Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Introdução ao Estudo do Direito II Página 1 UNIVERSIDADE DO GRANDE RIO PROFESSOR JOSÉ DE SOUZA HERDY – UNIGRANRIO Curso de Graduação em Direito Dayanne Pacheco - 2211681 Gleyce Ayrolla - 2210724 Helena Ferreira – 2211957 Natassia Almeida - 2211928 LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO - LINDB Duque de Caxias 2017 Introdução ao Estudo do Direito II Página 2 Dayanne Pacheco - 2211681 Gleyce Ayrolla - 2210724 Helena Ferreira – 2211957 Natassia Almeida - 2211928 LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO - LINDB Trabalho apresentado no curso de Graduação no curso de Direito da Universidade do Grande Rio Professor José de Souza Herdy – UNIGRANRIO Orientador: Washington Luiz Junior Duque de Caxias 2017 Introdução ao Estudo do Direito II Página 3 SUMÁRIO Agradecimento.............................................................................................Pág 4 Introdução....................................................................................................Pág 5 LINDB..........................................................................................................Pág 6 Artigos comentados da LINDB....................................................................Pág 7 Imperatividade.............................................................................................Pág 14 Conclusão....................................................................................................Pág 17 Referência Bibliográfica...............................................................................Pág 18 Introdução ao Estudo do Direito II Página 4 AGRADECIMENTOS Obrigada professor, pelo aprendizado que nos tem concedido. PALAVRAS-CHAVES: LINDB – IMPERATIVIDADE – NORMA Introdução ao Estudo do Direito II Página 5 Introdução Antiga Lei de Introdução ao Código Civil (LICC) – É uma lei independente que esclarece leis e regras. Essas leis são extensíveis à todas normas do Brasil. Por isso o sua nomenclatura mudou para Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro – LINDB pois as normas são aplicáveis TODAS as áreas do Direito, não somente do Direito Civil. Introdução ao Estudo do Direito II Página 6 LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO - LINDB A Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro representa o decreto-Lei n°4.657/1942, ou seja, não é mais parte integrante do Código Civil. Antigamente conhecida como LICC (Lei de Introdução ao Código Civil), sua nomenclatura foi modificada pois as normas não cabiam apenas no Código Civil, e sim, em todos os ramos do Direito. Constituindo tão somente uma lei anexa para tornar possível de forma mais fácil à aplicação das leis. Sendo assim, a verdadeira norma sobre norma. Ela é conhecida como Lex Legum, que significa ‘lei das leis”, reunindo em seu texto norma sobre normas, pois contém princípios gerais sobre as normas sem qualquer discriminação. A Lei de Introdução trata da vigência e eficácia das normas (art 1° e 2°) no tempo (art 6°), estabelecendo prazos para que uma norma jurídica tenha seus efeitos, bem como resolve o conflito de normas no espaço (art 7° a 19°), pois indica qual a norma deve ser seguida quando se trata de relações jurídicas havidas com pessoas estrangeiras ou realizadas fora do território brasileiro. A LINDB se trata de Hermenêutica Jurídica (art 5°) e ainda nos critérios de integração quando não se há norma jurídica. A LINDB autoriza ao juiz que julgue utilizando da analogia, do costume e dos princípios gerais do direito, na hipótese de omissão da lei. Quando trata-se de LINDB é impossível não lembrar de validade e vacatio legis. A norma na sua essência jurídica, é valida se estabelece uma relação de coerência e subordinação com as normas superiores (conceito fundamentado por Kelsen). Nesta teoria não se analisam os