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FIANÇA: BENEFÍCIO DE ORDEM ART. 794 
O fiador, quando executado, tem o direito de exigir que primeiro sejam executados os bens do devedor situados na mesma comarca, livres e desembargados, indicando-os pormenorizadamente à penhora.
Os bens do fiador ficarão sujeitos à execução se os do devedor, situados na mesma comarca que os seus, forem insuficientes à satisfação do direito do credor.
O fiador que pagar a dívida poderá executar o afiançado nos autos do mesmo processo.
O disposto no caput não se aplica se o fiador houver renunciado ao benefício de ordem.
Os bens particulares dos sócios não respondem pelas dívidas da sociedade, senão nos casos previstos em lei. Art. 795
O sócio réu, quando responsável pelo pagamento da dívida da sociedade, tem o direito de exigir que primeiro sejam excutidos os bens da sociedade.
Incumbe ao sócio, no caso anterior, nomear quantos bens da sociedade situados na mesma comarca, livres e desembargados, bastem para pagar o débito.
O sócio que pagar a dívida poderá executar a sociedade nos autos do mesmo processo.
OBS. Para a desconsideração da personalidade jurídica da empresa a fim de atingir os bens dos sócios, ver arts 133 a 137 deste Código.
Execução contra Espolio:
 O espólio responde pelas dívidas do falecido, mas, feita a partilha, cada herdeiro responde por elas dentro das forças da herança e na proporção da parte que lhe coube. Art. 796.
Assim, enquanto não partilhados os bens, os credores devem exercer sua pretensão contra o espólio, podendo a penhora ocorrer diretamente sobre os bens do espólio. Uma vez realizada a partilha o credor poderá voltar-se contra o herdeiro, que terá sua responsabilidade limitada aos limites do que herdou.
Cumprimento de sentença
O Capítulo I (artigos 513 ao 519), é destinado às disposições gerais.
O Capítulo II (artigos 520 ao 522), disciplina o cumprimento provisório da sentença que reconhece a exigibilidade de obrigação de pagar quantia certa.
O Capítulo III (artigos 523 ao 527), disciplina o cumprimento definitivo da sentença que reconhece a exigibilidade de obrigação de pagar quantia certa.
O Capítulo IV (artigos 528 ao 533), disciplina o cumprimento de sentença que reconheça a exigibilidade de obrigação de prestar alimentos.
O Capítulo V (artigos 534 e 535), disciplina o cumprimento de sentença que reconheça a exigibilidade de obrigação de pagar quantia certa pela Fazenda Pública.
E, finalmente, o Capítulo VI (artigos 536 ao 538), disciplina o cumprimento de sentença que reconheça a exigibilidade de obrigação de fazer, de não fazer ou de entregar coisa.
Portanto, além do cumprimento de sentença que estávamos acostumados (artigo 475-J do CPC/1973), fosse provisório ou definitivo (Capítulos II e III), agora também resta expressamente autorizada a utilização desse instituto, quando:
I – condene ao pagamento de prestação alimentícia ou de decisão interlocutória que fixe alimentos (Capítulo IV);
II – impuser à Fazenda Pública o dever de pagar quantia certa (Capítulo V); e,
III –  reconheça a exigibilidade de obrigação de fazer ou de não fazer ou de entregar a coisa no prazo estabelecido na sentença (Capítulo VI).
Esse alargamento da utilização do instituto do cumprimento de sentença, vem colaborar com a celeridade do processo e está em consonância com um dos mais importantes princípios constitucionais – da razoável duração do processo (artigo 5º, inciso LXXVIII da CRFB/88) – considerado, agora, também, uma das normas fundamentais do processo civil (artigo 4º) e assim redigido: as partes têm direito de obter em prazo razoável a solução integral do mérito, incluída a atividade satisfativa.
Mantém-se, assim, a sistemática adotada e trazida pelas reformas do CPC/1973 (Leis ns. 11.187/2005, 11.232/2005, 11.276/2005, 11.277/2006 e 11.280/2006), consubstanciada no modelo de processo sincrético, ou seja, mais célere, claro e automatizado.
Vamos começar esta série de artigos analisando os artigos 513, 514 e 515 do CPC/2015, inseridos no Capítulo I (artigos 513 ao 519) e destinado às disposições gerais relativas ao cumprimento de sentença.
