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Ancoragem Por Aderancia 2

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Concreto 1 – 2017/1 
 
Ancoragem das Barras Por Aderência 
 
Após definido o comprimento das barras pelo método gráfico em função da 
distribuição dos momentos fletores de cálculo, faz-se necessário prever um 
comprimento adicional para garantir a transferência das tensões entre os dois 
materiais concreto/aço. A essa transferência dá-se o nome de ancoragem e o 
comprimento de barra necessário para que essa transferência ocorra com eficiência é 
chamado de Comprimento de Ancoragem Reto (lb). 
Existem dois tipos básicos de ancoragem, o primeiro por aderência entre aço e 
concreto aonde os esforços são ancorados por meio de um determinado comprimento 
reto ou por meio de um gancho e o segundo por meio de dispositivos mecânicos 
acoplados às barras. 
Em edificações é mais usual a consideração de ancoragem por aderência entre 
concreto e aço, é por meio desta que consegue-se a trabalhabilidade conjunta dos dois 
materiais (Concreto/Aço). Leonhardt & Monning citam em seu trabalho de 1977 que a 
aderência é composta por três parcelas: 
 Adesão: efeito de colagem provocada pela nata de concreto na 
superfície do aço. 
 Atrito: força que ocorre na superfície de contato entre os dois materiais, 
quando existe a tendência de deslocamento. 
 Engrenamento: resistência mecânica ao arraste proporcionado pelas 
saliências das barras 
 
Regiões favoráveis ou desfavoráveis quanto à aderência 
 
Segundo a NBR6118-2014, os valores de cálculo de tensões de aderência estão 
diretamente relacionados com a posição das barras durante a concretagem, de sua 
conformação superficial e de seu diâmetro. 
O posicionamento das barras determina duas condições, boa aderência e má 
aderência, segunda a NBR6118, os trechos de barras que estiverem nas condições 
abaixo descritas se encontram em região de boa aderência: 
 Barras com inclinação ≥ 45° sobre o horizonte 
 Barras com inclinação ≤ 45° sobre o horizonte localizadas no máximo a 
30cm da face inferior do elemento estrutural com altura inferior a 60cm. 
Concreto 1 – 2017/1 
 
 Barras com inclinação ≤45° sobre o horizonte localizados no mínimo 
30cm abaixo da face superior do elemento estrutural com altura superior 
a 60cm. 
Tratamos como barras em região de má aderência todas as outras que não se 
enquadrarem nos casos citados anteriormente. 
 
Valores das resistências de aderência 
 
A expressão seguinte determina o valor da resistência de aderência de cálculo 
entre a armadura e o concreto: 
 
𝑓𝑏𝑑 = 𝜂1 . 𝜂2 . 𝜂3 . 𝑓𝑐𝑡𝑑 
Sendo: 
1 = 1,0 para barras lisas (CA25) 
1 = 1,4 para barras entalhadas (CA60) 
1 = 2,25 para barras de alta aderência (CA50) 
2 = 1,0 para situações de boa aderência 
2 = 0,7 para situações de má aderência 
3 = 1,0 para Ø < 32mm 
𝜂3 = 
132 − ∅
100
 > 32𝑚𝑚 
𝑓𝑐𝑡𝑑 = 
𝑓𝑐𝑡𝑘,𝑖𝑛𝑓 
𝛾𝑐
= 
0,7 . 𝑓𝑐𝑡,𝑚
𝛾𝑐
= 
0,21 √𝑓𝑐𝑘
23
1,4
 
 
Concreto 1 – 2017/1 
 
Ancoragem das Barras 
 
Segundo o prescrito na NBR6118-2014: 
 As barras tracionadas podem ser ancoradas com comprimento retilíneo 
ou com grandes raios de curvatura nas extremidades (ganchos). 
 As barras lisas devem obrigatoriamente ser ancoradas com ganchos. 
 As barras que estiverem sofrendo alternância de solicitações 
(tração/compressão) deverão ser ancoradas sem gancho. 
 As barras comprimidas deverão ser ancoradas sem gancho. 
 
Comprimento básico de ancoragem 
 
Segundo Carvalho e Figueiredo, “comprimento reto de ancoragem básico (lb) é 
aquele necessário para ancorar a força As.fyd em uma barra de diâmetro Ø... 
admitindo tensão de aderência uniforme e igual a fbd”, este comprimento pode ser 
calculado a partir do equilíbrio das forças como demonstrado na figura abaixo, e deve 
ser no mínimo igual a 25.Ø. 
 
 
 
 
 𝑙𝑏 = 
∅
4
 .
𝑓𝑦𝑑
𝑓𝑏𝑑
 ≥ 25 . ∅ 
 
 
 
 
 
 
Concreto 1 – 2017/1 
 
Exercício 
Para a viga abaixo determinar o comprimento das barras longitudinais acrescentando a 
elas o comprimento básico de ancoragem. (Adotar: fck=25MPa, Aço CA50 e condição 
de má aderência) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Concreto 1 – 2017/1 
 
Referência 
 Livro: Cálculo e Detalhamento de Estruturas Usuais de Concreto Armado (4ª 
Edição) 
Autores: Roberto Chust Carvalho; Jasson Rodrigues de Figueiredo Filho 
 
 NBR 6118:2014 – Projeto de estrutura de concreto-procedimento

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