Buscar

Ciencias Empresariais, Antonio Sousa

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 80 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 80 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 9, do total de 80 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

1
1.O que é uma Organização
 1.Inserção da organização no meio Socioeconómico 
 em que actua
Segundo a dupla perspectiva Segundo a dupla perspectiva 
 2.Composição interna 
1.
Thompson (1967) “Entidades que surgem para operar tecnologias que são 
impossíveis ou inviáveis de serem utilizadas por indivíduos ou por outras 
organizações”
“As Organizações surgem para desempenhar uma função que é sentida como 
necessária por outros agentes do meio ambiente”
ESGT
INTROD. Á GESTÃO
Sousa, António de. Introdução à Gestão: Uma Abordagem Sistémica, Editorial Verbo, Lisboa. 
2
“Organização, para existir (nascer e desenvolver-se), necessita de motivar os 
agentes – indivíduos e organizações – que, externa e internamente, vão 
constituir a sua fonte de actividade e dar a esta um objectivo útil”
Organigrama: O que é?Organigrama: O que é?
Pode-se entender como uma simples representação esquemática da estrutura, ou 
então a descrição detalhada de todos os órgãos da empresa e dos laços que 
existem entre si. 
ESGT
INTROD. Á GESTÃO
2. 
“Organização é como um grupo social em que existe uma divisão funcional de 
trabalho e que visa atingir através da sua actuação determinados objectivos, e 
cujos membros são, eles próprios, indivíduos intencionalmente coprodutores 
desses objectivos e, concomitantemente, possuidores de objectivos próprios”
Sousa, António de. Introdução à Gestão: Uma Abordagem Sistémica, Editorial Verbo, Lisboa. 
3
As principais razões da sua importância são:
- Tudo se encontra ordenado. A ordem é um factor essencial de um bom clima da 
empresa e de um bom rendimento;
- O chefe da empresa e cada um dos elementos dos quadros têm conhecimento da 
empresa e do seu próprio sector de acção;
- Evita-se a diluição das responsabilidades que é a mais grave doença de uma empresa;
- Eliminam-se sistematicamente as sobrecargas, as acumulações e os novos lugares a 
criar;
- Aviltam-se os conflitos de competência e de autoridade;
- Em caso de ausência do titular, as tarefas são automaticamente distribuídas;
- Procede-se rapidamente à formação de um novo elemento;
ESGT
INTROD. Á GESTÃO
Para a elaboração do organigrama é necessário:
- Preparação ou análise estrutural
- Ordenação dos trabalhos ou organigrama de trabalho
- Esquema da estrutura
Sousa, António de. Introdução à Gestão: Uma Abordagem Sistémica, Editorial Verbo, Lisboa. 
4
1.1. A evolução histórica da teoria das Organizações
1.1.1. Teorias Clássicas (final anos 30)
1.1.2. Abordagem Comportamentalista (décadas de 50 a 70)
1.1.3. Abordagens Pragmáticas (décadas de 50 a 70)
1.1.4. Tendências de evolução do pensamento conceptual 
sobre as organizações 
ESGT
INTROD. Á GESTÃO
Sousa, António de. Introdução à Gestão: Uma Abordagem Sistémica, Editorial Verbo, Lisboa. 
5
1.1.1. Teorias Clássicas (final anos 30)
- O fenómeno da grande organização é inovador e relativamente escasso;
- As tecnologias de produção são incipientes;
- O alargamento dos mercados começa a ter um enorme impacto;
- Descoberta das regras ideais de funcionamento;
- Organização como sistema fechado, tecnologicamente centrado e cujo 
objectivo único é a procura de eficiência vista como função da optimização do 
sistema técnico;
- O indivíduo deve adaptar-se á «máquina» devendo plastificá-la de forma a 
poder, com automatismo, complementá-la e contribuir decisivamente para a 
optimização do sistema técnico;
ESGT
INTROD. Á GESTÃO
Sousa, António de. Introdução à Gestão: Uma Abordagem Sistémica, Editorial Verbo, Lisboa. 
6
1.1.1.1. Administração Cientifica (Taylor)
Conceito fundamental do Taylorismo “One and only best way” – há uma e uma única 
maneira de melhor executar qualquer tarefa.
Taylor parte também para o método, que designa por “estudos de tempos e 
movimentos”, de forma a maximizar o output produzido por empregado;
Taylor propõe que todas as tarefas, mesmo as de supervisão (gestão de nível 
inferior), sejam o mais simples possível – Organização Funcional do Trabalho;
Tenta-se pois, a completa atomização e especialização do trabalho – Travail en 
miettes;
 Taylor acaba por se debruçar apenas sobre o nível operacional, fabril das organizações 
pois, para ele, a coordenação interna e o relacionamento com o exterior são 
dispensáveis;
Exemplo: Ford Motor Company, nos anos 10 e 20
“A empresa deseja fornecer aos seus clientes o automóvel que eles pretendem 
desde que fosse um Ford modelo T de cor preta”
ESGT
INTROD. Á GESTÃO
Sousa, António de. Introdução à Gestão: Uma Abordagem Sistémica, Editorial Verbo, Lisboa. 
7
1.1.1.2. Escola Anatómico-Descritiva (Fayol)
 Preocupa-se fundamentalmente com a análise da estrutura hierárquica das 
organizações pondo o acento na linha de comando na qual dependeria todo o 
bom funcionamento organizacional; 
 O seu grande contributo será explicitar quais as funções que caracterizam o 
papel do gestor na organização: Prever, Organizar, Comandar, Coordenar e 
Controlar;
 Para Fayol a dependência do subordinado face ao superior hierárquico é 
também total e não pessoal;
Fayol  Taylor
Homem-Servo Homem-Máquina
ESGT
INTROD. Á GESTÃO
Sousa, António de. Introdução à Gestão: Uma Abordagem Sistémica, Editorial Verbo, Lisboa. 
8
1.1.1.3. Modelo Burocrático da Organização (Weber)
 Vai aplicar ás organizações o seu método de análise que consiste na definição 
de um modelo puro de organização;
 Apresenta um conceito de organização em que, uma vez definidos os seus 
objectivos e actividades, é possível formular um sistema de regras e de papéis a 
serem desempenhados pelos indivíduos;
 Mais uma vez se presume um sistema fechado, imutável face a um exterior 
que se supõe ser possível de prever e caracterizar na integra;
ESGT
INTROD. Á GESTÃO
Sousa, António de. Introdução à Gestão: Uma Abordagem Sistémica, Editorial Verbo, Lisboa. 
9
1.1.2. Abordagem Comportamentalista (décadas de 50 a 70)
- Surgem como contraponto, e em oposição directa, ás abordagens clássicas;
- “O Homem, o indivíduo na organização, tem de ser o ponto de partida e chegada 
de qualquer análise ou normativo do funcionamento organizacional”;
- Este desvio do foco de análise técnico-produtivo para o sistema social, que 
efectivamente qualquer organização intrinsecamente é, veio abrir um conjunto de 
novas perspectivas quanto ao funcionamento das organizações;
- O homem é visto não meramente como um elemento interno da organização mas 
como um todo – um ser humano, com os seus objectivos e inserção sociais 
próprios, os quais não abandona “à entrada da empresa”;
- A motivação do comportamento e o relacionamento interpessoal passam a ser 
considerados como a verdadeira chave da eficiência produtiva;
ESGT
INTROD. Á GESTÃO
Sousa, António de. Introdução à Gestão: Uma Abordagem Sistémica, Editorial Verbo, Lisboa. 
10
1.1.2.1. Teoria das Relações Humanas (Elton Mayo)
Trabalhos desenvolvidos por Elton Mayo, década de 20, que vieram a ser 
conhecidos por “Experiência de Hawthorne”;
Radicou o seu modelo explicativo em variáveis de carácter 
psicossociológico;
Com Mayo é que a problemática da motivação dos indivíduos na 
organização e do impacte do estilo de liderança na produtividade se tornam 
questões centrais do estudo das organizações;
Conceitos como Organização informal (Relacionamento, á margem da 
hierarquia estabelecida, que se gera espontaneamente entre indivíduos, que 
não são apenas trabalhadores mas também cidadãos com personalidades e 
motivações que ultrapassam em muito o seu papel na organização) e como 
Moral dos trabalhadores (Indicador do nível motivacional do sistema social 
interno), tornaram-se elementos fulcrais no estudo e compreensão profundo 
do funcionamento de qualquer organização; 
ESGT
INTROD. Á GESTÃO
Sousa, António de.Introdução à Gestão: Uma Abordagem Sistémica, Editorial Verbo, Lisboa. 
