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O jusnaturalismo

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O jusnaturalismo
De início, era uma ordem legal de origem divina na Idade Média, dotada de conteúdo teológico. Trazia uma abordagem do direito de forma objetiva e material.
O jusnaturalismo dos escolásticos via o direito como um conjunto de normas e princípios morais imutáveis – derivados da natureza das coisas e do homem. Era um direito subjetivo e formal, afastando-se das concepções medievais e buscava seus fundamentos na racionalidade humana. Podemos considerar subjetivo porque regula o ser humano de forma individual, com suas vontades e autonomia. Consistia na proposição de normas de conduta por meio do método racional dedutivo, influenciado pelo raciocínio matemático e ciências naturais tão em voga na época. 
A legitimidade dessa teoria era baseada na razão com a metodologia do racionalismo, se apoiando na natureza humana como objeto de estudo – foi uma das primeiras tentativas de conferir ao direito o caráter de ciência jurídica através da adoção de um método e da determinação de um objeto de estudo.
O culturalismo jurídico
O culturalismo jurídico considera o direito como fenômeno inserido em situações vitais inseridas, naturalmente, na nossa cultura – por isso, busca-se afasta-lo de procedimentos metódicos, formais dedutivos e indutivos. Como ele é visto como uma criacao do homem, dotado de sentido e conteúdo valorativo, seria impossível isolá-lo de um contexto como foi sugerido anteriormente pela escola jusnaturalista. Ele é, portanto, pertencente ao campo da cultura.
Devemos entender, nesse caso, por cultura, aquilo que acrescentamos às coisas na intenção de aperfeiçoa-las, transformando a natureza pela acao humana.
Uma das grandes contribuições nessa temática é a teoria tridimensional de Miguel Reale, situando o direito nos objetos vulturais. Para ele, a estrutura tridimensional traz o elemento normativo como disciplinador do nosso comportamento em sucoedidade, pressupondo assim a existencia de um fato que se refere a determinado valor. Sendo assim, a integração normativa entre fatos e valores é extremamente necessária e não podemos separar o fato da conduta, o valor desta e a norma que incide nas questoes.
São 3 elementos em frequente atracao poelar conectados pela dialética da implicação e da polaridade. O fato, o valor e a norma tem assim a mesma importância. Devemos estudar o direito na totatlidade de seus elementos, integrando, respectivamente, o filosofo, o sociólogo e o jurista.
O empirismo exegético
O direito, para eles, se fundamenta na lei escrita. Acreditam, portanto, no rigor e preciosismo em relação ao texto legal para assim revelar o seu sentido. Dessa forma, não chegam a negar o direito natural pois admitem o estudo dos códigos racionais. Foi uma escola que reunião muitos juristas franceses marcado pela divulgação em 1804 do código napoelonico. 
Por exegese, entendemos a interpretação de uma determinada obra literária – eles encaravam o código como algo completo e acabado, dotado de uma natureza eterna e imutável. Para eles, o direito já teria sido feito - os juristas deveriam ser subalternos ao código, sendo a vontade do legislador soberana. O processo interpretativo era realizado, porem visto pelos críticos como ineficiente haja vista a falta de conexão co o contexto histórico. Acabaram por reduzir o direito apenas à lei propriamente dita e pronta. Foram criticados também por juritas que alegavam que o processo evolutivo das nações era incompatível com uma estrutura legal rígida. A ciência, técnicas, alterações econômicas, novs condições sociais fez com que a dinâmica da vida não coubesse nos códigos tidos como fixos. 
Foi um movimento que expandiu-se além da franca com o pandectismo e a escola analítica. 
 O historicismo causuistico
Foi o desenvolvimento de uma nova sistemática da ciência jurídica. Preconizava o estudo da historia do direito como maneira universal para chegar a uma base da ciência da legislação. Muitos deles eram, inclusive, opostos a existencia de leis escritas pois acreditavam que o código deveria ser uma manifestação da sociedade, da mesma forma que um costume – não sendo necessária a sistematização racional por parte de determinado legislador.
O direito era visto, portanto, como produto da consciência popular inserido em determinado tempo e espaço. Assim, era autônomo, livre e direto, trazia a convicacao do que era necessário e justo. A produção legal deveria ser resultado de uma longa evolução histórica da consciência coletiva, sendo o historicismo a base cientifica do direito.
O positivismo
O direito positivo era encarado como o direito vigente e eficaz em determinada sociedade. O conhecimento jurídico deve estudar as legislações positivas. Os teóricos tinha a pretensão de afastar da ciência jurifica qualquer fato ou fundamento baseado na moral ou mesmo no direito natural. Era uma pretensão insustentável, pois atrelado a moral temos os valores e a ideia do dever-ser que guia por muitas vezes nossas atitudes. Essa tentativa de amoralizacao no direito se deu em alguns campos e defendida por alguns teóricos, como:
Amoralizacao psicossocial, que procura afastar a moral do diretio a medida que o interesse geral fosse garantido pelo poder coercitivo do estado
Amoralizacao politico estatal: que findamenta o direito através do poder do soberano e através da autorregulacao entre as partes, Estado e Direito. O soberano outorga aos cidadãos os seus direitos subjetivos e de ordem privada. 
Amoralizacao logico-técnica: traz a teoria pura do direito à tona para eliminar por completo qualquer fundamento moral ou natural do direito. Este deveria ser visto como uma ciência normativa e as suas normas deveriam ser justas, sem necessariamente que a ciência jurídica precisasse avaliar a justiça destas. Assim, a validade das normas seria explicadas por outras mais acima hierarquicamente até a norma fundamental. Essa logica tornou a ciência do direito alheia a valores, qustoes politicas e psicossociais.
O racionalismo dogmático
Foi uma teoria fundamentada por Hans Kelsen, ,que tenta amoralizar definitavamente o direito e a ciência jurídica. Pode ser visto como uma repercussão da decadência do capitalismo após a primeira guerra.
Consiste em uma ciência do direito capaz de admitir varias ordens politicas, sendo dotada de condições conceituais para explica-las independente de valorações morais. Isso demonsta sua neutralidade frente ao conteúdo ético, politico e religioso das normas jurídicas. Configura-se como uma tentativa de fundamentcao da ciência jurídica or si so.
Dividia a teriria em estática e dinâmica. A primeira tinha por objeto o sistema de normas em seu estado mais teórico, de repouso. Já a dinâmica considera o direito em seu movimento, tendo por objeto o processo jurídico onde o direito é aplicado. 
Traz uma logica piramidal, onde existe hierarquia entre as leis, são subordinadas por uma harmonização. O fundamento de uma norma pode ser fundamenda em outra e a superior fundamenta-se por si mesma. Kelsen procurou resolver, assim, racionalmente a problemática do conhecimento jurídico cientifico, buscando a preservação do sistema normativo.

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