Artigo 513, ‘caput’ do Novo CPC – Sentido idêntico ao do artigo 475-I, ‘caput’ do CPC/1973. Cumprimento de sentença – Disposições gerais – Regras procedimentais a serem aplicadas
O artigo 513, ‘caput’ do CPC/2015 mantém o mesmo sentido do artigo 475-I, ‘caput’ do CPC/1973.
Portanto, o cumprimento de sentença deverá ser feito segundo as regras deste Título II, observando-se, no que couber e conforme a natureza da obrigação, o disposto no Livro II da Parte Especial do novo CPC (Processo de Execução).
É o que, em suma, já previa a norma revogada, como constatável na tabela comparativa:
Observe, ainda, que o artigo 515 do novo CPC elenca o rol de títulos executivos judiciais cujo cumprimento dar-se-á de acordo com os artigos previstos neste Título II.
Artigo 513, §1º do Novo CPC – Correspondência parcial com o art. 475-J do CPC/1973. O cumprimento de sentença far-se-á a requerimento do exequente
A teor deste parágrafo primeiro, seja provisório ou definitivo, o cumprimento de sentença não poderá ser determinado de ofício, mas sempre a requerimento do exequente (no artigo 475-J do CPC revogado estava escrito: ‘a requerimento do credor’.
Confira a tabela comparativa:
O cumprimento provisório da sentença que reconhece a exigibilidade de obrigação de pagar quantia certa está disciplinado nos artigos 520 a 522 do novo CPC, enquanto o cumprimento definitivo vem disciplinado nos seus artigos 523 a 527.
É provisório quando a sentença for impugnada por recurso desprovido de efeito suspensivo e definitivo quando baseado em condenação em quantia certa, ou já fixada em liquidação, e no caso de decisão sobre parcela incontroversa.
Artigo 513, §2º e incisos I ao IV do Novo CPC. Inovações significativas – Como poderá ser intimado o devedor para cumprir a sentença
Segundo este parágrafo 2º, são estes os meios colocados à disposição do exequente para intimar o devedor a cumprir a sentença:
I – pelo Diário da Justiça, na pessoa de seu advogado constituído nos autos;
II –  por carta com aviso de recebimento, quando representado pela Defensoria Pública ou quando não tiver procurador constituído nos autos, ressalvada a hipótese do inciso IV;
III – por meio eletrônico, quando, no caso do §1º do art. 246, não tiver procurador constituído nos autos; e,
IV – por edital, quando, citado na forma do art. 256, tiver sido revel na fase de conhecimento.
Assim, a regra geral é que a intimação seja feita por meio do advogado constituído nos autos, através do Diário da Justiça, tal como já era previsto no sistema anterior.
Artigo 513, §3º do Novo CPC. Inovação significativa – Quando se considera realizada a intimação na hipótese do §2º, incs. II e III, caso o devedor tenha mudado de endereço sem prévia comunicação ao juízo
É a presunção da intimação. Tal presunção encontra previsão no artigo 77, inciso V do CPC/2015, sendo uma extensão do dever de boa-fé (artigo 5º).
E mais, todos os sujeitos do processo devem colaborar com a administração da Justiça para que se obtenha, em tempo razoável, decisão de mérito justa e efetiva (artigo 6º), aí incluído, também, o seu cumprimento.
Conforme o artigo 274, parágrafo único do novo CPC, que trata das intimações, presumem-se válidas as intimações dirigidas ao endereço constante dos autos, ainda que não recebidas pessoalmente pelo interessado, se a modificação temporária ou definitiva não tiver sido devidamente comunicada ao juízo, fluindo os prazos a partir da juntada aos autos do comprovante de entrega da correspondência no primitivo endereço.
O legislador, em perfeita sintonia com esse dispositivo legal, consignou neste inédito parágrafo 3º que, na hipótese dos incisos II e III do parágrafo 2º (intimação do devedor por carta com aviso de recebimento e intimação do devedor por meio eletrônico), considera-se realizada a intimação quando o devedor houver mudado de endereço sem prévia comunicação ao juízo.
Artigo 513, §4º do Novo CPC. Inovação significativa– Como deverá ser feita a intimação do devedor quando o requerimento de cumprimento de sentença for formulado após um ano do trânsito em julgado da sentença
Quis o legislador punir aquele que atrasa o início do cumprimento de sentença.
