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AULA SOBRE MOTIVAÇÃO

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Geralmente a motivação é definida como um estado interior que estimula, direciona e mantém o comportamento. Sentir-se motivado é mover-se em direção a um objetivo. (WOOLFOLK, 2000, p. 326)
MOTIVAÇÃO
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Os estudos contemporâneos sobre motivação procuram compreender o por quê das pessoas se movimentarem e a origem desta energia.
“ambiente social pode interferir no nível de motivação tanto quanto as expectativas individuais. As várias expectativas individuais e condições ambientais são interdependentes e a análise de uma implica no conhecimento da outra.” Tadeucci (2007) 
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1.1	Motivação Intrínseca: deriva de fatores como interesse ou curiosidade; é a tendência natural de procurar e vencer desafios à medida que perseguimos interesses pessoais e exercemos aptidões. Quando uma pessoa está intrinsecamente motivada, não necessita de incentivos ou punições, porque a atividade em si é recompensadora. (WOOLFOLK, 2000, p.327).
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“a motivação intrínseca encontra-se no interior de cada pessoa e está normalmente associada a um desejo. Esse desejo é que impulsiona os indivíduos para a ação. Gooch e McDowell (1998 apud BERGAMINI, 1993) salientam que ninguém pode motivar ninguém, o máximo que se consegue fazer é estimular a outra pessoa. Os desejos são individuais e dificilmente o indivíduo seguirá a orientação de outrem”. (TADEUCCI, 2007)
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1.2	Motivação Extrínseca: deriva de fatores como ganhar uma nota ou recompensa, evitar punições, agradar alguém ou por alguma outra razão que tenha pouco a ver com a própria tarefa. (WOOLFOLK, 2000).
“A motivação extrínseca baseia-se no pressuposto de que o comportamento vai ocorrer em determinada situação e não em outra. Implica em uma interação entre o sujeito e o ambiente”. (TADEUCCI, 2007, p.13).
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•	Abordagem Comportamental: os behavioristas explicam motivação com conceitos como “recompensa” e “incentivo”. (WOOLFOLK, 2000, p. 328).
Incentivo: é um objeto ou consequência que encoraja ou desencoraja o comportamento.
Recompensa: é um objeto ou evento atrativo fornecido como consequência de um comportamento particular.
Exemplo: a promessa de um dez foi um incentivo para o aluno. Receber a nota dez foi à recompensa.
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Dar notas por aprendizagem ou deméritos por um mau comportamento é uma tentativa de motivar os alunos via meios extrínsecos de incentivos, recompensas e punições. Vale ressaltar que em cada caso, muitos outros fatores afetarão a forma como uma pessoa se comporta.
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•	Abordagem Humanística: é às vezes denominada de psicologia de “terceira força” porque foi desenvolvida na década de 1940 como uma reação a duas abordagens dominantes na época: o behaviorismo e a psicanálise freudiana. Os proponentes da psicologia humanística, como Abraham Maslow e Carl Rogers, achavam que nem a psicologia comportamental nem a freudiana explicavam adequadamente por que as pessoas agem de uma determinada forma.
como as necessidades de “autorrealização”
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As interpretações humanísticas enfatizam fontes intrínsecas de motivação Maslow. 
Hierarquia de Necessidades: Em 1943 o autor publicou a Teoria Hierárquica das Necessidades de Motivação, sua mais conhecida obra. Para Maslow a motivação tem função de cinco necessidades básicas para o comportamento humano: fisiológicas, segurança, social, estima e autorrealização. 
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necessidades fisiológicas: estão na base da pirâmide e estão associadas às necessidades físicas básicas como água, alimentos e repouso. Se as necessidades básicas não estão atendidas, o sujeito tentará satisfazê-las e após conseguir saciar suas necessidades passará ao outro nível de motivação. 
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necessidades de segurança: estão relacionadas ao ambiente. Nesse ambiente tem que haver segurança tanto física quanto mental. Se for um ambiente onde ocorre algum tipo de risco também é considerado uma ameaça ao comportamento motivado. Se esse nível de necessidade está satisfeito, a pessoa passa para o terceiro nível. (TADEUCCI, 2009).
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necessidades sociais: são compreendidas como necessidades de dar e receber afeto e afiliar-se a um grupo e ou família. Para Dubrin (2003) citado por Tadeucci (2009, p.30) a não-realização desses fatores pode gerar problemas de ajustes psicológicos graves.
 Também é conhecida como necessidade de pertencer e de amor.
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necessidades de estima – incluem autorrespeito e respeito aos outros de uma forma autêntica e real. Pressupõe ser reconhecido pelo grupo, ter prestígio social e ser apreciado.
