Buscar

RÉPLICA Moacyr

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA 
CÍVEL DA COMARCA DE SOROCABA/SP 
 
 
 
 
Processo nº 00 
 
 
 
 
MARINIZETE SOUZA, já qualificada nos autos do processo em epígrafe, 
que move em face da COMPANHIA PAULISTA DE FORÇA E LUZ (CPFL), 
também já qualificada nos autos, por intermédio de seu advogado que está subscreve, 
com procuração a fls., vem, respeitosamente, a presença de Vossa Excelência apresentar 
IMPUGNAÇÃO À CONTESTAÇÃO, pelos motivos de fato e de direito a seguir 
articulados: 
 
 
SÍNTESE PROCESSUAL 
 
A presente demanda foi proposta com o fim de se ver ressarcidos os danos 
suportados pela autora após uma descarga elétrica que causou a queima de diversos bens 
que guarneciam seu imóvel, resultando um prejuízo de R$ 125.000,00 (cento e vinte e 
cinco mil reais). 
A empresa ré foi devidamente citada e em contestação alegou as mais 
diversas situações a fim de evitar sua condenação, conforme se passa a impugnar: 
 
DAS PRELIMNARES 
 
a. Das normas regulamentadoras da ANEEL 
 
Alega a empresa ré que a autora não respeitou o prazo de 90 dias, contido na 
Resolução nº 414/2010, da ANEEL, especificamente no artigo 204, que assim dispõe: 
Art. 204. O consumidor tem até 90 (noventa) dias, a contar da data 
provável da ocorrência do dano elétrico no equipamento, para solicitar 
o ressarcimento à distribuidora, devendo fornecer, no mínimo, os 
seguintes elementos: 
I – data e horário prováveis da ocorrência do dano; 
II – informações que demonstrem que o solicitante é o titular da 
unidade consumidora, ou seu representante legal; 
III – relato do problema apresentado pelo equipamento elétrico; e 
IV – descrição e características gerais do equipamento danificado, tais 
como marca e modelo; 
V – informação sobre o meio de comunicação de sua preferência, dentre 
os ofertados pela distribuidora; 
§ 1º A solicitação de ressarcimento pode ser efetuada por meio de 
atendimento telefônico, diretamente nos postos de atendimento 
presencial, via internet ou outros canais de comunicação 
disponibilizados pela distribuidora. 
 
Contudo, a primeira atitude da autora no dia seguinte em que tomou conhecimento 
dos prejuízos por ela suportados, foi procurar a empresa ré, porém, obteve uma resposta negativa, 
no sentido de que a empresa não conhecia de chuva ou descarga elétrica naquela região no dia em 
questão. 
Assim, não cabe a alegação de que Marinizete não tentou solucionar 
administrativamente seus problemas, ao contrário, ela procurou a empresa via fone, e obteve 
resposta negativa. 
Já no que diz respeito a comprovação da propriedade dos bens, vale a apresentação 
do parágrafo 6º, do já citado artigo 204, da Resolução Normativa nº 414/2010, da ANEEL: 
204. (...) 
§ 6º Podem ser objeto de pedido de ressarcimento quaisquer 
equipamentos alimentados por energia elétrica conectados na unidade 
consumidora, sendo vedada a exigência de comprovação da 
propriedade do equipamento. (Incluído pela REN ANEEL 499, de 
03.07.2012). 
 
É, portanto, VEDADA a exigência de comprovação dos equipamentos danificados 
pela descarga elétrica, que ocasionou os prejuízos a autora, a qual, no entanto, demonstrou na 
inicial quais foram os bens danificados, o que faz presumir que tais bens guarneciam sua 
residência, portanto, são de sua propriedade. 
 
b. Da ilegitimidade passiva: 
 
Ainda, alega a ré que a culpa pelos prejuízos suportados pela autora é de sua 
empregada doméstica, vez que esta encontrava-se na residência no momento da chuva, e 
ela deveria ter desligado os equipamentos eletrônicos. 
Contudo, a simples afirmação de que a empregada doméstica é a culpada não 
deve prosperar, tendo em vista que a empregada não possui a função de prever quando 
ocorrerão chuvas ou descargas elétricas e que estas irão atingir o imóvel de sua patroa. 
Além disso, o Código de Proteção e Defesa do Consumidor define que: 
Art. 22 - Os órgãos públicos, por si ou suas empresas, 
concessionárias, permissionárias ou sob qualquer outra forma de 
empreendimento, são obrigados a fornecer serviços adequados, 
eficientes, seguros e, quanto aos essenciais, contínuos. 
Parágrafo único - Nos casos de descumprimento, total ou parcial, das 
obrigações referidas neste artigo, serão as pessoas jurídicas 
compelidas a cumpri-las e a reparar os danos causados, na forma 
prevista neste Código. 
 