11
1.1.2.2. Teorias Behavouristas 
A organização continua a ser vista basicamente com um sistema fechado mas 
com uma grande dinâmica interna que lhe advém das vontades dos indivíduos e 
dos processos de inter-relação e de estruturação organizacional;
É de realçar os avanços no domínio da compreensão do processo de tomada de 
decisão e dos mecanismos de formulação interna dos consensos indispensáveis 
ao desenvolvimento da consonância entre objectivos individuais e 
organizacionais;
O homem na organização é visto como um ser criativo que deve envolver todas 
as capacidades intelectuais no processo produtivo pois, na criatividade que lhe é 
inerente, encontra-se o elemento chave do sucesso do sistema organizacional na 
prossecução dos seus objectivos;
ESGT
INTROD. Á GESTÃO
Sousa, António de. Introdução à Gestão: Uma Abordagem Sistémica, Editorial Verbo, Lisboa. 
12
1.1.2.3. Desenvolvimento Organizacional 
Esta teoria visa a mudança das organizações de forma a que estas se 
transformem em sistemas sociais que vejam a mudança como sua componente 
intrínseca; 
Começa a desenhar-se uma tendência para procurar meios de conceptualizar a 
organização com um sistema aberto face ao exterior; 
O Desenvolvimento Organizacional é fundamentalmente uma tentativa de 
operacionalizar a abordagem comportamentalista propondo um método de 
abordagem sistemático e normativo conducente a uma estruturação 
organizacional que comporta os princípios teóricos desenvolvidos (Beckardt 
(1969), Blake e Mouton (1961)); 
ESGT
INTROD. Á GESTÃO
Sousa, António de. Introdução à Gestão: Uma Abordagem Sistémica, Editorial Verbo, Lisboa. 
13
1.1.3. Abordagens Pragmáticas (décadas de 50 a 70)
- O objectivo comum é a definição de regras práticas de gestão
- A apresentação de “receitas” de boa gestão aplicáveis com uma 
universalidade mitigada, pois é frequente a apresentação de tipologias 
organizacionais e mesmo situacionais;
ESGT
INTROD. Á GESTÃO
Sousa, António de. Introdução à Gestão: Uma Abordagem Sistémica, Editorial Verbo, Lisboa. 
14
1.1.3.1. Abordagem Neoclássica
A ideia dominante nos clássicos de descoberta de regras é agora actualizada segundo 
propostas normativas que aparecem sob a forma de raciocinar sobre problemas e 
situações concretas enfrentadas pelas empresas;
A grande inovação é o acentuar da função inovação, que passa a ser apresentada 
como preponderante, isto é, traduz-se na necessidade de conceptualizar a empresa já 
não totalmente como um sistema fechado mas sim como um sistema que se tem de 
adaptar à evolução do mercado em que a empresa coloca os seus produtos;
Busca a sua inspiração nas teorias clássicas;
ESGT
INTROD. Á GESTÃO
A inovação traduz-se na capacidade de ser capaz de detectar oportunidades no 
mercado e, de seguida, ser capaz de as aproveitar activamente;
Para os neoclássicos a gestão de uma organização consiste na optimização do 
sistema interno sujeita às restrições impostas pelo mercado sendo este considerado 
como determinante. O Gestor tem por papel apreender a evolução do mercado e 
inovar nas respostas a dar ás oportunidades de forma a maximizar o lucro;
Sousa, António de. Introdução à Gestão: Uma Abordagem Sistémica, Editorial Verbo, Lisboa. 
15
1.1.3.2. Administração por Objectivos
Assenta em cinco princípios:
- Preocupação com a obtenção dos objectivos globais da empresa;
- Rendibilidade de cada área funcional (ou orgão da empresa) vista não em 
termos absolutos mas sim em termos de contribuição para os objectivos globais 
de toda a empresa;
- Avaliação objectiva dos indivíduos em função de metas preestabelecidas;
-Implementação de uma gestão planeada;
- Autocontrolo, efectuado por cada indivíduo na organização;
ESGT
INTROD. Á GESTÃO
A Administração por Objectivos constitui uma aproximação altamente coerente e 
pragmática à problemática de compatibilização entre objectivos organizacionais, 
sectoriais e individuais, constituindo um poderoso instrumento ao serviço de 
uma maior rendibilidade empresarial;
Não esquecer, as disfunções latentes, nomeadamente a perda de visão de 
conjunto por sobreestimulação dos gestores sectoriais e outra questão 
insuperável que é a de simplificação inerente à tentativa de objectividade e 
quantificação.
Sousa, António de. Introdução à Gestão: Uma Abordagem Sistémica, Editorial Verbo, Lisboa. 
16
1.1.4.Tendências de evolução do pensamento 
conceptual sobre as organizações
- Em 1967 Lawreence e Lorsch vão desenvolver o que designam por modelo 
contigencial em que o comportamento organizacional é explicado em grande parte pela 
conjuntura da envolvente, logo pondo em grande parte em causa a visão normativa, 
regulamentadora, que emana, por exemplo, dos neoclássicos;
- O corte mais radical com a tradição da teoria das organizações podemos faze-lo 
remontar ao celebre artigo de Emery e Trist (1965) em que se assume pela primeira 
vez explicita e formalizadamente a organização como um sistema aberto e cujo 
comportamento só é explicável, e logo compreensível, se analisando em conjunto com 
a sua interacção com a envolvente;
ESGT
INTROD. Á GESTÃO
Sousa, António de. Introdução à Gestão: Uma Abordagem Sistémica, Editorial Verbo, Lisboa. 
17
- Falta por outro lado quase tudo no que respeita ao estudo de 
relacionamento entre a organização e a envolvente contextual, 
sendo os poucos artigos existentes geralmente dispersos e pouco 
operacionais ou, mesmo, faltando-lhes generalidade.
- Falta ainda um maior aprofundamento das questões relacionadas 
com o funcionamento do subsistema institucional, geralmente 
remetido para uma situação de latência na maioria das obras, 
apesar do desenvolvimento que lhes é dado, por exemplo, por 
Pfeffer e Salancik (1978).
Sousa, António de. Introdução à Gestão: Uma Abordagem Sistémica, Editorial Verbo, Lisboa. 
18
1.2.Empresa – um caso particular de Organização 
1.2.1. Objectivos da Empresa
Como agente económico:
- Tem como objectivo último a maximização do lucro a longo prazo, de forma 
a manter a estabilidade de longo prazo do seu ciclo de actividade;
- É um agente económico autónomo capaz de definir com independência o 
seu vector de objectivos;
Assim, o objectivo estrutural da empresa é a combinação óptima de recursos 
(inputs) de forma a potenciar a sua capacidade de produção (output)
ESGT
INTROD. Á GESTÃO
Sousa, António de. Introdução à Gestão: Uma Abordagem Sistémica, Editorial Verbo, Lisboa. 
19
Nos quatro primeiros a empresa faz parte da procura e irá tentar obter a combinação de 
recursos mais eficiente, para o seu processo produtivo, quanto ao último, a empresa é 
parte integrante da oferta e terá de ser capaz de colocar o seu output de forma a que lhe 
seja possível manter o seu ciclo de actividade.
“A empresa deve ser encarada como uma organização, com objectivos próprios, e 
parte de um sistema social mais vasto em que se integra e em que comunica”
ESGT
INTROD. Á GESTÃO
1.2.2.Envolvente Transaccional
Jacobs (1974), propõe a tipologia que define que qualquer empresa concorre 
simultaneamente em 5 mercados:
a) Mercado de matérias-primas e componentes (mercados de inputs);
b) Mercado de bens de equipamento para o seu processo produtivo;
c) Mercado de trabalho;
d) Mercado financeira;
e) Mercado do produto final da empresa (mercado de outputs);
Sousa, António de. Introdução à Gestão: Uma Abordagem Sistémica, Editorial Verbo, Lisboa. 
20
A integração da empresa com outros sistemas
EMPREGADO CLIENTE
ESTADO
ACCIONISTAS
E
FINANCIAD.
FORNECEDORES
EMPRESA
$
$
$
$ $
BENS E SERVICOSTRABALHO
SEGURANÇA E INFRAESTRUTURAS
BENS E SERVICOS
ESGT
INTROD. Á GESTÃO
1.2.3. O papel do Gestor
“Gerir é o processo de trabalhar com eatravés dos outros a fim de atingir 
eficazmente os objectivos organizacionais usando eficientemente os recursos 
escassos num contexto em mudança”
Sousa, António de. Introdução à Gestão: Uma Abordagem Sistémica, Editorial Verbo, Lisboa. 
