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Atividades Avaliação Psicologica

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Unidade 1 - Aula 1
Como pós-aula para o tema abordado em sala, proponho que você acesse o portal Conselho Federal de Psicologia e faça um levantamento dos instrumentos aprovados, reprovados e em análise para uso do Psicólogo. Também solicito uma pequena introdução sobre a necessidade de uma Comissão para acompanhar os estudos e utilização dos instrumentos por parte dos psicólogos.
R:A Resolução CFP n° 002/2003, em seu Art. 11º, orienta que “as condições de uso dos instrumentos devem ser consideradas apenas para os contextos e propósitos para os quais os estudos empíricos indicaram resultados favoráveis”. O artigo quer dizer que a simples aprovação no Sistema de Avaliação de Testes Psicológicos (Satepsi) não significa que o teste possa ser usado em qualquer contexto, ou para qualquer propósito. A recomendação para um uso específico deve ser buscada nos estudos que foram feitos com o instrumento, principalmente nos estudos de validade e nos de precisão e de padronização. Assim, os requisitos básicos para uma determinada utilização são os resultados favoráveis de estudos orientados para os problemas específicos relacionados às exigências de cada área e propósito.
Unidade 1 - Aula 2
O que você compreendeu por Avaliação Psicológica e justifique as diferenças entre Avaliação e Testagem Psicológica.
R: A avaliação psicológica é um processo amplo que envolve a integração de informações provenientes de diversas fontes, dentre elas, testes, entrevistas, observações e análise de documentos, enquanto que a testagem psicológica pode ser considerada um processo diferente, cuja principal fonte de informação são os testes psicológicos de diferentes tipos.
Unidade 1 - Aula 3
Quais os limites da Avaliação Psicológica e cite as principais questões éticas que norteiam a avaliação psicológica.
R: Por intermédio da avaliação, os psicólogos buscam informações que os ajudem a responder questões sobre o funcionamento psicológico das pessoas e suas implicações. Como o comportamento humano é resultado de uma complexa teia de dimensões inter-relacionadas que interagem para produzi-lo, é praticamente impossível entender e considerar todas as nuances e relações a ponto de prevê-lo deterministicamente. As avaliações têm um limite em relação ao que é possível entender e prever. Entretanto, avaliações calcadas em métodos cientificamente sustentados chegam a respostas muito mais confiáveis que opiniões leigas no assunto ou o puro acaso.
É necessário que o psicólogo se mantenha atento aos seguintes princípios:
• O psicólogo atuará com responsabilidade, por meio do contínuo aprimoramento profissional, contribuindo para o desenvolvimento da Psicologia como campo científico de conhecimento e prática;
• Utilização, no contexto profissional, apenas dos testes psicológicos com parecer favorável do CFP que se encontram listado no Sistema de Avaliação de Testes Psicológicos (Satepsi);
• Emprego de instrumentos de avaliação psicológica para os quais o profissional esteja qualificado;
• Realização da avaliação psicológica em condições ambientais adequadas, de modo a assegurar a qualidade e o sigilo das informações obtidas;
• Guarda dos documentos de avaliação psicológica em arquivos seguros e de acesso controlado;
• Disponibilização das informações da avaliação psicológica apenas àqueles com o direito de conhecê-las;
• Proteção da integridade dos testes, não os comercializando, divulgando-os ou ensinando-os àqueles que não são psicólogos.
Unidade 1 - Aula 4
Quais os principais contextos que a avaliação psicológica pode ser utilizada e pontue também os principais cuidados que o profissional deve ter na escolha do instrumento.
R: Na escolha de um teste como instrumento de avaliação psicológica, é fundamental que o psicólogo consulte o Sistema de Avaliação de Testes Psicológicos (Satepsi), disponível no site do Conselho Federal de Psicologia (www.cfp.org.br), com o intuito de verificar se ele foi aprovado para uso em Avaliação Psicológica. Em caso afirmativo, ele deverá então consultar o manual do referido teste, de modo a obter informações adicionais acerca do construto psicológico que ele pretende medir bem, bem como sobre os contextos e propósitos para os quais sua utilização se mostra apropriada.
• Verificar se não existem dificuldades específicas da pessoa para realizar o teste, sejam elas físicas ou psicológicas.
• Utilizar o teste dentro dos padrões referidos por seu manual, o que inclui os procedimentos de aplicação, utilização de material padronizado e procedimentos de interpretação.
• Cuidar da adequação do ambiente, do espaço físico, do vestuário dos aplicadores e de outros estímulos que possam interferir na aplicação.
Unidade 2– Aula 1
Os Testes Psicológicos são procedimentos sistemáticos de coleta de informações que
municiam o processo amplo e complexo de Avaliação Psicológica com dados úteis e confiáveis.
