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Exmo. Sr. Juiz de Direito da _ Vara _ da Comarca_ do Estado_ WYZ Ltda., pessoa jurídica de direito privado, contrato de constituição em anexo, inscrita na Junta comercial do Estado_ sob o nº_, CNPJ nº, com sede e domicílio no endereço_, vem, juntamente com seu advogado infra-assinado, com endereço para receber intimações_, com fulcro nos arts 282 e 283 do Código de Processo Civil, art. 151, IV do Código Tributário Nacional, art. 5º, LXIX, da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 e arts. 6º, 7º, 12 e 23 da Lei nº 12.016/2009, impetrar Mandado de Segurança com pedido liminar em face do Coordenador Municipal de Tributação, a autoridade coatora vinculada ao Município _, sendo este pessoa jurídica de direito público, pelos fatos a fundamentos a seguir expostos. I – DOS FATOS O estabelecimento da sociedade WYZ Ltda., foi interditado pela autoridade fazendária do Município_ por falta de pagamento de taxa de inspeção sanitária, fundamentado na Lei Municipal –, e já efetuado o lançamento do crédito tributário. Haja vista o objeto social da sociedade – venda de gêneros alimentícios, se faz necessária a reversão do ato de interdição de forma célere, para que suas mercadorias não pereçam. II - DA TEMPESTIVIDADE O ato coator (interdição pela autoridade fazendária municipal) ocorreu na data _, portanto, dentro do limite de 120 dias previstos no art. 23 da Lei nº 12.016/2009. III - DO DIREITO Apesar de previsão na lei municipal para a interdição, já está consolidado o entendimento, através da Súmula nº 70 do STF, que não se pode interditar estabelecimento como meio coercitivo para cobrança de tributo. Tal medida viola o disposto no art. 170, parágrafo único, da CFRB/88, por ferir o princípio do livre exercício da atividade econômica. A ilegalidade da atuação da autoridade fazendária também está demonstrada na medida em que viola o princípio da razoabilidade, pois cria um meio coercitivo legal para pagamento de tributos. Com essa figura instituída em lei, o devido processo legal é violado, uma vez que cria um modo de não se questionar, em sede judicial, o cabimento ou não da medida coercitiva. Isto é, a lei cria um mecanismo que coíbe o contribuinte ao pagamento do tributo, sem a necessidade do procedimento de execução fiscal, afrontando a formalidade de um devido processo legal, conforme preceitua o art. 5º, LIV, da CRFB/88. IV- DO PEDIDO LIMINAR Considerando o fumus boni iures e o periculum in mora, requer a ordenação de suspensão do ato coator (reversão da interdição do estabelecimento), conforme prevê o art. 7º, III, da Lei nº 12.016/2009. O perigo da demora (periculum in mora) na prestação jurisdicional comprometer a continuidade de seu negócio dada a perecibilidade de seu objeto de atividade (gêneros alimentícios). A plausibilidade do direito (fumus boni iures) se verifica pelos motivos já expostos no item anterior. V – DA PROVA PRÉ-CONSTITUÍDA Uma vez que o instituto do Mandado de Segurança não admite a dilação probatória, apresenta-se, anexo a esta peça, os documentos que comprovam a condição de possível sujeito passivo do tributo em tela, bem como cópia do decreto publicado pelo Estado A, conforme previsão no art. 283 do CPC. VI- DOS PEDIDOS E REQUERIMENTOS Ante o exposto, pugna-se: a) Seja notificada a autoridade coatora, conforme art. 7º, I, da Lei nº 12.016/2009; b) Seja dada ciência do feito ao órgão de representação judicial do Município_, conforme art. 7º, II, da Lei nº 12.016/2009; c) Seja intimado o Ministério Público do Estado_, cuja manifestação é necessária, nos termos do art. 12 da Lei nº12.016/2009. d) Seja deferida a medida liminar a fim de suspender a exigibilidade do crédito tributário, haja vista o fumus boni iures e o periculum in mora já demonstrados; e) Ao final do procedimento, seja declarada a procedência do pedido, no sentido de conceder definitivamente a segurança pleiteada em liminar pelo impetrante; f) Seja condenado o impetrado ao pagamento de custas processuais. Dá-se à causa o valor de R$_. Termos em que, pede e espera deferimento. Local_, data_. Advogado_ OAB nº _.
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