21
1.3. A Empresa versus o Meio Ambiente
Envolvente Contextual (Conj. das características que definem o exterior e que 
condicionam o campo das possibilidades da sua actuação, ao mesmo tempo que 
lhe concedem o essencial da sua razão de ser, ou seja, o conjunto das 
características sociais, culturais, éticas e económicas que definem o sistema 
social amplo de que a organização é uma parte).
- Multinacionais
Envolvente Transaccional (Conj. de entidades, indivíduos ou organizações que 
entram em contacto directo com essa organização geralmente através de uma 
relação de troca – transacção- que pode ser imediata troca directa entre a 
organização e uma dessas entidades, ou mediata, em que a troca entre a 
organização e essa entidade é feita através de terceiros (mediada por outras 
entidades).
 -Clientes
 -Fornecedores
1.3.1. Meio Ambiente das Organizações
ESGT
INTROD. Á GESTÃO
Sousa, António de. Introdução à Gestão: Uma Abordagem Sistémica, Editorial Verbo, Lisboa. 
22
Envolvente Contextual Organização encontra-se em dependência
Envolvente Transaccional Organização encontra-se num 
processo mutuo de influenciação
ESGT
INTROD. Á GESTÃO
Sousa, António de. Introdução à Gestão: Uma Abordagem Sistémica, Editorial Verbo, Lisboa. 
23
1.3.2. Macroestrutura Interna das Organizações
CONTEXTUAL
AMBIENTE
TRANSACCIONAL
AMBIENTE
SISTEMA
Controle/
Constrangimento
Neste sentido de necessidade imperiosa de adaptação á turbulência do meio 
envolvente, que as organizações se estruturam internamente em três grandes 
níveis, ou subsistemas:
Subsistema operacional;
Subsistema de gestão;
Subsistema institucional.
ESGT
INTROD. Á GESTÃO
Sousa, António de. Introdução à Gestão: Uma Abordagem Sistémica, Editorial Verbo, Lisboa. 
24
1.3.2.1. Subsistema operacional;
A este nível a preocupação central é a produção do output que constitui o resultado 
 da actividade da empresa: 
 - Produzir eficientemente;
- Optimizar a combinação de recursos necessários á produção de um dado output.
1.3.2.2. Subsistema de gestão;
 A este nível a preocupação central é amortecer a incerteza que advém de um 
sistema de trocas em mercado livre de concorrência, evitando que a actividade 
transformadora – a operação da tecnologia - seja afectada pela imprevisibilidade dos 
mercados;
- Definir as estratégias de actuação nos diversos mercados 
1.3.2.3. Subsistema institucional;
 A organização tem que ser fundamentalmente capaz de se aperceber da evolução, em 
grau e no tempo, do ambiente contextual e de se posicionar face ás diversas 
características (por vezes impulsionadoras em direcções divergentes) dessa envolvente.
ESGT
INTROD. Á GESTÃO
Sousa, António de. Introdução à Gestão: Uma Abordagem Sistémica, Editorial Verbo, Lisboa. 
25
1.4. A estrutura da Empresa
- A estrutura da empresa é o conjunto dos serviços e das relações orgânicas 
que existem entre eles, quer lateralmente quer verticalmente; As relações 
que aqui nos interessam são, essencialmente, as relações de informação e 
de autoridade;
- Os problemas de estrutura não se colocam nas empresas de reduzida 
dimensão;
ESGT
INTROD. Á GESTÃO
Sousa, António de. Introdução à Gestão: Uma Abordagem Sistémica, Editorial Verbo, Lisboa. 
26
1.4.1. A estrutura hierárquica linear (hierarquia directa ou 
militar, administrativa ou Fayoliana)
(Fayol) Hierarquia – “A série de chefes que vai da autoridade superior aos agentes 
subalternos”
 Vida Hierárquica – “O caminho que seguem as comunicações originadas na 
autoridade superior ou que lhe são dirigidas e que percorrem todos os graus da 
hierarquia”
“Um subordinado só recebe ordens de um chefe a quem presta contas 
pelo seu trabalho”
- Esta hierarquia segue um movimento descendente (O pequeno empresário 
individual, tendo-se aliviado das tarefas de produção, confiando-as aos operários, e 
depois, a pouco e pouco, de todas as tarefas de execução, guarda para si a actividade 
de direcção e decisão);
- A delegação pode simplesmente realizar-se pela divisão dos homens em grupos 
flexíveis ou repartindo as tarefas, agrupando-as de acordo com as suas afinidades e 
respeitando uma certa especialização;
ESGT
INTROD. Á GESTÃO
Sousa, António de. Introdução à Gestão: Uma Abordagem Sistémica, Editorial Verbo, Lisboa. 
27
1.4.1.1. Principais Tipos
1) Divisão Sem Especialização
Quando o chefe da empresa reserva para si tudo quanto não seja execução, ou 
antes, o delega globalmente, passando a constituir parte da actividade da 
empresa
ESGT
INTROD. Á GESTÃO
a) Divisão Numérica
Numa empresa de produção, o chefe da empresa tem sob as suas ordens o 
chefe da oficina que transmite as ordens ao contramestre, o qual por seu turno, 
dirige os operários.
Chefe de Oficina
Contramestre
Equipa A
Contramestre
Equipa B
Contramestre
Equipa C
Sousa, António de. Introdução à Gestão: Uma Abordagem Sistémica, Editorial Verbo, Lisboa. 
28
b) Divisão Geográfica
A empresa compreende um certo numero de fábricas idênticas, espalhadas por 
um certo território, tendo à frente dois directores de empresa que recebem parte 
das tarefas de organização e coordenação do chefe da empresa, mas sem 
especialização.
ESGT
INTROD. Á GESTÃO
Sousa, António de. Introdução à Gestão: Uma Abordagem Sistémica, Editorial Verbo, Lisboa. 
29
2) Divisão por Funções ou Especialização Departamental
O chefe da empresa pode ter sob as suas ordens o director comercial, o director da 
produção e o chefe da contabilidade, dominando cada um um sector no seio do qual 
pode, por seu turno, criar divisões com base em especialização.
Chefe de Empresa
Director Comercial
Facturação Venda
Director Produção Chefe Contabilidade
3) Divisão por Produtos
Mas, para que seja possível, ou melhor, para que seja rentável, uma tal subdivisão exige 
que a empresa possua já uma certa dimensão. É esta a razão pela qual vemos essa 
subdivisão surgir quando da alteração da estrutura de uma empresa em expansão.
ESGT
INTROD. Á GESTÃO
Sousa, António de. Introdução à Gestão: Uma Abordagem Sistémica, Editorial Verbo, Lisboa. 
30
1.4.2. A Hierarquia Tayloriana
Os Chefes Especialistas
- Com as doutrinas de Taylor a especialização abandonou o domínio restrito da 
execução para se expandir a toda a organização da empresa;
- O sistema Tayloriano pode ser caracterizado pela seguinte formula: a 
autoridade na especialidade;
- A mais notória característica externa da direcção funcional Tayloriana reside 
no facto de cada operário, em vez de estar em imediato contacto com a 
direcção através de um único elemento que é o seu chefe de equipa, receber 
directamente as suas ordens diárias de oito chefes diferentes, dos quais cada 
um realiza uma função peculiar;
ESGT
INTROD. Á GESTÃO
Sousa, António de. Introdução à Gestão: Uma Abordagem Sistémica, Editorial Verbo, Lisboa. 
31
1) Hierarquia tayloriana Pura: O estádio da Oficina
Director Fabril
Chefe de Oficina
Encarregado de 
análise tempo-
custo
Agentes de 
fichas de 
instrução
Encarregado 
das ordens de 
trabalho
Agente 
Encarregado da 
Disciplina
Chefe de 
equipa
Encarreg. da 
manutenção 
do Rend. 
trabalho
Encarregado 
da 
manutenção
Inspector
OPERÁRIOS
ESGT
INTROD. Á GESTÃO
Sousa, António de. Introdução à Gestão: Uma Abordagem Sistémica, Editorial Verbo, Lisboa. 
32
2) Aplicação do Tipo Funcional: Autoridade naEspecialidade
a) Generalização do Sistema Tayloriano
A especialização dos chefes pode passar da oficina para os escalões superiores, 
abrangendo também os estádios intermédios.
Director Geral
Engenheiro Chefe de produção Químico
Contramestre Contramestre Contramestre Contramestre
ESGT
INTROD. Á GESTÃO
Sousa, António de. Introdução à Gestão: Uma Abordagem Sistémica, Editorial Verbo, Lisboa. 