Existem várias formas de se obter informações, tais como a observação direta, as entrevistas, a análise de documentos e a aplicação de testes propriamente dita. Fica claro, então, que os Testes Psicológicos são uma das formas possíveis de se obter informações sobre as pessoas durante a Avaliação Psicológica. Neste sentido, após a leitura do artigo, explique com suas palavras o que você compreendeu por Validade e Precisão. Se possível, cite dois exemplos que justifique a importância destes estudos.
R: Validade: Refere-se à legitimidade das interpretações dadas a partir dos indicadores observados na aplicação de testes, analisados com base nos comportamentos característicos que a pessoa apresentou na realização da tarefa proposta pelo teste. Uma questão fundamental que precisa ser respondida indaga sobre quais evidências empíricas justificam essas interpretações, isto é, quais dados existem indicando que essas interpretações sejam coerentes e legítimas, ou seja, resultante de pesquisas delineadas para testar os pressupostos de tais interpretações.
Exemplo: Uma delas refere-se às respostas de reflexo, ocorrendo quando uma parte da mancha é referida como sendo o reflexo da outra. Respostas desse tipo, em número elevado, indicam um foco de atenção voltado mais para si do que para os outros, uma tendência a superestimar o próprio valor e assinala a presença de características narcísicas na personalidade. Essas respostas fazem parte do Índice de Egocentrismo. Um dos primeiros estudos de validade desse índice envolveu 21 pessoas que passavam por um processo seletivo. 
Em outro estudo envolvendo 40 pessoas, Exner (1993) calculou a diferença entre autodescrições com adjetivos sobre “como sou” em contraposição a autodescrições sobre “como gostaria de ser”. Os sujeitos com menor número de discrepâncias entre as descrições reais ideais apresentavam maior número de respostas de reflexo, apoiando a interpretação de autoestima mais inflada associada às respostas de reflexo.
Precisão: A precisão, ou fidedignidade, como às vezes é chamada, refere-se ao quanto os escores de um teste são imunes às flutuações geradas por fatores indesejáveis, isto é, os fatores incontroláveis que inevitavelmente interferem nos escores, mas que não possuem nenhuma relevância para o que é avaliado. Esses fatores são chamados fontes de erro. Várias fontes de erro podem interferir na avaliação, produzindo ruídos ou erros nos escores dos testes, dentre elas a subjetividade no processo de correção, flutuações entre diferentes situações de avaliação ou problemas no conteúdo das tarefas usadas na avaliação.
Unidade 2 – Aula 2
Após a leitura do texto justifique a importância e o que você compreendeu pelas técnicas projetivas.
R: Para compreender a dinâmica individual de uma pessoa em uma Avaliação Psicológica, devemos integrar os dados das entrevistas, das observações, do vínculo estabelecido com a pessoa, com a consideração relativa à situação para a qual estamos realizando aquela avaliação. Se, a esses dados, o profissional tiver referência de resultados de Testes Psicológicos utilizados como um dos itens da avaliação, a margemde segurança será maior, especialmente se os instrumentos forem padronizados e evidenciarem bons resultados psicométricos (validade, precisão).
Contudo, ressalta-se que a utilização das técnicas projetivas não se reduz aos estudos psicométricos, na medida em que continua sendo preponderante a figura do psicólogo e seu raciocínio clínico, que insere os dados obtidos a partir do teste num quadro global e dinâmico, dentro da Avaliação Psicológica. Contudo, a inclusão do julgamento do psicólogo deve sempre ser fundamentada em pressupostos teóricos e metodológicos, coerentes com a situação, que enriquecem e dão sentido aos resultados dos instrumentos utilizados.
Essa característica específica dos instrumentos projetivos leva, portanto, a um excelente resultado, que torna os métodos projetivos de análise da personalidade instrumentos fidedignos e consistentes, ao mesmo tempo que, com seu uso, podemos alcançar uma compreensão bastante profunda das pessoas, o que confere aos instrumentos legitimidade, com ampla aceitação pela comunidade científica e usuários dos instrumentos.
Unidade 2 – Aula 3
Explique detalhadamente quais são os critérios de avaliação dos Instrumentos Psicológicos que o Conselho Federal de Psicologia utiliza para avaliar os testes como favoráveis ou não favoráveis.