É, pois, o que se verifica no caso de Marinizete, a qual se utiliza de um serviço 
público, fornecido por uma pessoa jurídica de direito privado prestadora de serviços 
públicos, qual seja a CPFL, e a afirmação de que a culpa é da empregada NÃO DEVE 
afastar sua responsabilidade. 
 
c. Das excludentes de responsabilidade 
 
Ainda em sede de preliminar a ré alegou uma causa excludente de 
responsabilidade, qual seja, a ocorrência de caso fortuito ou força maior. 
Entretanto, dispõe o artigo 14 do Código de Defesa do Consumidor que: 
Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da 
existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos 
consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como 
por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos. 
§ 1° O serviço é defeituoso quando não fornece a segurança que o 
consumidor dele pode esperar, levando-se em consideração as 
circunstâncias relevantes, entre as quais: 
(...) 
 II - o resultado e os riscos que razoavelmente dele se esperam; 
 
Ressalte-se ainda que no caso das pessoas jurídicas de direito público e de 
direito privado prestadoras de serviços públicos, adotou-se a teoria objetiva ou do risco, 
portanto, haverá responsabilidade da empresa, quando o lesado demonstrar o nexo causal 
entre o fato lesivo e o dano. Assim sendo, as prestadoras de serviços públicos respondem 
objetivamente pela mesma razão do Estado, ou seja, o risco administrativo. 
Nesse sentido dispõe o artigo 37 da Constituição Federal: 
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos 
Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios 
obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, 
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (...) 
§ 6º - As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado 
prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus 
agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de 
regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa. 
 
Segundo Carlos Roberto Gonçalves na obra Direito Civil Brasileiro 4, 
Responsabilidade Civil, 11ª edição, 2015, página 48: 
“toda pessoa que exerce alguma atividade cria um risco de dano para 
terceiros. E deve ser obrigada a repará-lo, ainda que sua conduta seja 
isenta de culpa. A responsabilidade civil desloca-se da noção de culpa 
para a ideia de risco, ora encarada como “risco-proveito”, que se funda 
no princípio segundo o qual é reparável o dano causado a outrem em 
consequência de uma atividade realizada em benefício do responsável 
(ubi emolumentum, ibi onus); ora mais genericamente como “risco 
criado”, a que se subordina todo aquele que, sem indagação de culpa, 
expuser alguém a suportá-lo”. 
 