Nesse caso, quando o requerimento de cumprimento de sentença for formulado após um ano do trânsito em julgado da sentença, a intimação deverá ser feita na pessoa do devedor, por meio de carta com aviso de recebimento encaminhada ao endereço constante dos autos, observado o disposto no parágrafo único do artigo 274 e no parágrafo terceiro deste artigo, ou seja, também nesta hipótese persiste a presunção de intimação.
Artigo 513, §5º do Novo CPC. Inovação significativa – Contra quem o cumprimento de sentença não poderá ser promovido
O cumprimento de sentença não poderá ser promovido, conforme a inédita redação deste parágrafo quinto, em face do fiador, do coobrigado ou do corresponsável que não tiver participado da fase de conhecimento.
A inovação codifica o enunciado da súmula 268 do Superior Tribunal de Justiça, assim redigida: “O fiador que não integrou a relação processual na ação de despejo não responde pela execução do julgado“.
Contudo, como o artigo 513, ‘caput’, manda aplicar as disposições do Livro II da Parte Especial deste Código (Do Processo de Execução), o cumprimento de sentença pode ser promovido contra o espólio, os herdeiros ou os sucessores do devedor, bem como contra o novo devedor que assumir, com o consentimento do credor, a obrigação resultante de título executivo (artigo 779, incisos II e III do CPC/2015), ainda que não tiverem participado efetivamente da fase de conhecimento.
Artigo 514 do Novo CPC. Sentido idêntico ao do artigo 572 do CPC/1973 – Relação jurídica sujeita a condição ou a termo e o cumprimento de sentença
O cumprimento de sentença, quando o Juiz decidir relação jurídica sujeita a condição ou termo, continuará dependendo de demonstração de que se realizou a condição ou de que ocorreu o termo.
O legislador realizou um pequeno ajuste neste dispositivo legal, substituindo a frase ‘o credor não poderá executar a sentença sem provar‘ por ‘o cumprimento de sentença dependerá de demonstração‘, mantendo, contudo, o mesmo sentido da redação revogada, conforme se observa da tabela comparativa:
Destacamos, também, que é nula a execução se for instaurada antes de se verificar a condição ou de decorrer o termo, conforme expressamente dispõe o artigo 803, inciso III, do CPC/2015.
Artigo 515, ‘caput’ e incisos I ao IX do Novo CPC. Sentido idêntico ao do artigo 475-N, ‘caput’ e incisos I ao VII do CPC/1973 – Quais são os títulos executivos judiciais suscetíveis de serem cumpridos de acordo com os artigos previstos neste Título
São títulos executivos judiciais, cujo cumprimento dar-se-á de acordo com os artigos previstos neste Título II (Do cumprimento de sentença), segundo estabelece este artigo 515 e seus respectivos incisos I ao IX:
Você também deveria ler:  Cumprimento de sentença: mudanças trazidas pelo Novo CPC (Parte 5)
I – as decisões proferidas no processo civil que reconheçam a exigibilidade de obrigação de pagar quantia, de fazer, de não fazer ou de entregar coisa
Com a novel legislação, passou-se a considerar como título executivo judicial toda e qualquer ‘decisão’ que reconheça a exigibilidade de obrigação de pagar quantia, de fazer, de não fazer ou de entregar coisa. Houve, portanto, alteração na redação da lei revogada, que antes disciplinava que seria título judicial somente a ‘sentença’ que reconhecesse a existência de obrigação de fazer, não fazer, entregar coisa ou pagar quantia. Ao alterar o termo ‘sentença’ por ‘decisão’, o novo CPC concede às decisões interlocutórias a característica de título executivo. Além disso, ao alterar ‘reconheça a existência’ por ‘reconheçam a exigibilidade’ da obrigação, a nova legislação parece por fim ao acalorado debate doutrinário-jurisprudencial acerca da possibilidade ou não de se dar eficácia executiva às sentenças declaratórias.
II – a decisão homologatória de autocomposição judicial
A solução consensual dos conflitos passa a ser uma norma fundamental do processo civil (artigo 3º, parágrafo 2º, do CPC/2015). E a promoção da autocomposição, além de ser uma das incumbências do juiz na direção do processo (artigo 139, inciso V do CPC/2015), deverá ser sempre estimulada, tanto que de acordo com o artigo 165, ‘caput’, do novo CPC, os tribunais deverão criar centros judiciários de solução consensual de conflitos, responsáveis pela realização de sessões e audiências de conciliação e mediação e pelo desenvolvimento de programas destinados a auxiliar, orientar e estimular a autocomposição. Na ‘autocomposição’, as partes dirimem o conflito em que se encontram, através de suas próprias vontades (sendo possível a intervenção de terceiros – conciliador ou mediador), podendo se dar de três formas: desistência, submissão e transação.
