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Patologia Especial power sistema respiratorio (1)

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Patologia Especial
Sistema Respiratório
Prof° Claudia R Vieira Rocha
Sistema Respiratório
As doenças do sistema respiratório são de grande morbidade e mortalidade em animais
Uma das maiores fontes de perdas econômicas
Sistema Respiratório
Divisão estrutural do trato respiratório:
- superior : narinas à laringe
- inferior : Traquéia , brônquios ,
 bronquíolos e pulmões
Sistema Respiratório
Divisão funcional do trato respiratório
- vias aéreas condutoras de ar
 (narinas até bronquíolos terminais)
 - parênquima pulmonar
 ( bronquíolos respiratórios, sacos alveolares e 
 alvéolos pulmonares)
Sistema Respiratório
A divisão funcional considera a função dos diferentes segmentos ou componentes do trato respiratório
Sistema Respiratório
Sistema Respiratório
A maioria das doenças e/ou lesões que ocorre no Sistema Respiratório é causada por agentes lesivos (microrganismos, partículas, gases, vapores tóxicos...)
 Atingem o trato respiratório através: 
 ar inspirado - “ Via Aerógena”
 
 sangue – “ Via Hematógena”
Sistema Respiratório
 Em animais criados em sistema de confinamento é mais importante a via aerógena
A concentração de agentes patogênicos
 no ar é maior, assim como gases 
 irritantes – amônia (NH3)
 e gás sulfídrico (H2S)
Sistema Respiratório
Pasteurella haemolytica faz parte da flora nasal bovina
Todavia essa bactéria causa uma doença devastadora em bovinos - Febre do Embarque
Pesquisas tem estabelecido que microrganismos da flora nasal são continuamente carreados para o interior dos pulmões pelo ar traqueal.
Sistema Respiratório
Portas de entrada para o Sistema Respiratório
Via Aerógena: Patógenos como bactérias, vírus, gases tóxicos, partículas estranhas como alimentos, podem ter acesso ao sist. Respiraaório pelo ar inspirado
Via bastante comum na transmissão da maioria das infecções respiratórias em animais
Sistema Respiratório
Via Hematógena : vírus , bactérias, parasitas podem entrar no sist respiratório através da circulação sanguínea
Porta de entrada comum em septicemias
Sistema Respiratório
Via solução continuidade : organismos patogênicos podem alcançar a pleura e pulmões
Através de lesões penetrantes, como ferimentos por armas de fogo, mordidas, esôfago rompido ou diafragma perfurado.
Sistema Respiratório
A função dos mecanismos de defesa é proteger o parênquima pulmonar (alvéolos)
 
 remoção de agentes lesivos
 
 umedecer e aquecer o ar inspirado
 principalmente nas vias aéreas superiores
Sistema Respiratório
Mecanismos de defesa do trato respiratório:
- lençol mucociliar
- flora bacteriana
- macrófagos alveolares
- reflexos protetores tosse
 espirro
Sistema Respiratório
Muco é uma mistura complexa de água, glicoproteínas, imunoglobulinas, lipídios e eletrólitos
É um gel viscoso
Atua como um agente de limpeza 
Sistema Respiratório
O muco secretado pelas células caliciformes do epitélio respiratório, favorece a adsorção de partículas
 agentes físicos ou biológicos 
 potencialmente lesivos ao
 trato respiratório
Sistema Respiratório
Em condições normais, a maioria das bactérias em suspensão no ar inspirado é retido pelo lençol mucociliar
Outros agentes lesivos, em particular agentes virais, podem atingir o alvéolo pulmonar
Sistema Respiratório
Além da remoção de partículas inaladas, o lençol mucociliar também contribui: 
-para a eliminação de gases hidrossolúveis inalados, potencialmente tóxicos ao parênquima pulmonar
- transporte e difusão de substâncias humorais protetoras ( imunoglobulina IgA- atua na neutralização e favorece fagocitose de agentes invasores)
Sistema Respiratório
Outras substâncias protetoras :
Interferon – limita infecção viral
( agente antiviral, modulador de respostas imunes e inflamatórias) 
Lisozima e lactoferrina – atividade antibacteriana seletiva
(enzima antimicrobiana)
Fatores do Sistema Complemento
(aumetam a fagocitose)
Sistema Respiratório
A limpeza mucociliar termina na faringe, onde o muco é propulsionado caudalmente da cavidade nasal , e deglutido
Eliminando do sistema condutor do trato respiratório
Patógenos respiratórios como o Rhodococcus equi podem infectar os intestinos, após terem sido removidos e deglutidos do trato respiratório para o sist. digestório
Sistema Respiratório
Em condições normais, os alvéolos são estéreis
Alvéolos não possuem células ciliadas produtoras de muco
Defesa e esterilidade alveolar – mantidas graças à atividade fagocitária de macrófagos alveolares
Sistema Respiratório
Macrófagos alveolares pulmonares se ligam e fagocitam as bactérias e outras partículas que alcançam a região alveolar
Macrófagos alveolares tem vida curta, sómente poucos dias
São continuamente substituídos.
Sistema Respiratório
Componente fundamental de defesa 
 pulmonar
 flora bacteriana saprófita
 presente predominantemente 
 no trato respiratório superior
 
