Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Resistência BAUER, L. A. F. Materiais de Construção. São Paulo: Livros Técnicos e Científicos, V1, 1980. Capítulo 8 MEHTA, P. K.; MONTEIRO, P. J. M. Concreto: estrutura, propriedades e materiais. São Paulo: Pini, 1994. Capítulo 3 Resistência do Concreto A Resistência do concreto é definida como a capacidade de resistir à tensões sem ruptura. (A ruptura é algumas vezes identificadas pelo aparecimento de fissuras). Resistência do Concreto A resistência do concreto não depende unicamente da grandeza da carga a que será submetido, pois também está relacionada a sua POROSIDADE e à sua QUALIDADE. Sendo assim a sua resposta às tensões aplicadas dependerá das cargas e dos diversos fatores que afetam a sua porosidade e qualidade. Resistência do Concreto Os principais fatores que interferem na qualidade/resistência do concreto são: 1 – Propriedade dos matérias constituintes; 2 – Proporção dos materiais (traço); 3 – Manipulação - Grau de adensamento; 4 – Processo de fabricação; 5 – Condições de cura. Resistência do Concreto 1 – Propriedade dos matérias constituintes: Materiais de boa qualidade produzem concreto de boa qualidade. Agregado Graúdo Agregado Miúdo Resistência do Concreto 1 – Propriedade dos matérias constituintes: Materiais de boa qualidade produzem concreto de boa qualidade. Resistência do Concreto 1 – Propriedade dos matérias constituintes: Materiais de boa qualidade produzem concreto de boa qualidade. Resistência do Concreto 1 – Propriedade dos matérias constituintes: Materiais de boa qualidade produzem concreto de boa qualidade. Resistência do Concreto 1 – Propriedade dos matérias constituintes: Materiais de boa qualidade produzem concreto de boa qualidade. Resistência do Concreto 1 – Propriedade dos matérias constituintes: Materiais de boa qualidade produzem concreto de boa qualidade. Resistência do Concreto 1 – Propriedade dos matérias constituintes: Materiais de boa qualidade produzem concreto de boa qualidade. A água é é fundamental no concreto, sob o ponto de vista técnico- científico, dos efeitos físico-químicos das transformações que opera na microestrutura das pastas. A grande quantidade pontes de H na água no estado líquido é responsável por suas propriedades únicas. Resistência do Concreto 2 – Proporção dos materiais (traço): Deve-se considerar a relação entre as quantidades: de cimento e de agregados, de agregado graúdo e miúdo, água e o cimento. Resistência do Concreto 2 – Proporção dos materiais (traço): Deve-se considerar a relação entre as quantidades: de cimento e de agregados, de agregado graúdo e miúdo, água e o cimento. O item PROPORÇÃO DOS MATERIAIS – TRAÇO, a relação água/aglomerante usada na dosagem do concreto, é o fator que tem maior importância para a resistência do concreto. A relação a/agl afeta diretamente a porosidade e a densidade do concreto, porém mesmo com uma relação a/agl adequada, caso negligenciados os demais fatores a resistência do concreto será afetada. Resistência do Concreto 3 – Manipulação - Grau de adensamento: Após a mistura, o concreto deve ser transportado, lançado e adensado corretamente. Resistência do Concreto 4 – Processo de fabricação: Resistência do Concreto 5 – Condições de cura: A hidratação do cimento continua por um tempo bastante longo e é preciso que as condições ambientes favoreçam as reações que se processam. Preparo - Mistura É a operação de fabricação do concreto, destinada a obter um conjunto homogêneo resultante do agrupamento interno dos agregados, aglomerantes, adicionantes, aditivos e água. 1 - Mistura Manual; 2 – Mistura Mecânica: Betoneira e Central de Dosagem. Preparo Manual do Concreto A NBR 6118/80 (com errata de 1995), estabelece que: “O amassamento manual do concreto, a empregar-se excepcionalmente em pequenos volumes ou em obras de pouca importância, deverá ser realizado sobre um estrado ou uma superfície plana impermeável e resistente. Misturar-se-ão primeiramente, a seco, os agregados e o cimento, de maneira a obter-se cor uniforme; em seguida, adicionar- se-á aos poucos a água necessária, prosseguindo-se a mistura até conseguir-se massa de aspecto uniforme. Não será permitido amassar- se, de cada vez, volume de concreto superior ao correspondente a 100 kg de cimento.” Preparo Manual do Concreto Preparo em Betoneira do Concreto Pode-se classificar as betoneiras de acordo com o processo de mistura em: 1 – Betoneira de queda livre ou de gravidade, que produzem a mistura através de movimento onde as pás internas da cuba levam o material até a parte superior e de lá deixam cair, pela gravidade ou queda livre, o material levado, de maneira a se obter, aos poucos e mais ou menos lentamente, a homogeneização da mistura; 2 – Betoneiras de mistura forçada, que produzem a mistura dos materiais componentes do concreto pelo movimento da cuba e/ou das pás, que se movimentam, arrastando todo o material e forçando-o a um contato rápido e completo. Concreto dosado em central Concreto dosado em central Para a utilização dos concretos dosados em central, o que devemos saber é programar e receber o concreto. Verificar o local de descarga do concreto que deve estar desimpedido e o terreno firme. A circulação dos caminhões deve ser facilitada. A programação deve ser feita com antecedência e deve incluir o