Passa, portanto, a ser considerado título executivo judicial a decisão que homologa autocomposição entre as partes. Embora este artigo fale em ‘decisão’, a autocomposição obtida, segundo o disposto no artigo 334, parágrafo 11, deverá ser reduzida a termo e homologada por ‘sentença’, o que é confirmado pelo artigo 487, do novo CPC, segundo o qual há resolução de mérito quando o juiz homologa o reconhecimento da procedência do pedido formulado na ação ou reconvenção; a transação; e a renúncia à pretensão formulada na ação ou reconvenção. Assim, a sentença que homologa a autocomposição judicial enseja o seu cumprimento na forma do artigo 513 e seguintes, perante o juízo que a homologou (artigo 516, incisoII do novo CPC).
III – a decisão homologatória de autocomposição extrajudicial de qualquer natureza
Segundo o artigo 840 do Código Civil, é lícito aos interessados ‘prevenirem’ ou terminarem o litígio mediante concessões mútuas, só quanto a direitos patrimoniais de caráter privado (artigo 841 do Código Civil). A ‘autocomposição’ realizada extrajudicialmente poderá ser levada a juízo para, homologada, receber a roupagem de título executivo judicial. Diferentemente do inciso anterior, aqui o litígio ainda não está sob o crivo do Poder Judiciário.
A autocomposição ocorre antes de qualquer debate judicial, e o pedido de homologação judicial será processado na forma do procedimento de jurisdição voluntária (artigo 725, inciso VIII do novo CPC). Conclui-se, daí, que o antigo debate doutrinário-jurisprudencial acerca da falta de interesse de agir na mera homologação judicial de vontades entre particulares não encontra mais respaldo jurídico. Mesmo inexistindo processo em curso, o Poder Judiciário não se pode furtar a homologar composição extrajudicial de qualquer natureza, observado, por certo, as regras de direito material (artigos 840 a 850 do Código Civil).
IV – o formal e a certidão de partilha, exclusivamente em relação ao inventariante, aos herdeiros e aos sucessores a título singular ou universal
Transitada em julgado a sentença de partilha, considera-se concluído o inventário, momento em que é expedido o formal de partilha (artigo 655 do CPC/2015), ou, se o quinhão hereditário não for superior a cinco vezes o salário mínimo, expede-se a certidão de pagamento (artigo 655, parágrafo único do Novo CPC). Ambos são considerados títulos executivos judiciais, se neles houver o reconhecimento do dever de pagar quantia, e tem alcance limitado aos herdeiros, sucessores a título singular ou universal, e inventariante. Ressalta-se, por fim, que a presente norma não atinge os inventários realizados extrajudicialmente, que independem de intervenção judicial (artigo 610, parágrafo 1º do CPC/2015).
V – o crédito de auxiliar da Justiça, quando as custas, emolumentos ou honorários tiverem sido aprovados por decisão judicial (inovação significativa)
Agora, também é considerado título executivo judicial o crédito de ‘auxiliar da justiça’ definido em decisão judicial. Pelo sistema anterior, tratava-se de título executivo extrajudicial (artigo 585, inciso VI do CPC/1973).Além disso, a lei revogada limitava a roupagem de título executivo aos créditos dos serventuários de justiça, peritos, intérpretes e tradutores. Segundo o novo CPC, são auxiliares da justiça, além de outros cujas atribuições sejam determinadas pelas normas de organização judiciária, o escrivão, o chefe de secretaria, o oficial de justiça, o perito, o depositário, o administrador, o intérprete, o tradutor, o mediador, o conciliador judicial, o partidor, o distribuidor, o contabilista e o regulador de avarias (artigo 149 do CPC).
VI – a sentença penal condenatória transitada em julgado
Pelo sistema processual brasileiro, nos termos do artigo 515, inciso VI do Novo CPC, a sentença penal condenatória transitada em julgado constitui título executivo judicial, ou seja, a existência de tal sentença afasta a necessidade de discussão da matéria em processo de conhecimento para ressarcimento do dano sofrido. Figurará como executado apenas o réu condenado no processo penal (artigo 779, inciso I do Novo CPC); logo, existindo terceiros que podem ser responsabilizados civilmente pelo ato, deverão ser demandados em processo de conhecimento distinto.