Sistema Respiratório
População celular é constituída
 Linfócitos T , B ( IgA,IgG,IgM,IgE)
 Animais saudáveis, podem ser detectados moléculas IgA (contra vírus e bactérias patogênicas para o trato respiratório).
Sistema Respiratório
Anticorpos são importantes na proteção
 ( resposta imune adquirida) do trato respiratório contra patógenos inalados
IgA é o anticorpo mais abundante nas secreções nasais e traqueais, previne a ligação e absorção de antígeno
Sistema Respiratório
IgG é o anticorpo mais abundante na superfície alveolar
Para facilitar a fagocitose e discriminar o q é “próprio” do que é estranho, os macrófagos alveolares são equipados com ampla variedade de receptores específicos .
Sistema Respiratório
Os mecanismos de defesa do trato respiratório se completam com mecanismos reflexos 
 Tosse Espirros
 Eliminação mecânica de partículas
 e material estranho ao trato respiratório
Sistema Respiratório
Mecanismos de defesa contra patógenos transportados pelo sangue ( espaço intravascular)
Pulmões são suscetíveis a microrganismos, toxinas ou êmbolos transportados via hematógena
Sistema Respiratório
A célula responsável pela remoção de partículas circulantes, bactérias patogênicas e endotoxinas do sangue é o macrófago intravascular pulmonar 
Fatores como estresse , edema pulmonar, infecções virais tem sido implicados na predisposição à pneumonia bacteriana secundária
Sistema Respiratório
Exame do trato respiratório: Post Mortem
O trato respiratório deve ser sempre examinado de forma sistemática
A caixa torácica deve ser removida cortando-se ao longo das articulações costoesternais
Conteúdos torácicos anormais devem ser observados e macroscopicamente quantificados.
( ml de fluidos / coloração)
Sistema Respiratório
Língua, faringe, esôfago, laringe, traquéia e vísceras torácicas (pulmão, coração e timo) devem ser removidos em bloco e colocados sobre a mesa de necropsia.
Faringe e esôfago são abertos por um único corte com tesoura - inspeção para úlceras , corpo estranho
Sistema Respiratório
Laringe e traquéia devem ser examinadas
Presença de fluido espumoso nas vias aéreas indica edema pulmonar
Partículas de alimentos podem sugerir aspiração
Aspiração de ingesta do estômago ou rúmen para o interior dos pulmões comumente ocorre na hora da morte, ou quando a carcaça é movimentada.
Sistema Respiratório
Os pulmões devem ser examinados antes da incisão
Pulmões normais tem coloração rosada
Mudanças externas incluem presença de impressão das costelas na superfície pleural
Sistema Respiratório
Alterações na cor incluem vários tons de vermelho
Indicando :
Congestão hipostática
Hiperemia 
Hemorragia
Sistema Respiratório
Lóbulos ou áreas colapsadas de cor azul-escuro são indicativos de atelectasia
Atelectasia: colapso de parte ou de todo o pulmão
Causada por obstrução da passagem de ar , ou pressão no lado externo do pulmão
Sistema Respiratório
Fatores de risco de atelectasia:
- anestesias
- corpo estranho em vias aéreas
- tumores
- tempo de repouso prolongado (sem mudança de decúbito)
- efusão pleural (líquido entre as costelas e os pulmões)
Sistema Respiratório
Pulmões rosa pálido e branco indicam anemia acentuada, fibrose ou enfisema
Enfisema pulmonar: doença obstrutiva crônica
Alvéolos ficam hiperinsuflados ( distendidos) não ocorrendo trocas gasosas de O2 e Co2
Sistema Respiratório
A palpação dos pulmões deve ser suave
Permite a detecção de nódulos não visíveis
A distribuição das lesões pode ser focal, multifocal ou difusa.
Sistema Respiratório
Colapso Pulmonar
 Os pulmões são mantidos distendidos dentro do tórax devido á pressão negativa da cavidade torácica
 Durante o procedimento de necropsia, imediatamente após a abertura da cavidade torácica, ocorre retração dos pulmões
Sistema Respiratório
O colapso pulmonar se deve ao desequilíbrio da pressão intratorácica (que é negativa antes da abertura da cavidade torácica), com a pressão atmosférica
A não ocorrência de colapso pulmonar após a abertura do tórax geralmente está associada ao acúmulo de material ou ar dentro dos alvéolos, como casos de
Edema pulmonar, inflamação, enfisema alveolar
Colapso Pulmonar
Colapso Pulmonar
Sistema Respiratório
Hipostase 
 corresponde ao acúmulo post mortem de 
 sangue no órgão do lado de baixo, quando o cadáver é mantido em decúbito lateral. 
 tal acúmulo se deve à ação da gravidade 
 o órgão posicionado próximo ao solo apresenta coloração vermelho escuro.
Sistema Respiratório
Muito importante fazer a diferenciação entre essa condição e a congestão ante mortem, que geralmente é bilateral e 
 tem distribuição difusa.
Sistema Respiratório
Enfisema Intersticial Post Mortem
 alteração autolítica mais tardia 
 observada na carcaça em decomposição.
Ocorre devido ao acúmulo de gases resultantes de atividade de bactérias
putrefativas produtoras de gás
Enfisema Intersticial
post mortem
Cavidade nasal
Seios Paranasais
Fenda Palatina
 