efeitos e a tende a estabelecer uma relação de “coerência hierárquica”. Uma norma torna-se válida porque está inserida em um ordenamento jurídico. Ela será válida no Brasil se preencher os requisitos formais e materiais de validade. A validade formal é feita por processos legislativos, logo aqueles que são feitos através de um número mínimo ou máximo de membros presentes ou formalmente representados, para deliberação tornando assim, uma lei válida, e em casos de edição de um normativo é necessário recorrer, a um órgão, ou a uma autoridade competente, como por exemplo, é o caso das medidas provisórias que só podem ser alteradas pelo presidente da república. A validade material, são análises de todas as normas jurídicas de mesma hierarquia ou superior, publicadas após a norma jurídica cuja a validade os investiga. Para melhor definição, são temas que não tem a necessidade, ou seja, podem ou Introdução ao Estudo do Direito II Página 7 não ser feito em determinado modo normativo, como exemplo, o caso de instituição de impostos residuais, que só podem ser fundados por leis complementares. Vacatio Legis A vacatio legis é o espaço de tempo entre a publicação da lei e a sua vigência. Seu objetivo é que o “alvo” conheça e se prepare para executar com excelência tal norma. Introdução ao Estudo do Direito II Página 8 LINDB COMENTADA Art.1º: Entende-se que, quando não prevista em lei a data de vigência da Lei nova, ela começa a vigorar em todo o país 45 (quarenta e cinco) dias depois de OFICIALMENTE PUBLICADA. Esse prazo de 45 (quarenta e cinco) dias, chama-se Vacatio Legis. §1º: Nos estados estrangeiros esse prazo dura 3 (três) meses até a vigência da Lei. Lembre-se que 3 meses é diferente de 90 dias. §2º: (Revogado pela Lei 12.036/09) §3º: Se antes de entrar em vigor, houver alterações ou correções, implicará novo prazo de vacatio. §4º: A correção de um texto já em vigor, considera-se LEI NOVA. Art. 2º: Entende-se que, se a Lei não tiver vigência temporária, a Lei terá vigor até que outra a modifique ou a revogue. §1º: A Lei posterior revoga a Lei anterior quando ¹ela expressamente o declare, ²quando for ela incompatível, ou, ³quando ela regule regula inteiramente a matéria de que se tratava a Lei anterior. Essa revogação poderá ser Expressa (declarada), ou Tácita (indireta). Poderá ser também Parcial (derrogação), ou Total (ab- rogação). §2º: A revogação só pode acontecer se houver incompatibilidade entre a Lei Nova e a Lei Anterior, ou se houver regulação inteira da matéria. §3º: Entende-se que o nosso ordenamento jurídico não aceita REPRISTINAÇÃO, exceto se houver disposição contrária expressa. Art. 1o Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada. § 1o § 1o Nos Estados, estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando admitida, se inicia três meses depois de oficialmente publicada. § 2o (Revogado pela Lei nº 12.036, de 2009). § 3o Se, antes de entrar a lei em vigor, ocorrer nova publicação de seu texto, destinada a correção, o prazo deste artigo e dos parágrafos anteriores começará a correr da nova publicação. § 4o As correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei nova. Art. 2o Não se destinando à vigência temporária, a leiterá vigor até que outra a modifique ou revogue. § 1o A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, quando seja com ela incompatível ou quando regule inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior. § 2o A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes, não revoga nem modifica a lei anterior. § 3o Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência. Introdução ao Estudo do Direito II Página 9 Art. 3º: Entende-se que as leis imperam sobre a sociedade (IMPERATIVIDADE), uma vez que a Lei foi publicada, foi dada a sociedade amplo conhecimento sobre ela, portanto ninguém pode se escusar de cumpri-la, alegando não ter conhecimento sobre