volume por caminhão a ser entregue, bem como o intervalo de entrega entre caminhões. Recebimento: antes de descarregar, deve-se verificar: • O volume do concreto pedido • A resistência característica do concreto à compressão (fck). • Aditivo, se utilizado. Se tudo estiver correto, só nos resta verificar o abatimento (slump test) para avaliar a quantidade de água existente no concreto. Concreto dosado em central Vantagens: • Velocidade; • Espaço no canteiro de obras (central e materiais); • Flexibilidade (concretos especiais); • Qualidade; • Economia; • Suporte técnico. Transporte do Concreto O sistema de transporte de concreto, do equipamento de sua fabricação ao local de aplicação, depende do tipo, da localização e do volume da obra, e impõe, muitas vezes a trabalhabilidade com que o concreto ter que ser utilizado. A condição principal imposta ao sistema de transporte é a de manter a homogeneidade do material. Outra condição é a de que seja rápido, a fim de evitar que o concreto perca a trabalhabilidade ou seque. Transporte do Concreto Pode-se classificar de varias maneiras o sistema de transporte, sendo, porém, didaticamente melhor a classificação que se segue: 1- Transporte Horizontal; 2- Transporte Inclinado; 3- Transporte Vertical; 4- Bombas; 5- Caminhões-Betoneira. Transporte do Concreto 1- Transporte Horizontal: Por exemplo, carrinho de mão de 1 roda (capacidade média de 50 l); carros de duas rodas, também chamados cambonas (capacidade de 160 l). Deve-se evitar a vibração durante o transporte, pois, se isso ocorrer, haverá compactação do material, e, consequentemente, dificuldade na sua saída. Transporte do Concreto 2- Transporte Inclinado: Em determinadas obras, o transporte inclinado pode ser economicamente feito por meio de calhas e chicanas, as quais substituem o transporte vertical de queda livre, que apresenta grandes inconvenientes de segregação completa, tornando-se necessária uma segunda mistura para homogeneização. Transporte do Concreto 3- Transporte Vertical: Feito em geral por guinchos, de descarga automática ou não, por guindastes equipados com caçambas de descargas pelo fundo, de manobra ou mecanicamente comandada por sistema elétrico ou a ar comprimido. As caçambas são hoje de grande aplicação; sua capacidadepode variar entre algumas centenas de litros até uma dezena de metros cúbicos. Devendo-se limitar a altura a 2,5 até 3,0 m, além do que a desagregação é muito grande. Transporte do Concreto 4- Bombas: É um sistema bastante flexível, o diâmetro interno do tubo deverá ser no mínimo três vezes o diâmetro máximo do agregado. O volume médio é de 30 m3/hora, havendo conjuntos com capacidade para proceder à concretagem a 60 m3/hora. Até há pouco as bombas eram somente utilizadas em obras pesadas, como barragens e túneis. Atualmente as bombas são montadas em veículos, o que as torna bastante práticas, e seu uso tende a generalizar-se nas obras de edifícios. Os parâmetros que influem no bombeamento são: • Natureza, forma, textura superficial e absorção do agregado; • Granulometria; • Dosagem de cimento; • Relação água/cimento; • Ar incorporado; • Trabalhabilidade. Transporte do Concreto 4- Bombas: • Natureza, forma, textura superficial e absorção do agregado: agregado de seixo rolado, pedregulho, é mais fácil de bombear do que brita assim como areia natural é mais do que areia industrializada. Agregados porosos, absorventes, reduzem a facilidade de bombeamento, pela redução da água disponível. As areias melhores são as que contêm 15 a 20% de material passante na peneira 0,3 mm e 3% através de 0,15 mm; • Granulometria: A granulometria do agregado deve ser a mais perfeita possível, não se admitindo falta de qualquer das dimensões dos agregados, a fim de evitar a tendência à desagregação, consequentemente, ao entupimento; • Dosagem de cimento: em geral, concreto com 300 kg de cimento/m3 é bombeável com facilidade. Quando o teor é inferior a 300 kg de cimento/m3 tornando-se necessário o acréscimo de aditivos e adjuvantes (máximo 3% do peso do cimento); Transporte do Concreto 4- Bombas: • Relação água/cimento e Ar incorporado: A quantidade de água deve ser superior à crítica, quando desaparecem os vazios do concreto, por estarem cheios de água; abaixo desse valor, o atrito é alto e a compressibilidade do conjunto provoca o entupimento dos tubos. Acima do valor crítico haverá exsudação, e novamente haverá dificuldade no bombeamento. • Trabalhabilidade: Pelo cone de Abrams (slump test), um concreto bombeável deve ter abatimento situado em 6 e 16 cm, dependendo do tipo de bombas. Transporte do Concreto 5- Caminhões-Betoneira: São veículos providos de betoneiras, geralmente de eixo horizontal ou ligeiramente inclinado, com reversão do movimento para descarga e com capacidade de 5 a 7 metros cúbicos. Cura Conjunto de medidas que têm por objetivo evitar a evaporação da água utilizada na mistura do concreto e que deverá reagir com o cimento, hidratando-o. Em climas frios, a cura abrange também aquelas medidas de proteção contra o congelamento dessa água. Métodos de Cura • Irrigação ou Aspersão de água; • Submersão; • Recobrimento; • Recobrimento com plástico e Semelhantes; • Conservação das formas; • Impermeabilização por pinturas; • Aplicação de cloreto de cálcio (800 g a 1 kg por m2); • Membranas de cura.
Compartilhar