do mundo seguiu o modelo Inglês ou o modelo Americano/Francês? A maioria esmagadora adotou o modelo Americano/ Francês, inclusive o Brasil, desde a primeira Constituição monarca de 1824. Então o modelo de constitucionalismo de maior sucesso é o do século XVIII fruto das revoluções burguesas, que adota uma constituição formal e escrita. 2) Constituição 2.1) Conceito de Constituição Apresentaremos o conceito de constituição segundo o jurista e professor José Joaquim Gomes Canotilho, sendo este o mais cobrado nas provas de concurso público. Para a maioria dos países do mundo do sec. XVIII em diante, constituição é uma ordenação sistemática e racional da comunidade política explicitada em um documento escrito que organiza o Estado e estabelece direitos e garantias fundamentais. Sistemática porque é um sistema, organizada em capítulos, títulos, artigos, parágrafos, alíneas. Racional porque é racionalmente feita pelo homem do sec. XVIII (influência do Iluminismo, Século das luzes) 3) Neoconstitucionalismo 3.1) Conceito: É um movimento da segunda metade do Século XX (Pós-2ª Guerra Mundial) em diante, que tem (ainda está ocorrendo) como objetivo desenvolver um novo modo de compreender, interpretar e aplicar o direito constitucional e as constituições. Observações Importantes 3.2) Marcos Quais são os marcos do neoconstitucionalismo? O neoconstitucionalismo vai ter 3 grandes marcos, quais sejam: Histórico É o Estado constitucional de direito do pós 2ª Guerra Mundial, mais especificamente na Europa. Perceba que após 2ª Guerra mundial vamos ter um novo constitucionalismo. Exemplo: -Constituição da Alemanha de 1949 (Lei fundamental de Bohn) -Constituição da Itália de 1948 -Constituição de Portugal de 1976 -Constituição da Espanha de 1978 Filosófico: Qual o marco filosófico do neoconstitucionalismo? É o Pós-Positivismo Mas o que é o Pós-Positivismo? É um movimento que busca superar a dicotomia (hiato, conflito) positivismo x jusnaturalismo, pois ele vai além da legalidade estrita (direito positivo legalizado pode vir a produzir injustiça, vide o nazismo), mas não desconsidera o direito posto. Portanto, o pós- positivismo advoga uma reaproximação entre o direito e a ética, o direito e a moral, e entre o direito e a justiça. Teórico: É um conjunto de teorias que dizem respeito á força normativa da constituição (que não tinha na Europa), a expansão da jurisdição constitucional (Poder Judiciário defendendo a força normativa), e o surgimento de novos métodos de interpretação, chamada de nova hermenêutica constitucional. Antigamente qual eram os métodos para interpretar o direito? Métodos clássicos de Savigny: Método literal, histórico, sistemático, teleológico ou finalístico. Porém, hoje em dia temos uma série de métodos de interpretação (surgimento de novos métodos de interpretação), no qual podemos citar o Principio da proporcionalidade, a ponderação, a tópica, a metódica etc. 3.3) Características do Neoconstitucionalismo a) Constituição como centro do ordenamento jurídico Tudo gravita em torno da constituição com o neoconstitucionalismo. Imaginem a constituição como se fosse o sol, e os microssistemas jurídicos como se fossem os planetas que gravitam em torno daquele. Temos aqui o Movimento de Constitucionalização do Direito. A constituição ganha uma centralidade e todo o ordenamento se constitucionaliza. (Direito civil é constitucional, Direito penal é constitucional, Direito Processual Penal é constitucional, ou seja, todos os ramos do direito se constitucionalizam). Há uma invasão da Constituição. Marcado pela Ubiquidade Constitucional - a Constituição está em todos os lugares ao mesmo tempo no ordenamento jurídico. Filtragem Constitucional – A constituição é um filtropra todo ordenamento. Todo norma jurídica só tem sentido se passar por essa filtragem. Interpretação conforme a constituição - qualquer interpretação do ordenamento jurídico só tem sentido se for conforme a constituição. b) Força Normativa da Constituição A constituição deixa de ser um documento meramente político para ser efetivamente jurídico (ter uma efetividade jurídica). c) Busca pela Concretização de Direitos Fundamentais Não adianta só estabelecer direitos, devendo concretizá-los (não só os direitos civis e políticos, mas também os direitos sociais). É a busca pela concretização dos direitos fundamentais tendo como fundamento a dignidade da pessoa humana (núcleo axiológico de um ordenamento jurídico). Fala-se na Dignidade da pessoa humana com uma eficácia Irradiante. d) Judicialização da Política e das Relações Sociais Tudo se judicializa no Brasil e nos Países do Mundo. União homoafetiva, quotas raciais, marcha da maconha, lei de biosegurança, são exemplos de questões que são apreciados pelo atual judiciário que antigamente jamais seriam. Temos com isso um deslocamento de poder do Executivo e Legislativo para o Judiciário. O Judiciário passa a ser protagonista de ações, influenciando até mesmo a implementação de políticas públicas. (Ex: Quando o Poder Judiciário determina que determinada verba