Observe que o juiz, ao proferir sentença penal condenatória, poderá fixar um valor mínimo para reparação dos danos causados pela infração, considerando os prejuízos sofridos pelo ofendido (artigo 387, inciso IV do CPP). Neste caso, poderá ser requerido o cumprimento de sentença para a cobrança do valor fixado no juízo penal (artigo 523 e seguintes do CPC/2015), mas nada impede que o ofendido busque, em liquidação de sentença no juízo cível, o valor que entenda como devido pelos danos causados pela infração (artigo 509 e seguintes do Novo CPC).
VII – a sentença arbitral
A novel legislação continua conferindo à sentença arbitral (Lei Federal n. 9.307/96) a característica de título executivo judicial. O seu cumprimento deverá observar os requisitos do artigo 798 do novo CPC, por meio de petição inicial, perante o juízo cível competente (artigo 516, inciso III do novo CPC), mas o procedimento a ser observado dependerá do tipo de obrigação que deverá ser cumprida (artigos 513 ao 538 do CPC/2015). Em sua defesa, o devedor poderá alegar, além das matérias constantes do artigo 525, parágrafo 1º do novo CPC, a própria nulidade da sentença arbitral, conforme dispõem os artigos 32 e 33 da Lei Federal n. 9.307/96, observando para esta última hipótese, o prazo de noventa dias (artigo 33, parágrafo 1º, da Lei Federal n. 9.307/96).
VIII – a sentença estrangeira homologada pelo Superior Tribunal de Justiça
Constitui título executivo judicial a sentença estrangeira que, observado o procedimento previsto na Resolução 9/2005/STJ, foi homologada pelo Superior Tribunal de Justiça (artigo 105, inciso I, alínea i, Constituição Federal). Nos termos do artigo 109, inciso X, da Constituição Federal e do artigo 965 do novo CPC, o cumprimento de sentença estrangeira far-se-á perante o juízo federal competente;
IX – a decisão interlocutória estrangeira, após a concessão do ‘exequatur’ à carta rogatória pelo Superior Tribunal de Justiça (inovação significativa)
As decisões interlocutórias estrangeiras encaminhadas para serem cumpridas no Brasil serão consideradas título executivo judicial, depois de homologadas pelo Superior Tribunal de Justiça, observado o procedimento constante no artigo 960 e seguintes do novo CPC.
Artigo 515, §1º do Novo CPC. Sentido idêntico ao do artigo 475-N, §único do CPC/1973 – Quais são as hipóteses em que o devedor será citado no juízo cível para o cumprimento ou para liquidação de sentença.
O devedor será citado no juízo cível para o cumprimento de sentença ou para a liquidação no prazo de quinze dias, segundo estabelece este parágrafo primeiro, nos casos dos incisos VI a IX, quais sejam:
VI – a sentença penal condenatória transitada em julgado;
VII – a sentença arbitral;
VIII – a sentença estrangeira homologada pelo Superior Tribunal de Justiça; e,
IX – a decisão interlocutória estrangeira, após a concessão do ‘exequatur’ à carta rogatória pelo Superior Tribunal de Justiça.
Perceba que neste parágrafo 1º, a exceção diz respeito a títulos judiciais que não se formaram no juízo cível. 
Artigo 515, §2º do Novo CPC. Correspondência parcial com o artigo 475-N, inciso III do CPC/1973 – O que pode envolver e versar a autocomposição judicial
Este parágrafo segundo complementa o inciso II do ‘caput’ deste artigo, autorizando que a autocomposição judicial possa envolver sujeito estranho ao processo e versar sobre relação jurídica que não tenha sido deduzida em juízo.