A abordagem humanista acredita que as pessoas são continuamente motivadas pela necessidade inata de realizar seus potenciais.
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necessidade de autorrealização – significa atingir o máximo que a pessoa quer e deseja do seu potencial. O desenvolvimento pessoal é a necessidade mais alta na sua hierarquia. Esta necessidade é a mais controvertida da teoria de Maslow, pois alguns autores não aceitam os pressupostos de visão do homem adotado pelo autor. Para Maslow todo ser humano é capaz de realizar os seus desejos, gosta de assumir desafios e de sentir-se capaz. (TADEUCCI, 2009, p. 30).
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Exemplo: do ponto de vista humanístico, motivar alunos significa encorajar seus recursos interiores – seu senso de competência, autoestima, autonomia e autorrealização.
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	Abordagem Cognitiva: os teóricos cognitivos acreditam que o comportamento é determinado por nosso pensamento e não por recompensas ou punições pelo comportamento passado.
Para os cognitivistas o comportamento é iniciado e regulado por esquemas e expectativas. Um dos pressupostos centrais nas abordagens cognitivas é que as pessoas respondem não a eventos ou condições físicas externas, mas às suas interpretações desses eventos. (WOOLFOLK, 2000, p. 330).
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Exemplo: a experiência de estar envolvido em um projeto e esquecer de uma refeição, não percebendo que tinha fome até dar-se conta da hora. A privação de alimento não motivou automaticamente a procurar comida.
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Nas teorias cognitivas, as pessoas são vistas como ativas e curiosas, buscando informações para resolver problemas pessoalmente relevantes. As pessoas se esforçam porque apreciam o trabalho e porque querem entender. Portanto, os teóricos cognitivos enfatizam a motivação intrínseca.
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•	Abordagem de Aprendizagem Social: essa abordagem é uma integração da abordagem comportamental e cognitivista. (WOOLFOLK, 2000, p. 330- 331).
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Para essa abordagem a motivação é vista como o produto de duas forças principais: a expectativa do indivíduo de atingir um objetivo e o valor daquele objetivo para a pessoa.
Exemplo: Se eu me esforçar, posso ter sucesso? e se eu tiver sucesso, o resultado será valioso ou recompensador para mim? 
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 caso a expectativa ou o valor for zero para a pessoa, não haverá motivação, para trabalhar na direção do objetivo. Nessa abordagem a fonte de motivação é extrínseca e intrínseca.
Exemplo: se eu acredito que tenho boa chance de ser psicólogo (alta expectativa) e ser psicólogo é recompensador para mim no aspecto pessoal e financeiro (alto valor), então minha motivação deveria ser forte. Mas se qualquer um dos fatores for zero então a motivação será baixa. 
		
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Fundamentos da teoria da motivação segundo Freud:
 Todas as nossas motivações são pulsionais 
 A pulsão é uma força ou energia que tem como fonte uma tensão orgânica contínua e como objetivo a descarga da tensão acumulada.
 A libido é a principal manifestação da energia pulsional, pelo que desempenha um papel preponderante nos nossos comportamentos.
 A não liberação das energias pulsionais acumuladas (na maior parte das vezes pela invenção do superego) gera conflitos intrapsíquicos que conduzem a ansiedade e a neurose.
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Se a saída normal (para a libertação dessas energias) estiver bloqueada, a libertação tendera a realizar-se por outras vias.
 Existe um conjunto de mecanismos de defesa do ego que permite resolver os conflitos intrapsíquicos, garantindo o equilíbrio psíquico do individuo.
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É a teoria proposta por Frederick Herzberg que aborda a situação de
motivação e satisfação das pessoas. O objetivo era entender os fatores que causariam insatisfação e aqueles que seriam os responsáveis pela satisfação no ambiente de trabalho. 
teoria dos dois fatores de Herzberg
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"Fatores motivacionais"/ INTRÍNSECOS (que levam a satisfação): a satisfação no cargo é função do conteúdo ou atividades desafiadoras e estimulantes do cargo. São fatores que estão sob o controle dos indivíduos, pois estão relacionados com aquilo que ele faz e desempenha. Envolvem sentimentos de crescimento individual, reconhecimento profissional e auto-realização.
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Fatores higiênicos"/ EXTRINSECOS (que levam a insatisfação): São fatores administrados e decididos pela empresa, estão fora do controle das pessoas. Os principais fatores são: salário, tipos de supervisão, condições fisícas e ambientais de trabalho, políticas e diretrizes da empresa, regulamento interno, etc.