 - chamada também de palatosquise
 - caracterizada por fenda no palato
 -ocorre comunicação entra cavidade nasal e oral.
Fenda palatina
Palatosquise
Cavidade Nasal
Seios Paranasais
Discinesia Ciliar
 se caracteriza pela incordenação ou diminuição da função ciliar, com ou sem alterações estruturais dos cílios
 disfunção que compromete os mecanismos de defesa do trato respiratório
 
 predispõe a rinite e pneumonias crônicas
Cavidade Nasal
Seios Paranasais
Alterações circulatórias são comuns devido à irrigação intensa na mucosa nasal
Animais saudáveis, observa-se graus variáveis de hiperemia nas narinas
Caracterizada por coloração avermelhada na mucosa nasal.
Cavidade Nasal
Seios Paranasais
A hiperemia da mucosa nasal não deve ser considerada patológica
A menos que esteja associada ao acúmulo de exsudato, a erosões ou ulcerações da mucosa
Hiperemia aguda é observada em estágios iniciais de inflamação aguda - rinite
Cavidade Nasal
Seios Paranasais
Epistaxe:
 denominação utilizada para designar os casos em que ocorre hemorragia nasal
A hemorragia através da narina pode ter origem na nasofaringe ou no sistema respiratório inferior
Cavidade Nasal
Seios Paranasais
Hemorragia proveniente da própria cavidade nasal é designada de rinorragia
A hemorragia nasal de origem do trato respiratório inferior, como nos casos de hemorragia pulmonar é designado de hemoptise
Cavidade Nasal 
Seios Paranasais
Hemoptise comumente resultado de:
Pneumonias
Abscessos pulmonares
Bronquite ulcerativa
Tromboembolismo pulmonar
Neoplasia pulmonar
Epistaxe
Pode ter várias causas, como:
 - traumas;
 - exercício intenso em equídeos;
 - inflamação aguda/ crônica (ulceração) 
 - neoplasias
 
 Em casos de hemorragia generalizada, pode resultar em epistaxe ou manifestar-se em petéquias na mucosa nasal. 
Epistaxe
Pode estar associada a :
- diminuição de plaquetas
- deficiência de vit K
- intoxicação dicumarínicos (varfarina)
- intoxicação por samambaia
- septicemias
Epistaxe
Epistaxe
Cavidade Nasal
Seios Paranasais
Amiloidose Nasal - ocorre em 
 equinos 
 
 Amiloide é de natureza proteica
 não é proteína específica
 é fragmento de imunoglobulina
 