DO CUMPRIMENTO PROVISÓRIO DA SENTENÇA QUE RECONHECE A EXIGIBILIDADE DE OBRIGAÇÃO DE PAGAR QUANTIA CERTA
Art. 520.  O cumprimento provisório da sentença impugnada por recurso desprovido de efeito suspensivo será realizado da mesma forma que o cumprimento definitivo, sujeitando-se ao seguinte regime:
I - corre por iniciativa e responsabilidade do exequente, que se obriga, se a sentença for reformada, a reparar os danos que o executado haja sofrido;
II - fica sem efeito, sobrevindo decisão que modifique ou anule a sentença objeto da execução, restituindo-se as partes ao estado anterior e liquidando-se eventuais prejuízos nos mesmos autos;
III - se a sentença objeto de cumprimento provisório for modificada ou anulada apenas em parte, somente nesta ficará sem efeito a execução;
IV - o levantamento de depósito em dinheiro e a prática de atos que importem transferência de posse ou alienação de propriedade ou de outro direito real, ou dos quais possa resultar grave dano ao executado, dependem de caução suficiente e idônea, arbitrada de plano pelo juiz e prestada nos próprios autos.
DO CUMPRIMENTO DEFINITIVO DA SENTENÇA QUE RECONHECE A EXIGIBILIDADE DE OBRIGAÇÃO DE PAGAR QUANTIA CERTA
Art. 523.  No caso de condenação em quantia certa, ou já fixada em liquidação, e no caso de decisão sobre parcela incontroversa, o cumprimento definitivo da sentença far-se-á a requerimento do exequente, sendo o executado intimado para pagar o débito, no prazo de 15 (quinze) dias, acrescido de custas, se houver. Não ocorrendo pagamento voluntário no prazo do caput, o débito será acrescido de multa de dez por cento e, também, de honorários de advogado de dez por cento.
Art. 524.  O requerimento previsto no art. 523 será instruído com demonstrativo discriminado e atualizado do crédito, devendo a petição conter:
I - o nome completo, o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica do exequente e do executado, observado o disposto no art. 319, §§ 1o a 3o;
II - o índice de correção monetária adotado;
III - os juros aplicados e as respectivas taxas;
IV - o termo inicial e o termo final dos juros e da correção monetária utilizados;
V - a periodicidade da capitalização dos juros, se for o caso;
VI - especificação dos eventuais descontos obrigatórios realizados;
VII - indicação dos bens passíveis de penhora, sempre que possível.
Art. 525.  Transcorrido o prazo previsto no art. 523 sem o pagamento voluntário, inicia-se o prazo de 15 (quinze) dias para que o executado, independentemente de penhora ou nova intimação, apresente, nos próprios autos, sua impugnação.
§ 1o Na impugnação, o executado poderá alegar:
I - falta ou nulidade da citação se, na fase de conhecimento, o processo correu à revelia;
II - ilegitimidade de parte;
III - inexequibilidade do título ou inexigibilidade da obrigação;
IV - penhora incorreta ou avaliação errônea;
V - excesso de execução ou cumulação indevida de execuções;
VI - incompetência absoluta ou relativa do juízo da execução nos termos dos arts 146 e 148
VII - qualquer causa modificativa ou extintiva da obrigação, como pagamento, novação, compensação, transação ou prescrição, desde que supervenientes à sentença.
Art. 526.  É lícito ao réu, antes de ser intimado para o cumprimento da sentença, comparecer em juízo e oferecer em pagamento o valor que entender devido, apresentando memória discriminada do cálculo.
§ 1o O autor será ouvidono prazo de 5 (cinco) dias, podendo impugnar o valor depositado, sem prejuízo do levantamento do depósito a título de parcela incontroversa.
CAPÍTULO IV
DO CUMPRIMENTO DE SENTENÇA QUE RECONHEÇA A EXIGIBILIDADE DE OBRIGAÇÃO DE PRESTAR ALIMENTOS
Art. 528.  No cumprimento de sentença que condene ao pagamento de prestação alimentícia ou de decisão interlocutória que fixe alimentos, o juiz, a requerimento do exequente, mandará intimar o executado pessoalmente para, em 3 (três) dias, pagar o débito, provar que o fez ou justificar a impossibilidade de efetuá-lo.
§ 3o Se o executado não pagar ou se a justificativa apresentada não for aceita, o juiz, além de mandar protestar o pronunciamento judicial na forma do § 1o, decretar-lhe-á a prisão pelo prazo de 1 (um) a 3 (três) meses.
§ 4o A prisão será cumprida em regime fechado, devendo o preso ficar separado dos presos comuns e o cumprimento da pena não exime o executado do pagamento das prestações vencidas e vincendas.Paga a prestação alimentícia, o juiz suspenderá o cumprimento da ordem de prisão.
O débito alimentar que autoriza a prisão civil do alimentante é o que compreende até as 3 (três) prestações anteriores ao ajuizamento da execução e as que se vencerem no curso do processo.