33
b) A especialização da direcção
Se os directores são especializados, como não existe um escalão hierárquico 
superior nas pequenas sociedades de pessoas e nas outras nada há senão o 
conselho de administração, encontramos no sentido exacto da palavra, a 
autoridade na especialidade.
ESGT
INTROD. Á GESTÃO
Esta estrutura leva ao extremo os perigos da existência de um contramestre 
funcional, o que quer dizer que ela tende para uma diluição da autoridade.
Sousa, António de. Introdução à Gestão: Uma Abordagem Sistémica, Editorial Verbo, Lisboa. 
34
1.5. Tipos de Organização
1.5.1. Organização Linear (Fayol)
Há uma hierarquização da autoridade, na qual os superiores recebem obediência 
dos seus respectivos subordinados.
Linear, entre o superior e os subordinados, existem linhas directas 
e únicas de autoridade e de responsabilidade;
É uma forma de organização encontrada nas pequenas empresas 
ou nos estágios iniciais das organizações;
Empresa Industrial
Produção Vendas Finanças
ESGT
INTROD. Á GESTÃO
Sousa, António de. Introdução à Gestão: Uma Abordagem Sistémica, Editorial Verbo, Lisboa. 
35
 Características da Organização Linear:
a) Autoridade Linear ou única;
b) Linhas formais de comunicação;
c) Centralização das decisões;
d) Aspecto piramidal;
Vantagens da Organização Linear: 
a) Estrutura simples e de fácil compreensão;
b) Nítida e clara delimitação das responsabilidades dos órgãos ou cargos envolvidos;
c) Facilidade de implantação;
d) É bastante estável;
e) É o tipo de organização mais indicado para pequenas empresas;
ESGT
INTROD. Á GESTÃO
Sousa, António de. Introdução à Gestão: Uma Abordagem Sistémica, Editorial Verbo, Lisboa. 
36
Desvantagens da Organização Linear:
a) A estabilidade e constância das relações formais podem levar á rigidez e inflexibilidade da 
organização linear;
b) A autoridade linear baseada no comando único e directo pode tornar-se autocrática;
c) A organização linear enfatiza e exagera a função de chefia e de comando;
d) A unidade de comando torna o chefe um generalista que não pode especializar-se em 
coisa nenhuma;
e) À medida que a empresa cresce, a organização linear conduz inevitavelmente ao 
congestionamento das linhas formais de comunicação;
f) As comunicações por serem lineares tornam-se indirectas, demoradas, sujeitas a 
intermediários e a distorções;
CB
F
ED
G
H I
A
ESGT
INTROD. Á GESTÃO
Sousa, António de. Introdução à Gestão: Uma Abordagem Sistémica, Editorial Verbo, Lisboa. 
37
Esfera de aplicação da Organização Linear
a) Quando a organização é pequena e não requer executivos especialistas em 
tarefas altamente técnicas;
b) Quando a organização está nos estágios iniciais da sua história;
c) Quando as tarefas envolvidas são padronizadas, rotineiras e com raras 
alterações ou modificações
d) Quando a organização tiver vida curta e a rapidez na execução do trabalho se 
tornar mais importante do que a qualidade do trabalho;
e) Quando a organização julgar mais interessante investir em consultoria externa ou 
obter serviços externos do que em estabelecer órgãos internos de assessoria.
ESGT
INTROD. Á GESTÃO
Sousa, António de. Introdução à Gestão: Uma Abordagem Sistémica, Editorial Verbo, Lisboa. 
38
1.5.2. Organização Funcional (Taylor)
É o tipo de estrutura organizacional que aplica o princípio funcional ou 
princípio da especialização das funções para cada tarefa. O tipo de estrutura 
funcional foi consagrado por Frederick W. Taylor que, preocupado com as 
dificuldades trazidas pelo excessivo e variado volume de atribuições dadas 
aos mestres de produção, na estrutura linear de uma siderúrgica americana, 
optou pela supervisão funcional.
ESGT
INTROD. Á GESTÃO
Sousa, António de. Introdução à Gestão: Uma Abordagem Sistémica, Editorial Verbo, Lisboa. 
39
Mestre Geral
Mestre 
Produção A
Mestre 
Produção C
Mestre 
Produção B
Operários Operários Operários
Mestre 
Controle
Mestre 
Reparações
Mestre 
Velocidade
Inspectores Mecânicos Alimentadores
Mestria Funcional:
Características da Organização Funcional:
a) Autoridade funcional ou dividida
b) Linhas directas de comunicação
c) Descentralização das decisões
d) Ênfase na especialização
ESGT
INTROD. Á GESTÃO
Sousa, António de. Introdução à Gestão: Uma Abordagem Sistémica, Editorial Verbo, Lisboa. 
40
Vantagens da Organização Funcional:
a) Proporciona o máximo de especialização nos diversos órgãos ou cargos da organização;
b) Permite a melhor supervisão técnica possível;
c) Desenvolve comunicações directas, sem intermediação, mais rápidas e menos sujeitas 
a distorções de transmissão;
d) Separa as funções de planeamento e de controlo das funções de execução;
Desvantagens da Organização Funcional:
a) Diluição e consequente perda de autoridade de comando: a substituição da autoridade 
linear pela autoridade funcional;
b) Subordinação múltipla: Se a organização Funcional traz problemas quanto á 
distribuição da autoridade, ela traz igualmente problemas quanto à delimitação das 
responsabilidades;
c) Tendência à concorrência entre especialistas: como os diversos órgãos ou cargos são 
especializados em certas actividades, sua tendência é impor á organização o seu ponto 
de vista e a sua abordagem aos problemas que geralmente aparecem;
ESGT
INTROD. Á GESTÃO
Sousa, António de. Introdução à Gestão: Uma Abordagem Sistémica, Editorial Verbo, Lisboa. 
41
Esfera de aplicação da Organização Funcional:
a) Quando a organização, por ser pequena, tem uma equipe de especialistas bem 
entrosada, reportando-se a um dirigente eficaz e orientada para objectivos comuns 
muito bem definidos e colocados;
b) Quando em determinadas circunstancias, e tão-somente, a organização delega, 
durante um certo período, autoridade funcional a algum órgão especializado sobre 
os demais órgãos, a fim de implantar alguma rotina ou procedimento ou a fim de 
avaliar e controlar alguma actividade;
ESGT
INTROD. Á GESTÃO
d) Tendência á tensão e conflitos dentro da organização
e) Confusão quanto aos objectivos: como a subordinação é feita a vários 
especialistas ao mesmo tempo, isto é, como a organização funcional exige a 
subordinação múltipla, nem sempre o subordinado sabe sempre a quem reportar 
um problema;
Sousa, António de. Introdução à Gestão: Uma Abordagem Sistémica, Editorial Verbo, Lisboa. 
42
1.5.3. Organização Linha – “Staff”
O tipo de Organização Linha – “Staff” é o resultado da combinação dos tipos de 
organização linear e funcional, buscando-se incrementar as vantagens desses dois 
tipos de organização e reduzir as suas desvantagens.
Na Organização Linha – “Staff” existem órgão de linha (órgãos de execução) e de 
assessoria (órgãos de apoio e de consultoria) mantendo relações entre si. Os órgãos 
de linha se caracterizam pela autoridade linear e pelo princípio escalar, enquanto os 
órgãos de Staff prestam assessoria e serviços especializados. 
Características da Organização Linha – “Staff”:Características da Organização Linha – “Staff”:
a) Fusão da estrutura linear com a estrutura funcional, com predomínio da primeira;
Cada órgão se reporta a um e apenas um órgão superior: é o princípio da autoridade 
única ou unidade de comando típica da organização linear. Porem cada órgão recebe 
também assessoria e serviços especializados de diversos órgãos de Staff.
b) Coexistência entre as linhas formais de comunicaçãocom as linhas directas de 
comunicação;
ESGT
INTROD. Á GESTÃO
Sousa, António de. Introdução à Gestão: Uma Abordagem Sistémica, Editorial Verbo, Lisboa. 
43
c) Separação entre os órgãos operacionais (executivos) e órgãos de apoio 
(assessores): na Organização Linha – “Staff” há uma separação entre os 
órgãos executivos das operações básicas da organização e os órgãos 
assessores e consultores que prestam serviços especializados aos diversos 
órgãos da organização;
d) Hierarquia versus especialização: Enquanto a hierarquia assegura o comando 
e a disciplina, a especialização fornece os serviços de consultoria e de 
assessoria;
Vantagens da Organização Linha – “Staff”:Vantagens da Organização Linha – “Staff”:
a) Assegura assessoria especializada e inovadora, mantendo o princípio de 
autoridade única;
b) Actividade conjunta e coordenada dos órgãos de linha e órgãos de Staff;
ESGT
INTROD. Á GESTÃO
Sousa, António de. Introdução à Gestão: Uma Abordagem Sistémica, Editorial Verbo, Lisboa. 