Assim, para a teoria da responsabilidade objetiva, as empresas prestadoras de 
serviços públicos, como é o caso da CPFL, deverão ressarcir os danos suportados pelos 
consumidores independentemente de culpa, bastando que haja entre o fato e o dano um 
nexo causal. 
Não basta que a empresa alegue a ocorrência de caso fortuito ou força maior, 
vez que assumiu os riscos inerentes ao fornecimento de energia elétrica, sendo sua 
responsabilidade a manutenção adequada dos equipamentos, bem como o ressarcimento 
dos danos efetivamentecausados aos consumidores. 
Na situação ora narrada, ocorreu uma descarga elétrica, decorrente de uma 
forte chuva, a qual ocasionou a queima de diversos bens que guarneciam a residência da 
autora. Assim, resta evidenciado que a forte chuva que originou a descarga elétrica atingiu 
a residência de Marinizete, e o dano nesse caso consistiu na queima de bens da autora, 
causando-lhe o prejuízo de R$ 125.000,00 (cento e vinte e cinco mil reais), além de deixar 
a residência sem energia elétrica, portanto, o nexo causal resta demonstrado entre a 
ocorrência do fato (descarga elétrica) e o dano (queima dos equipamentos eletrônicos da 
autora). 
Portanto, não há como se discutir se há responsabilidade ou não da empresa, 
pois se estamos diante da teoria objetiva ou do risco, a CPFL assumiu os mais diversos 
riscos para o fornecimento de energia sendo sua a responsabilidade por qualquer evento 
lesivo causado aos consumidores. 
No mais já decidiu o Supremo Tribunal Federal nesse sentido. Vejamos: 
AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL Nº 670.474 - SP 
(2015/0045554-8). AGRAVANTE: COMPANHIA PAULISTA DE 
FORÇA E LUZ CPFL. AGRAVADO: PAULO SERGIO MANOCHIO 
FRANCA – ME. EMENTA DIREITO CIVIL E PROCESSUAL 
CIVIL. AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. AÇÃO DE 
INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS. DESCARGA 
ELÉTRICA. COMPROVAÇÃO DO NEXO DE CAUSALIDADE. 
REEXAME DAS PROVAS DOS AUTOS. IMPOSSIBILIDADE. 
SÚMULA 7/STJ. VALOR DA INDENIZAÇÃO. PECULIARIDADES 
DE CADA CASO CONCRETO. R$ 5.645,50. CONSONÂNCIA COM 
OS PRINCÍPIOS DA PROPORCIONALIDADE E 
RAZOABILIDADE. AGRAVO IMPROVIDO. DECISÃO Trata-se de 
agravo em recurso especial interposto contra a decisão que não admitiu 
o recurso especial apresentado por Companhia Paulista de Força e Luz 
CPFL, com base no art. 105, III, a, da Constituição Federal, desafiando 
acórdão assim ementado (e-STJ, fl. 183): PRESTAÇÃO DE 
SERVIÇOS. ENERGIA ELÉTRICA. AÇÃO INDENIZATÓRIA POR 
DANOS MATERIAIS. DESCARGA ELÉTRICA QUE PROVOCOU 
DANIFICAÇÃO EM APARELHOS. DEFEITO NA PRESTAÇÃO 
DE SERVIÇOS. RELAÇÃO DE CONSUMO. 
RESPONSABILIDADE OBJETIVA. DEVER DE REPARAÇÃO DO 
PREJUÍZO. PROCEDÊNCIA RECONHECIDA. RECURSO 
IMPROVIDO. A prova produzida não possibilita afirmar a ocorrência 
de má utilização dos aparelhos ou defeito nas instalações internas do 
imóvel do autor, de onde decorre a responsabilidade da concessionária 
pelos danos constatados, pois na hipótese a sua responsabilidade é 
objetiva. Consoante noticiam os autos, Paulo Sergio Manochio Franca 
- ME ajuizou ação de indenização por danos materiais contra 
Companhia Paulista de Força e Luz CPFL, alegando que o imóvel da 
empresa autora foi atingido por um raio, tendo postulado pedido de 
ressarcimento pelos danos, que foi negado pela requerida, motivo pelo 
qual ajuizou a ação indenizatória. 
O Juízo de primeiro grau julgou procedente o pedido para condenar a 
Documento: 45544821 - Despacho / Decisão - Site certificado - DJe: 
10/04/2015 Página 1 de 4 Superior Tribunal de Justiça requerida ao 
pagamento de R$ 5.645,50 (cinco mil, seiscentos e quarenta e cinco 
reais e cinquenta centavos), a título de danos materiais, com correção 
monetária desde o ajuizamento e juros moratórios de 1% ao mês, a 
partir da citação. 
Irresignada, a requerida interpôs recurso de apelação que foi julgado 
improcedente. Em suas razões de recurso especial, a recorrente alegou 
ofensa aos arts. 6º, § 3º, II, da Lei n. 8.987/1995; 3º e 14, do CDC; 37 § 
6º e 175, da CF; 333, I, do CPC e 944 do CC, alega que não foi 
comprovado o nexo de causalidade, não configurando o dever de 
indenizar e, caso assim não se entenda, que seja reduzido o valor fixado 
a título de danos materiais. O Tribunal de origem não admitiu o recurso 
especial sob o fundamento da incidência da Súmula n. 7 do STJ e pela 