Cavidade Nasal
Seios Paranasais
Locais mais comuns de deposição de amiloide:
 - vestíbulo nasal
 - porções anteriores do septo 
 nasal
Cavidade Nasal
Seios Paranasais
Consequência da Amiloidose Nasal
 - comprometimento do 
 desempenho do cavalo
 - estenose com sinais clínicos de 
 obstrução das vias respiratórias
 superiores
Cavidade Nasal
Seios Paranasais
Rinite: processo inflamatório da
 mucosa nasal
 
 Em condições normais a mucosa nasal 
 é colonizada por bactérias e fungos
 e até mesmo por microrganismos 
 patogênicos
 
Cavidade Nasal
Seios Paranasais
Esta situação é controlada pelos fatores de proteção da mucosa nasal
 - secreção de muco
 - batimentos ciliares
 - imunoglobulinas
Cavidade Nasal
Seios Paranasais
 Em condições de desequilíbrio dos mecanismos de defesa vai ocorrer:
 favorecimentos para colonização
 e desenvolvimento de organismos
 patogênicos
 resultando em inflamação
Cavidade Nasal
Seios Paranasais
Frequentemente a causa primária de Rinite é viral, seguida de infecção secundária bacteriana ou micótica
 
Cavidade Nasal
Seios Paranasais
Fatores predisponentes à Rinite
 - gás amônia (NH3)
 - gás sulfídrico (H2S)
 presentes em ambientes com superlotação de
 animais
 - ventilação pobre e drenagem 
 inadequada de dejetos
Cavidade Nasal
Seios Paranasais
Fatores predisponentes à Rinite
 - alta concentração de poeira
 
 - baixa umidade do ar 
 (induz à diminuição da secreção e desidratação do muco, e consequentemente eliminação mais lenta de partículas depositadas sobre a camada de muco). 
Cavidade Nasal
Seios Paranasais
As rinites podem ser classificadas em agudas e crônicas
Os processos crônicos podem resultar na formação de pólipos nasais (formação de tecido anormal)
Cavidade Nasal
Seios Paranasais
Quanto ao exsudato as rinites podem ser classificadas
 - serosa
 - catarral
 - purulenta
 - hemorrágica
 - fibrinosa
 - granulomatosa
Cavidade Nasal
Seios Paranasais
Rinite Serosa: caracterizada por exsudato translúcido e líquido; poucas células inflamatórias.
Mucosa nasal apresenta-se edemaciada e hiperêmica
Cavidade Nasal
Seios Paranasais
Rinite Catarral: exsudato com aspecto viscoso, rico em muco.
Hiperemia e edema mais acentuados que na serosa
Cavidade Nasal
Seios Paranasais
Rinite Purulenta: acúmulo de grande quantidade de neutrófilos e células epiteliais de descamação, o que confere aspecto de pus. 
Ex: Garrotilho em equinos
 infecção por Streptococcus equi
Cavidade Nasal
Seios Paranasais
Rinite Hemorrágica: quando o processo inflamatório está associado a hemorragia
Rinite Granulomatosa: processo inflamatório crônico, em geral associado a alterações proliferativas como fibrose
 
 Ex: Aspergilose, Criptococose
Cavidade Nasal
Seios Paranasais
Rinite Fibrinosa: corresponde a um processo inflamatório caracterizado pelo acúmulo de uma placa de fibrina
Contém células inflamatórias aderidas a mucosa ainda íntegra
 Ex: rinotraqueíte infecciosa em bovinos
 ( herpes vírus tipo 1)
Garrotilho
Garrotilho
Doença infecto-contagiosa, que ataca o trato respiratório de equídeos
Ocorre entre 1 ou 2 anos de idade ( baixa imunidade), especialmente no período de desmame.
 (Rev. Científica Med. Vet, 2008)
Criptococose
Criptococose
Doença infecciosa , transmitida por um fungo : Cryptococcus neoformans
Ataca os pulmões, desenvolvendo quadro de pneumonia
Pode levar a um quadro de meningite
Aspergilose
Aspergilose
Infecção pulmonar causada pelo fungo Aspergillus fumigatus
 Pode causar hemoptise ( tbm tosse com sangue), pneumonia
 animais com baixa imunidade
Cavidade Nasal
Seios Paranasais
Sinusite: inflamação dos seios paranasais
Pode ser uma consequência da rinite
Clinicamente não é detectada
Cavidade Nasal
Seios Paranasais
Causas de Sinusite
 - rinite
 - larvas de Oestrus ovis (ovinos)
 - periodontite
 - descorna
 - fratura de ossos do crânio
Periodontite
Oestrus ovis
Cavidade Nasal
Seios Paranasais
Neoplasias malignas de cavidade nasal
 