44
Desvantagens da Organização Linha – “Staff”:Desvantagens da Organização Linha – “Staff”:
a) A possibilidade de conflitos entre a assessoria e os demais órgãos e 
vice versa: Existe uma enorme possibilidade de conflitos entre os órgãos 
de linha e de Staff;
b) Dificuldade na obtenção e manutenção do equilíbrio dinâmico entre a 
linha e o Staff: o tipo de organização linha-staff pode levar a inevitáveis 
desequilíbrios e distorções. 
Esfera de aplicação da Organização Linha – “Staff”:Esfera de aplicação da Organização Linha – “Staff”:
Excepto nas pequenas empresas onde a forma linear é melhor 
sucedida, a Organização Linha – “Staff” tem sido a mais amplamente 
aplicada e utilizada forma de organização.
ESGT
INTROD. Á GESTÃO
Sousa, António de. Introdução à Gestão: Uma Abordagem Sistémica, Editorial Verbo, Lisboa. 
45
1.5.4. Comissões
Características das Comissões:
a) A comissão não é um órgão da estrutura organizacional, principalmente a 
informal porque:
1.Enquanto o órgão tem um objectivo específico, próprio e particular, a 
comissão tem um objectivo que geralmente abrange vários órgãos.
2.Enquanto cada órgão tem o seu pessoal próprio, a comissão tem 
participantes que, na realidade, pertencem a vários e diferentes órgãos e a 
vários e diferentes níveis hierárquicos da organização e que são cedidos 
provisoriamente;
3.Enquanto o órgão funciona ininterruptamente durante todo o período de 
funcionamento da empresa, a comissão funciona esporádica ou 
intermitentemente durante certos dias ou em determinadas horas;
4.Enquanto um órgão é permanente e definitivo na organização da 
organização, a vida da comissão é provisória e instável.
b) As comissões podem assumir tipos bastante diferentes:
5.Formais
6.Informais
7.Temporárias
8.Relativamente permanente
ESGT
INTROD. Á GESTÃO
Sousa, António de. Introdução à Gestão: Uma Abordagem Sistémica, Editorial Verbo, Lisboa. 
46
Vantagens das Comissões:Vantagens das Comissões:
a) Tomadas de decisões e julgamentos grupais;
b) Coordenação: a comissão parece ser uma das melhores e mais eficientes maneiras 
de se obter a coordenação e o alcance dos objectivos;
c) Transmissão de informações: a comissão tem se prestado eficientemente como um 
meio de transmitir informações ás partes interessadas, com economia de tempo e com 
provável colheita de sugestões diversificadas;
d) Restrições à delegação de autoridade
e) Consolidação de autoridade 
Desvantagens das Comissões:Desvantagens das Comissões:
a) Elas podem levar à perda de tempo na tomada de decisões;
b) Custo em tempo e em dinheiro: o custo de uma comissão, como envolve vários 
especialistas pode ser elevado;
c) Substituição do administrador;
ESGT
INTROD. Á GESTÃO
Sousa, António de. Introdução à Gestão: Uma Abordagem Sistémica, Editorial Verbo, Lisboa. 
47
Esfera de aplicação das Comissões:Esfera de aplicação das Comissões:
a) Quando uma conclusão justa exige uma grande variedade de informações, como é 
o caso da formação de comissões de pesquisa sobre produtos, preços, orçamentos, 
salários, etc.
b) Quando é necessário obter o julgamento de várias pessoas qualificadas para a 
tomada de uma decisão importante;
c) Quando o êxito do cumprimento das decisões depende da perfeita compreensão de 
todos os seus aspectos e detalhes;
d)Quando uma efectiva coordenação exige que as actividades de alguns 
departamentos ou divisões sejam bem ajustadas.
ESGT
INTROD. Á GESTÃO
d) Absorvem tempo útil de numerosos participantes e trazem desperdício de tempo 
ao membro desinteressado em alguns aspectos específicos do assunto tratado;
e) Divisão da responsabilidade;
f) Exigem um presidente ou coordenador excepcionalmente eficiente;
Sousa, António de. Introdução à Gestão: Uma Abordagem Sistémica, Editorial Verbo, Lisboa. 
48
2. A Administração por Objectivos
2.1. Origens da APO
A Administração por objectivos considera-se um modelo administrativo bastante difundido 
e plenamente identificado com o espirito pragmático e democrático da Teoria neoclássica. 
Peter F. Drucker (1954), criador da APO, através da publicação de um livro em que a 
caracteriza.
A APO surgiu na década de 50, quando a empresa norte americana estava a sofrer 
pressões acentuadas;
O empresário estava mais consciente da queda das suas margens de lucros e da 
necessidade de reduzir as despesas, e concentrava-se mais nos resultados do que 
em esforços supérfluos e dispersivos;
A pressão económica da época gerou dentro das empresas uma “Administração por 
Pressão”, e a pressão exercida sobre os gestores não conduziu a melhores resultados;
Em resposta, as empresas endureciam os seus controles, e com isso apertava-se o 
círculo vicioso: maior controlo, maior resistência; maior resistência, maior controlo. 
ESGT
INTROD. Á GESTÃO
Sousa, António de. Introdução à Gestão: Uma Abordagem Sistémica, Editorial Verbo, Lisboa. 
49
A Administração por Objectivos surgiu como um método de avaliação e 
controle sobre o desempenho de áreas e organizações em crescimento 
rápido. Inicialmente constitui-se num critério financeiro de avaliação e 
controle;
A resposta produzida nos níveis médios e inferiores da organização a esse 
critério foi de descontentamento e apatia, provocando atrito entre funcionários 
de nível médio e inferior e a alta direcção;
A única forma que a organização encontrou para reverter o processo foi a 
descentralização das decisões e a fixação de objectivos para cada área-chave.
Aboliram-se os órgãos de staff, ficando a cargo de cada divisão a criação dos 
“serviços que necessitasse para atingir seus objectivos”, o que fortaleceu a 
posição de autoridade de cada chefe operativo;
ESGT
INTROD. Á GESTÃO
Sousa, António de. Introdução à Gestão: Uma Abordagem Sistémica, Editorial Verbo, Lisboa. 
50
2.2 Características da APO
É uma técnica de direcção de esforços através do planeamento e controle 
administrativo fundamentado no princípio de que, para atingir resultados, a 
organização precisa antes definir em que negócio está a actuar e onde pretende 
chegar; 
A APO é um processo pelo qual os gestores, superiores e subordinado, de uma 
organização identificam objectivos comuns, definem as áreas de cada um em termos 
de resultados esperados e usam esses objectivos como guias para a operação dos 
negócios;
O Administrador tem de saber e entender o que as metas da empresa esperam dele 
em termos de desempenho e o seu superior deve saber que contribuição pode exigir 
e esperar dele e deve julgá-lo de conformidade com a mesma; 
Assim, a APO é um método no qual as metas são definidas em conjunto entre o 
administrador e o seu superior, as responsabilidades são especificadas para cada 
posição em função dos resultados esperados, que passam a integrar os padrões de 
desempenho sob os quais os gerentes serão avaliados.ESGT
INTROD. Á GESTÃO
Sousa, António de. Introdução à Gestão: Uma Abordagem Sistémica, Editorial Verbo, Lisboa. 
51
2.2.1. Características principais:
a) Estabelecimento conjunto de objectivos entre o executivo e o seu superior;
b) Estabelecimento de objectivos para cada departamento ou posição;
c) Interligação dos objectivos departamentais;
d) Elaboração de planos tácticos e de planos operacionais, com ênfase na 
mensuração e no controle;
e) Contínua avaliação, revisão e reciclagem dos planos;
f) Participação actuante da chefia;
g) Apoio intenso do staff durante os primeiros períodos;
a) Estabelecimento conjunto de objectivos entre o executivo e o seu superior;
- A maioria dos Sistemas APO utiliza o estabelecimento conjunto de objectivo: tanto o 
executivo como o seu superior participa do processo de estabelecimento e fixação de 
objectivos. 
-A participação do executivo pode variar, indo desde a sua simples presença durante as 
reuniões, até á possibilidade de o executivo iniciar a proposta de reestruturação do 
trabalho com relativa autonomia no desenvolvimento do plano;
ESGT
INTROD. Á GESTÃO
Sousa, António de. Introdução à Gestão: Uma Abordagem Sistémica, Editorial Verbo, Lisboa. 