ela. Art. 4º: Entende-se que, quando houver lacunas na Lei, caberá ao Juiz decidir de acordo com a ANALOGIA, os costumes e os princípios gerais do direito. Art. 5º: Entende- se que, quando a Lei já existe, na aplicação dela, o Juiz deverá interpretar de acordo com o bem comum. Art. 6º: Entende-se que, a Lei em vigor terá efeito imediato e geral. Porém ela respeitará ¹o ato jurídico, ²o direito adquirido e ³a coisa julgada. §1º: Sendo o ato jurídico o que já foi consumado de acordo com a Lei vigente naquela data. §2º: Sendo o Direito adquirido aquele que teve uma condição pré-estabelecida de acordo com a Lei vigente naquela data. §3º: Sendo a coisa julgada o que já não cabe mais recursos. Art. 3o Ninguém se escusa de cumprir a lei, alegando que não a conhece. Art. 4o Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito. Art. 5o Na aplicação da lei, o juiz atenderá aos fins sociais a que ela se dirige e às exigências do bem comum. Art. 6º A Lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada. (Redação dada pela Lei nº 3.238, de 1957) § 1º Reputa-se ato jurídico perfeito o já consumado segundo a lei vigente ao tempo em que se efetuou. (Incluído pela Lei nº 3.238, de 1957) § 2º Consideram-se adquiridos assim os direitos que o seu titular, ou alguém por êle, possa exercer, como aquêles cujo comêço do exercício tenha têrmo pré-fixo, ou condição pré-estabelecida inalterável, a arbítrio de outrem. (Incluído pela Lei nº 3.238, de 1957) § 3º Chama-se coisa julgada ou caso julgado a decisão judicial de que já não caiba recurso. (Incluído pela Lei nº 3.238, de 1957) Introdução ao Estudo do Direito II Página 10 Art. 7º: Entende-se que, as regras que disciplinam ¹o nome, ²o começo e o fim da personalidade, ³ capacidade e direitos de família, serão as regras vigentes no país de domicílio da pessoa. §1º: Se o matrimônio for realizado no Brasil, será aplicada as Leis das formalidades e dos impedimentos dirimentes vigentes no Brasil. §2º: O casamento de estrangeiros poderá celebrar-se perante autoridades diplomáticas ou consulares do país de ambos os nubentes. §3º: Tendo domicílios diversos, os nubentes regerão as Leis do primeiro domicílio conjugal. §4º: O regime de bens legal ou convencional segue a linha do parágrafo anterior. §5º: O estrangeiro casado e naturalizado brasileiro poderá requerer o regime de comunhão de bens no ato da entrega da naturalização. §6º: O divórcio de um ou dois cônjuges brasileiros, feito no estrangeiro, só será reconhecido no Brasil 1 (um) ano depois da data de sentença. §7º: O domicílio do chefe de família estende-se ao cônjuge e aos incapazes sobre sua guarda. Salvo em caso de abandono. §8º: Quando não houver domicílio, será considerado domicílio o lugar em que se encontra a pessoa. Art. 7o A lei do país em que domiciliada a pessoa determina as regras sobre o começo e o fim da personalidade, o nome, a capacidade e os direitos de família. § 1o Realizando-se o casamento no Brasil, será aplicada a lei brasileira quanto aos impedimentos dirimentes e às formalidades da celebração. § 2o O casamento de estrangeiros poderá celebrar-se perante autoridades diplomáticas ou consulares do país de ambos os nubentes. (Redação dada pela Lei nº 3.238, de 1957) § 3o Tendo os nubentes domicílio diverso, regerá os casos de invalidade do matrimônio a lei do primeiro domicílio conjugal. § 4o O regime de bens, legal ou convencional, obedece à lei do país em que tiverem os nubentes domicílio, e, se este for diverso, a do primeiro domicílio conjugal. § 5º - O estrangeiro casado, que se naturalizar brasileiro, pode, mediante expressa anuência de seu cônjuge, requerer ao juiz, no ato de entrega do decreto de naturalização, se apostile ao mesmo a adoção do regime de comunhão parcial de bens, respeitados os direitos de terceiros e dada esta adoção ao competente registro. (Redação dada pela Lei nº 6.515, de 1977) § 