 - adenocarcinoma
 - fibrossarcoma
 - osteossarcoma
 - condrossarcoma
 Carcinoma de células escamosas é a mais comum na cavidade nasal de felinos
Cavidade Nasal
Seios Paranasais
Neoplasias benignas da cavidade nasal
 - papiloma
 - adenoma
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Papiloma
Faringe e Bolsas Guturais
 Bolsas Guturais são divertículos ventrais das tubas de Eustáquio
Encontrados sómente em equídeos
Bilaterais, localizadas ventralmente ao encéfalo
Revestidas por epitélio ciliado e secretor de muco
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Faringe 
Faringite: geralmente está associada à inflamação dos tratos respiratório ou digestivo ; ou de ambos
Faringe e 
Bolsas Guturais
Faringe e Bolsas Guturais
Bolsas Guturais – Funções
 - equilíbrio de pressão na membrana 
 timpânica
 - aquecimento do ar
 - vocalização
 - resfriamento do encéfalo
Bolsas Guturais
Bursite Gutural Micótica: processo inflamatório que acomete a bolsa gutural, caracterizada por inflamação fibrinosa causada pela infecção por Aspergillus sp.
Também chamada de micose das bolsas guturais
Bolsas Guturais
Ocorre necrose com invasão de vasos sanguíneos pelo fungo
Causa erosão vascular, epistaxe, em alguns casos trombose, aneurisma e ruptura da artéria carótida interna
A ocorrência de epistaxe grave em equinos é sugestiva de Bursite Gutural micótica
Bolsas Guturais
O acúmulo excessivo de ar no interior das bolsas guturais caracteriza a condição chamada de Timpanismo das bolsas guturais.
Pode ser causado por edema da mucosa decorrente de inflamação aguda, e resulta em obstrução à saída da ar das bolsas
Faringe
Neoplasias de faringe podem ser diagnosticadas
- papiloma
- carcinoma de células escamosas na faringe e nas bolsas guturais
- melanoma (maligno)
Laringe e Traquéia
 Colapso Traqueal: caracterizado pelo achatamento dorsoventral da traquéia, 
Devido a uma alteração dos anéis cartilaginosos
Laringe e Traquéia
Consequência: diminuição do diâmetro do lúmen traqueal
- Dificuldade respiratória
- Suscetibilidade a colapso respiratório
Frequente em raças de cães miniatura
Colapso de Traquéia
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Colapso de Traquéia
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Traquéia
Hipoplasia Traqueal: caracterizada por redução do diâmetro luminal de toda a traquéia
Ocorre em cães, particularmente na raça Bulldog
Laringe e Traquéia
Hemorragia: geralmente observa-se hemorragias do tipo petequial (hemorragia puntiforme), na mucosa da epiglote
Associado à doenças septicêmicas
Ex: salmonelose, doenças virais
Laringe e Traquéia
Bovinos saudáveis em abatedouros podem apresentar petéquias na mucosa traqueal
Bovinos e ovinos que sofrem quadro de dispnéia grave, antes da morte, apresentam hemorragia linear na mucosa traqueal
Laringe e Traqúeia
Edema: principais causas de edema nesses segmentos do trato respiratório são:
- inflamação aguda
- anafilaxia / hipersensibilidade tipo I
Laringe e Traquéia
Paralisia de Laringe ou Hemiplegia Laríngea: causa comum de ruído respiratório anormal em equinos
Caracteriza uma condição designada como “ cavalo roncador”
Além de ruído respiratório incomum, resulta em intolerância ao exercício
Laringe e Traquéia
A causa desse processo é a degeneração idiopática do nervo laríngeo recorrente
Consequência: é a interferência do fluxo de ar, principalmente na inspiração durante exercício, o que resulta em ruídos anormais.
Laringe e Traquéia
Laringite e traqueíte: associado a inflamação do trato respiratório inferior e superior
Traqueíte geralmente está associada a bronquites e pneumonias. Pode ocorrer devido a traqueostomia.
Laringite está associada a rinite, embora possa ocorrer isoladamente. 
Laringe e Traquéia
Neoplasias: podem ser observadas
- papiloma
- condroma
- osteocondroma
- mastocitoma
- carcinoma de células escamosas
Linfossarcoma intratraqueal em felinos.
Brônquios e Bronquíolos
Brônquios e Bronquíolos
São responsáveis pela condução de ar entre a porção superior e inferior do Sistema Respiratório.
Corpo estranho pode ser introduzido nos brônquios e bronquíolos por aspiração, que desencadeia processo inflamatório
Brônquios e Bronquíolos
Bronquite: inflamação dos brônquios
Causas incluem: agentes virais, bacterianos, micóticos e parasitários
Além de gases tóxicos, corpo estranho e alérgenos
Brônquios e Bronquíolos
O curso da bronquite depende da natureza e persistência do agente causador.
O processo pode evoluir para broncopneumonia, broncoestenose ou bronquiectasia.
Bronquite crônica é a mais comum.
ATENÇÃO!!!!
Ectasia: dilatação ou distensão de órgão que apresenta estrutura lobular
Bronquiectasia: dilatação e distorção irreversível dos brônquios (dos componentes elásticos e muscular de sua perede)
Atelectasia colapso de um segmento do pulmão, alterando a relação ventilação/perfusão.
Áreas não colapsadas costumam compensar, aumentando O2
Bronquite
Bronquite
Bronquite
Brônquios e Bronquíolos
Macroscopicamente, excesso de muco ou exsudato mucopurulento, preenchendo a árvore bronquial.
Exemplo de doença que cursa em bronquite é a traqueobronquite infecciosa em cães – Tosse dos canis
Brônqios e Bronquíolos
Bronquiolite: ocorre em extensão de outros processos
Em equinos ocorre bronquiolite-enfisema crônico, também conhecida como asma equina ou doença pulmonar obstrutiva crônica.
Afeta animais mantidos em ambientes empoeirados
Brônquios e Bronquíolos
A etiopatogênese envolve um processo de hipersensibilidade, desencadeado por antígenos inalados
Fungos em feno mofado
Poeira
Endotoxinas bacterianas
Brônquios e Bronquíolos
Consequências da bronqueolite:
Ocorre extensão para o parênquima pulmonar, podendo evoluir para Broncopneumonia
Broncoestenose
Bronquiectasia 
Brônquios e Bronquíolos
Broncoestenose: estreitamento do lúmen bronquial.
Consequências são dependentes do grau de estenose
Caso em que a obstrução bronquial é parcial resulta enfisema, obstrução total vai ocorrer atelectasia.
Brônquios e Bronquíolos
Bronquiectasia: á a dilatação do lúmen bronquial
Consequência: atelectasia extensa do parênquima pulmonar, podendo ocorrer ruptura das áreas bronquiectásicas, resultando em extravasamento de exsudato para a cavidade pleural - pleurite
Bronquiectasia
Pulmões
Pulmões
 Hipoplasia Pulmonar: caracterizada por desenvolvimento incompleto dos pulmões
 ( apresentam-se nitidamente diminuídos 
 de volume)
 Está associada à hérnia diafragmática congênita ( deslocamento de vísceras abdominais para cavidade torácica)
Hipoplasia Pulmonar
Pulmões
Melanose: ocorre acúmulo de pigmentação endógena ( melanose) em um órgão que normalmente não é pigmentado.
Pode ser congênito
Melanose pulmonar é uma condição frequente em bovinos e suínos
Não provoca prejuízos ao funcionamento dos pulmões
Pulmões
Prejuízo econômico e condenação de vísceras durante a inspeção
Macroscopicamente, observam-se manchas marrom escuras ou pretas disseminadas pelo parênquima pulmonar
Pulmões
Isquemia: em pulmão pode ser decorrente de enfisema ou fibrose
Associada com redução grave do volume sanguíneo
Processos isquêmicos no pulmão
são raros
Pulmões
Edema Pulmonar: caracterizado pelo acúmulo de líquido nos alvéolos pulmonares, provenientes de vasos sanguíneos.
Causas:
- aumento da pressão hidrostática
- aumento da permeabilidade vascular
-diminuição da pressão oncótica
-obstrução de drenagem linfática
Edema Pulmonar
Edema Pulmonar
Pulmões
Macroscopicamente, o edema pulmonar caracteriza-se em pulmões úmidos, pesados e não se colapsam quando o tórax é aberto.
Há líquido espumoso em traquéia e brônquios, que é um achado para confirmação do diagnóstico.
Pulmões
Hemorragais pulmonares:
Em geral se localizam sob a pleura e comumente são do tipo petequial
 Causas variadas:
 - septicemias / toxemias
 - congestão intensa
 - ruptura de aneurisma
 - traumas
 - migração de larvas ( Ascaris)
 - exercícios ( equinos).
Hemorragia Pulmonar
Pulmões
Hipertensão pulmonar: aumento da pressão sanguínea na circulação pulmonar
 Causas:
 - problemas congênitos do septo 
 ventricular
 Consequência: hipertrofia ventricular direita, e insuficiência cardíaca congestiva.
 