52
b) Estabelecimento de objectivos para cada departamento ou posição;
- Os objectivos, de alto nível, podem ser designados “objectivos”, “metas”, “alvos” ou 
“finalidades”, porém a ideia básica é a mesma: determinar os resultados que um 
gerente em determinado cargo deverá atingir;
- Usualmente, os sistemas de APO definem objectivos quantificados (numéricos) e com 
tempos predeterminados. Alguns definem objectivos subjectivos para cargos de staff;
Situação 
Actual Hiato de desempenho
Situação 
Desejável
c) Interligação dos objectivos departamentais;
- Existe sempre a possibilidade de correlacionar os objectivos dos vários órgãos ou 
gerentes envolvidos, mesmo que nem todos os objectivos se baseiem nos mesmos 
princípios básicos;
- Essa ligação é virtualmente automática, envolvendo objectivos comerciais com 
objectivos de produção, por exemplo;
ESGT
INTROD. Á GESTÃO
Sousa, António de. Introdução à Gestão: Uma Abordagem Sistémica, Editorial Verbo, Lisboa. 
53
d) Elaboração de planos tácticos e de planos operacionais, com ênfase na 
mensuração e no controle;
- Partindo dos objectivos departamentais traçados, o executivo e o seu superior 
elaboram os Planos tácticos adequados para alcançá-los da melhor forma. Assim, 
os Planos Tácticos constituirão os meios capazes de alcançar aqueles objectivos 
departamentais.
- Em todos esses planos, a APO enfatiza a quantificação, a mensuração e o 
controle. Torna-se necessário mensurar os objectivos atingidos e compará-los com 
os resultados planejados.
e) Contínua avaliação, revisão e reciclagem dos planos;
- Todos os sistemas de APO, praticamente, possuem alguma forma de avaliação e de 
revisão regular do progresso efectuado, através dos objectivos já alcançados e dos a 
alcançar, permitindo que algumas providencias sejam tomadas e novos objectivos 
fixados para o período seguinte.
- Normalmente, existe um ciclo típico da APO que envolve as seguintes etapas:
ESGT
INTROD. Á GESTÃO
Sousa, António de. Introdução à Gestão: Uma Abordagem Sistémica, Editorial Verbo, Lisboa. 
54
Fixação dos 
objectivos globais 
da empresa
Elaboração do 
Planeamento 
Estratégico
Fixação dos 
objectivos 
departamentais 
para o ano
Avaliação resultados 
atingidos em 
comparação com os 
departamentais
Elaboração do plano 
táctico do 
departamento
Revisão nos planos ou 
alteração nos obj. 
departam.
Desdobramento do 
plano táctico em 
planos operacionais
Avaliação 
resultados 
alcançados com obj. 
departamentais
ESGT
INTROD. Á GESTÃO
Sousa, António de. Introdução à Gestão: Uma Abordagem Sistémica, Editorial Verbo, Lisboa. 
55
f) Participação actuante da chefia;
- A maior parte dos APO envolve mais o superior do que o subordinado. Existem 
situações em que o superior estabelece os objectivos, “vende-os”, mensura-os e 
avalia o progresso.
g) Apoio intenso do staff durante os primeiros períodos;
-A implantação da APO exige o apoio intenso de um staff previamente treinado e 
preparado
ESGT
INTROD. Á GESTÃO
Sousa, António de. Introdução à Gestão: Uma Abordagem Sistémica, Editorial Verbo, Lisboa. 
56
2.3.Fixação de objectivos
“Objectivo é um enunciado escrito sobre resultados a serem alcançados num 
período determinado”
O Objectivo deve ser:
-Quantificado;
-Difícil;
-Relevante
-Compatível;
Na fixação dos objectivos deve-se ter em conta:
A expressão “objectivo da empresa” é realmente imprópria. A empresa é algo inanimado 
e, em resultado não tem objectivos, metas ou planos. 
Os objectivos de uma empresa representam na verdade os objectivos dos sujeitos que 
nela exercem a liderança;
Os objectivos são essencialmente necessidades a satisfazer, podendo representar 
apenas as necessidades vistas pela liderança, ou algo mais;
Os subordinados e demais funcionários possuem uma série bem grande de 
necessidades pessoais, sendo estas desdobráveis em objectivos e metas pessoais, 
que podem ser declarados ou ocultos;
ESGT
INTROD. Á GESTÃO
Sousa, António de. Introdução à Gestão: Uma Abordagem Sistémica, Editorial Verbo, Lisboa. 
57
A APO exige uma técnica sistemática de gestão. É colocada uma forte ênfase no planeamento 
e no controle.
Nesta sistemática de fixação de objectivos, existem características estruturais e 
comportamentais:
Estruturais:
- Os executivos fixam alvos a longo e a curto prazo
- Os objectivos e metas são expressos como resultados finais e não como 
tarefas ou actividades;
- Os objectivos e metas devem ser coerentes, bem como coordenados nos 
sucessivos níveis e áreas da organização 
ESGT
INTROD. Á GESTÃO
O desafio da gestão moderna é, tornar os objectivos e metas pessoais compatíveis 
com o das empresas;
Sousa, António de. Introdução à Gestão: Uma Abordagem Sistémica, Editorial Verbo, Lisboa. 
58
Comportamentais:
- Os subordinados preparam as suas próprias metas e passam a ser responsáveis 
por elas;
- Dá-se ênfase á auto-análise do desempenho e ao consequente autocontrole, 
relativamente aos resultados obtidos à frente das metas predeterminadas;
- Os desvios de resultados em relação às metas provocam autocorrecção no 
desempenho e, se necessário, orientação especifica do superior;
Sousa, António de. Introdução à Gestão: Uma Abordagem Sistémica, Editorial Verbo, Lisboa. 
59
2.3.1. Critérios de escolha de objectivos
Os critérios para a selecção dos objectivos devem estar de acordo com a prioridade e 
a sua contribuição para o alcance dos resultados-chave da empresa. 
Alguns critérios: 
a) Procurar as actividades que têm maior impacto sobre os resultados;
b) O objectivo deve ser específico quanto aos dados concretos. O que, 
quanto, quando. Os resultados visados devem ser enunciados em termos 
mensuráveis e bastante claros:
c) Focalizar objectivos no trabalho e não no homem;
d) Detalhar cada objectivo em metas subsidiárias;
e) Usar linguagem compreensível para os gestores;
f) Manter-se dentro dos princípios de administração. Concentrar-se nos alvos 
vitais do negócio e não se dispersar em actividades secundárias;
ESGT
INTROD. Á GESTÃO
Sousa, António de. Introdução à Gestão: Uma Abordagem Sistémica, Editorial Verbo, Lisboa. 
60
ESGT
INTROD. Á GESTÃO
g)O objectivo deve indicar os resultados a serem atingidos, mas não deve limitar a 
liberdade de escolha dos métodos;
h)O objectivo deve ser difícil de ser atingido, requerendo um esforço especial, 
mas não a ponto de ser impossível;
i)O objectivo deve representar uma tarefa suficiente para todo o exercício fiscal da 
empresa; 
j)O objectivo deve ter alguma ligação remota com o planode lucros da empresa, 
que é geralmente o objectivo último.
Sousa, António de. Introdução à Gestão: Uma Abordagem Sistémica, Editorial Verbo, Lisboa. 
61
2.3.2. Hierarquia de objectivos
Os objectivos devem ser escalonados em uma ordem gradativa de importância, relevância 
ou de prioridade, em uma hierarquia de objectivos, em função de sua contribuição relativa 
à organização como um todo.
Os objectivos, mais comuns, ás empresas privadas são:
- Posição competitiva no mercado;
- Inovação e criatividade nos produtos;
- Produtividade e índices de eficiência;
- Aplicação rentável dos recursos físicos e financeiros;
- Taxa de dividendos ou índice de retorno do capital investido;
- Qualidade da administração e desenvolvimento dos executivos;
- Responsabilidade pública e social da empresa. 
Alguns objectivos podem dificultar o alcance de outros, enquanto alguns objectivos 
podem facilitar outros, provocando o efeito sinérgico. 
Para que a hierarquia de objectivos possa ser atingida, é necessário tomar os seguintes 
cuidados: 
ESGT
INTROD. Á GESTÃO
Sousa, António de. Introdução à Gestão: Uma Abordagem Sistémica, Editorial Verbo, Lisboa. 
