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03 O Mercado Administração e Economia Empresarial201601

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3. O Mercado Página 33 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3.1 Introdução 
 
Mercado é uma instituição social onde os bens e serviços, bem como os 
fatores de produção, são trocados por dinheiro. É onde interagem dois 
tipos de agentes: 
 os compradores do lado da demanda de produtos, 
 os vendedores do lado da oferta de produtos, 
determinando as quantidades demandadas e os preços de venda. 
 
As decisões dos produtores e compradores são orientadas pelos preços 
que é o mecanismo de equilíbrio do mercado: 
 Preços baixos estimulam a compra e desestimulam a produção 
 Preços altos reduzem a compra e estimulam a produção 
 
3.2 A Moeda 
 
Toda moeda cumpre três funções: 
 
(i) Padrão de preços e contratos 
A moeda é uma forma simples de expressar os valores dos bens que, pela 
comparação dos valores relativos das mercadorias, torna possível a 
indicação de todos os preços numa só unidade. Da mesma maneira 
permite contabilizar ou exprimir numericamente os ativos e os passivos, os 
haveres e as dívidas 
 
(ii) Meio de pagamento ou instrumento de troca 
 
- Meio de Pagamento 
A Moeda é um símbolo, uma fichinha que atesta que o cidadão participou 
do processo produtivo e portanto pode ir ao mercado. Ela representa um 
direito sobre riquezas existentes, permitindo ao seu portador adquirir 
certa quantidade dessas riquezas, à sua escolha. Dessa forma, tem poder 
legal de liberar débitos. Sua aceitação é baseada fundamentalmente nos 
fatores confiança e hábito. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O Mercado 
3 
 
 
3. O Mercado Página 34 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Instrumento de Troca 
A moeda é um instrumento intermediário de aceitação geral, que, por seu 
valor universal e divisibilidade é o melhor meio de troca. Substituiu o 
escambo (regime de troca direta) por um processo em duas fases distintas: 
 operação de venda - Troca de bens ou serviços produzidos pelo 
indivíduo, por moeda; 
 operação de compra - Troca de moeda por bens ou serviços 
produzidos por outro indivíduo 
 
(iii) Reserva de valor 
A moeda permite armazenar e conservar os valores para utilização 
oportuna. É trabalho armazenado, e como tal pode ser utilizada para 
acumulação de poder aquisitivo, a usar no futuro. Os motivos que levam 
qualquer indivíduo a reter a moeda são: transação, segurança e 
especulação. 
 
Se empresários, banqueiros, governo e trabalhadores não confiam mais na 
capacidade coletiva de gerar riqueza no futuro (ou seja crescer o PIB), 
começam a fugir da moeda nacional. Rejeitam o símbolo como quem 
denuncia a inviabilidade daquilo que é simbolizado [Gilson Schwartz]. 
 
3.3 Estabilidade monetária 
 
Situações: 
 Moeda cumprindo simultaneamente todas as suas funções  padrão 
monetário estável. 
 Ruptura da unidade das funções da moeda  crise monetária 
caracterizada por: 
 
- Deteriorização das funções de reserva de valor e de padrão de preços 
e de contratos da moeda (a moeda não vale nada) processo 
hiperinflacionário 
- A função de reserva de valor absorve as demais, de tal modo que é 
interrompida a circulação de bens (a moeda é tudo)  deflação 
 A quantidade global da moeda regula/ordena os preços relativos e o 
sistema de valores dos ativos 
3.4 Quase-Moeda 
 
São denominados quase-moeda os ativos financeiros 
 Não monetários, 
 Que têm liquidez imediata, e 
 Que podem ser aceitos em pagamentos de tributos. 
 
Exemplos: 
 Títulos públicos de curto prazo. 
 Cadernetas de poupança, 
 Depósitos a prazo 
 Letras de câmbio 
 Letras imobiliárias 
 
Bens e 
Serviços 
Moeda 
Venda 
Compra 
 
Nota: 
Da mesma maneira que o 
valor da passagem de ônibus 
não é medido pelo valor do 
papel do ticket da passagem 
(que é um bem inferior ao 
serviço prestado), também 
não existe necessidade de 
lastro ouro para a valorização 
de uma moeda. A produção 
(PIB) é o lastro da moeda. 
 
 
 
3. O Mercado Página 35 
3.5 Agregados monetários 
 
Conforme os requisitos das principais funções de uma moeda são 
atendidos e considerando a sua liquidez, as moedas e “quase moedas” 
podem ser agrupadas em agregados monetários cujos os mais comuns são: 
 M1 (“narrow definition of money”) Moeda para Transações = 
moedas em circulação + cheques de viagem + depósitos à vista + 
outros depósitos É o agregado mais líquido. 
 M2 (“broader definition of money”) quase-moeda = M1 + aplicações 
de overnight + fundos mútuos do mercado monetário (exceto pessoas 
jurídicas) + contas de depósito no mercado monetário + depósitos de 
poupança + depósitos a prazo de menor valor. 
 M3 = M2 + fundos mútuos do mercado monetário (pessoas jurídicas) + 
depósitos a prazo de grande valor + acordos de recompra + 
eurodólares. 
 M4 = Abrange o M1, o M2 e o M3, mais os títulos públicos para 
captação de recursos emitidos pelo Tesouro Nacional e Banco Central. 
 
3.6 Preços 
 
 É a proporção de moeda que se precisa renunciar (ou ceder) para obter 
uma unidade de um determinado bem ou produto. 
 É o valor de um bem ou de um serviço expresso em moeda 
 É quanto o mercado está disposto a pagar por um bem ou produto. 
Está, portanto, descolado do custo do produto. 
 É o mecanismo básico através do qual as quantidades dos bens (que 
são escassas) são alocadas entre várias alternativas de uso e de 
pessoas no mercado. 
 
3.7 Exemplo 
 
Considere um indivíduo, em um período determinado (1 semana, por 
exemplo), que pode produzir 5 unidades de um bem-2 ou 10 unidades de 
um bem-1, ou qualquer combinação linear entre essas 2 quantidades 
conforme o gráfico abaixo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
1
2
3
4
5
6
1 unidade
do bem-2
2 unidades
do bem-1
bem-1
bem-2
Produção do
Produção do
 
Elasticidade: 
É o percentual de mudança na 
quantidade A, dado 1% de 
mudança na quantidade B: 
 = %A / %B 
Não é um coeficiente angular 
e sim uma razão das 
percentagens de mudanças 
em A e em B: 
A|B =( A / B) × (B/A) 
Se a elasticidade é 5 significa 
que A varia 5% para uma 
variação de 1% em B 
 
 
 
Nota: 
O montante relacionado aos 
títulos públicos compõe a 
chamada DPMF (Dívida 
Pública Mobiliária Federal). 
 
 
 
3. O Mercado Página 36 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Para cada unidade de bem-2 produzida ele deve deixar de produzir 
2 unidades do bem-1. 
 Para cada unidade de bem-1 produzida ele deve deixar de produzir 
1/2 unidade do bem-2. 
 
Então, a produção de uma unidade do bem-2 impede a produção de 2 
unidades do bem-1, portanto seu preço é: 
Preço (bem-2) = 2  Preço (bem-1) 
O preço de um bem é a não produção um bem alternativo. 
 
 
3.8 Custo 
 
 Não é preço. 
 É uma medida do esforço necessário para a produção de um bem. 
 Corresponde ao total de remunerações pagas aos fatores utilizados na 
geração do produto. 
 Preço é sempre igual à um valor unitário, já custo equivale a um valor 
total (não é unitário) que os indivíduos estão dispostos a dar para ter 
(caso de um bem) ou não ter(caso de um mal) algo. 
 A convivência entre os aumentos de custos e a impossibilidade de 
reajustes nos preços torna os produtos ou as empresas inviáveis. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3.9 Custo dos Fatores 
 
 Toda produção é paga e vai ser rendimento de alguém. 
 A remuneração é o custo do fator de produção: 
 
 Custo (trabalho) = salário 
 Custo (capital) = juros 
 Custo (terra) = aluguel 
 Custo (Capacidade Empresarial) = lucro 
 Custo (Capacidade Tecnológica) = royalties 
 Custo (Governo) = impostos 
 
 
 
 
Despesas 
Demanda Oferta 
Produtos 
Mercado de Produtos 
Famílias (ou Pessoas) 
Rendimento 
Trabalho e Capital Unidades 
Produtivas 
Preço Moeda 
Custos 
Custo está 
descolado 
de preço 
Fatores de Produção: 
São os recursos necessários 
para a produção de bens e 
serviços. Em termos clássicos 
(desde Jean-Baptiste Say) são 
classificados como: 
 Trabalho - homem 
 Capital - máquinas, 
equipamentos, instalações, 
edificações, fábricas, 
ferramentas 
 Terra - terras cultiváveis, 
florestas, minas 
Além destes, é usual incluir: 
 Matéria prima – insumos 
da produção 
 Capacidade Empresarial 
 Capacidade Tecnológica 
 
 
 
Observação: 
Exceto em oligopólios (onde é 
custo + margem), em geral 
Preço está descolado de custo 
(não existe relação entre um e 
outro). Preço é quanto o 
mercado está disposto a pagar 
por um produto. 
 