ausência da demonstração de ofensa aos dispositivos legais. A 
agravante impugnou os argumentos da decisão agravada. 
Brevemente relatado, decido. No que se refere à responsabilidade das 
empresas concessionárias de serviço público, respondem objetivamente 
pelos danos causados a terceiros. Nesse sentido: (AgRg no AREsp n. 
318.307/PE, Relator o Ministro Marco Buzzi, Quarta Turma, julgado 
em 25/2/2014, DJe 5/3/2014). 
Analisar a tese da recorrente demandaria o reexame das circunstâncias 
fáticas da causa, o que é vedado em recurso especial, ante o disposto no 
enunciado n. 7 da Súmula do STJ: "A pretensão de simples reexame de 
provas não enseja recurso especial." 
 O Tribunal de Justiça, soberano no exame do acervo fático-probatório 
dos autos, concluiu pela comprovação do nexo de causalidade, estando 
caracterizado o dever de indenizar (e-STJ, fls. 186-188): Desde logo, 
impõe-se observar que se está diante de uma situação regida pelo 
Código de Defesa do Consumidor e a responsabilidade da ré é objetiva. 
Nessa perspectiva, cabe à concessionária o ônus da demonstração do 
fato extintivo, ou seja, de que o consumidor foi negligente quanto à 
adoção dos cuidados necessários com os bens ou em sua instalação. A 
inicial veio instruída com diversos documentos, dentre eles, notas 
fiscais emitidas em 7 de fevereiro e 25 de fevereiro de 2013, referentes 
à aquisição de diversos produtos de informática nos valor de R$ 
1.300,00 e R$ 4.315,50, respectivamente, bem como declaração 
firmada por Maikiel Lopes Barbosa em 5 de fevereiro de 2013, 
consignando que realizou vistoria técnica no estabelecimento do autor 
"onde foi detectada a queima de aparelhos depois de uma forte chuva 
no dia anterior (...) após um forte raio próximo no estabelecimento 
ocorrendo uma descarga na rede elétrica, queimando (...) aparelhos". 
(fl. 28). A prova testemunhal corroborou as alegações do autor. Não 
houve qualquer iniciativa da ré no sentido de demonstrar que os 
serviços de energia elétrica foram regularmente prestados no dia 
questionado. O fato positivo é justamente afirmado pela concessionária, 
e ela é quem naturalmente dispõe de meios tecnológicos para realizar a 
demonstração. Ficou plenamente caracterizada a inércia da ré e esse 
comportamento, evidentemente, determinou a impossibilidade de 
alcançar a demonstração do fato controvertido e, como era seu o ônus 
respectivo, contra si se revertem as consequências da omissão. Assim, 
é possível concluir que ao consumidor não pode ser imposta qualquer 
responsabilidade pelos danos havidos. As assertivas da ré, na verdade, 
não encontram sustentação na prova produzida. Por outro lado, está 
plenamente evidenciada a falha na prestação do serviço e, por isso, 
sobre a concessionária recai a responsabilidade pela reparação dos 
prejuízos daí decorrentes. 
Desse modo, atacar a referida conclusão e averiguar a inexistência de 
nexo de causalidade entre a conduta da recorrente e o fato ensejador da 
responsabilidade civil já assentada pelo Tribunal como configurada, é 
impossível, neste caso, pois seria necessário o reexame do conjunto 
fático-probatório dos autos, o que é obstado em recurso especial. 
Por fim, consoante reiterada jurisprudência desta Corte, o valor dos 
danos só poderá ser revisto, na via especial, nos casos em que o valor 
fixado afronta os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade. 
Dessa forma, somente a fixação de quantias que se revelam ínfimas ou 
exorbitantes, isto é, desarrazoadas diante dos valores comumente 
estabelecidos em situações análogas, ensejam aptidão para viabilizar o 
exame e revisão por este Tribunal. 
No caso em exame, o valor da indenização por danos materiais, 
arbitrada em R$ R$ 5.645,50 (cinco mil, seiscentos e quarenta e cinco 
reais e cinquenta centavos), consideradas as peculiaridades do caso em 
questão e a comprovação do valor do dano material sofrido, não se 
mostra desarrazoado ante os patamares estabelecidospor esta Corte 
Superior, estando em perfeita consonância com os princípios da 
razoabilidade e proporcionalidade. Descabida, portanto, a intervenção 
do STJ no tocante ao valor fixado nas instâncias ordinárias. Ante o 
exposto, nego provimento ao agravo em recurso especial. Publique-se. 
Brasília-DF, 16 de março de 2015. MINISTRO MARCO AURÉLIO 
BELLIZZE, Relator. 
 
