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FACULDADE ESTÁCIO TRABALHO DE MICROBIOLOGIAHIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS-AV2 ENTREGAR ATÉ 09/11/17 Acadêmico: Edney Gada Curso: Enfermagem 1- O QUE É HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS? Higienização das mãos é a medida individual mais simples e menos dispendiosa para prevenir a propagação das infecções relacionadas à assistência à saúde. Recentemente, o termo “lavagem das mãos” foi substituído por “higienização das mãos” devido à maior abrangência deste procedimento. O termo engloba a higienização simples, a higienização anti-séptica, a fricção anti-séptica e a anti-sepsia cirúrgica das mãos. 1.2- Porque fazer? As mãos constituem a principal via de transmissão de microrganismos durante a assistência prestada aos pacientes, pois a pele é um possível reservatório de diversos microrganismos, que podem se transferir de uma superfície para outra, por meio de contato direto (pele com pele), ou indireto, através do contato com objetos e superfícies contaminados. 1.3- Para que fazer? Para remoção de sujidade, suor, oleosidade, pêlos, células descamativas e da microbiota da pele, interrompendo a transmissão de infecções veiculadas ao contato e prevenir e redução das infecções causadas pelas transmissões cruzadas. 1.4- Como fazer? As mãos dos profissionais que atuam em serviços de saúde podem ser higienizadas utilizando-se: água e sabão, preparação alcoólica e anti-séptica. 1.5- Quando fazer? Antes e após o contato com o paciente; antes de realizar procedimentos assistenciais e manipular dispositivos invasivos; antes de calçar luvas para inserção de dispositivos invasivos que não requeiram preparo cirúrgico; após risco de exposição a fluidos corporais; ao mudar de um sítio corporal contaminado para outro, limpo, durante o cuidado ao paciente; após o contato com objetos inanimados e superfícies imediatamente próximas ao paciente; antes e após a remoção de luvas. 2.0 – QUAIS OS INSUMOS NECESSÁRIOS PARA LAVAGEM DAS MÃOS? Água, sabão, agentes anti-sépticos e papel toalha. 2.1-Uso de água e sabão A água utilizada em serviços de saúde deve ser livre de contaminantes químicos e biológicos. Nos serviços de saúde, recomendam-se o uso de sabão líquido, tipo refil, devido ao menor risco de contaminação do produto. 2.1.a – Indicação Sempre que apresentarem sujidade; Antes de iniciar o trabalho, manusear medicamentos, alimentos e calçar as luvas; Antes e após o contato direto com o paciente; Efetuar procedimentos terapêuticos e diagnósticos (sondagens, punções venosas, coleta de material para exames propedêuticos, curativos e outros), mesmo quando houver indicação da utilização de luvas; Realizar trabalhos hospitalares, atos e funções fisiológicas ou pessoas, como alimentar, assoar o nariz, usar o banheiro, pentear os cabelos, fumar ou tocar qualquer parte do corpo; Preparar e manipular materiais e equipamentos (respiradores, nebulizadores, outros) e durante seu reprocessamento; Manipular materiais e equipamentos (p. ex., cateteres intravasculares, sistema fechado de drenagem urinária e equipamentos respiratórios); Manusear cada paciente e, às vezes, entre as diversas atividades realizadas em um mesmo paciente (p. ex., higiene e aspiração endotraqueal); Após o contato direto acidental com secreções e material orgânico em geral; Contato indireto através de material e superfícies contaminadas; Retirar as luvas; Terminar o trabalho. 2.2-Uso de preparações alcoólicas Tem atividade antimicrobiana atribuída à sua habilidade de desnaturar proteínas. Soluções contendo 60-95% de álcool são as mais eficazes (concentrações maiores 3 tem menor potência). 2.2.a – Indicação Higienizar as mãos com preparação alcoólica quando estas não estiverem visivelmente sujas, em todas as situações descritas a seguir: Antes e após o contato com o paciente; Antes de realizar procedimentos assistenciais e manipular dispositivos invasivos; Antes de calçar luvas para inserção de dispositivos invasivos que não requeiram preparo cirúrgico; Após risco de exposição a fluidos corporais; Ao mudar de um sítio corporal contaminado para outro, limpo, durante o cuidado ao paciente (Devem-se planejar os cuidados ao paciente iniciando a assistência na sequência: sítio menos contaminado para o mais contaminado); Após contato com objetos inanimados e superfícies imediatamente próximas ao paciente; Antes e após remoção de luvas. 2.3-Uso de antissépticos A adoção de produtos adequados para anti-sepsia das mãos dispensa a escovação com esponja ou com escova. 2.3.a - Indicação Estes produtos associam detergentes com anti-sépticos e se destinam à higienização anti-séptica das mãos e degermação da pele. Higienização anti-séptica das mãos (Nos casos de precaução de contato recomendados para pacientes portadores de microrganismos multirresistentes nos casos de surtos); Degermação da pele (No pré-operatório, antes de qualquer procedimento cirúrgico, indicado para toda equipe cirúrgica antes da realização de procedimentos invasivos). 