 
3. O Mercado Página 37 
3.10 Desequilíbrio de Preços 
 
A renda compra o produto, isto é a totalidade das fichinhas que as famílias 
recebem, compram toda a produção (PIB), isto significa que 
 Quando as famílias recebem uma grande quantidade de fichinhas, 
sem aumentar a produção, os preços sobem (inflação). 
 Quando a quantidade de fichinhas distribuídas para as famílias é 
reduzida, mantendo-se constante o volume de produtos, os preços 
caem (deflação). 
 Quando a quantidade de fichinhas distribuídas para as famílias é 
constante, e o volume de produtos aumenta (ou seja a produtividade 
aumenta), os preços caem 
 
O processo inflacionário é um processo descontrolado de aumento de 
preços sem aumento da produção, onde em um prazo curto: 
 O que um perde o outro ganha (jogo de soma zero)  ou seja: 
aparecem vencedores e perdedores. 
 Os vencedores são definidos não por mérito (melhor tecnologia, 
maior esforço, etc.), mas pela sorte. 
 A maioria (avessa ao risco) não gosta de participar deste tipo de 
jogo  Quem pode retira seu dinheiro desta economia  Os 
investidores são poucos. Os especuladores dominam a economia. 
 
Entretanto, os ajustes de preços são necessários e algumas vezes 
benéficos para todos, por exemplo: 
 Quando em situação de escassez de um determinado produto, os 
preços altos incentivam o aumento de produção 
 Quando novas tecnologias reduzem o preço e melhoram a 
qualidade. 
Alguns exemplos: 
 Videocassete - apareceu na década de 70 ao preço de US$ 1.000,00 e 
só foi incluído no “Consumer Price Index” dos EUA em 1987, quando o 
preço já havia baixado para US$ 200,00. Nesse momento o aparelho 
incluía uma série de avanços que não existiam à época do lançamento. 
 Uma TV plana à cores controlada por controle remoto é muito 
diferente das primeiras TVs em preto e branco da década de 1950, e no 
entanto é muito mais barata do que quando aquela foi lançada. 
 Os automóveis de hoje têm muito mais eletrônica embarcada que os 
primeiros artefatos lançados ao espaço, e são muito diferentes dos 
automóveis dos anos 50 
 
Mas, outros tipos de produtos permanecem o mesmo, por exemplo: uma 
tonelada de aço de hoje é praticamente o mesmo produto de há 30 anos, 
o mesmo ocorrendo com o petróleo, as frutas, etc. Porque então seus 
preços não são os mesmos? 
 
O acompanhamento da variação de preços de um conjunto de produtos e 
serviços consumidos pelas famílias é extremamente importante na 
regulagem da economia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Despesas 
Demanda Oferta 
Produtos 
Mercado de Produtos 
Famílias (ou Pessoas) 
Rendimento 
Trabalho e Capital Unidades 
Produtivas 
Problema do Preço 
3. O Mercado Página 38 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3.11 A Demanda 
 
Demanda é a quantidade de um bem que se deseja comprar, reflete uma 
intenção. 
Compra é a quantidade de um bem que se adquiriu, reflete um ação de 
aquisição. 
 
Considerando a condição “ceteris paribus” (todos os fatores constantes, 
exceto o preço do bem) a relação entre a quantidade demandada para 
cada preço do produto resulta graficamente na curva de demanda. Quando 
o preço do produto diminui, a quantidade demandada aumenta  a curva 
da demanda tem inclinação negativa  relação inversa entre preço e 
quantidade demandada. 
 
Lei da demanda: a cada aumento de preço corresponde uma redução na 
quantidade demandada devido: 
 Efeito Substituição – produto caro é substituído por outros mais 
baratos 
 Efeito Renda – produto caro diminui o poder aquisitivo dos 
compradores 
 
 
 
 
 
 
 
 
3.12 A Oferta 
 
A Oferta é a quantidade de um bem que se deseja vender, reflete uma 
intenção. 
Venda é a quantidade de um bem que foram adquiridos pelos 
compradores, reflete uma ação. 
 
Considerando a condição “ceteris paribus” (todos os fatores constantes, 
exceto o preço do bem) a relação entre a quantidade ofertada para cada 
preço do produto resulta graficamente na curva de oferta. Os custos de 
produção não são cobertos para um preço muito baixo do produto  a um 
preço muito baixo não se produz. Quando o preço do produto aumenta, a 
quantidade ofertada também aumenta  a curva da demanda tem 
inclinação positiva  relação direta entre preço e quantidade ofertada. 
 
Lei da oferta: quanto maior o preço de um produto, maior o desejo de 
vender esse produto. À medida que a quantidade sobe, aumenta a 
quantidade ofertada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Preço 
Quantidade 
Redução Aumento 
Preço 
Quantidade 
Redução 
Aumento 
Preço 
Quantidade 
Renda 
Substitui
ção 
3. O Mercado Página 39 
3.13 Oferta e Demanda 
 
Interação entre os agentes: consumidor e produtor 
Na intersecção das curvas de oferta e demanda tem-se 
 somente um preço de equilíbrio 
 uma quantidade demandada que é igual à quantidade ofertada. 
 
Situações 
 Excedente – quando se tem excesso de oferta 
 Escassez – quando se tem excesso de demanda 
 
 
3.14 Índice de Preços 
 
É uma estatística que mede a variação de preços de uma cesta básica de 
produtos entre períodos (mensal, semanal, anual, etc.). É, portanto, uma 
medida da inflação. 
 
Normalmente são definidas cestas a partir de um perfil de consumidor 
médio (tipo de produto consumido e em quais quantidades) de uma 
determinada classe social numa certa região do país. Por exemplo: 
 
 INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) - determinado pelo 
IBGE, reflete o consumo dos que ganham até 8 salários mínimos 
 IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) - determinado pelo 
IBGE, capta a variação de preços de uma cesta de consumo dos que 
recebem até 40 salários mínimo. 
 
Variando-se as cestas, variam-se os índices. Mas, como toda unidade 
produtora é ao mesmo tempo pagadora e recebedora  no final todos os 
aumentos/reduções de preços acabam se distribuindo,igualando-se os 
aumentos/reduções de preços. Portanto, no curto prazo os índices podem 
até divergir, entretanto no longo prazo eles convergem sempre para um 
mesmo valor de aumento/redução. 
 
Da mesma maneira, se uma região tem índice de inflação mais alto que 
outra região, o equilíbrio econômico provocado pelo próprio transporte de 
mercadorias e o repasse dos aumentos para a população entre essas 
regiões faz com que o nível de preços termine por se igualar à longo prazo. 
 
O índice de preços no atacado (preços pagos pelo setor de comércio ao 
produtor), a longo prazo (p.ex. o IPA de um ano), é muito semelhante ao 
índice de custo de vida (preços pagos pela população ao setor de 
comércio) de longo prazo (p.ex. IGP de um ano). 
 
Os índices de preços podem ser utilizados como padrão para análise e 
referência de cálculos pelos agentes econômicos, mas nunca como preço 
para corrigir preços. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Preço 
Quantidade 
Excedente 
Escassez 
3. O Mercado Página 40 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3.14.1 Fórmula de Laspeyres 
 
Se a cada produto-i for atribuído um peso dado pelas quantidades 
qi0.consumidas em um ano base, então, praticando-se os preços pi0 do ano 
base, o total gasto neste ano base será:  pi0×qi0. 
Considerando que o consumo em um ano-n será o mesmo do ano base-0: 
qin q i0, então, o total gasto no ano-n será:  pin×qi0. 
Portanto, um bom índice de comparação dos preços do ano-n com os 
preços do ano base é: 





00
0
ii
iin
qp
qp
IPL
 
Se for usado o aumento de preço rin = pin / pi0 de cada produto-i no ano-n, 
tem-se: pin = rin × pi0 = pin / pi0 × pi0 
Substituindo-se na fórmula do IPL tem-se a expressão de Laspeyres: 
 
onde: 
pin = preço do item i no período n 
pi0 = preço do item i no período base (0) 
qi0 = quantidade do item i no período base (0) 
 
A fórmula de Laspeyres informa o nível alcançado pelos preços em um 
dado ano, relativamente a um ano base, ao qual se atribui o valor 100. 
Tem a vantagem de usar preços relativos (pin / pi0), contornando o 
inconveniente das unidades de medida. 
 