pública deva ser aplicada nas creches e pré-escolas e não em outros projetos). Temos aqui o chamado ativismo judicial, sobretudo na concretização de direitos fundamentais sociais. e) Reaproximação entre o direito e a ética, direito e a moral, direito e a justiça e direito e a filosofia. Atenção para a reaproximação entre o direito e a filosofia, uma vez que não tratamos deles no pós-positivismo, e ainda muitas pessoas desconhecem essa característica. f) Novas Teorias: Da Norma O que muda na perspectiva da norma jurídica com o neoconstitucionalismo? Temos o reconhecimento da força normativa dos princípios, no qual deixam de ter uma função secundária para ter uma função primária no ordenamento, pois passam a ser tão normas quanto as regras. Princípios são tão regras como a norma jurídica. (autores como Alexy e Dworkin vão trazer essa novidade para o ordenamento jurídico). Tem como exemplificar isso? Sim. Veja que o próprio art.4º da Lei de Introdução ás Normas do Direito Brasileiro (antes denominada de Lei de introdução ao código civil) diz que: “Art. 4 o Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito.” Os princípios jurídicos tinham uma função de colmatação, de preenchimento de lacuna. Hoje em dia, mesmo existindo uma regra pode ser aplicado um princípio. Portanto temos um reconhecimento da força normativa dos princípios. Perceba que o reconhecimento da força normativa dos princípios pelo neoconstitucionalismo trouxe uma distorção para o sistema jurídico em relação ao emprego indiscriminado e incontrolável de princípios pelo poder judiciário, é o que alguns autores chamam de Pan-principiologismo. Das Fontes – Fonte é de onde o direito provém. O Poder Judiciário passa a produzir o direito em virtude do seu protagonismo no neoconstitucionalismo. Sumulas vinculantes, repercussão geral do recurso extraordinário, informativos de jurisprudência são exemplos disso. A partir de então, temos a expansão da jurisdição constitucional e dos tribunais constitucionais. Da Interpretação - O que o neoconstitucionalismo traz de teoria da interpretação? Há o surgimento de novos métodos de interpretação que vão além dos métodos clássicos (Literal, Histórico, Sistemático, Teleológico). Temos a nova hermenêutica constitucional (ex: Princípio da Proporcionalidade, Ponderação, a Tópica, e as Teorias da Argumentação Jurídica). 4) Sentidos ou Concepções de Constituição a) Sentido Sociológico Idealizado por Ferdinand Lassalle, que escreve no século XIX (1863). É aquele que entende que a constituição deve ser definida como os fatores reais de poder que regem a sociedade. Quais são esses fatores reais de poder? Econômicos, Militares, Religiosos... Lassalle afirma que a Constituição jurídica como documento é uma “constituição folha de papel”, que é afastada pela Constituição como fatores reais de poder. b) Sentido Político Carl Schmitt quem escreveu no século XX (1920) o sentido político de constituição. E o que é constituição para ele? A constituição é entendida como as decisões políticas fundamentais do povo. Basicamente é aquilo que o povo decide (Poder Constituinte). Esse sentido político também é chamado de conceito decisionista. Schmitt afirma que o documento constitucional é representado por leis constitucionais, que não prevalecem sobre as decisões políticas fundamentais do povo. c) Sentido Jurídico Hans Kelsen (Século XX – 1961 - Teoria pura do direito) e Konrad Hesse(Século XX – 1959 - Força normativa da constituição) são os precursores do sentido jurídico de constituição. Neste sentido, a Constituição é uma norma prescritiva de “dever ser” que vincula condutas e rege o Estado e a sociedade. Quem conduz o estado não são fatores reais de poder ou decisões políticas fundamentais do povo, mas sim a Constituição. A ênfase é jurídica, o que prevalece é o direito. d) Sentido Cultural (Concepção Cultural) Para Peter Haberle (Século XX), a Constituição é produto da cultura, ou seja, ela é o reflexo de um Estado e uma sociedade em um determinado momento histórico. É o retrato de um povo, o espelho da sociedade em um determinado momento. Ela só é conduzida pela cultura ou ela produz cultura? A constituição é condicionada pela cultura, mas também é condicionante da cultura de uma sociedade (Ela muda ou pode mudar a cultura de um povo). Aquilo que Peter Haberle chama de movimento dialético. Não é uma via única, mas sim uma via de mão dupla, ou seja, ela é condicionada mas também condicionante. O sentido cultural abarca todo os outros sentidos dentro dele (sociológico, político, jurídico) PONTO 2 – Aplicabilidade das Normas Constitucionais Neste ponto vamos classificar as normas constitucionais de acordo com a aplicabilidade e eficácia. Seguindo essa linha, iremos trabalhar com a Teoria Brasileira da Aplicabilidade das Normas Constitucionais que tem como grande artífice o professor José Afonso da Silva. Lembre-se que existiram outras teorias, como por exemplo a americana e a italiana, mas o que nos interessa é a Teoria Brasileira. 