3.0 - TÉCNICAS 3.1- Higienização simples das mãos 3.1. a – Finalidade Remover os microrganismos que colonizam as camadas superficiais da pele, assim como o suor, oleosidade e as células mortas, retirando a sujidade propícia à permanência e à proliferação de microrganismos. 3.1.b - Duração do procedimento 40 a 60 segundos. 3.2- Antisepsia cirúrgica das mãos com produto à base de álcool 3.2. a – Finalidade A antissepsia cirúrgica das mãos com produtos à base de álcool remove de maneira eficaz os microrganismos Gram-positivos e Gram-negativos (incluindo os multirresistentes), além de fungos e vírus; requerem menos tempo para a realização do procedimento e irritam menos as mãos que a lavagem e escovação com produtos antissépticos convencionais. 3.2.b - Duração do procedimento No mínimo 60 segundos repetidamente duas vezes. 3.3 – Quais os cinco momentos para a higiene das mãos Antes do contato com o paciente; antes da realização de procedimento asséptico; após riscos de exposição a fluidos corporais; após contato com o paciente; após contato com as áreas próximas ao paciente. 3.3.b – Finalidade Evitar contaminar o paciente com algum microrganismo presente na mão do profissional e evitar se contaminar com algum microrganismo presente no paciente. 3.3.b - Duração do procedimento De 40 a 60 segundos. 4.0 – FAZER OS POPs (Procedimento Operacional Padrão) 4.1-Higienização das mãos 1. Abrir a torneira e molhar as mãos, evitando encostar-se a pia. 2. Aplicar na palma da mão quantidade suficiente de sabonete líquido para cobrir todas as superfícies das mãos (seguir a quantidade recomendada pelo fabricante). 3. Ensaboar as palmas das mãos, friccionando-as entre si. 4. Esfregar a palma da mão direita contra o dorso da mão esquerda entrelaçando os dedos e vice-versa. 5. Entrelaçar os dedos e friccionar os espaços interdigitais. 6. Esfregar o dorso dos dedos de uma mão com a palma da mão oposta, segurando os dedos, com movimento de vai-e-vem e vice-versa. 7. Esfregar o polegar direito, com o auxílio da palma da mão esquerda, utilizando-se movimento circular e vice-versa. 8. Friccionar as polpas digitais e unhas da mão esquerda contra a palma da mão direita, fechada em concha, fazendo movimento circular e vice-versa. 9. Esfregar o punho esquerdo, com o auxílio da palma da mão direita, utilizando movimento circular e vice-versa. 10. Enxaguar as mãos, retirando os resíduos de sabonete. Evitar contato direto das mãos ensaboadas com a torneira. 11. Secar as mãos com papel toalha descartável, iniciando pelas mãos e seguindo pelos punhos. No caso de torneiras com contato manual para fechamento, sempre utilize papel toalha. 4.1-Assepsia cirúrgica ou preparo pré-operatório das mãos 1. Abrir a torneira, molhar as mãos, antebraços e cotovelos. 2. Recolher, com as mãos em concha o antisséptico e espalhar nas mãos, antebraço e cotovelo. No caso de escova impregnada com anti-séptico, pressione a parte da esponja contra a pele e espalhe por todas as partes. 3. Limpar sob as unhas com as cerdas da escova. 4. Friccionaras mãos, observando espaços interdigitais e antebraço por no mínimo 3 a 5 minutos, mantendo as mãos acima dos cotovelos. 5. Enxaguar as mãos em água corrente, no sentido das mãos para cotovelos, retirando todo resíduo do produto. Fechar a torneira com o cotovelo, joelho ou pés, se a torneira não possuir foto sensor. 6. Enxugar as mãos em toalhas ou compressas estéreis, com movimentos compressivos, iniciando pelas mãos e seguindo pelo antebraço e cotovelo, atentando para utilizar as diferentes dobras da toalha/compressa para regiões distintas. 4.2-Fricção antisséptica das mãos (com solução alcóolica) 1. Aplicar na palma da mão quantidade suficiente do produto para cobrir todas as superfícies das mãos (seguir a quantidade recomendada pelo fabricante). 2. Friccionar as palmas das mãos entre si. 3. Friccionar a palma da mão direita contra o dorso da mão esquerda entrelaçando os dedos e vice-versa. 4. Friccionar a palma das mãos entre si com os dedos entrelaçados. 5. Friccionar o dorso dos dedos de uma mão com a palma da mão oposta, segurando os dedos e vice-versa. 6. Friccionar o polegar direito, com o auxílio da palma da mão esquerda, utilizando-se movimento circular e vice-versa. 7. Friccionar as polpas digitais e unhas da mão esquerda contra a palma da mão direita, fazendo um movimento circular e vice-versa. 8. Friccionar os punhos com movimentos circulares. 9. Friccionar até secar. Não utilizar papel toalha. 5.0 – REFERÊNCIAS http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/manuais/paciente_hig_maos.pdf http://www.anvisa.gov.br/hotsite/higienizacao_maos/manual_integra.pdf http://www.ebserh.gov.br/documents/147715/148046/Protocolo_de_Equip_Insumos_Necessarios_Higiene_Maos.pdf/2cb33a95-972c-4471-864a-146031e09812
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