A fórmula de Laspeyres supõe que as quantidades permanecem as 
mesmas, apenas os preços flutuem (subam ou caiam). 
 
3.14.2 Fórmula de Paasche 
 
 
Os preços relativos (pin / pi0) são ponderados por valores híbridos (pi0  qin) 
 
A fórmula de Paasche usa as quantidades qin consumidas no próprio ano i, 
e informa a variação de preços de um conjunto de produtos, supondo 
constantes as quantidades do ano dado. Para uma mesma cesta de 
artigos, a fórmula de Paasche cresce menos que a fórmula de Laspeyres. 
 
 
 
Ernst Louis Étienne Laspeyres 
(1834 – 1913) 
 
Hermann Paasche 
(1851 – 1925) 










ini
inin
ini
ini
i
in
qp
qp
qp
qp
p
p
IPL
00
0
0










00
0
00
00
0
ii
iin
ii
ii
i
in
qp
qp
qp
qp
p
p
IPL
3. O Mercado Página 41 
3.15 Observações sobre Índice de Preços 
 
 Por ser uma média de preços em um período, um índice de inflação 
mostra uma variação de valores muito acima das variações de preços de 
alguns produtos cujos custos não seguiram a média obtida Não é 
porque um produto-i subiu ri que devo aumentar o meu produto-j do 
mesmo valor  a indexação na economia não tem justificativa. 
 Os índices são calculados para cada região a partir dos preços coletados 
mensalmente 
 É a partir da agregação dos índices regionais referentes a uma mesma 
faixa de renda que se obtém o índice nacional. 
 Os índices mensais resultam da comparação dos preços vigentes nos 30 
(trinta) dias do período de referência com os 30 do período base. 
 A coleta integral de preços se dá a cada período de 30 dias que é 
segmentado, sem interrupção, em 4 subperíodos de cerca de 7 dias 
 Em um subperíodo efetua-se a coleta de uma quarta parte fixa de 
estabelecimentos. 
 
3.16 Exercício Resolvido 
 
3.16.1 Considere a tabela abaixo com a evolução dos níveis de preços em 
31 de dezembro de cada ano apresentado, usado no cálculo do IPCA 
(Índice Nacional De Preços Ao Consumidor). 
 
1996 1997 
Alimentação e Bebidas 3,62 1,37 
Habitação 5,15 8,48 
Artigos de Residência 5,86 3,04 
Vestuário 3,7 0,46 
Transportes 10,58 11,24 
Saúde e Cuidados Pessoais 2,22 6,3 
Despesas Pessoais 3,47 1,89 
Educação 6,06 4,44 
Comunicação 12,23 15,12 
 
A porcentagem do gasto para cada item em relação ao total gasto da 
família média padrão no ano base de 1996 é visto na tabela abaixo 
Porcentagem do gasto 1996 
Alimentação e Bebidas 24,80% 
Habitação 17,40% 
Artigos de Residência 6,40% 
Vestuário 5,50% 
Transportes 19,10% 
Saúde e Cuidados Pessoais 10,50% 
Despesas Pessoais 10,20% 
Educação 4,40% 
Comunicação 1,70% 
Total 100% 
A partir desses dados pode-se calcular o IPCA nos anos de 1996 e 1997: 
IPCA1996 = 24,80%.3,62/3,62 + 17,40%.5,15/5,15 + 6,40%.5,86/5,86 + 
+ 5,50%.3,7/3,7 + 19,10%.10,58/10,58 + 10,50%.2,22/2,22 + 
+ 10,20%.3,47/3,47 + 4,40%.6,06/6,06 + 1,70%.12,23/12,23 = 100 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3. O Mercado Página 42 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
IPCA1997 = 24,80%.1,37/3,62 + 17,40%.8,48/5,15 + 6,40%.3,04/5,86 + 
+ 5,50%.0,46/3,7 + 19,10%.11,24/10,58 + 10,50%.6,3/2,22 + 
+ 10,20%.1,89/3,47 + 4,40%.4,44/6,06 + 1,70%.15,12/12,23 = 103,01  
: Aumento de 3,01% 
 
1996 1997 
 
pi96 qi96*pi96/pi96 pi97 qi97*pi97/pi97 
Alimentação e Bebidas 3,62 24,8 1,37 9,39 
Habitação 5,15 17,4 8,48 28,65 
Artigos de Residência 5,86 6,4 3,04 3,32 
Vestuário 3,7 5,5 0,46 0,68 
Transportes 10,58 19,1 11,24 20,29 
Saúde e Cuidados Pessoais 2,22 10,5 6,3 29,80 
Despesas Pessoais 3,47 10,2 1,89 5,56 
Educação 6,06 4,4 4,44 3,22 
Comunicação 12,23 1,7 15,12 2,10 
Total 100 
 
103,01 
 
3.17 Índices Disponíveis no Brasil 
 
Os índices abrangem as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto 
Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e 
Curitiba, além do Distrito Federal e do município de Goiânia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3.17.1 Índice Nac. de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA 
 
 Orienta o sistema de metas inflacionarias da economia brasileira 
(portanto influencia a condução da política de juros do Brasil). 
 É calculado pelo IBGE através da aplicação da fórmula Laspeyres, e tem 
como base os preços no varejo. 
 A população objetivo do IPCA é referente a famílias com rendimentos 
mensais compreendidos entre 1 e 40 salários-mínimos, qualquer que 
seja a fonte de rendimentos, e residentes nas áreas urbanas de 11 
regiões (Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de 
Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, Goiânia e Brasília). 
 A ponderação do IPCA reflete o hábito de consumo numa época, e é 
ajustada periodicamente. O índice é atualizado supondo que as 
quantidades permanecem as mesmas,apenas os preços caem ou 
sobem. 
Índice Descrição Instit. Variação de Preços Medida Metodologia 
IPA Índice de Preços no Atacado FGV No mercado atacadista 60% do IGP-M 
IPC Índice de Preços ao Consumidor FGV 
De famílias com renda de 1 a 33 sal. mínimo 
em SP e RJ. 30% do IGP-M 
INCC Índice Nacional de Custos da Construção FGV 
No setor da construção civi 
 
10% do IGP-M 
IGP-DI Índice Geral de Preços Disp.Interna FGV Do dia 01 ao dia 30 do mês em referência: Pondera IPA,IPC e INCC 
IGP-M Índice Geral de Preços de Mercado FGV 
Do dia 21 do mês anterior ao dia 20 do mês 
de referência coletados do 21/n até 20/n+1 
IGP-10 Índice Geral de Preços de Mercado FGV 
Entre os dias 11 de um mês ao dia 10 
(inclusive) do mês subseqüente. (engloba 
cálculos de dois meses). coletados do 11/n até 10/n+1 
IPC Índice de Preços ao Consumidor de S.P. FIPE Famílias de 1 a 10 SM 
INPC Índice Nacional de Preços ao Consumidor IBGE 
 
 
IPCA Índice de Preços ao Consumidor Amplo IBGE 
 
Coletados de 29/n até 28/n+1 
 
3. O Mercado Página 43 
A variável de ponderação do IPCA é o "rendimento total urbano" obtido da 
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios - PNAD. 
 
A estrutura de ponderação do IPCA é determinada com base na POF 
(Pesquisa de Orçamento Familiar) do ano anterior, que avalia os hábitos de 
consumo e estabelece relações entre a quantidade, o preço e a 
participação dos produtos que compõem a cesta no orçamento das 
famílias brasileiras que ganham de um a 40 salários mínimos. 
 
Os itens que compõem o IPCA são: 
 Alimentação e bebidas – frutas, hortaliças e verduras, carnes, leite,etc. 
 Transporte – combustíveis, tarifas de transporte público, etc 
 Habitação – aluguéis, energia elétrica, combustíveis (gás), etc. 
 Despesas Pessoais 
 Saúde e cuidados pessoais –farmacêuticos, médicos (planos saúde),etc 
 Artigos de residência – móveis, eletrodomésticos, etc. 
 Vestuário 
 Educação 
 Comunicação – tarifas de telefones, jornais e revistas, etc. 
 