6º O divórcio realizado no estrangeiro, se um ou ambos os cônjuges forem brasileiros, só será reconhecido no Brasil depois de 1 (um) ano da data da sentença, salvo se houver sido antecedida de separação judicial por igual prazo, caso em que a homologação produzirá efeito imediato, obedecidas as condições estabelecidas para a eficácia das sentenças estrangeiras no país. O Superior Tribunal de Justiça, na forma de seu regimento interno, poderá reexaminar, a requerimento do interessado, decisões já proferidas em pedidos de homologação de sentenças estrangeiras de divórcio de brasileiros, a fim de que passem a produzir todos os efeitos legais. (Redação dada pela Lei nº 12.036, de 2009). § 7o Salvo o caso de abandono, o domicílio do chefe da família estende-se ao outro cônjuge e aos filhos não emancipados, e o do tutor ou curador aos incapazes sob sua guarda. § 8o Quando a pessoa não tiver domicílio, considerar-se-á domiciliada no lugar de sua residência ou naquele em que se encontre. Introdução ao Estudo do Direito II Página 11 Art. 8º: Entende-se que, para se qualificar e regular obrigações, se aplica as leis do país em que os bens se encontram. §1º: Quanto aos bens móveis, aplica-se as leis do país de domicílio do proprietário. §2º: O penhor regula-se pela Lei de domicílio do proprietário. Art. 9º: Entende-se que, para se qualificar e regular obrigações, se aplica as leis do país em que se constituem. §1º: Se for executada no Brasil, a obrigação será observada e admitida. §2º: A obrigação resultante de contrato, reputa- se constituída no lugar de domicílio do proponente. Art. 10: Entende-se que, a Lei que vai reger a secessão será a de onde o defunto ou desaparecido domiciliava. §1º: A sucessão de bens estrangeiros será regulada pela Lei brasileira em benefício aos dependentes brasileiros. §2º: A Lei do domicílio do domicílio do herdeiro, regula a capacidade de suceder. Art. 8o Para qualificar os bens e regular as relações a eles concernentes, aplicar-se-á a lei do país em que estiverem situados. § 1o Aplicar-se-á a lei do país em que for domiciliado o proprietário, quanto aos bens moveis que ele trouxer ou se destinarem a transporte para outros lugares. § 2o O penhor regula-se pela lei do domicílio que tiver a pessoa, em cuja posse se encontre a coisa apenhada. Art. 9o Para qualificar e reger as obrigações, aplicar-se-á a lei do país em que se constituírem. § 1o Destinando-se a obrigação a ser executada no Brasil e dependendo de forma essencial, será esta observada, admitidas as peculiaridades da lei estrangeira quanto aosrequisitos extrínsecos do ato. § 2o A obrigação resultante do contrato reputa-se constituída no lugar em que residir o proponente. Art. 10. A sucessão por morte ou por ausência obedece à lei do país em que domiciliado o defunto ou o desaparecido, qualquer que seja a natureza e a situação dos bens. § 1º A sucessão de bens de estrangeiros, situados no País, será regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, ou de quem os represente, sempre que não lhes seja mais favorável a lei pessoal do de cujus. (Redação dada pela Lei nº 9.047, de 1995) § 2o A lei do domicílio do herdeiro ou legatário regula a capacidade para suceder. Introdução ao Estudo do Direito II Página 12 Art. 11: Entende-se que as pessoas jurídicas de direito privado obedecem as Leis do estado que se constituírem. §1º: As empresas estrangeiras que quiserem ter filiais no Brasil, devem passar pela aprovação do governo brasileiro, ficando sujeito as Leis brasileiras. §2º: Os governantes estrangeiros e organizações de qualquer natureza, não podem adquirir imóveis de desapropriações, visando preservar a soberania nacional em caso de crises diplomáticas. §3º: É a exceção do parágrafo anterior. Salvo representantes diplomáticos ou consulares. Art. 12: Entende-se que, a autoridade brasileira é competente para julgar o réu