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Política da Empresa
Condições do ambiente de Trabalho
Relacionamento com outros funcionários
Segurança
Salário
Fatores que levam à insatisfação(Higiênicos)
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Crescimento
Desenvolvimento
Responsabilidade
Reconhecimento
Realização.
Fatores que levam à satisfação(Motivadores)
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A teoria X e a teoria Y são correntes de pensamentos opostas que teorizam as relações entre os colaboradores e o comportamento destes em uma empresa. Idealizada por Douglas McGregor na década de 60 em seu livro The Human Side of Enterprise, é uma das mais conhecidas teorias na área de gestão de recursos humanos.
Teoria X e Y
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A teoria X, também chamada de "Hipótese da mediocridade das massas", diz que os funcionários possuem aversão ao trabalho e encaram como um mal necessário para ganhar dinheiro. Artifícios como punição, elogios, dinheiro e coação seriam fundamentais, pois o funcionário evita responsabilidades, deseja ser dirigido e ter estabilidade/segurança.
TEORIA X
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Nesta teoria, a administração assume que os funcionários são inerentemente preguiçosos e evitam o trabalho, sempre que puderem e não gostam do trabalho. Como resultado disto, a administração acredita que os trabalhadores precisam ser supervisionados de perto, devendo ser desenvolvidos sistemas abrangentes de controles. 
TEORIA X
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Para que os objetivos organizacionais sejam atingidos, os gerentes da Teoria X dependem fortemente de ameaça e coerção para obter o cumprimento de seus funcionários. Crenças desta teoria levam à desconfiança, supervisão altamente restritiva, e uma atmosfera punitiva. 
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-O indivíduo é indolente e preguiçoso por natureza;
 -Falta-lhe ambição; 
-O ser humano é egocêntrico; 
-Sua dependência torna-o incapaz de autocontrole e autodisciplina; 
-Resistente a mudanças; 
-Rígido e autocrático; 
 -Benefícios econômicos como forma de incentivo e punição;
Administração baseada na teoria X
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A teoria Y diz que os funcionários encaram o trabalho como algo natural como se estivesse fazendo uma atividade de lazer. Por exemplo, as pessoas são esforçadas e gostam de ter o que fazer. Parte do pressuposto que o ser humano não é preguiçoso; a empresa tem que dar as condições necessárias para o funcionário trabalhar plenamente. As pessoas são competentes e criativas, gostam de assumir responsabilidades, possuem autogestão e têm suas recompensas não baseadas apenas no dinheiro, mas no reconhecimento e na possibilidade de ascensão dentro da empresa
TEORIA Y
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Nesta teoria, a administração assume que os funcionários podem ser ambiciosos, automotivados e exercem seu autocontrole. Acredita-se que os trabalhadores apreciam as atividades de trabalho físicas e mentais.
Dadas as condições adequadas, os gestores Teoria Y acreditam que os funcionários vão aprender a buscar e aceitar a responsabilidade e exercer o autocontrole e a auto-direção buscando realizar os objetivos a que eles estão comprometidos. 
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-Modelos inovadores e humanistas; 
-Satisfação pessoal dentro do trabalho;
 -Descentralização de decisões e delegação de responsabilidade; 
-Ampliação do cargo para maior significado do trabalho ;
-Participação nas decisões e administração consultiva;
 -Auto-avaliação de desempenho.
Administração baseada na concepção da teoria Y:
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Teoria da Equidade refere-se a uma percepção de um tratamento igual perante um comportamento ou uma ação na presença de uma determinada situação similar. Esta percepção de comportamento é determinante para o julgamento de um indivíduo para que possa estabelecer um grau de igualdade sobre suas ações em comparação com a ação de outros indivíduos
Teoria da Equidade
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O termo “Teoria da equidade” elaborado por Stacy Adams (1965) propõe que funcionários observam o que possuem na organização (salários, benefícios, promoções, méritos) com suas competências (experiência, escolaridade, empenho) fazendo uma equiparação com funcionários que exercem a mesma função ou similar. Através deste julgamento os indivíduos buscam observar se existe um nível de igualdade entre seus benefícios em comparação aos demais, para determinar se há equidade entre suas competências e sua função a outro indivíduo com competências parecidas e desempenham funções similares, e julgam através desta percepção se a consideram justa (quando existe equidade entre os benefícios).
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No caso de seus benefícios serem sub- recompensados frente a outro, esta tensão cria um sentimento de injustiça; caso o indivíduo se enxergue com excesso de recompensas, esta tensão surge no indivíduo como um sentimento de culpa.
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