Item de Despesa 
Pesos (%) 
até 07/98 
Pesos (%) 
até 07/99 
Pesos (%) 
até 07/00 
Alimentação e bebidas 30,43 27,72 24,15 
Transporte 13,46 16,87 19,1 
Habitação 26,18 10,24 15,39 
Despesas Pessoais 9,82 10,63 
Saúde e cuidados pessoais 4,44 8,8 10,46 
Artigos de residência 8,34 6,78 
Vestuário 8,57 13,24 6,54 
Educação 3,86 4,84 
Comunicação 1,08 2,1 
 
O item mais pesado quando cai fortemente, puxa o IPCA para baixo 
mais acentuadamente do que deveria. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Série Histórica - IPCA Número Índice (Dez 93 = 100) 
 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 
Jan 1.693,1 1.822,1 2.085,7 2.246,4 2.412,8 2.550,4 2.626,6 2.746,4 2.906,7 3.040,2 3.222,4 3.422,8 3.633,4 
Fev 1.700,9 1.828,6 2.118,4 2.260,1 2.427,1 2.560,8 2.638,1 2.759,8 2.922,7 3.063,9 3.248,2 3.438,2 3.655,2 
Mar 1.707,3 1.839,6 2.144,5 2.270,8 2.441,9 2.571,8 2.647,9 2.773,1 2.928,6 3.079,9 3.273,9 3.445,4 3.672,4 
Abr 1.717,2 1.854,3 2.165,3 2.279,2 2.463,1 2.577,2 2.654,5 2.788,3 2.942,6 3.097,4 3.299,1 3.467,5 3.692,6 
Mai 1.724,3 1.858,2 2.178,5 2.290,8 2.475,2 2.579,8 2.661,9 2.810,4 2.956,5 3.110,7 3.314,6 3.479,9 3.706,3 
Jun 1.733,2 1.866,0 2.175,2 2.307,0 2.474,7 2.574,4 2.669,4 2.831,2 2.967,1 3.110,7 3.319,6 3.482,7 3.715,9 
Jul 1.756,3 1.888,2 2.179,6 2.328,0 2.480,9 2.579,3 2.675,8 2.846,2 2.974,2 3.111,1 3.324,9 3.497,7 3.717,0 
Ago 1.768,6 1.900,5 2.187,0 2.344,1 2.485,1 2.580,6 2.688,4 2.854,1 2.978,7 3.112,3 3.337,2 3.512,0 3.726,0 
Set 1.773,5 1.914,2 2.204,1 2.351,8 2.493,8 2.586,0 2.693,2 2.861,6 2.985,8 3.126,3 3.354,9 3.532,1 3.739,0 
Out 1.788,2 1.939,3 2.210,4 2.362,2 2.512,5 2.594,5 2.701,3 2.874,4 2.994,2 3.149,7 3.369,3 3.552,9 3.760,3 
Nov 1.800,9 1.997,8 2.218,0 2.378,5 2.526,3 2.602,6 2.711,6 2.884,8 3.006,5 3.175,9 3.386,8 3.574,2 3.780,6 
Dez 1.812,7 2.039,8 2.229,5 2.398,9 2.535,4 2.615,1 2.731,6 2.892,9 3.017,6 3.195,9 3.403,7 3.602,5 3.815,4 
 
3. O Mercado Página 44 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3.17.2 Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna - 
IGP-DI 
Na busca de uma medida abrangente do movimento de preços, a FGV 
(Fundação Getúlio Vargas) concebeu no final da década de 1940 o Índice 
Geral de Preços que considera os níveis de preços no varejo e no atacado. 
A partir daí, este indicador passou a ser usado como deflator do índice de 
evolução dos negócios, resultando em um indicador mensal do nível de 
atividade econômica. 
 
O IGP, calculado pela FGV, mede a variação dos preços para famílias: 
 Com renda mensal de até 33 salários mínimos 
 Moradoras do Rio de Janeiro e São Paulo 
 
O IGP é a média aritmética ponderada de três outros índices de preços. São 
eles: 
• Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA)  com peso de 60% 
• Índice de Preços ao Consumidor (IPC)  com peso de 30% 
• Índice Nacional de Custo da Construção (INCC)  com peso de 10% 
 
Daí resultando a fórmula: IGP-DI = 60% .IPA + 30%.IPC + 10%.INCC 
 
 
 
 
 
 
 
 
 IGP-10 - mede a evolução de preços entre os dias 11 do mês anterior e 
10 do mês de referência (a série teve início em 1993). 
 IGP-M - é coletado entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de 
referência (a série começa em 1989) 
 IGP-DI - é coletado entre o primeiro e o último dia do mês de 
referência (a série histórica retroage a 1944) 
 
Série Histórica - IPCA Variação (%) 
 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 
Jan 0,57 0,52 2,25 0,76 0,58 0,59 0,44 0,54 0,48 0,75 0,83 0,56 0,86 0,55 1,24 
Fev 0,46 0,36 1,57 0,61 0,59 0,41 0,44 0,49 0,55 0,78 0,80 0,45 0,60 0,69 1,22 
Mar 0,38 0,60 1,23 0,47 0,61 0,43 0,37 0,48 0,20 0,52 0,79 0,21 0,47 0,92 1,32 
Abr 0,58 0,80 0,97 0,37 0,87 0,21 0,25 0,55 0,48 0,57 0,77 0,64 0,55 0,67 0,71 
Mai 0,41 0,21 0,61 0,51 0,49 0,10 0,28 0,79 0,47 0,43 0,47 0,36 0,37 0,46 
Jun 0,52 0,42 -0,15 0,71 -0,02 -0,21 0,28 0,74 0,36 0,00 0,15 0,08 0,26 0,40 
Jul 1,33 1,19 0,20 0,91 0,25 0,19 0,24 0,53 0,24 0,01 0,16 0,43 0,03 0,01 
Ago 0,70 0,65 0,34 0,69 0,17 0,05 0,47 0,28 0,15 0,04 0,37 0,41 0,24 0,25 
Set 0,28 0,72 0,78 0,33 0,35 0,21 0,18 0,26 0,24 0,45 0,53 0,57 0,35 0,57 
Out 0,83 1,31 0,29 0,44 0,75 0,33 0,30 0,45 0,28 0,75 0,43 0,59 0,57 0,42 
Nov 0,71 3,02 0,34 0,69 0,55 0,31 0,38 0,36 0,41 0,83 0,52 0,60 0,54 0,51 
Dez 0,65 2,10 0,52 0,86 0,36 0,48 0,74 0,28 0,37 0,63 0,50 0,79 0,92 0,78 
 
 
3. O Mercado Página 45 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3.17.3 Índice de Preços por Atacado – IPA 
O IPA mede o ritmo dos preços praticados pela comercialização atacadista, 
nas transações entre empresas, que antecedem as vendas no varejo. 
O IPA é construído sobre amostras de preço de 481 mercadorias, 
selecionadas de um universo de produtos regularmente comercializados no 
atacado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3.17.4 Índice Nacional de Custo da Construção - INCC 
É um índice formado a partir de preços levantados em sete capitais 
estaduais (São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Recife, 
Porto Alegre e Brasília) auxiliando na evolução dos custos no setor da 
construção, um dos termômetros do nível de atividade da economia.IGP-DI (FGV) 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 
Jan 0,8 0,33 0,72 0,43 0,99 0,01 1,01 0,98 0,3 0,31 0,4 
Fev 1,08 0,4 -0,06 0,23 0,38 -0,13 1,09 0,96 0,07 0,2 0,85 
Mar 0,93 0,99 -0,45 0,22 0,7 -0,84 0,63 0,61 0,56 0,31 1,48 
Abr 1,15 0,51 0,02 0,14 1,12 0,04 0,72 0,5 1,02 -0,06 0,45 
Mai 1,46 -0,25 0,38 0,16 1,88 0,18 1,57 0,01 0,91 0,32 -0,45 
Jun 1,29 -0,45 0,67 0,26 1,89 -0,32 0,34 -0,13 0,69 0,76 -0,63 
Jul 1,14 -0,4 0,17 0,37 1,12 -0,64 0,22 -0,05 1,52 0,14 -0,55 
Ago 1,31 -0,79 0,41 1,39 -0,38 0,09 1,1 0,61 1,29 0,46 0,06 
Set 0,48 -0,13 0,24 1,17 0,36 0,25 1,1 0,75 0,88 1,36 
Out 0,53 0,63 0,81 0,75 1,09 -0,04 1,03 0,4 -0,31 0,63 
Nov 0,82 0,33 0,57 1,05 0,07 0,07 1,58 0,43 0,25 0,28 
Dez 0,52 0,07 0,26 1,47 -0,44 -0,11 0,38 -0,16 0,66 0,69 
Ano 12,13 1,2321 3,7973 7,8984 9,1073 -1,4364 11,306 5,0125 8,1121 5,5278 1,6019 
 