Pulmões
Antracose: inalação contínua e deposição de partículas de carvão (pigmento exógeno) nos pulmões.
Pigmentação preta puntiforme na superfície e parênquima pulmonar
Antracose
Pulmões
Atelectasia: é a expansão incompleta do pulmão
Pode ser localizada ou generalizada
Caracterizada pela condição na qual os alvéolos pulmonares encontram-se sem ar e sem qualquer outro conteúdo em seu interior
Atelectasia Pulmonar
Pulmões
Enfisema: significa distensão excessiva e anormal dos alvéolos, associada à destruição de paredes alveolares
Caracteriza excesso de ar nos pulmões
Enfisema Pulmonar
Enfisema
Pulmões
Pneumonia: termo utilizado para designar inflamação envolvendo o pulmão
Podem ser classificadas quanto:
- ao exsudato
- curso da doença
Pulmões
Quanto ao curso:
- Pneumonia aguda , subaguda e crônica
Quanto ao exsudato:
- Catarral, fibrinosa, purulenta, 
 hemorrágica, granulomatosa e necrótica 
Pulmões
Pneumonia por aspiração: ocorre quando uma quantidade de material, é aspirado e atinge o parênquima pulmonar
Consequências: ocorre irritação da mucosa traqueal e bronquial, levando a um quadro inflamatório
Pulmões
Situações comuns:
Aspiração de leite por bezerros alimentados em baldes
Aspiração de conteúdo ruminal
Aspiração de exsudato inflamatório
Pulmões
Situações comuns:
Aspiração de mecônio durante o período peri-natal
FALTA DE SONDA ENDOTRAQUEAL EM PROCEDIMENTOS CiRÚRGICOS
Pulmões
Pneumonia Tromboembólica:
Consequência de fixação de êmbolos sépticos (bacterianos) , provenientes de processos inflamatórios e infecciosos em outros órgãos.
Atingem os pulmões via hematógena
Pulmões
Pneumonia hipostática:
Animais que permanecem em decúbito lateral por períodos prolongados
Pacientes em internamentos
Pulmões
Broncopneumonia: local de origem do processo inflamatório, é a junção bronquíolo-alvéolo
Fatores predisponentes: 
 - agrupamento de animais
 - desidratação
 