DO MÉRITO 
 
a. Alegações da ré 
 
Cumpre esclarecer nesse momento que nas relações de consumo, regidas pelo 
Código de Defesa do Consumidor, como é o caso em comento, a eficiência na prestação 
dos serviços e a produção de provas, estão previstas no artigo 6º do referido diploma legal, 
o qual dispõe que: 
Art. 6º São direitos básicos do consumidor: (...) 
VI - a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, 
individuais, coletivos e difusos; 
VII - o acesso aos órgãos judiciários e administrativos com vistas à 
prevenção ou reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, 
coletivos ou difusos, assegurada a proteção Jurídica, administrativa e 
técnica aos necessitados; 
VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a 
inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, 
a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele 
hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiências; 
X - a adequada e eficaz prestação dos serviços públicos em geral. 
 
Verifica-se pelo exposto que Marinizete mantém uma relação consumerista 
com a empresa Companhia Paulista de Força e Luz e que os danos decorrentes da 
ineficácia na prestação do serviço devem por ela ser ressarcidos. 
O Causídico alegou em sua contestação que a autora não comprovou a 
ocorrência da chuva ou da descarga elétrica no dia em questão, além de que afirmou que 
Marinizete utilizou-se de modo incorreto de seus bens, PORÉM, NÃO FEZ prova de 
qualquer de suas alegações, nesse sentido, o artigo 210 da Resolução nº 404/2010, da 
ANEEL: 
Art. 210. A distribuidora responde, independente da existência de 
culpa, pelos danos elétricos causados a equipamentos elétricos 
instalados em unidades consumidoras, nos termos do art. 203. 
Parágrafo único. A distribuidora só pode eximir-se do dever de 
ressarcir, quando: 
I – comprovar a inexistência de nexo causal, nos termos do art. 205; 
II – o consumidor providenciar, por sua conta e risco, a reparação do(s) 
equipamento(s) sem aguardar o término do prazo para a verificação, 
salvo nos casos em que houver prévia autorização da distribuidora; 
 III – comprovar que o dano foi ocasionado pelo uso incorreto do 
equipamento ou por defeitos gerados a partir da unidade consumidora; 
IV – o prazo ficar suspenso por mais de 90 (noventa) dias consecutivos 
devido a pendências injustificadas do consumidor, nos termos do §1º 
do art. 207; (Redação dada pela REN ANEEL 499, de 03.07.2012) 
V – comprovar a ocorrência de qualquer procedimento irregular, nos 
termos do art. 129, que tenha causado o dano reclamado, ou a religação 
da unidade consumidora à revelia; ou 
VI – comprovar que o dano reclamado foi ocasionado por interrupções 
associadas à situação de emergência ou de calamidade pública 
decretada por órgão competente, desde que comprovadas por meio 
documental ao consumidor. 
VII – antes da resposta da distribuidora, o solicitante manifestar a 
desistência em receber o ressarcimento pelo dano reclamado. (Incluído 
pela REN ANEEL 499, de 03.07.2012) 
 
Assim sendo, compete a CPFL comprovar que não choveu, que não ocorreu 
descarga elétrica, ou que os danos decorreram de uso incorreto dos equipamentos 
eletrônicos por parte da autora. 
Ademais, apontou-se em contestação que o valor cobrado pela autora não é 
plausível, sob a alegação de que o valor correto dos referidos equipamentos seria o de R$ 
29.502, 55 (vinte e nove mil, quinhentos e dois reais e cinquenta e cinco centavos). 
No entanto, não fez prova alguma de que os equipamentos da autora estavam 
deteriorados ou são velhos. Na verdade, referidos bens são novos, de última geração e da 
melhor qualidade contida no mercado, restando justificado o importe de R$ 125.000,00 
(cento e vinte e cinco mil reais). 
 
b. Jurisprudência 
 
Por fim, apenas com o fim de contextualizar e enaltecer os direitos da autora, 
segue abaixo jurisprudências dos Tribunais de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, 
Minas Gerais e São Paulo: 
 