IPA(FGV) 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 
Jan 0,75 0,08 0,81 0,32 1,08 -0,33 0,96 0,96 0,01 0 0,12 
Fev 1,42 0,39 -0,12 0,19 0,52 -0,31 1,38 1,23 -0,03 0,09 1 
Mar 1,09 1,14 -0,82 0,11 0,8 -1,46 0,52 0,6 0,55 0,12 1,91 
Abr 1,57 0,33 -0,15 0,02 1,3 -0,1 0,68 0,24 1,25 -0,39 0,27 
Mai 1,71 -0,98 0,46 -0,04 2,22 -0,1 2,06 -0,63 0,91 0,01 -1,21 
Jun 1,57 -0,78 1,06 0,09 2,29 -0,64 0,43 -0,19 0,89 0,85 -1,21 
Jul 1,35 -0,69 0,17 0,42 1,28 -1,16 0,34 -0,13 2,13 0,2 -1,01 
Ago 1,59 -1,04 0,53 1,96 -0,8 0,07 1,7 0,77 1,77 0,58 0,04 
Set 0,65 -0,28 0,28 1,64 0,44 0,29 1,47 0,94 1,11 1,9 -0,18 
Out 0,61 0,79 1,16 1,02 1,36 -0,08 1,32 0,48 -0,68 0,71 
 Nov 1 0,24 0,75 1,45 -0,17 -0,04 1,98 0,34 0,16 0,12 
 Dez 0,48 -0,14 0,11 1,9 -0,88 -0,29 0,21 -0,55 0,74 0,78 
 Fonte: FGV 
 
INCC 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 
Jan 0,33 0,75 0,34 0,45 0,38 0,33 0,64 0,41 0,89 0,65 0,88 
Fev 1 0,44 0,19 0,21 0,4 0,27 0,36 0,28 0,3 0,6 0,33 
Mar 1,16 0,67 0,2 0,27 0,66 -0,25 0,75 0,43 0,51 0,5 0,28 
Abr 0,59 0,72 0,36 0,46 0,87 -0,04 0,84 1,06 0,75 0,74 0,88 
Mai 1,83 2,09 1,32 1,15 2,02 1,39 1,81 2,94 1,88 2,25 2,05 
Jun 0,7 0,76 0,9 0,92 1,92 0,7 1,09 0,37 0,73 1,15 0,66 
Jul 1,12 0,11 0,47 0,31 1,46 0,26 0,44 0,45 0,67 0,48 0,75 
Ago 0,81 0,02 0,24 0,26 1,18 -0,05 0,14 0,13 0,26 0,31 0,08 
Set 0,58 0,24 0,11 0,51 0,95 0,15 0,21 0,14 0,22 0,43 0,15 
Out 1,19 0,19 0,21 0,51 0,77 0,06 0,2 0,23 0,21 0,26 
Nov 0,71 0,28 0,23 0,36 0,5 0,29 0,37 0,72 0,33 0,35 
Dez 0,51 0,37 0,36 0,59 0,17 0,1 0,67 0,11 0,16 0,1 
 
 
Fonte: FGV 
 
3. O Mercado Página 46 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O índice de custo da construção está subdividido em 
 Residenciais (construções habitacionais) 
 Obras públicas de engenharia civil 
 Obras públicas de infraestrutura 
 
3.17.5 Índice de Preços ao Consumidor IPC 
 
O IPC mede a variação de preços de um conjunto fixo de bens e serviços 
componentes de despesas habituais de famílias com nível de renda 
situado entre 1 e 33 salários mínimos mensais. A pesquisa de preços 
ocorre diariamente, em sete das principais capitais do país: São Paulo, Rio 
de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Recife, Porto Alegre e Brasília. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3.18 INPC 
 
O Índice Nacional de Preços Ao Consumidor (INPC) foi criado com o 
objetivo de orientar os reajustes de salários dos trabalhadores. A amostra 
do INPC abrange as famílias com rendimentos mensais entre 1 (hum) e 5 
(cinco) salários-mínimos ( 50% das famílias brasileiras), cujo chefe é 
assalariado e residente nas áreas urbanas . 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Série Histórica - INPC Número Índice (Dez 93 = 100) 
 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 
Jan 1.685,2 1.849,8 2.151,8 2.337,3 2.474,2 2.594,2 2.670,1 2.813,3 2.994,2 3.124,8 3.328,8 3.516,1 3.749,3 
Fev 1.693,5 1.855,5 2.183,3 2.346,4 2.485,1 2.600,1 2.681,3 2.826,8 3.003,4 3.146,6 3.346,7 3.529,8 3.768,8 
Mar 1.701,6 1.867,0 2.213,2 2.359,8 2.503,2 2.607,2 2.693,1 2.841,2 3.009,4 3.169,0 3.368,8 3.536,2 3.791,4 
Abr 1.715,9 1.879,7 2.243,7 2.369,4 2.526,0 2.610,3 2.700,1 2.859,4 3.026,0 3.192,1 3.393,1 3.558,8 3.813,7 
Mai 1.725,7 1.881,4 2.265,9 2.378,9 2.543,7 2.613,7 2.707,1 2.886,9 3.044,2 3.205,8 3.412,4 3.578,4 3.827,1 
Jun 1.736,0 1.892,9 2.264,6 2.390,8 2.540,9 2.611,9 2.715,5 2.913,1 3.056,9 3.202,3 3.419,9 3.587,7 3.837,8 
Jul 1.755,3 1.914,7 2.265,5 2.408,3 2.541,7 2.614,7 2.724,2 2.930,0 3.064,0 3.200,1 3.419,9 3.603,1 3.832,8 
Ago 1.769,1 1.931,1 2.269,6 2.420,3 2.541,7 2.614,2 2.740,3 2.936,2 3.066,4 3.197,8 3.434,3 3.619,3 3.838,9 
Set 1.776,9 1.947,2 2.288,2 2.424,4 2.545,5 2.618,4 2.747,1 2.940,6 3.071,3 3.215,1 3.449,8 3.642,1 3.849,3 
Out 1.793,6 1.977,7 2.297,1 2.428,5 2.560,2 2.629,6 2.755,3 2.955,3 3.078,7 3.244,7 3.460,8 3.668,0 3.872,8 
Nov 1.816,8 2.044,8 2.305,6 2.439,2 2.574,1 2.640,7 2.767,2 2.966,5 3.090,1 3.278,1 3.480,5 3.687,8 3.893,7 
Dez 1.830,2 2.100,0 2.318,0 2.460,2 2.584,4 2.657,1 2.794,0 2.975,1 3.097,5 3.297,8 3.498,3 3.715,1 3.921,7 
Fonte: IBGE 
 
IPC 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 
Jan 1,08 0,85 0,65 0,69 0,97 0,83 1,29 1,27 0,81 1,01 0,99 
Fev 0,28 0,43 0,01 0,34 0,00 0,21 0,68 0,49 0,24 0,33 0,66 
Mar 0,46 0,70 0,22 0,48 0,45 0,61 0,86 0,71 0,60 0,72 0,85 
Abr 0,31 0,88 0,34 0,31 0,72 0,47 0,76 0,95 0,52 0,52 0,77 
Mai 0,71 0,79 -0,19 0,25 0,87 0,39 0,21 0,51 0,52 0,32 0,52 
Jun 0,78 -0,05 -0,40 0,42 0,77 0,12 -0,21 -0,18 0,11 0,35 0,33 
Jul 0,59 0,13 0,06 0,28 0,53 0,34 -0,21 -0,04 0,22 -0,17 0,10 
Ago 0,79 -0,44 0,16 0,42 0,14 0,20 -0,08 0,40 0,44 0,20 0,12 
Set 0,01 0,09 0,19 0,23 -0,09 0,18 0,46 0,50 0,54 0,30 
Out 0,10 0,42 0,14 0,13 0,47 0,01 0,59 0,26 0,48 0,55 
Nov 0,37 0,57 0,24 0,27 0,56 0,26 1,00 0,53 0,45 0,68 
Dez 0,63 0,46 0,63 0,70 0,52 0,24 0,72 0,79 0,66 0,69 
Ano 6,2784 4,9291 2,0644 4,6131 6,0664 3,9261 6,2281 6,3595 5,7332 5,6354 4,4193 
Fonte: FGV 
3. O Mercado Página 47 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Considerações: 
 Até 31.12.2011  amostras de famílias com rendimento de 1 à 6 
salários mínimos 
 A partir de 01.01.2012  amostras de famílias com rendimento de 1 à 
5 salários mínimos (diminuiu para evitar a desvirtuação da faixa 
salarial em função da elevação real da renda do brasileiro), calculado 
com base nos valores de despesa obtidos na Pesquisa de Orçamentos 
Familiares - POF (realizada a cada cinco anos pelo IBGE) 
 Observar que pelo fato de considerar famílias de até 6 salários 
mínimos, o INPC produz uma estatística muito mais nervosa e com 
valores mais elevados do que o IPCA que considera famílias de até 40 
salários mínimos, pois os itens que compõem o IPCA incluem itens de 
grife cujos preços oscilam muito pouco.Exemplo: 
INPC nov2002 = 3,39 >> IPCA nov2002 =1,99 
 