 
Pulmões
Fatores predisponentes:
 - frio excessivo
 - infecções virais
 - inalação de gases tóxicos
 - imunossupressão
 - doenças crônicas do pulmão
 - inanição
Pulmões
Neoplasias primárias de Pulmão: são raras entre os animais domésticos
Há uma doença em ovinos conhecida como carcinoma pulmonar ovino, é de etiologia viral
Causada por um retrovírus Jaagsiekte
Pulmões
Metástases de neoplasias malignas originárias de outros órgãos são comuns nos pulmões.
Mais comuns:
 - carcinomas mamários
 - osteossarcomas
 - fibrossarcomas
 - hemangiossarcomas
Neoplasia 
Metástase em Pulmão
Neoplasia
Metástase em Pulmão
Pleura e 
Cavidade Torácica
Pneumotórax: acúmulo de ar dentro da cavidade torácica
Resulta em perda de pressão negativa intratorácica
Consequência: comprometimento da expansão e atelectasia pulmonar
Pleura e 
Cavidade Torácica
Pode ser uni ou bilateral
Óbito por insuficiência respiratória decorrente da incapacidade de expansão pulmonar durante a inspiração
Pneumotórax
Pleura e 
Cavidade Torácica
Hérnia Diafragmática: deslocamento de vísceras abdominais para dentro da cavidade torácica
Decorrência de ruptura ou solução de continuidade do diafragma
Pode ser congênita ou adquirida
Pleura e 
Cavidade Torácica
Macroscopicamente
 Há comunicação entre as cavidades 
 abdominal e torácica, através da 
 abertura do diafragma
 Observam-se órgãos abdominais, 
 principalmente segmentos do intestino,
 estômago e fígado dentro da cavidade 
 torácica
Pleura e 
Cavidade Torácica
Hidrotórax: manifestação de edema na cavidade torácica
Caracteriza-se pelo acúmulo de líquido no tórax
Nesse caso o líquido é um transudato
 ( transparente, inodoro, não coagula em contato com o ar, contém poucas células)
Pleura e 
Cavidade Torácica
Causas frequentes:
 - insuficiência cardíaca congestiva
 - hipoproteinemia
 - anemia
 - neoplasia
 