Nº 71005698105 (Nº CNJ: 0040912-24.2015.8.21.9000) 
2015/CÍVEL. RECURSO INOMINADO. SEGUNDA TURMA 
RECURSAL. AES SUL DISTRIBUIDORA GAÚCHA DE 
ENERGIA ELÉTRICA- RECORRIDO. NADIR BORGES- 
RECORRENTE. DECISÃO EM 21/10/2015 
Recurso inominado. Consumidor. Ação indenizatória. Energia elétrica. 
Curto circuito. Danos em aparelhos elétricos. RESPONSABILIDADE 
OBJETIVA DA CONCESSIONÁRIA. DEVER DE INDENIZAR OS 
DANOS EFETIVAMENTE COMPROVADOS. 
1. A autora relatou os danos em seus equipamentos em razão de um curto 
circuito na rede elétrica que abastece a sua residência. Em sede 
administrativa, postulou o ressarcimento dos prejuízos, sem êxito. 
2. Cabia à ré, pretendendo a exclusão da sua responsabilidade objetiva, 
fazer prova da inexistência de defeito na prestação do serviço ou a culpa 
exclusiva do consumidor ou de terceiro, na forma do art. 14, § 3º, da 
Lei 8.078/90. 
3. Dever de ressarcir os danos materiais suportados pela demandante e 
decorrentes da falha na prestação do serviço. Notas fiscais e orçamentos 
fornecidos pela assistência técnica buscada pela demandante que 
comprovam suas alegações. 
4. Sentença reformada. 
RELATÓRIO: Relatou a autora que em 14/08/2014 houve um curto 
circuito na rede elétrica que abastece a sua residência, ocasionando 
danos a diversos eletrodomésticos. Disse ter tentado resolver o 
problema na via administrativa, sem êxito. 
Postulou o ressarcimento dos danos causados, totalizando o valor de R$ 
2.278,00. Tentativa de conciliação resultou inexitosa. 
Em contestação, a ré aduziu não ter ocorrido qualquer interrupção na 
rede que alimenta o fornecimento da unidade consumidora da autora. 
Foi proferida sentença de improcedência dos pedidos deduzidos na 
inicial. Irresignada, recorreu a autora. Com contrarrazões, vieram os 
autos conclusos. 
VOTOS. DR.ª ANA CLAUDIA CACHAPUZ SILVA RAABE 
(RELATORA) 
Eminentes Colegas. Conheço do recurso inominado, pois preenchidos 
os pressupostos de admissibilidade. Trata-se de ação indenizatória 
proposta pela autora devido aos danos ocasionados em seus 
equipamentos em razão do curto circuito da rede elétrica que abastece 
a sua residência. Como prova de suas alegações, colacionou aos autos 
um boletim de ocorrência (fl. 05), reclamação junto ao PROCON (fl. 
06), além de orçamentos e notas fiscais referentes aos objetos avariados 
(fls. 10/14). Ainda, os documentos carreados pela ré demonstram que a 
autora solicitou em sede administrativa o ressarcimento dos seus 
prejuízos junto à concessionária de abastecimento de energia elétrica. 
A requerida, por seu turno, limitou-se a sustentar a inocorrência de 
perturbação no sistema de rede elétrica no dia referido pela autora, 
referindo não haver qualquer nexo de causalidade entre o fato e o dano. 