3.19 A Inflação 
 
 No mercado toda a produção é trocada por moeda. Se o volume de 
moedas aumentar, sem o correspondente aumento no volume de 
produtos, então mais moedas serão gastas para pagar uma mesma 
quantidade de produtos, isto é, os preços dos produtos aumentarão e 
as moedas se desvalorizarão. Tem-se inflação. 
 O aumento da quantidade de moeda gera o aumento dos preços que 
provoca o crescimento automático da quantidade de moeda (círculo 
vicioso conhecido desde a hiperinflação húngara de 1946). 
 A inflação deve-se, antes de tudo, à desigualdade na distribuição da 
renda. 
 Qualquer economia funciona em ciclos de sazonalidade com safras e 
entresafras. Assim, no períodode um ano (ciclo completo), os preços 
flutuam livremente, isto significa que sobem na entressafra devido a 
escassez, e caem na safra, quando a oferta é maior. Portanto é natural 
as subidas e quedas de um índice de preços. As correções e reajustes 
têm que ser, portanto, anuais. O que não se pode admitir é que depois 
de uma entresafra os preços continuem grampeados no alto por uma 
questão de "vontade" do dono, como ocorria no Brasil. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Série Histórica - INPC Variação (%) No Mês 
 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 
Jan 0,77 1,07 2,47 0,83 0,57 0,38 0,49 0,69 0,64 0,88 0,94 0,51 0,92 0,63 1,48 
Fev 0,49 0,31 1,46 0,39 0,44 0,23 0,42 0,48 0,31 0,70 0,54 0,39 0,52 0,64 1,16 
Mar 0,48 0,62 1,37 0,57 0,73 0,27 0,44 0,51 0,20 0,71 0,66 0,18 0,60 0,82 1,51 
Abr 0,84 0,68 1,38 0,41 0,91 0,12 0,26 0,64 0,55 0,73 0,72 0,64 0,59 0,78 0,71 
Mai 0,57 0,09 0,99 0,40 0,70 0,13 0,26 0,96 0,60 0,43 0,57 0,55 0,35 0,60 
Jun 0,60 0,61 -0,06 0,50 -0,11 -0,07 0,31 0,91 0,42 -0,11 0,22 0,26 0,28 0,26 
Jul 1,11 1,15 0,04 0,73 0,03 0,11 0,32 0,58 0,23 -0,07 0,00 0,43 -0,13 0,13 
Ago 0,79 0,86 0,18 0,50 0,00 -0,02 0,59 0,21 0,08 -0,07 0,42 0,45 0,16 0,18 
Set 0,44 0,83 0,82 0,17 0,15 0,16 0,25 0,15 0,16 0,54 0,45 0,63 0,27 0,49 
Out 0,94 1,57 0,39 0,17 0,58 0,43 0,30 0,50 0,24 0,92 0,32 0,71 0,61 0,38 
Nov 1,29 3,39 0,37 0,44 0,54 0,42 0,43 0,38 0,37 1,03 0,57 0,54 0,54 0,53 
Dez 0,74 2,70 0,54 0,86 0,40 0,62 0,97 0,29 0,24 0,60 0,51 0,74 0,72 0,62 
 
 
3. O Mercado Página 48 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3.20 Série Histórica da Inflação Brasileira 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3.21 Quadro Resumo da Inflação Brasileira 
 
Número de anos da Economia Brasileira (1910-2001) 
 Recessão Moderado Rápido Totais 
Crescimento do PIB <0 Entre 0 e 5 >5 
Deflação 2 3 3 8 
Inflação Um dígito 1 16 9 26 
Inflação Dois Dígitos 3 12 30 45 
Inflação Superior a 2 Dígitos 4 4 5 13 
Total 10 35 47 92 
Fonte: Gesner Oliveira, 2001 em perspectiva histórica, Folha de São Paulo, 
9/12/2000, pag.B2 
 
3.22 Componentes de um Processo Inflacionário 
 
3.22.1 A disputa pelo PIB 
 As famílias brigam pelo produto e nesse processo leva o produto 
quem oferecer mais moeda. Ocorre uma disputa pelo PIB 
 É caracterizada pela ânsia de recuperar ou adquirir situações ou 
privilégios 
 O maior status (econômico/militar) de um dos lados alimenta as 
reivindicações do outro lado  Greves. 
 O sucesso da greve de uma categoria alimenta o aumento/repasse de 
preços de outra, ou das outras todas. 
 
3.22.2 A crise de confiança 
 
 Na essência, a inflação é um problema de credibilidade. Existe inflação 
porque as pessoas não acreditam na estabilidade do padrão 
monetário. Todos se comportam sob a expectativa de que haverá 
aumentos de preços no futuro  compro agora para não pagar mais 
caro depois. 
 Os consumidores compram mais rapidamente, acelerando a 
velocidade de circulação da moeda. 
 As empresas aumentam os preços e os salários justamente porque 
acham que logo à frente esses aumentos serão validados pela inflação. 
 Toda perda de confiança culmina no desencanto e em inflação. 
 (*) (*) (*) (*) (**) (**) (**) (**) 
1900 -15,70 1910 4,30 1920 19,00 1930 -12,40 1940 6,70 1950 12,30 1960 30,50 1970 19,30 
1901 -10,80 1911 3,80 1921 -15,30 1931 -11,00 1941 10,00 1951 10,00 1961 4,77 1971 19,50 
1902 21,50 1912 7,40 1922 7,40 1932 1,50 1942 17,00 1952 12,30 1962 51,30 1972 15,70 
1903 13,46 1913 -12,80 1923 30,10 1933 0,10 1943 18,00 1953 22,50 1963 81,30 1973 15,50 
1904 2,00 1914 -13,30 1924 12,30 1934 5,00 1944 20,60 1954 26,00 1964 91,90 1974 35,40 
1905 -21,30 1915 12,60 1925 18,40 1935 4,80 1945 10,10 1955 25,50 1965 34,50 1975 29,20 
1906 34,90 1916 20,90 1926 -18,10 1936 2,00 1946 22,50 1956 6,90 1966 38,80 1976 46,40 
1907 4,00 1917 11,50 1927 -3,30 1937 9,40 1947 1,50 1957 22,00 1967 24,30 1977 38,80 
1908 -16,50 1918 9,80 1928 11,50 1938 4,00 1948 9,00 1958 29,00 1968 25,50 1978 40,80 
1909 3,70 1919 11,50 1929 1,00 1939 3,00 1949 11,50 1959 39,50 1969 20,10 1979 77,20 
(*)Índices de Cláudio Haddad (**)IGP-DI da Fundação Getúlio Vargas 
3. O Mercado Página 49 
 A confiança no governo é perdida quando: 
 - Há manipulação nos índices de aferição da economia. 
 - Há atraso no câmbio, agravado com maxidesvalorização de surpresa. 
 - Existe déficit público (negado pelo governo): mais despesas menos 
receitas. 
 - O governo insiste no direito irrestrito ao uso e, inclusive, à reedição 
contínua de medidas provisórias. 
 - O governo perpetra uma ação unilateral sobre a poupança ou sobre 
os impostos. 
 O esgotamento do crédito é uma das consequências da falta de 
confiança: não empresto pois não sei se irei receber de volta 
 
3.22.3 A obsessão pela segurança 
 
 Aversão ao risco - Pressão demasiada contra a aceitação de riscos, e a 
favor de: 
- sucessos seguros (garantidos), ainda que modestos 
- resultados imediatos; 
- resultados de curto prazo. 
Falta disposição de todos para aceitar qualquer espécie de risco. 
 Não há inovação - Os gestores (gerentes e diretores) das sociedades 
anônimas, responsáveis perante as juntas diretoras, e sujeitos a 
intensa vigilância pública e política, são quase sempre cobrados por 
menos riscos, portanto cada vez menos propensos a lances ousados, a 
jogadas calculadamente perigosas como as de lançar um produto 
inovador ou uma ideia imaginosa. 
 Caracteriza os que têm muito a perder, quer dizer os ricos e os 
poderosos quem tem mais resiste mais ao risco de perda. 
 Superpreço - É o grande motor tanto do superarmamento (corrida 
armamentista) quanto da inflação. 
 Horizonte curto - Os agentes econômicos passam a exigir a correção 
monetária e buscam encurtar os prazos dos contratos. 
 Jurídicos Fortes - Assim para se reduzir os riscos, as ameaças e evitar 
perdas, colocam-se proteções nos preços e formas jurídicas nos 
contratos para preservação da capacidade de revisão desses 
compromissos. 
 Indexação - Essas proteções podem assumir várias formas: 
indexadores, custos adicionais fantasmas, prazos curtos, pagamento 
antecipado, lei salarial ,etc. 
 Protecionismo - Leva ao paradoxo: partidários da livre empresa 
exigem que o governo proteja seus negócios e suas vendas contra 
rivais estrangeiros e nacionais. 
 O protecionismo alfandegário, é claro, provoca a alta dos preços. 
 As proteções são soluções individuais que custam caro (seguros, 
hedgings, cofres,etc.)  aumenta preços agravam um problema 
coletivo. 
 Exemplo - O repasse para a tarifa de transporte do aumento de salários 
dos motoristas e cobradores de ônibus, resolve o problema do 
empresário e o do funcionário da empresa de ônibus, mas gera inflação 
para todas as pessoas de uma comunidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
3. O Mercado Página 50 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3.22.4 Realimentação positiva (feedback) 
 