domiciliado no Brasil seja ele brasileiro ou estrangeiro. §1º: Somente autoridades brasileiras pode julgar ou qualificar ações sobre imóveis situados no Brasil. §2º A autoridade brasileira atenderá aquilo que o estado estrangeiro solicitar, de acordo com as Leis brasileiras. Art. 11. As organizações destinadas a fins de interesse coletivo, como as sociedades e as fundações, obedecem à lei do Estado em que se constituirem. § 1o Não poderão, entretanto ter no Brasil filiais, agências ou estabelecimentos antes de serem os atos constitutivos aprovados pelo Governo brasileiro, ficando sujeitas à lei brasileira. § 2o Os Governos estrangeiros, bem como as organizações de qualquer natureza, que eles tenham constituido, dirijam ou hajam investido de funções públicas, não poderão adquirir no Brasil bens imóveis ou susceptiveis de desapropriação. § 3o Os Governos estrangeiros podem adquirir a propriedade dos prédios necessários à sede dos representantes diplomáticos ou dos agentes consulares. (Vide Lei nº 4.331, de 1964) Art. 12. É competente a autoridade judiciária brasileira, quando for o réu domiciliado no Brasil ou aqui tiver de ser cumprida a obrigação. § 1o Só à autoridade judiciária brasileira compete conhecer das ações relativas a imóveis situados no Brasil. § 2o A autoridade judiciária brasileira cumprirá, concedido o exequatur e segundo a forma estabelecida pele lei brasileira, as diligências deprecadas por autoridade estrangeira competente, observando a lei desta, quanto ao objeto das diligências. Introdução ao Estudo do Direito II Página 13 Art. 13: Entende-se que, a prova dos fatos ocorridos no país estrangeiro rege-se pela lei do mesmo, enquanto que nos tribunais brasileiros não se admite provas que as Leis brasileiras desconheçam. Art. 14: Entende-se que, não conhecendo a Lei estrangeira, poderá o Juiz solicitar prova do texto e a vigência. Art. 15: Entende-se que, as sentenças proferidas no estrangeiro, não tem obrigatoriedade em outro país, por questões de soberania e independência. No caso de alguma sentença no estrangeiro ser executada no Brasil, dependerá de: a) Haver sido proferida por Juiz competente. b) Terem sido as partes citadas. c) Terem passado em julgamento e estar revestida em formalidades. d) Estar traduzida por interprete autorizado. e) Ter sido homologado pelo STF. Art. 16: Entende-se que, não se permite qualquer remissão na Lei estrangeira aplicada no Brasil. Art. 13. A prova dos fatos ocorridos em país estrangeiro rege- se pela lei que nele vigorar, quanto ao ônus e aos meios de produzir-se, não admitindo os tribunais brasileiros provas que a lei brasileira desconheça. Art. 14. Não conhecendo a lei estrangeira, poderá o juiz exigir de quem a invoca prova do texto e da vigência. Art. 15. Será executada no Brasil a sentença proferida no estrangeiro, que reuna os seguintes requisitos: a) haver sido proferida por juiz competente; b) terem sido os partes citadas ou haver-se legalmente verificado à revelia; c) ter passado em julgado e estar revestida das formalidades necessárias para a execução no lugar em que foi proferida; d) estar traduzida por intérprete autorizado; e) ter sido homologada pelo Supremo Tribunal Federal. (Vide art.105, I, i da Constituição Federal). Parágrafo único. (Revogado pela Lei nº 12.036, de 2009). Art. 16. Quando, nos termos dos artigos precedentes, se houver de aplicar a lei estrangeira, ter-se-á em vista a disposição desta, sem considerar-se qualquer remissão por ela feita a outra lei. Introdução ao Estudo do Direito II Página 14 Art. 17: Entende-se que a Lei estrangeira que ferir a ordem e os bons costumes, ou ofender a soberania nacional, não terá eficácia. Art. 18: Entende-se que, os consulares brasileiros terão competência para celebrar casamento e os demais atos de registro civil e tabelionato, para brasileiros. Mesmo que o país onde estiver não reconhecer o