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1 AULA 18 SISTEMAS DE PARTÍCULAS Até aqui nos concentramos em estudar o movimento de partículas individuais. Agora vamos caracterizar o movimento de sistemas compostos de duas ou mais partículas. Por exemplo: O que acontece se a mulher caminha sobre a jangada, em direção ao cais? AULA 18 – SISTEMAS DE PARTÍCULAS 2 Centro de Massa (CM): O centro de massa de um sistema é um ponto imaginário que pode ser usado para representar e analisar o movimento de todo o sistema. O centro de massa se move como se toda a massa do sistema estivesse concentrada nele e todas as forças externas ao sistema estivessem sendo aplicadas nele. Obs: o centro de massa não precisa estar no centro geométrico de um objeto – assim como não precisa necessariamente haver massa real no ponto do centro de massa. AULA 18 – SISTEMAS DE PARTÍCULAS 3 CM de um sistema discreto: Sistema discreto é possível identificar facilmente o número de partículas que compõem o sistema y (m) x (m)0 𝒎𝟏 𝒎𝟐 A posição do CM é dada pela média das posições das partículas ponderadas pelas suas massas 𝒙𝑪𝑴 = 𝒙𝟏 ∙ 𝒎𝟏 + 𝒙𝟐 ∙ 𝒎𝟐 𝒎𝟏 +𝒎𝟐 𝒚𝑪𝑴 = 𝒚𝟏 ∙ 𝒎𝟏 + 𝒚𝟐 ∙ 𝒎𝟐 𝒎𝟏 +𝒎𝟐 AULA 18 – SISTEMAS DE PARTÍCULAS 4 Exemplo: y (m) x (m)0 𝒎𝟏 𝒎𝟐 𝒎𝟏 = 𝟐, 𝟎 kg 𝒙𝟏 = −𝟐, 𝟎 m 𝒚𝟏 = −𝟏, 𝟎 m 𝒎𝟐 = 𝟒, 𝟎 kg 𝒙𝟐 = 𝟒, 𝟎 m 𝒚𝟐 = 𝟑, 𝟎 m 𝒙𝑪𝑴 = −𝟐 ∙ 𝟐 + 𝟒 ∙ 𝟒 𝟐 + 𝟒 𝒙𝑪𝑴 = 𝟐, 𝟎 m 𝒚𝑪𝑴 = −𝟏 ∙ 𝟐 + 𝟑 ∙ 𝟒 𝟐 + 𝟒 𝒚𝑪𝑴 = 𝟏, 𝟕 m 𝑪𝑴 AULA 18 – SISTEMAS DE PARTÍCULAS 5 Generalizando para n partículas: 𝒙𝑪𝑴 = 𝒙𝟏 ∙ 𝒎𝟏 + 𝒙𝟐 ∙ 𝒎𝟐 + 𝒙𝟑 ∙ 𝒎𝟑 +⋯+ 𝒙𝒏 ∙ 𝒎𝒏 𝒎𝟏 +𝒎𝟐 +𝒎𝟑 +⋯+𝒎𝒏 𝒙𝑪𝑴 = 𝟏 𝑴 ∙ 𝒊=𝟏 𝒏 𝒎𝒊 ∙ 𝒙𝒊 M = massa total do sistema 𝒚𝑪𝑴 = 𝟏 𝑴 ∙ 𝒊=𝟏 𝒏 𝒎𝒊 ∙ 𝒚𝒊 AULA 18 – SISTEMAS DE PARTÍCULAS 6 Generalizando para 3 dimensões: 𝒓𝑪𝑴 = 𝒙𝑪𝑴 ∙ Ƹ𝒊 + 𝒚𝑪𝑴 ∙ Ƹ𝒋 + 𝒛𝑪𝑴 ∙ 𝒌 𝒙𝑪𝑴 = 𝟏 𝑴 ∙ 𝒊=𝟏 𝒏 𝒎𝒊 ∙ 𝒙𝒊 𝒚𝑪𝑴 = 𝟏 𝑴 ∙ 𝒊=𝟏 𝒏 𝒎𝒊 ∙ 𝒚𝒊 𝒛𝑪𝑴 = 𝟏 𝑴 ∙ 𝒊=𝟏 𝒏 𝒎𝒊 ∙ 𝒛𝒊 x y z መi መj k 𝒓𝑪𝑴 Vetor posição do C.M. AULA 18 – SISTEMAS DE PARTÍCULAS 7 Velocidade do centro de massa: 𝒗𝑪𝑴 = 𝒅𝒓𝑪𝑴 𝒅𝒕 = 𝒅𝒙𝑪𝑴 𝒅𝒕 ∙ Ƹ𝒊 + 𝒅𝒚𝑪𝑴 𝒅𝒕 ∙ Ƹ𝒋 + 𝒅𝒛𝑪𝑴 𝒅𝒕 ∙ 𝒌 Lembrando que velocidade é taxa de variação da posição em função do tempo... 