Todavia, não trouxe aos autos sequer a lista de interrupções por circuito 
ou qualquer outro documento a comprovar o alegado em sua defesa, 
ônus que lhe incumbia, conforme artigo 333, II do CPC. 
Com efeito, cabia à ré, pretendendo a exclusão da sua responsabilidade 
objetiva, fazer prova da inexistência do defeito na prestação do serviço 
ou culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro, na forma do artigo 14, 
§ 3º, da Lei 8.078/90. 
Assim, comprovado o nexo causal entre o fato e os danos, não 
produzindo a concessionária prova hábil a afastá-los,frente a 
responsabilidade objetiva, impõe-se a esta o dever de indenizar os 
prejuízos devidamente comprovados às fls. 10/14, os quais perfazem a 
monta de R$ 2.195,20. Tal montante corresponde a totalidade das notas 
fiscais e orçamento juntados aos autos. Portanto, não há suporte 
probatório para o valor requerido na inicial (R$ 2278,00). 
Ante o exposto, voto no sentido de dar parcial provimento ao recurso 
para condenar a ré ao pagamento de R$ 2.195,20. Este valor deverá ser 
corrigido monetariamente pelo IGP-M a contar do efetivo prejuízo 
(14/08/2014) e com juros de mora de 1% ao mês a partir da citação. 
Sem sucumbência, ante o resultado do julgamento. 
Número do 1.0024.12.103127-2/002. Numeração 1031272- Relator: 
Des.(a) Moreira Diniz Relator do Acordão: Des.(a) Moreira Diniz 
Data do Julgamento: 12/12/2013 Data da Publicação: 18/12/2013: 
DIREITO CIVIL - DIREITO ADMINISTRATIVO - APELAÇÃO - 
AÇÃO DE RESSARCIMENTO - CONCESSIONÁRIA DE ENERGIA 
ELÉTRICA - DESCARGA ATMOSFÉICA - SOBRETENSÃO - 
DANOS A APARELHOS ELÉTRICOS - CASO FORTUITO - NÃO 
OCORRÊNCIA - FALHA NA PRESTAÇÃO DO SERVIÇO - DEVER 
DE REPARAÇÃO - RECURSO PROVIDO. 
- A concessionária tem conhecimento dos efeitos das descargas 
atmosféricas e tem condições de minimizar os impactos decorrentes de 
tais fenômenos, mesmo porque, não há notícia nos autos de que tenham 
sido empenhados todos os meios possíveis e necessários para evitar a 
oscilação na rede de energia elétrica. 
- Constatado que a concessionária devia - e podia - estar preparada para 
tais situações, não se configura a hipótese de caso fortuito. 
- Verificado que o dano nos equipamentos elétricos decorreu de falha 
de serviço da concessionária, a reparação dos mesmos é medida que se 
impõe. 
APELAÇÃO CÍVEL Nº 1.0024.12.103127-2/002 - COMARCA DE 
BELO HORIZONTE- APELANTE(S): TÓKIO MARINE BRASIL 
SEGURADORA S/A- APELADO(A)(S): CEMIG COMPANHIA 
ENERGÉTICA DE MINAS GERAIS ACÓRDÃO Vistos etc., acorda, 
em Turma, a 4ª CÂMARA CÍVEL do Tribunal de Justiça do Estado de 
Minas Gerais, na conformidade da ata dos julgamentos, à unanimidade, 
em DAR PROVIMENTO À APELAÇÃO. 
 