 Consequência: atelectasia compressiva
Hidrotórax
Pleura e 
Cavidade Torácica
Hemotórax: presença de sangue na cavidade torácica 
Causas mais comuns:
 - traumas
 - ruptura de vasos por neoplasia
 - ruptura de aneurisma
 - defeitos de coagulação
Pleura e 
Cavidade Torácica
Consequências pulmonares ou sistêmicas
Se o volume de sangue for grande, pode ocorrer hipovolemia, e consequentemente morte por choque hipovolêmico
Pleura e 
Cavidade Torácica
Pleurite: processo inflamatório da pleura
Vias de acesso dos microrganismos à pleura: extensão de pneumonia, hematogênica, penetração por trauma, esofagites.
Pode levar ao acúmulo de exsudato purulento na cavidade torácica.
Chamado de piotórax ou empiema
Pleurite
Piotórax
Pleura e
Cavidade Torácica
Peritonite Infecciosa dos felinos, doença viral ( coronavírus), pode resultar em pleurite granulomatosa focal
Em equinos, a pleurite frequentemente é consequência de infecção por Nocardia sp.
 
Pleura e
Cavidade Pleural
Neoplasia primária de pleura é o mesotelioma
Neoplasias metastáticas de pleura não são comuns, embora neoplasias metastáticas pulmonares possam afetar a pleura por extensão.
Cor Pulmonale
Cor pulmonale se aplica ao aumento do ventrículo direito ( dilatação/ hipertrofia) secundário a anormalidades pulmonares, torácicas .
Etiologia: pode ser de natureza aguda ou crônica 
Cor Pulmonale
O aumento da resistência ao fluxo no interior das artérias pulmonares, resulta em sobrecarga de pressão no ventrículo direito.
Com decorrente hipertrofia compensatória
Cor Pulmonale
Principais causas de Cor Pulmonale
 - Dirofilariose
 
 - Tromboembolismo pulmonar
 
 - Bronquite 
 
 - Doença pulmonar obstrutiva crônica
 
 - Asma
 
Cor Pulmonale
Sinais Clínicos:
 - intolerância ao exercício
 - cianose
 - hemoptise
 - dispnéia
Cor Pulmonale
A auscultação cardiopulmonar mostra :
 - sibilos expiratórios e/ou inspiratórios
 - desdobramento de bulhas cardíacas
 - arritmias 
 - sopro ( casos avançados)
 pacientes crônicos podem apresentar 
 tosse e edema agudo do pulmão.
Exercício
A arte de viver começa com o treinamento da percepção, da interpretação da realidade de cada um 
E finaliza-se com a prática de humildade, serenidade, quietude e naturalidade
Não basta olhar, é preciso enxergar
Não é suficiente ouvir, mas saber escutar
Não é suficiente tocar, mas saber sentir
Exercício
Quem deseja fazer algo produtivo para a humanidade, ou mesmo para o colega ao lado, deve sentir gratidão pela vida, abrir a alma
Sem se preocupar apenas com o materialismo e o consumismo do cotidiano
A vida é mais importante que os bens materiais.
Exercício
Tape as narinas e tente não respirar ,até seu limite máximo!!
Sinta como você ficará feliz ao liberar sua respiração!!
Exercício
 “ A vida está no intervalo, entre uma inspiração e uma expiração
“
 Quem não sabe respirar corretamente, também não sabe o que é a vida.
RESPIRE CALMA E PROFUNDAMENTE E RECARREGUE SUA ENERGIA !!
 ( Shiou Hsing)
Muito Obrigado!
Que os vossos esforços desafiem as impossibilidades, lembrai-vos de que as grandes coisas do homem, foram conquistadas do que parecia impossível
 ( Charles Chaplin)

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