 Pode ser resumido na expressão : "quanto mais, mais". 
 A inflação é alimentada pelo excesso de defesa (alta reatividade) 
contra a própria inflação: 
 - consumismo 
 - estocagem 
 - aplicações financeiras 
 - proteções nos preços 
 É um mecanismo do capital fazendo dinheiro e não produtos. 
 Qualquerforma de reposição salarial com base na inflação passada 
(ex.: gatilho do cruzado, a URP do Bresser) implica no estabelecimento 
do índice de reajuste salarial como piso da inflação. Todo mundo 
corrigirá seus preços conforme aquele índice. 
E se restabelece a inércia: a inflação de um mês é sempre a do mês 
anterior mais alguma coisinha nova. 
 A prefixação da correção salarial é outra armadilha: na cultura 
inflacionaria fatalmente todos os agentes econômicos aumentariam 
seus preços, no mínimo e previamente, conforme a inflação prefixada 
e ficariam à espera das novidades. 
 
3.22.5 Teoria Monetária da Inflação 
 
 Formulada por Jean Bodin em 1575. 
 Princípio: O que faz os preços despencarem não é nem o 
tabelamento, nem a policia, mas a escassez de dinheiro no bolso dos 
consumidores. 
 Admitindo-se que a inflação resulte, basicamente, de um excesso de 
demanda agregada, ou seja, do somatório do consumo, dos 
investimentos e dos gastos do governo, abstraindo o comércio 
exterior, se há aumento de preços e se 
- os assalariados não estão gastando em consumo mais do que seus 
salários (que são reajustados abaixo da inflação) e 
- os empresários não estão investindo além das poupanças do setor 
privado, 
então é o governo (federal, estadual ou municipal, empresas estatais 
e previdência social) que gasta muito além de suas possibilidades. 
 
3.22.6 Comentários 
 
 Em um processo hiperinflacionário, são as funções de reserva de valor 
e de padrão de preços e de contratos que vão se deteriorando (a 
moeda não vale nada) 
 Na deflação, a função de reserva de valor absorve as demais, de tal 
modo que é interrompida a circulação de bens (a moeda é tudo) 
 A quantidade global da moeda regula/ordena os preços relativos e o 
sistema de valores dos ativos 
 
 
3. O Mercado Página 51 
 O ideal de inflação zero e as reformas monetárias apenas aceleram a 
tomada de consciência de que por trás dos novos nomes das novas 
moedas está a impossibilidade de gerar e distribuir nova riqueza. 
 A corrida atrás de moeda estrangeira é apenas a busca de um refúgio, 
de um símbolo que representa uma riqueza verdadeira, produzida 
fora do país. 
 O ideal é não ter nada, nem política salarial, nem índice oficial de 
inflação. 
 O controle dos salários e dos preços continua a ser tão ilusório como o 
ouro dos tolos, pois assim que é removido os preços logo sobem. 
 
3.23 Características do processo inflacionário 
 
3.23.1 Os indivíduos e agentes econômicos: 
 
 Conscientização da situação - aquisição da consciência da situação do 
ambiente em que se encontram imersos. Atitude típica: comprar isto 
agora, porque amanhã estará mais caro. 
 Crença no pior - aspecto psicológico caracterizado pela assimilação da 
convicção de que o processo de subida de preços irá continuar. 
 Obsessão pela segurança - deflagração de mecanismos de proteção de 
preços. 
 Lógica do curto prazo - o público e os agentes econômicos não aceitam 
compromissos duradouros. 
 Especulação com valores - a quase ausência de um padrão para preços 
facilita a exploração de oportunidades de ganhos que não obedece a 
nenhuma regra lógica. 
 Regra: comprar qualquer coisa para não ficar com dinheiro 
desvalorizado no bolso. 
 A disputa pelo PIB - a especulação com valores, caracterizada pela 
ausência de argumentos lógicos, deflagra uma corrida entre os agentes 
econômicos pela busca de uma melhor valorização de seus produtos. 
 Queda dos investimentos privados 
 
3.23.2 O governo: 
 
 Aumento do déficit - o governo não consegue se financiar por meio de 
impostos que chegam corroídos pela inflação. 
 Ciranda financeira - para se financiar, o governo lança mão de 
mecanismos do tipo: 
 - emissão de moeda; 
 - colocação de títulos públicos. 
 Endividamento crescente - as altas taxas de juros provocam um 
endividamento cada vez maior do governo. 
 Tirania da liquidez - a tarefa da política econômica passa a ser de 
adaptar os juros às expectativas de alta de preços, subordinando a 
oferta de moeda à demanda do mercado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3. O Mercado Página 52 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3.23.3 O ambiente: 
 
 Crescimento da base monetária - ocorre através de mecanismos do 
tipo: 
 - introdução de moeda (emissão via governo) 
 - aumento da velocidade da moeda (ninguém quer ficar com 
 moeda ). 
 Aumento da liquidez - a aceitação dos títulos públicos pelos agentes 
econômicos, que tratam de fugir desses titulos tão rápido quanto 
possível, se dá através de altas taxas de desconto e de prazos curtos ou 
curtíssimos, o que significa dar rentabilidade e liquidez ao mesmo 
tempo. 
 Desvalorização crônica da moeda - a moeda não é confiável, seja como 
reserva de valor, seja como unidade invariante de medida. 
 Ambiente altamente instável - frequência elevada de mudanças e 
mudanças imprevisíveis. 
 O presente passa a ser determinado antes pelo futuro (reflexo das 
apostas coletivas acerca da próxima rodada de alta dos preços ) 
 
3.23.4 Liquidez 
 
 A taxa de expansão da moeda (velocidade com que a moeda troca de 
mãos na economia) cresce com a inflação, ou seja, cresce com o custo 
de retenção da moeda. 
 A velocidade de circulação é tanto mais alta quanto mais baixa for a 
confiança do público no padrão monetário. 
 
3.23.5 Indexação – A Correção Monetária 
 
 Mecanismo propagador e realimentador da inflação 
 Acaba por deixar de ser um mero indexador de valores, para se 
transformar em moeda ou numa espécie de preço básico de todos os 
preços. 
 Exemplificando, suponha que a inflação, e portanto a correção 
monetária, de um mês seja de 20 . Suponha também que os custos de 
uma empresa determinada não cresçam naquele mês. Porém, o seu 
capital é corrigido automaticamente. Então, para manter a 
rentabilidade sobre o capital, esta empresa terá que corrigir seus 
preços, mesmo sem qualquer pressão de custos. 
 Outro exemplo: suponha que os preços da primeira quinzena de um 
mês de uma certa cesta alcancem Cr$10,00. Na segunda quinzena 
alcancem Cr$20,00. Portanto, a média deles no mês será de Cr$15,00. 
Suponha agora que há uma tendência a ficarem rigorosamente 
estáveis no mês seguinte, portanto estacionados em Cr$20,00. Neste 
caso, a correção monetária oficial será de 20/15 = 33 . Assim, todos os 
preços indexados serão imediatamente corrigidos, contaminando o 
conjunto deles. A tendência da cesta, então, imediatamente apontará 
para 33. 
 A correção monetária obstrui qualquer tendência decrescente de 
inflação. 
 
 
 
3. O Mercado Página 53 
 Com a inflação em alta, os ativos financeiros acabam registrando uma 
perda contínua, uma vez que a elevação corrente dos preços é sempre 
maior do que a correção monetária que se materializa no mesmo 
momento. Ou seja, a correção é atrasada em relação ao movimento 
dos preços. 
 Por prudência, o sistema financeiro sempre estima uma inflação futura 
maior do que a alta dos preços correntes. 
 A ausência de indexação sem a garantia do fim da inflação, ou pelo 
menos de "inflação civilizada" significa tão somente o aumento da 
incerteza, o que, regra geral, traduz-se em aumentos de custos. 
 A indexação leva para frente a inflação passada. Torna rígida, portanto, 
a inflação do passado. Além disso, dissemina para todos os preços 
qualquer choque produzido por apenas um preço. 
 
3.24 Parâmetros do processo 
 
 Hostilidade inicial - é a primeira carta jogada na mesa. 
Se todo mundo está quieto e trabalhando,o primeiro preço remarcado 
ou a primeira greve estourada deve ser considerada como hostilidade 
inicial. 
 