62
b) Devem fazer com que todos os órgãos e componentes da empresa contribuam com 
uma parcela do esforço geral;
c) Devem levar em conta a necessidade de várias alternativas para sua execução, 
assim como a relativa eficiência e o custo de cada uma delas;
d) Devem ser comunicados a todos os interessados para que qual compreenda as 
metas da respectiva função e suas relações com os objectivos fundamentais da 
empresa;
ESGT
INTROD. Á GESTÃO
a) Os objectivos não precisam inicialmente traduzir as grandes aspirações 
fundamentais da empresa, põem todos os objectivos incluídos na hierarquia, devem 
ser compatíveis com tais aspirações;
Sousa, António de. Introdução à Gestão: Uma Abordagem Sistémica, Editorial Verbo, Lisboa. 
63
2.4. Planeamento Estratégico e Planeamento Táctico
Estabelecer a estratégia, nada mais do que normal após a selecção dos objectivos 
a atingir, sendo esta uma forma de os atingir, sendo necessário previamente 
seleccionar as tácticas que melhor implementem a estratégia adoptada.
2.4.1. Noção de Estratégia e de Táctica
Estratégia – a mobilização de todos os recursos da empresa no âmbito global visando 
atingir objectivos a longo prazo. 
Táctica – é um esquema específico de emprego de recursos dentro de uma estratégia geral.
Estratégia Táctica
Envolve a organização como uma totalidade Refere-se a cada departamento ou unidade da 
organização
É um meio para alcançar objectivos 
organizacionais
É um meio para alcançar objectivos 
departamentais
É orientada para longo prazo É orientada para médio ou curto prazo
É decidida pela alta administração da organização É da responsabilidade de cada gerente de 
departamento ou unidade da organização
ESGT
INTROD. Á GESTÃO
Sousa, António de. Introdução à Gestão: Uma Abordagem Sistémica, Editorial Verbo, Lisboa. 
64
Lodi esclarece alguns mal entendidos a respeito de estratégia:
a) Quando se elabora uma estratégia, não se visa apenas tomar hoje decisões 
para o futuro, mas tomar hoje decisões tendo em mente o futuro;
b) A estratégia não deve ser confundida com um dos seus planos tácticos: 
estratégia não é só inovação, nem diversificação ou planeamento financeiro, 
mas sim um conjunto direccionado para o longo prazo;
c) A estratégia não é um fim, mas sim um meio. Deve ser mutável em função 
das mudanças;
d) A estratégia dá apenas probabilidade com relação ao futuro, mas não dá a 
certeza;
ESGT
INTROD. Á GESTÃO
Sousa, António de. Introdução à Gestão: Uma Abordagem Sistémica, Editorial Verbo, Lisboa. 
65
2.4.2. Planeamento Estratégico
Refere-se á forma pela qual uma empresa pretende aplicar uma certa estratégia 
para atingir os objectivos propostos.
É normalmente um planeamento global e a longo prazo.
O planeamento estratégico passa por 4 fases:
a) Formulação dos Objectivos Organizacionais a serem atingidos
 A empresa selecciona os objectivos globais que visa atingir a longo prazo e 
numa hierarquia de objectivos, define a ordem de importância e de prioridade 
de cada um;
b) Análise Interna das Forças e Limitações da Empresa
Esta análise normalmente envolve:
ESGT
INTROD. Á GESTÃO
- Análise dos recursos que a empresa possui, ou pode possuir, para 
as suas operações actuais ou futuras;
Sousa, António de. Introdução à Gestão: Uma Abordagem Sistémica, Editorial Verbo, Lisboa. 
66
- Avaliação do desempenho da empresa, em termos de resultados de lucratividade, 
produção, produtividade, inovação, crescimento e desenvolvimento dos negócios, 
etc., no momento em relação aos anos anteriores. 
- Análise da estrutura organizacional da empresa, seus aspectos positivos e 
negativos, a divisão de trabalho entre os departamentos e unidades e como os 
objectivos organizacionais foram distribuídos em objectivos departamentais;
c) Análise Externa do Meio Ambiente
Esta análise externa normalmente envolve:
- Mercados abrangidos pela empresa, as suas características actuais e tendências 
futuras, oportunidades e perspectivas;
- Concorrência ou competição, isto é, empresas que actuam no mesmo mercado, 
disputando os mesmos clientes ou consumidores ou disputando os mesmos 
recursos;
Sousa, António de. Introdução à Gestão: Uma Abordagem Sistémica, Editorial Verbo, Lisboa. 
67
- Factores externos com a conjuntura económica, tendências políticas, sociais, etc., 
que afectam toda a sociedade e todas as empresas nela situadas;
d) Formulação das Alternativas Estratégicas 
As alternativas estratégicas englobam os cursos de acção futura que a empresa 
pode adoptar para atingir os seus objectivos globais.
De forma sucinta, o Planeamento Estratégico refere-se ao produto ou ao mercado, 
logo:
Diversificação:
Novos produtos e 
novos mercados
Desenvolvimento de novos 
mercados
Novo
Desenvolvimento de 
novos produtos
Penetração no actual mercadoActualMercado
NovoActual
Produto
ESGT
INTROD. Á GESTÃO
Sousa, António de. Introdução 
à Gestão: Uma Abordagem 
Sistémica, Editorial Verbo, 
Lisboa. 
68
2.4.3. Desenvolvimento dos Planos Tácticos
Após o Planeamento estratégico a empresa pode avançar para o Planeamento Estratégico.
Humble refere que os Planos tácticos se referem a quatro áreas de actuação:
Planeamento
Estratégico
Planeamento de 
operações
Planeamento e 
desenvolvimento de 
recursos
Planeamento e 
desenvolvimento 
produto/mercado
Planeamento 
organizacional Planos Detalhados
Planos Tácticos Planos 
operacionais
Objectivos 
Departamentais 
de cada gerente
ESGT
INTROD. Á GESTÃO
Sousa, António de. Introdução à Gestão: Uma Abordagem Sistémica, Editorial Verbo, Lisboa. 
69
2.5.Ciclo da APO
A APO envolve um comportamento cíclico de forma tal, que o resultado de um 
ciclo permite correcções e ajustamentos no ciclo seguinte, por meio da retroacção 
possibilitada pela avaliação dos resultados.
Esse ciclo, usualmente costuma corresponder ao exercício fiscal da empresa 
(normalmente um ano) para facilidade de execução e de controlo.
Alguns exemplos de modelos de ciclos de APO
A) Modelo de Humble
John W. Humble define APO como “um sistema dinâmico que procura integrar as 
necessidades da companhia de definir e atingir seus alvos de lucro e crescimento 
com a necessidade do gerente de contribuir e de desenvolver-se. É um estilo de 
gerência exigente e recompensador”.
ESGT
INTROD. Á GESTÃO
Sousa, António de. Introdução à Gestão: Uma Abordagem Sistémica, Editorial Verbo, Lisboa. 
70
Planeamento
Estratégico
Planeamento de operações
Planeamento e 
desenvolvimento de recursos
Planeamento e 
desenvolvimento 
produto/mercado
Planeamento organizacional
Planos Tácticos Planos operacionaisAlcance de 
objectivos 
departamentais
Plano de eliminações
Plano de integrações
Plano de invest. e 
desenvolvimento
Plano de 
diversificações
Plano de fusões e 
aquisições
Plano de recursos 
humanos
Plano de materiais
Plano de facilidades
Plano de marketing
Plano de fluxos de 
fundos
Plano de fabricação
Planos de lucros a 
curto prazo
ESGT
INTROD. Á GESTÃO
Sousa, António de. Introdução à Gestão: Uma Abordagem Sistémica, Editorial Verbo, Lisboa. 
71
Humble realça que o funcionamento de um programa de APO provê os seguintes 
aspectos:
- A revisão critica dos planos estratégicos e tácticos da companhia;
- Esclarecimentos para cada gestor dos resultados-chave e padrões de desempenho 
que ele precisa atingir;
- Criação de um plano de melhoria da função que permita mensurar a sua contribuição 
para o alcance dos objectivos da empresa;
- Estabelecimento de condições que permitam atingir os resultados-chave e o plano de 
melhorias;
- Uso sistemático da avaliação de desempenho para ajudar os gestores a superarem os 
seus pontos fracos, aproveitarem os fortes e aceitarem responsabilidade pelo 
autodesenvolvimento;
- Aumento da motivação do gestor por maior responsabilidade, melhores planos de 
salário e planeamento de carreira.
ESGT
INTROD. Á GESTÃO
Sousa, António de. Introdução à Gestão: Uma Abordagem Sistémica, Editorial Verbo, Lisboa. 