1) Pressuposto Qual é o pressuposto (ponto de partida) da Teoria Brasileira? Todas as normas constitucionais são dotadas de aplicabilidade. Por mais programática que a norma constitucional seja, ela é dotada de aplicabilidade. 2) Fundamento Qual o fundamento desse pressuposto? Porque todas as normas carregam consigo, no mínimo, o efeito positivo e o efeito negativo. Efeito Positivo: Revogar tudo do ordenamento anterior contrário ás normas constitucionais. É um efeito Pró-ativo. (tecnicamente temos a não recepção) Efeito Negativo: Efeito de negar ao legislador ordinário à possibilidade de produzir normas contrárias a Constituição. E se os legisladores produzirem normas que contrariem normas constitucionais? Deve ser manejada Ação Direta de Inconstitucionalidade para retirá-las do ordenamento. 3) Graus de Aplicabilidade Segundo José Afonso da Silva, todas as normas constitucionais possuem aplicabilidade, isso é inegável, porém existem graus quanto a essa aplicabilidade (ou eficácia). Antesde classificarmos os graus de aplicabilidade, necessário se faz tecer algumas breves observações que auxiliarão no entendimento deste ponto. OBS1: O que é aplicabilidade? E que eficácia é essa? Aplicabilidade: Nada mais é do que possibilidade de aplicação (conceito do senso comum). Quais são os requisitos para ter possibilidade de aplicação? - Vigência - Validade - Eficácia Jurídica – É a aptidão (potencialidade) da norma para regular condutas concretas. OBS2: E o que é eficácia social? É aquela que ocorre quando a norma é realmente obedecida e aplicada na prática, àquilo que o ministro do STF Luis Roberto Barroso chamou de efetividade. Pergunta: Podemos ter uma norma com eficácia jurídica sem que ela tenha eficácia social? Sim, por exemplo, no Código de Trânsito Brasileiro tinha uma norma que dizia que todos os carros do Brasil deveriam portar um kit primeiros-socorros, porém, como sabemos, não vigorou por falta de efetividade. Feito esses esclarecimentos, Passemos a Classificação: 3.1) Normas de Eficácia Plena São aquelas que são bastante em si, ou seja, que reúnem todos elementos para a produção de todos os efeitos jurídicos. São dotadas de uma aplicabilidade Direta e Imediata (possuem um alto grau de aplicabilidade) Exemplos: -Art. 1º da CR/88 “Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: I - a soberania; II - a cidadania III - a dignidade da pessoa humana; IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; V - o pluralismo político.” -Art. 44 da CR/88 “Art. 44. O Poder Legislativo é exercido pelo Congresso Nacional, que se compõe da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. Parágrafo único. Cada legislatura terá a duração de quatro anos.” -Art. 46 da CR/88 “Art. 46. O Senado Federal compõe-se de representantes dos Estados e do Distrito Federal, eleitos segundo o princípio majoritário.” Perceba que não há necessidade dessas normas serem integradas, sendo autoexplicativas e aptas a produzir todos os seus efeitos jurídicos. 3.2) Normas de Eficácia Contida São aquelas que nascem com eficácia plena, mas terão seu âmbito de eficácia reduzido, restringido ou contido pelo legislador infraconstitucional. Por nascerem com eficácia plena, possuem um alto grau de aplicabilidade. Aplicabilidade Direta e Imediata. Exemplos: Art. 5º XIII e VIII, e Art. 37, I da CR/88. “Art. 5º. XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer;” Note que quando a regra diz que “é livre qualquer trabalho, oficio ou Profissão”, está se garantindo a liberdade plena de profissão, porém seu âmbito é contido pelo legislador infraconstitucional na parte “atendidas as qualificações profissionais que as leis estabelecer”. 3.3) Normas de Eficácia Limitada São aquelas que não são bastante em si, ou seja, não reúnem todos elementos para a produção de todos efeitos jurídicos, pois necessitam de complementação (de regulamentação) dos poderes públicos para tal, ou seja, há necessidade de atuação dos poderes públicos para que elas venham a produzir mais efeitos. Se o poder público não atuar, ela não vai aumentar a aplicabilidade que existe, porém pequena. São dotadas de aplicabilidade Indireta ou Mediata. As normas de eficácia limitada se dividem em: Normas de Eficácia Limitada de Princípios Institutivos São aquelas que apresentam esquemas gerais de organização do Estado. Exemplos: Art. 18, §2º; Art. 33, Art. 90 §2º da CR/88 “Art.18. § 2º Os Territórios Federais integram a União, e sua criação, transformação em Estado ou reintegração ao Estado de origem serão reguladas em lei complementar.” Normas de Eficácia Limitada de Princípios Programáticos São aquelas que estabelecem tarefas, programas e fins para o cumprimento pelo estado e pela sociedade. Ex: Art. 196, 205, 215 da CR/88 “Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.” Lembre-se que nossa constituição é dirigente, ou seja, estabelece uma série de tarefas e programas para cumprimento pelo Estado e pela sociedade. Assim, o poder público tem que atuar para concretizar direitos esses considerados programáticos.
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