Quando o executado for funcionário público, militar, diretor ou gerente de empresa ou empregado sujeito à legislação do trabalho, o exequente poderá requerer o desconto em folha de pagamento da importância da prestação alimentícia.
Art. 530.  Não cumprida a obrigação, observar-se-á o disposto nos arts. 831 e seguintes.
Art. 531.  O disposto neste Capítulo aplica-se aos alimentos definitivos ou provisórios.
CAPÍTULO V
DO CUMPRIMENTO DE SENTENÇA QUE RECONHEÇA A EXIGIBILIDADE DE OBRIGAÇÃO DE PAGAR QUANTIA CERTA PELA FAZENDA PÚBLICA
Art. 534.  No cumprimento de sentença que impuser à Fazenda Pública o dever de pagar quantia certa, o exequente apresentará demonstrativo discriminado e atualizado do crédito contendo:
I - o nome completo e o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica do exequente;
II - o índice de correção monetária adotado;
III - os juros aplicados e as respectivas taxas;
IV - o termo inicial e o termo final dos juros e da correção monetária utilizados;
V - a periodicidade da capitalização dos juros, se for o caso;
VI - a especificação dos eventuais descontos obrigatórios realizados.
Art. 535.  A Fazenda Pública será intimada na pessoa de seu representante judicial, por carga, remessa ou meio eletrônico, para, querendo, no prazo de 30 (trinta) dias e nos próprios autos, impugnar a execução, podendo arguir:
I - falta ou nulidade da citação se, na fase de conhecimento, o processo correu à revelia;
II - ilegitimidade de parte;
III - inexequibilidade do título ou inexigibilidade da obrigação;
IV - excesso de execução ou cumulação indevida de execuções;
V - incompetência absoluta ou relativa do juízo da execução;
VI - qualquer causa modificativa ou extintiva da obrigação, como pagamento, novação, compensação, transação ou prescrição, desde que supervenientes ao trânsito em julgado da sentença.
 Não impugnada a execução ou rejeitadas as arguições da executada:
I - expedir-se-á, por intermédio do presidente do tribunal competente, precatório em favor do exequente, observando-se o disposto na Constituição Federal;
II - por ordem do juiz, dirigida à autoridade na pessoa de quem o ente público foi citado para o processo, o pagamento de obrigação de pequeno valor será realizado no prazo de 2 (dois) meses contado da entrega da requisição, mediante depósito na agência de banco oficial mais próxima da residência do exequente.
CAPÍTULO VI
DO CUMPRIMENTO DE SENTENÇA QUE RECONHEÇA A EXIGIBILIDADE DE OBRIGAÇÃO DE FAZER, DE NÃO FAZER OU DE ENTREGAR COISA
Art. 536.  No cumprimento de sentença que reconheça a exigibilidade de obrigação de fazer ou de não fazer, o juiz poderá, de ofício ou a requerimento, para a efetivação da tutela específica ou a obtenção de tutela pelo resultado prático equivalente, determinar as medidas necessárias à satisfação do exequente.
§ 1o Para atender ao disposto no caput, o juiz poderá determinar, entre outras medidas, a imposição de multa, a busca e apreensão, a remoção de pessoas e coisas, o desfazimento de obras e o impedimento de atividade nociva, podendo, caso necessário, requisitar o auxílio de força policial.
§ 2o O mandado de busca e apreensão de pessoas e coisas será cumprido por 2 (dois) oficiais de justiça, observando-se o disposto no art. 846, §§ 1o a 4o, se houver necessidade de arrombamento.
Seção II
Do Cumprimento de Sentença que Reconheça a Exigibilidade de Obrigação de Entregar Coisa
Art. 538.  Não cumprida a obrigação de entregar coisa no prazo estabelecido na sentença, será expedido mandado de busca e apreensão ou de imissão na posse em favor do credor, conforme se tratar de coisa móvel ou imóvel.
§ 1o A existência de benfeitorias deve ser alegada na fase de conhecimento, em contestação, de forma discriminada e com atribuição, sempre que possível e justificadamente, do respectivo valor.
§ 2o O direito de retenção por benfeitorias deve ser exercido na contestação, na fase de conhecimento.
§ 3o Aplicam-se ao procedimento previsto neste artigo, no que couber, as disposições sobre o cumprimento de obrigação de fazer ou de não fazer.

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