 Reatividade - é a resposta à hostilidade inicial. 
Qualquer reatividade maior do que um é perigosa. A reatividade 
aceitável como desaceleradora, realimentação negativa, pacificadora , é 
aquela na qual o produto das reatividades dos contendores é menor do 
que um. 
 
 3.25 Conclusões 
 
 Para deter o medo e a desconfiança que geram a hostilidade inicial, 
tanto na corrida armamentista quanto na inflação, um remédio é 
mostrar-se ao rival por fora e por dentro, deixando-se espionar e até 
revistar. 
 
 Quando tudo está quieto, ninguém deve iniciar nenhuma greve, nem 
aumentar nenhum preço, por mais justo (e sempre é justo) que seja o 
motivo. 
 
 Os preços não se submetem , nem nunca se submeteram, a um 
desarme unilateral do tipo redução ou congelamento das tarifas 
públicas, na ilusão do governo obter uma reatividade menor do que 
um. 
 
 A inflação mostra uma visão do mundo que afronta abertamente a 
solidariedade humana e a justiça social. Apregoa o lucro de uns poucos 
em prejuízo de muitos. Não fabrica homens livres, fabrica sim uns 
poucos senhores e muitos escravos 
 
 Nunca houve um plano de estabilização baseado apenas em 
colaboração 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3. O Mercado Página 54 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 É necessário uma espécie de pacto social em que os empregadores, os 
sindicatos e o governo reconheçam suas obrigações comuns no sentido 
de alcançar a estabilidade dos preços. 
 
 Sem a estabilidade dos preços, as pessoas perdem o incentivo para 
economizar e acumular o capital que alimenta o sistema. 
 
 A cultura que antes se voltava para o amanhã (projetos, poupança, 
pesquisa) passa a ser imediatista, voltada para o hoje, voltada para o 
consumo. 
 
 Combate-se a inflação produzindo-se mais, encontrando-se estímulos e 
investimentos para suprir a demanda e estimular a concorrência. 
Jamais com artificialismos como o tabelamento de preços. 
 
 Mais do que o excesso de moeda, o que faz a inflação subir é a 
escassez de produtos [José Eduardo de Andrade Vieira]. 
 
3.26 Instrumentos clássicos de política ortodoxa 
 
 Refrear as expectativas dos consumidores. 
 Redução do excessivo crescimento do meio circulante e do crédito, a 
fim de restringir a procura e restaurar a estabilidade (restrição 
monetária ). 
 Limitar severamente as despesas públicas. Eliminar o déficit público 
(contenção fiscal). 
 Aumentar o abastecimento de mercadorias, através de incentivos 
fiscais à poupança e aos investimentos. 
 A taxa de câmbio deve se manter fixa em relação a uma moeda 
externa. 
 
3.27 Recessão 
 
Todo programa de combate à inflação inclui uma recessão temporária, 
para que as pessoas percam o hábito de reajustar preços e salários. 
 
Para acabar a cultura de remarcações, é preciso que as pessoas percebam 
e sintam que se aumentarem os preços não conseguirão vender. É a única 
maneira de manter os preços estáveis. 
 
Se o indivíduo quiser aumentar os preços para ter mais lucro, não vai 
conseguir vender, pois não existirá moeda suficiente para comprar no novo 
preço. 
 
Uma brutal falta de dinheiro acarreta uma queda dos preços, porque 
ninguém compra nada. 
 
Um grande aperto monetário liquida qualquer inflação. 
 
Quando o comércio vende seu estoque, a preços rebaixados, o dinheiro 
faturado não dá para recuperar o mesmo estoque. Compra-se cada vez 
menos mercadorias. Assim começa a recessão, a redução da atividade 
econômica. Vende-se menos, produz-se menos, emprega-se menos. 
3. O Mercado Página 55 
Quando não se consegue comprar toda a produção com a renda por causa 
de escapamentos (poupança, impostos, depreciação) a economia entra em 
recessão 
 
O encolhimento do mercado interno tem um impacto direto sobre os 
micro e pequenos empresários, responsáveis pela maioria dos empregos. 
As empresas desse porte dificilmente têm estrutura para optar pelo 
aumento dos negócios no mercado externo e funcionam, em sua grande 
maioria, como fornecedores complementares às grandes indústrias 
 
A recessão às vezes não é apenas inevitável mas ainda, muitas vezes 
benéfica à sociedade como um todo. Ela purga o sistema de seus excessos, 
dos produtos ruins, das companhias mal administradas e dos empresários 
espertinhos. 
 
A taxa enorme de desperdício e ineficiência que a inflação absorve fica a 
descoberta quando a inflação cai. 
 
Só o acirramento da concorrência terá poder suficiente para uniformizar os 
preços. Mas o custo desse fenômeno será a eliminação dos ineficientes. 
 
O alerta para o agravamento da recessão provoca uma ação de defesa do 
industrial: pensando que a contração da demanda vai ser pior do que já 
está, os empresários começam a ajustar sua produção de maneira 
desordenada. A regra é sobreviver a qualquer custo. A primeira ação é 
diminuir a produção via demissões. 
 
Ao ajustar a sociedade com a recessão, o governo consegue desordenar a 
oferta antes que a demanda caia. Assim tem-se menos produto para uma 
mesma quantidade de moeda. Os preços sobem. A inflação aparece. 
 
 
3.28 Exercícios Propostos 
 
3.28.1 Considere que em um mês uma empresa pode produzir 6 unidades 
de um bem-2 ou 8 unidades de um bem-1, ou qualquer combinação 
linear entre essas 2 quantidades conforme o gráfico mostrado a seguir. 
Determine qual deve ser o preço sugerido para o bem-2 em relação ao 
bem-1. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
5 
 
4 
 
3 
 
2 
 
1 
 
0 
 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 
Produção do 
bem-2 
Produção do 
bem-1 
3. O Mercado Página 56 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3.28.2 Assinale o fator de produção (coluna) que o item listado pertence 
 
Itens Mão de obra Capital Terra Matéria prima 
Edificações 
Florestas 
Plásticos 
Ferramentas 
Trabalho 
Minas de ferro 
Tecidos 
 
3.28.3 Dada a tabela abaixo, explique a diferença entre os valores dos dois 
índices avaliados para os mesmos meses. 
 
2001 INPC IPCA 
Ago 0,79 0,70 
Set 0,44 0,28 
Out 0,94 0,83 
Nov 1,29 0,71 
Dez 0,74 0,65 
 
3.28.4 De quanto deverá ser o câmbio R$/US$ em um ano t para manter o 
mesmo poder de compra do dólar no ano base 0, cujo cambio era de 2,3 
R$/US$, sabendo-se que houve uma inflação do ano t para o ano base de 
14,7% 
 
 
3.29 Para saber mais 
 
[1] MOCHÓN, Francisco. Princípios da Economia. São Paulo: Pearson 
Prentice Hall, 2007. 
[2] GLEISER, Ilan. Caos e Complexidade. Rio de Janeiro: Editora Campus, 
2002 
[3] WONNACOTT, Paul; WONNACOTT, Ronald. Introdução à Economia. São 
Paulo: Editora McGraw-Hill do Brasil, 1994. 
 [4] MANKIW, N. Gregory. Introdução À Economia. São Paulo: Cengage 
Learning, 2014. 
[5] IBGE / série estatística: 
http://seriesestatisticas.ibge.gov.br/lista_tema.aspx?op=1&no=1 (acessado 
em 02/09/2014) 
[6] IBGE / Sidra: http://www.sidra.ibge.gov.br/ (acessado em 11/09/2014) 
[7] IBGE / indicadores: 
http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/trabalhoerendiment
o/pme_nova/defaulttab_hist.shtm (acessado em 02/09/2014) 
[8] Datasus: http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/idb2012/matriz.htm 
(acessado em 11/09/2014) 
[9] Banco Central do Brasil: 
http://www.bcb.gov.br/pec/sdds/port/sddsp.htm?perfil=1(acessado em 
11/09/2014) 
 
3. O Mercado Página 57 
[10] Trading Economics: http://pt.tradingeconomics.com/brazil/gdp-
growth (acessado em 11/09/2014) 
[11] SEI - Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia 
http://www.sei.ba.gov.br/index.php?option=com_content&id=135&Itemid
=218 (acessado em 02/09/2014) 
[12] CEIC Data Euromoney Institutional Investor http://www.ceicdata.com/ 
(acessado em 02/09/2014) 
 [13] Secretaria de Política Econômica: 
https://www1.fazenda.gov.br/spe/novo_site/home/hist_inflacao.html 
(acessado em 11/09/2014) 
[14] Portal Brasil: http://www.portalbrasil.net/ipc_di.htm (acessado em 
11/09/2014)

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