R: 1) Desempenho acadêmico. Talvez seja ou foi o critério mais utilizado na validação de testes de inteligência. Consiste na obtenção do nível de desempenho escolar dos alunos, seja através das notas dadas pelos professores, seja pela média acadêmica geral do aluno, seja pelas honrarias acadêmicas que o aluno recebeu ou seja, 
mesmo, pela avaliação puramente subjetiva dos alunos em termos de inteligente por parte dos professores ou colegas. Embora seja amplamente utilizado, este critério tem igualmente sido muito criticado, não em si mesmo, mas pela deficiência que ocorre na sua avaliação. É sobejamente sabida a tendenciosidade por parte dos professores em atribuir as notas aos alunos, tendenciosidade nem sempre consciente, mas decorrente de suas atitudes e simpatias em relação a este ou aquele aluno. Esta dificuldade poderia ser sanada até com certa facilidade, se os professores tivessem o costume de aplicar testes de rendimento que possuíssem validade de conteúdo, por exemplo. Como esta tarefa é dispendiosa, o professor tipicamente não se dá ao trabalho de validar (validade de conteúdo) suas provas acadêmicas.
2) Desempenho em treinamento especializado. Trata-se do desempenho obtido em cursos de treinamento em situações específicas, como no caso de músicos, pilotos, atividades mecânicas ou eletrônicas especializadas, etc. No final deste treinamento há tipicamente uma avaliação, a qual produz dados úteis para servirem de critério de desempenho do aluno. As observações críticas feitas ao ponto 1) valem também neste parágrafo.
3) Desempenho profissional. Trata-se, neste caso, de comparar os resultados do teste com o sucesso/fracasso ou o nível de qualidade do sucesso dos sujeitos na própria situação de trabalho. Assim, um teste de habilidade mecânica pode ser testado contra a qualidade de desempenho mecânico dos sujeitos na oficina de trabalho. Evidentemente continua a dificuldade de levantar adequadamente a qualidade deste desempenho dos sujeitos em serviço.
4) Diagnóstico psiquiátrico. Muito utilizado para validar testes de personalidade/psiquiátricos. Os grupos-critério são aqui formados em termos da avaliação psiquiátrica que estabelece grupos clínicos: normais vs. neuróticos, psicopatas vs. depressivos, etc. Novamente, a dificuldade continua sendo a adequação das avaliações psiquiátricas feitas pelos psiquiatras.
5) Diagnóstico subjetivo. Avaliações feitas por colegas e amigos podem servir de base para estabelecer grupos-critério. É utilizada esta técnica, sobretudo, em testes de personalidade, onde é difícil encontrar avaliações mais objetivas. Assim, os sujeitos avaliam seus colegas em categorias ou dão escores em traços de personalidade (agressividade, cooperação, etc.), baseados na convivência que eles têm com os colegas. Nem precisa mencionar as dificuldades enormes que tais avaliações apresentam em termos de objetividade; contudo, a utilização de um grande número de juizes poderá diminuir os vieses subjetivos nestas avaliações.
6) Outros testes disponíveis. Os resultados obtidos por meio de outro teste válido, que prediga o mesmo desempenho que o teste a ser validado, servem de critério para determinar a validade do novo teste. Aqui fica a pergunta óbvia: para que criar outro teste se já existe um que mede validamente o que se quer medir? A resposta se baseia numa questão de economia, isto é, utilizar um teste que demanda muito tempo para ser respondido ou apurado como critério para validar um teste que gaste menos tempo.
Questões - Aula 4
O que você compreendeu por Fidedignidade?
R: Quanto o instrumento é fiel e estável.
2 – Qual a importância do processo de Fidedignidade na Construção de instrumentos de Avaliação Psicológica?
R: Ele mostra o quanto o instrumento vai ser fiel ao que propõe independente de onde e quando for utilizado.
3 – No processo de Fidedignidade, qual a importância de variância de erro?
R: Manter estável mesmo sendo utilizado nas mesmas pessoas com base no tempo.
4 – O processo de Fidedignidade avalia os escores e não o conteúdo do instrumento. Justifique.
R: Ele trabalha apenas com os resultados não com o método, por isso a importância do instrumento ser fidedigno. 
5- Quais são os métodos para avaliar a fidedignidade de um instrumento? Conceitue cada método diferenciando um do outro.
R: Processo de Fidedignidade ou Precisão do tipo Teste Reteste – Utilizado nas mesmas pessoas o mesmo teste com diferença de tempo de 6 meses, para checagem de margem de erro.
Formas Alternadas ou Instrumentos Equivalentes – Utilizado nas mesmas pessoas um instrumento já aprovado com o mesmo conceito, para checagem de processo de correlação. Pode ser utilizado em um intervalo de tempo menor.
6 – A variância de erro pode ser representada pelo fator Amostragem de tempo e Amostragem de conteúdo. Justifique.
R: A variável de tempo é um indicativo se à alteração ou não no teste realizado pelo fato que a fidedignidade em decorrência do tempo tende a decair por fatores sociais e culturais que podem ou não afetar o resulto e a eficácia sendo analisadas pelo escore e comparando os resultados dentro de um prazo de 3 a 6 meses de acordo com a necessidade dos resultados.

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