𝒗𝑪𝑴 = 𝒗𝑪𝑴𝒙 ∙ Ƹ𝒊 + 𝒗𝑪𝑴𝒚 ∙ Ƹ𝒋 + 𝒗𝑪𝑴𝒛 ∙ 𝒌 𝒗𝑪𝑴𝒙 = 𝟏 𝑴 ∙ 𝒊=𝟏 𝒏 𝒎𝒊 ∙ 𝒗𝒙𝒊 𝒗𝑪𝑴𝒚 = 𝟏 𝑴 ∙ 𝒊=𝟏 𝒏 𝒎𝒊 ∙ 𝒗𝒚𝒊 𝒗𝑪𝑴𝒛 = 𝟏 𝑴 ∙ 𝒊=𝟏 𝒏 𝒎𝒊 ∙ 𝒗𝒛𝒊 AULA 18 – SISTEMAS DE PARTÍCULAS 8 Aceleração do centro de massa: 𝒂𝑪𝑴 = 𝒅𝒗𝑪𝑴 𝒅𝒕 = 𝒅𝒗𝑪𝑴𝒙 𝒅𝒕 ∙ Ƹ𝒊 + 𝒅𝒗𝑪𝑴𝒚 𝒅𝒕 ∙ Ƹ𝒋 + 𝒅𝒗𝑪𝑴𝒛 𝒅𝒕 ∙ 𝒌 Lembrando que aceleração é taxa de variação da velocidade em função do tempo... 𝒂𝑪𝑴 = 𝒂𝑪𝑴𝒙 ∙ Ƹ𝒊 + 𝒂𝑪𝑴𝒚 ∙ Ƹ𝒋 + 𝒂𝑪𝑴𝒛 ∙ 𝒌 𝒂𝑪𝑴𝒙 = 𝟏 𝑴 ∙ 𝒊=𝟏 𝒏 𝒎𝒊 ∙ 𝒂𝒙𝒊 𝒂𝑪𝑴𝒚 = 𝟏 𝑴 ∙ 𝒊=𝟏 𝒏 𝒎𝒊 ∙ 𝒂𝒚𝒊 𝒂𝑪𝑴𝒛 = 𝟏 𝑴 ∙ 𝒊=𝟏 𝒏 𝒎𝒊 ∙ 𝒂𝒛𝒊 AULA 18 – SISTEMAS DE PARTÍCULAS 9 CM de um sistema contínuo: Sistema contínuo NÃO é possível identificar facilmente o número de partículas que compõem o sistema. Exemplo: corpos extensos Corpo composto de um número muito grande de partículas aproximamos cada partícula como um elemento de massa infinitesimal Dm ∆𝒎 𝒙𝑪𝑴 = 𝟏 𝑴 ∙ 𝒊=𝟏 𝒏 ∆𝒎𝒊 ∙ 𝒙𝒊 𝒙𝑪𝑴 = lim ∆𝒎→𝟎 𝟏 𝑴 ∙ 𝒊=𝟏 𝒏 ∆𝒎𝒊 ∙ 𝒙𝒊 AULA 18 – SISTEMAS DE PARTÍCULAS 10 𝒙𝑪𝑴 = 𝟏 𝑴 ∙ න𝒙 ∙ 𝒅𝒎 𝒚𝑪𝑴 = 𝟏 𝑴 ∙ න𝒚 ∙ 𝒅𝒎 𝒛𝑪𝑴 = 𝟏 𝑴 ∙ න𝒛 ∙ 𝒅𝒎 É difícil avaliar a massa de um objeto só pela sua forma, sendo mais fácil avaliar seu volume baseado em sua forma AULA 18 – SISTEMAS DE PARTÍCULAS 11 𝑴 = ⋯? 𝑽 = 𝟒 𝟑 𝝅𝑹𝟑 Se o objeto é uniforme (sua massa está igualmente distribuída sobre seu volume), podemos relacionar a massa e o volume através da densidade do objeto, que será constante Cada elemento dm pode pertencer a um fio, uma superfície ou um volume: l = densidade linear de massa 𝒅𝒎 = 𝝀 ∙ 𝒅𝒍 𝝈 ∙ 𝒅𝑨 𝝆 ∙ 𝒅𝑽 s = densidade superficial de massa r = densidade volumétrica de massa 𝒅𝒎 = 𝝆 ∙ 𝒅𝑽 𝝆 = 𝑴 𝑽 𝒅𝒎 = 𝑴 𝑽 ∙ 𝒅𝑽 AULA 18 – SISTEMAS DE PARTÍCULAS 12 𝒙𝑪𝑴 = 𝟏 𝑴 ∙ න𝒙 ∙ 𝑴 𝑽 ∙ 𝒅𝑽 𝒙𝑪𝑴 = 𝟏 𝑽 ∙ න𝒙 ∙ 𝒅𝑽 𝒚𝑪𝑴 = 𝟏 𝑴 ∙ න𝒚 ∙ 𝑴 𝑽 ∙ 𝒅𝑽 𝒚𝑪𝑴 = 𝟏 𝑽 ∙ න𝒚 ∙ 𝒅𝑽 𝒛𝑪𝑴 = 𝟏 𝑴 ∙ න𝒛 ∙ 𝑴 𝑽 ∙ 𝒅𝑽 𝒛𝑪𝑴 = 𝟏 𝑽 ∙ න𝒛 ∙ 𝒅𝑽 AULA 18 – SISTEMAS DE PARTÍCULAS 13 Vamos calcular integrais triplas! CM Ponto de simetria Na verdade vamos usar argumentos de simetria... Se um corpo possui um ponto, uma linha ou um plano de simetria, o CM situa-se nesse ponto, linha ou plano Disco homogêneo Pneu CM Linhas de simetria Nem sempre o ponto de simetria está “no meio” do corpo... = C.M. Tijolo Plano de simetria AULA 18 – SISTEMAS DE PARTÍCULAS 14
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