Apelação com Revisão nº 1105589-67.2014.8.26.0100 Apelante: 
CAIUÁ DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA S/A Apelada: TOKIO 
MARINE BRASIL SEGURADORA S/A Comarca: São Paulo 36ª 
Vara Cível Juiz(a) : Antonio Carlos Santoro Filho V O T O N.º 
32.388- PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS AÇÃO REGRESSIVA 
ENERGIA ELÉTRICA SOBRETENSÃO DANOS EM APARELHOS 
ELÉTRICOS E ELETRÔNICOS RESPONSABILIDADE 
RECONHECIDA RECURSO NÃO PROVIDO. Comprovado que a ré, 
na condição de empresa concessionária de distribuição de energia 
elétrica à unidades consumidoras dos segurados da autora, prestou 
serviços de forma inadequada, causando sobretensão na rede elétrica, o 
que determinou que vários aparelhos elétricos fossem danificados, 
sendo indenizado pela seguradora, que se subrogou nos direitos dos 
segurados, de rigor a procedência da ação. TOKIO MARINE 
SEGURADORA S/A propôs ação regressiva de ressarcimento em face 
de CAIUÁ DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA S/A. 
A r. sentença de fls. 170/172, cujo relatório se adota, julgou procedente 
a ação, condenando a ré a pagar à autora o valor de R$ 10.000,00, com 
correção monetária desde o desembolso pela seguradora e juros de mora 
de 1% ao mês a partir da citação. Arcará a ré, ainda, com as custas 
processuais e honorários advocatícios arbitrados em 15% do valor 
atualizado do débito. Inconformada, apela a ré pretendendo a reforma 
da r. decisão (fls. 179/186). 
Reitera, em síntese, que agiu em exercício regular de direito, pois presta 
serviço de distribuição de energia elétrica aos seus clientes e, como 
concessionária, deve se submeter às regras relativas à Lei de Concessão 
de Serviços Públicos bem como as normas emanadas pela ANEEL 
Agência Nacional de Energia Elétrica, especificamente o art. 204 da 
Resolução 061/2004, que estabelece que o consumidor tem até 90 dias 
a contar da data provável da ocorrência do dano elétrico no 
equipamento para solicitar o ressarcimento, devendo fornecer data e 
horário da ocorrência do dano e relato detalhado do problema 
apresentado, dentre outros requisitos, sendo que, no caso, não se 
verificou no sistema qualquer ocorrência registrada de oscilação de 
rede, conforme comprovado nos autos, não podendo ser considerados 
para tal fim os relatórios de vistoria e laudo técnico apresentados pela 
autora, mormente pelo fato de que não houve o devido 
acompanhamento da vistoria por parte da concessionária, bem como 
qualquer perturbação na rede elétrica na data informada. 
Assim, tendo em vista a ausência de nexo causal, além do próprio 
exercício regular de direito, pugna pela reforma da r. sentença, devendo 
ser rejeitado o pleito indenizatório, com inversão dos ônus 
sucumbenciais. 
A apelada apresentou contrarrazões, batendo-se pela manutenção 
integral da r. sentença e improvimento do apelo (fls. 195/210). É O 
RELATÓRIO. Conheço do recurso, mas lhe nego provimento. 
Verifica-se dos autos que a autora, seguradora, após procedimento de 
regulação de sinistro provocado pela empresa segurada Souza e 
Lingiard Ltda. EPP, a esta pagou a quantia de R$ 10.000,00 a título de 
indenização securitária em decorrência de danificação de equipamentos 
de sua propriedade por oscilações de energia elétrica na data de 
05.04.2012, por volta das 18h30min. 
Com o fim de comprovar suas assertivas, a autora juntou aos autos a 
apólice de seguro que contempla a cobertura contratada denominada 
“danos elétricos” (fls. 62/64), bem como relatórios técnicos produzidos 
por empresa especializada em regulação de sinistro com o intuito de 
comprovar a origem dos danos nos bens atingidos, conforme se vê às 
fls. 66/77 e fls. 79/86, documentos esses que não foram impugnados 
especificamente pela empresa ré, que bem comprovaram os prejuízos 
reclamados pela segurada (fls. 85), culminando no pagamento da 
aludida indenização. 
Ademais, conquanto a concessionária tenha argumentado que não se 
verificou em seu sistema qualquer ocorrência registrada de oscilação de 
rede ou alguma reclamação procedida pela empresa segurada, é de se 
ver que, tal qual apontado pelo MM. juiz a quo, a própria ré, ora 
apelante, traz o registro em seu sistema de que houve a ocorrência na 
data informada pela autora (fls. 124/125), contrariando, pois, sua tese. 
Logo, restou devidamente comprovado que a recorrente, na condição 
de empresa concessionária de distribuição de energia elétrica às 
unidades consumidoras dos segurados da autora, prestou serviços de 
forma inadequada, causando sobretensão e oscilações na rede elétrica 
de forma a atingir a sede da empresa segurada e causar danos em 
diversos equipamentos elétricos e eletrônicos, sinistro que foi 
regularmente indenizado pela seguradora, ora autora, que se subrogou 
nos direitos da segurada e, assim, faz jus ao devido ressarcimento do 
que despendeu a título de indenização securitária, cujo valor também 
restou comprovado (R$ 10.000,00 fls. 94). 
De outro lado, competia à apelante, na condição de prestadora de 
serviços, a comprovação da regularidade destes, nos termos do art. 6º, 
VIII, do CDC, assim como do art. 333, II, do CPC, com o fim de 
desconstituir as provas produzidas pela autora, o que jamais fez, 
devendo, pois, ser mantida a condenação contida no decisum pelos seus 
próprios fundamentos, inclusive o percentual atinente à verba honorária 
sucumbencial, a ser suportado em sua inteireza pela ré diante das 
peculiaridades do caso concreto. Posto isto, nego provimento ao 
recurso. PAULO CELSO AYROSA M. DE ANDRADE Relator. 
 
Assim, justificados os direitos da autora, as alegações preliminares e de mérito 
suscitadas pela empresa ré não merecem prosperar. 
 
DOS PEDIDOS 
 
Por todo o exposto, requer seja julgada TOTALMENTE PROCEDENTE a 
presente ação,reiterando-se os pedidos contidos na inicial, a fim de que a empresa ré seja 
condenada ao pagamento das custas processuais e aos honorários advocatícios admitidos 
na forma da lei, rejeitando-se consequentemente as preliminares e as alegações arguidas 
em contestação. 
 
Nestes termos, 
pede deferimento. 
 
Sorocaba, 22 de outubro de 2017. 
 
 
ADVOGADO 
OAB.

Outros materiais