72
ESGT
INTROD. Á GESTÃO
Análise e controle 
dos resultados
Planos 
estratégicos da 
empresa
Planos tácticos da 
empresa
Resultados que 
cada 
departamento 
apresenta
Planos de cada 
departamento da 
empresa
Esses aspectos são todos interdependentes e a natureza dinâmica do sistema 
pode ser constatada pelo seguinte ciclo:
Sousa, António de. Introdução à Gestão: Uma Abordagem Sistémica, Editorial Verbo, Lisboa. 
73
B) Modelo de Odiorne
George Odiorne propôs um modelo constituído por um ciclo de sete etapas, a saber:
- Estabelecimento de medidas de desempenho da organização e delineamento dos 
objectivos organizacionais a serem atingidos;
- Revisão na estrutura da organização em função dos objectivos pretendidos;
- A partis das etapas anteriores, cada superior estabelece alvos e medidas de avaliação 
para os seus subordinados;
- O superior e cada um dos seus subordinados chegam a um acordo comum em 
relação aos alvos e medidas de avaliação do trabalho do subordinado, bem como as 
medidas de desempenho da organização;
- Acompanhamento continuo efectuado sobre resultados periódicos do trabalho do 
subordinado à frente dos prazos intermediários previamente estabelecidos na etapa 4.
- Avaliação periódica e cumulativa dos resultados do trabalho do subordinado em 
relação aos alvos estabelecidos para ele;
- Avaliação do desempenho da organização como um todo;
ESGT
INTROD. Á GESTÃO
Sousa, António de. Introdução à Gestão: Uma Abordagem Sistémica, Editorial Verbo, Lisboa. 
74
O superior estabelece 
por objectivos e 
medidas para 
subordinados
Revisão na 
estrutura da 
organização
Objectivos da 
organização medidas 
de desempenho da 
organização
Avaliação do 
desempenho da 
organização
Avaliação periódica 
cumulativa dos 
resultados dos 
subordinados contra 
objectivos
Feedback de 
resultados periódicos 
contra prazos 
intermediários
Abandono dos 
objectivos 
inadequados
Novos 
dados
Acordo comum sobre 
os objectivos do 
subordinado
E
E
E
F
G
A
B
D
C
C
Feedback e mudança
ESGT
INTROD. Á GESTÃO
Modelo de Odiore:
Sousa, António de. Introdução à Gestão: 
Uma Abordagem Sistémica, Editorial Verbo, 
Lisboa. 
75
2.6. Apreciação critica da APO
Dado que a APO envolve um processo político (definição política dos propósitos que 
anima a organização), um processo de planeamento (O planeamento organizacional, o 
estratégico e o táctico) e um processo de direcção (envolvendo a supervisão média e a 
execução), é muito usul que um ou mais desses três processos não funcione bem.
2.6.1. Criticas de Humble
- Não obter a participação da alta gestão;
- Dizer a todos que a APO é uma técnica suprema capaz de resolver todos os problemas;
- Adoptar a APO dentro de um programa acelerado;
- Fixar somente objectivos quantificáveis;
- Simplificar ao extremo todos os procedimentos;
- Aplicar a APO em áreas isoladas;
- Delegar todo o projecto da APO a pessoal de nível inferior;
- Concentrar em indivíduos e ignorar os problemas de grupo;
- Inaugurar o sistema com uma festa e nunca verificar como está a andar;
- Ignorar as metas pessoais dos gestores, concentrando-se apenas nos objectivos da 
organização;
ESGT
INTROD. Á GESTÃO
Sousa, António de. Introdução à Gestão: Uma Abordagem Sistémica, Editorial Verbo, Lisboa. 
76
2.6.2. Criticas de Levinson
- A descrição de funções é essencialmente estática: compõe-se de uma série de 
afirmações e dificilmente identifica os objectivos do trabalho;
- O preestabelecimento de metas e tarefas permite pouco ênfase às partes que ficam a 
critério do funcionário;
- A descrição de funções limita-se àquilo que o próprio funcionário executa no seu 
trabalho, não considerando a interdependência com os outros cargos.
- A avaliação do desempenho visa orientar o subordinado, e deveria considerar as 
condições gerais em que estão a trabalhar o superior e o subordinado, bem como 
informar a respeito do ajustamento do subordinado ao sistema;
- A fixação e evolução de objectivos são feitas durante um período curto demais para 
que haja interacções adequadas entre os diferentes níveis de organização;
ESGT
INTROD. Á GESTÃO
Sousa, António de. Introdução à Gestão: Uma Abordagem Sistémica, Editorial Verbo, Lisboa. 
77
2.6.3. Criticas de Lodi
- Irritação, hostilidade e perda do cliente, pois um gestor apressado e 
tenso transfere para o cliente a pressão que recebe da organização para 
produzir mais;
- Crises pessoais – o gestor que não está no lugar certo e que não ajustou 
as suas metas pessoais aos objectivos da organização tem uma batalha 
árdua a travar;
- Oportunismo e desprezo pelos meios – o gestor pode ser levado a 
desprezar as actividades-meio e que lhe dão apoio, para se concentrar 
exclusivamente nos seus objectivos;
- Individualismo e falta de colaboração
- Normalmente, a APO implica uma centralização das metas e uma certa 
descentralização da execução.
ESGT
INTROD. Á GESTÃO
Sousa, António de. Introdução à Gestão: Uma Abordagem Sistémica, Editorial Verbo, Lisboa. 
78
- O contínuo desempenho para resultados a curto prazo produz oportunismo 
e desprezo aos meios de trabalho;
- Ênfase nos resultados a curto prazo leva a que os seus gestores pensem 
que os resultados menos tangíveis e os de longo prazo são problemas da 
alta direcção e não seus;
- Pode ocorrer falta de colaboração entre departamentos;
- A APO pode levar o gerente a concentrar-se exclusivamente nos resultados 
a curto prazo que provoquem a sua promoção, deixando de lado os 
resultados de longo prazo pois estes trarão recompensas apenas ao seu 
sucessor 
ESGT
INTROD. Á GESTÃO
Sousa, António de. Introdução à Gestão: Uma Abordagem Sistémica, Editorial Verbo, Lisboa. 
79
2.6.4. Outras Criticas
- Os objectivos da empresa são definidos muito superficialmente e não reflectem 
todos os interesses da empresa;
- Não houve experiência adequada para a realização do plano; o levantamento foi 
incompleto ou foi efectuado fora de época;
- Quando os resultados imediatos não são acessíveis, as pessoas ficam 
impacientes para com todo o projecto;
- As empresas geralmente falham em tomar previdências para revisar, actualizar 
periodicamente o plano em vista das mudanças na empresa, flutuações 
económicas e mudanças nas tendências sociais;
ESGT
INTROD. Á GESTÃO
Sousa, António de. Introdução à Gestão: Uma AbordagemSistémica, Editorial Verbo, Lisboa. 
80
Benefícios da APO Problemas com a APO
Aclaramento dos objectivos Coerção sobre subordinados
Melhoria do planeamento Aprovação de objectivos incompatíveis
Padrões claros para controlo Papelório em excesso
Aumento da motivação Focalização sobre resultados mais facilmente mensuráveis do 
que sobre resultados mais importantes
Avaliação mais objectiva Perseguição rígida de objectivos que poderiam ser 
abandonados
Melhoria do moral
Sousa, António de. Introdução à Gestão: Uma Abordagem Sistémica, Editorial Verbo, Lisboa. 
	Slide 1
	Slide 2
	Slide 3
	Slide 4
	Slide 5
	Slide 6
	Slide 7
	Slide 8
	Slide 9
	Slide 10
	Slide 11
	Slide 12
	Slide 13
	Slide 14
	Slide 15
	Slide 16
	Slide 17
	Slide 18
	Slide 19
	Slide 20
	Slide 21
	Slide 22
	Slide 23
	Slide 24
	Slide 25
	Slide 26
	Slide 27
	Slide 28
	Slide 29
	Slide 30
	Slide 31
	Slide 32
	Slide 33
	Slide 34
	Slide 35
	Slide 36
	Slide 37
	Slide 38
	Slide 39
	Slide 40
	Slide 41
	Slide 42
	Slide 43
	Slide 44
	Slide 45
	Slide 46
	Slide 47
	Slide 48
	Slide 49
	Slide 50
	Slide 51
	Slide 52
	Slide 53
	Slide 54
	Slide 55
	Slide 56
	Slide 57
	Slide 58
	Slide 59
	Slide 60
	Slide 61
	Slide 62
	Slide 63
	Slide 64
	Slide 65
	Slide 66
	Slide 67
	Slide 68
	Slide 69
	Slide 70
	Slide 71
	Slide 72
	Slide 73
	Slide 74
	Slide 75
	Slide 76
	Slide 77
	Slide 78
	Slide 79
	Slide 80

Outros materiais