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09/05/2012 1 ENG L27 Tratamento de Águas Residuárias – 2012.1 Wetlands Naturais x Construídos Wetlands Naturais Ecossistemas de transição entre ambientes terrestres e aquáticos, constituindo áreas inundadas ou saturadas por água superficial ou subterrânea tempo suficiente para conservar uma vegetação típica adaptada a estas condições. Pântanos, mangues, alagados, brejos e áreas similares. 09/05/2012 2 Wetlands Naturais x Construídos Wetlands Artificiais ou Construídos Sistemas artificiais que utilizam plantas aquáticas sobre substratos inertes para realizar o tratamento de esgotos buscando reproduzir os sistemas naturais Terras úmidas, Alagados construídos, Zonas de raízes, Leitos cultivados, Leitos plantados com macrófitas, dentre outros 09/05/2012 3 Aplicabilidades e Limitações Apresentam alto potencial na remoção de matéria orgânica, sólidos em suspensão total, macronutrientes e patógenos, produzindo um efluente que atende aos padrões de lançamento Sistemas compactos, com baixos custo operacional e consumo de energia Permitem a integração da unidade de tratamento ao meio ambiente (ponto de vista ecológico) Aplicabilidades e Limitações Não é recomendado a utilização de Wetlands Naturais para o tratamento de esgotos domésticos/ industriais Recomenda-se a utilização de Wetlands Construídos com algum tipo de tratamento primário (decantadores primários ou reatores anaeróbios) Possibilidade de colmatação do meio e de formação de curto-circuito hidráulico Necessidade de manejo adequado das macrófitas 09/05/2012 4 Princípios de funcionamento Fonte: Stottmeister et al.(2003). Sistema que promove a interação entre meio filtrante/ plantas/ microrganismos para o aumento da performance de tratamento. Classificação dos WC Classificação quanto ao fluxo de esgoto: Fluxo Vertical (FV) Fluxo Horizontal Superficial (FHS) Fluxo Horizontal Subsuperficial (FHSS) Classificação quanto às macrófitas predominantes no sistema: Submersas Emergentes Flutuantes 09/05/2012 5 Fonte: Von Sperling (2005). Classificação dos WC Espécies de plantas aquáticas que resistem a ambientes saturados de água e substratos a maior parte do ano. Possuem “aerenquima” (tecido vegetal) que permite uma maior transferência de ar entre folhas e raízes/ rizomas. Apresentam como funções básicas: Transporte de gases atmosféricos até a rizosfera (região de contato entre raízes/rizomas e partículas do material filtrante) Superfície de contato e aderência para a formação do biofilme na rizosfera Utilização de macro e micronutrientes para o seu desenvolvimento Macrófitas aquáticas 09/05/2012 6 Macrófitas emergentes: Typha spp. (taboa), Juncus spp. (juncos), Phragmites australis, Scirpus spp. Macrófitas aquáticas Macrófitas submersas: Potamogeon spp., Elodea spp. Macrófitas flutuantes: Lemna spp. (lentilha d’água), Eichornia crassipes (aguapé). Tipos mais aplicados: areia grossa, britas graduadas, cascalho, solos com baixo teor de argila, etc. Utilização de materiais economicamente viáveis e de fácil obtenção. Apresentam como funções básicas: Elemento filtrante/ área superficial reativa (adsorção de compostos inorgânicos) Suporte físico para sustentação das macrófitas Superfície de aderência para o crescimento do biofilme Material filtrante 09/05/2012 7 Parâmetros de Projeto • Vazão afluente (Q) • Tempo de detenção hidráulico (th) • Volume do reator (V) • Área superficial (relação comprimento x largura) • Regime de fluxo (FV, FHS ou FHSS) • Profundidade (h) • Constante de reação ou de degradação biológica (KT) • Material filtrante: – Porosidade (n) – Diâmetro efetivo (d10) – Coeficiente de uniformidade (U) – Condutividade hidráulica (Ks) Modelo de Dimensionamento (WCFHSS) Modelo oriundo da cinética de primeira ordem aplicável aos reatores pistonados: • C = conc. efluente (mg/L) • C0 = conc. afluente (mg/L) 0 T hK tC C e Remoção da matéria carbonácea FHS ou FHSS Remoção da matéria carbonácea e conversão das formas nitrogenadas FV • KT = Constante de reação (d -1) • th = tempo de det. hidráulico (d) T dC K C dt 09/05/2012 8 • n = porosidade do material filtrante (m³ vazios / m³ material) • V = volume do filtro (m³) • Q = vazão afluente (m³/d) Q h V t n 0 T hK tC C e 0ln ln T hC C K t Modelo de Dimensionamento (WCFHSS) 0ln ln Q T V C C K n 0Q ln ln S T C C A K h n Substituindo: 0Q ln ln S T C C A K h n Modelo de Dimensionamento (WCFHSS) • AS = área superficial requerida (m²) • n = porosidade do meio 20 20 T TK K = Constante adimensional (varia de 1,05 a 1,08) K20 = Constante de reação a 20°C (d -1) (determinado em laboratório) • h = profundidade média (m) • KT = Constante de reação (d -1) 09/05/2012 9 Modelo de Dimensionamento (WCFHSS) • Q = vazão afluente (m³/d) • AC = área da seção transversal ao fluxo (m²) • KS = condutividade hidráulica saturada (m/d) • S = declividade de fundo(m/m) Determinação da geometria do Wetland Construído: ACh B L AS B C A h Largura L S A B Comprimento Q C SA K S Lei de Darcy Aspectos Construtivos Área disponível Lençol freático Impermeabilização do sistema Dispositivos de distribui- ção e coleta do efluente Leito de transição 09/05/2012 10 Aspectos Construtivos Operação e Manutenção Manejo das macrófitas (poda, replantio, etc. ) Destinação final adequa- da (ex.: compostagem) Possibilidade de utiliza- ção como insumo na agricultura (adubação verde) e agropecuária (alimentação de animais) 09/05/2012 11 Operação e Manutenção Retirada de vegetação indesejada (capim, ervas daninhas, etc.) Operação e Manutenção Controle do nível d’água dentro do WC: Elevação/rebaixamento do mangote flexível Abertura/fechamento da válvula de saída 09/05/2012 12 Operação e Manutenção Retirada de lodo periodicamente / substituição do leito problemas de colmatação (diminuição da condutividade hidráulica do meio)
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