ato, o mesmo será válido no Brasil. Art. 19: Entende-se que, os atos celebrados pelos Cônsules brasileiros, são válidos desde que cumpram todos os requisitos legais. Parágrafo único: Se for recusado os atos citados, poderá ser solicitado novamente dentro do prazo de 90 (noventa) dias. Art. 17. As leis, atos e sentenças de outro país, bem como quaisquer declarações de vontade, não terão eficácia no Brasil, quando ofenderem a soberania nacional, a ordem pública e os bons costumes. Art. 18. Tratando-se de brasileiros, são competentes as autoridades consulares brasileiras para lhes celebrar o casamento e os mais atos de Registro Civil e de tabelionato, inclusive o registro de nascimento e de óbito dos filhos de brasileiro ou brasileira nascido no país da sede do Consulado. (Redação dada pela Lei nº 3.238, de 1957) Art. 19. Reputam-se válidos todos os atos indicados no artigo anterior e celebrados pelos cônsules brasileiros na vigência do Decreto-lei nº 4.657, de 4 de setembro de 1942, desde que satisfaçam todos os requisitos legais. (Incluído pela Lei nº 3.238, de 1957) Parágrafo único. No caso em que a celebração dêsses atos tiver sido recusada pelas autoridades consulares, com fundamento no artigo 18 do mesmo Decreto-lei, ao interessado é facultado renovar o pedido dentro em 90 (noventa) dias contados da data da publicação desta lei. (Incluído pela Lei nº 3.238, de 1957) Introdução ao Estudo do Direito II Página 15 IMPERATIVIDADE A imperatividade revela a missão de disciplinar as maneiras de agir em sociedade, pois o direito deve representar o mínimo de exigências, de determinações necessárias. Assim, para garantir efetivamente a ordem social, o direito se manifesta através de normas que possuem caráter imperativo. Tal caráter significa imposição de vontade e não simples aconselhamento. Toda e qualquer Norma Jurídica possui a Imperatividade, além de outras características, podemos dizer que as normas jurídicas têm como base a Imperatividade: a norma, para ser cumprida e observada por todos, deverá ser imperativa,ou seja, impor aos destinatários a obrigação de obedecer. Não depende da vontade dos indivíduos, pois a norma não é conselho, mas ordem a ser seguida. A imperatividade da norma jurídica se subdivide em ordem pública que são cogentes e absolutas (afirmativas e negativas) e em disposições positivas, a qual são relativas (permissivas e supletivas, ou seja, depende das partes envolvidas. O direito cogente é formado por uma ordem ou preceito a que todos estão obrigados, por tanto, as normas imperativas formam o Direito cogente. São divididas em preceptivas e proibitivas. As preceptivas obrigam, e as proibitivas vedam determinados comportamentos. A Imperatividade no Direito (Poder Extroverso) - A imperatividade no Direito tange a aplicabilidade da Lei vigente, assim o operador do direito é limitado sua atuação jurídico-social à legalidade positivista preexistente. Ou seja, o atributo do ato administrativo, significa que a administração pública pode por obrigações aos cidadãos sem precisar da sua ou nossa anuência/concordância. Importante ressaltar que nem todo Ato Administrativo possui o atributo de imperatividade, apenas aquele que impõe uma obrigação. Exemplo: Declaração de Desapropriação. A imperatividade tem como sinônimo a coercibilidade, sendo o atributo do ato administrativo que impõe a obrigatória submissão ao ato praticado de todos que se encontrem em seu círculo de incidência. Celso Antônio Bandeira de Mello diz que imperatividade “é a qualidade pela qual os atos administrativos se impõem a terceiros, independentemente de sua concordância. ” Introdução ao Estudo do Direito II Página 16 Segundo José dos Santos Carvalho Filho, imperatividade é sinônimo de coercibilidade nos seguintes termos: Imperatividade, ou coercibilidade, significa que os atos administrativos são cogentes, obrigando a todos quantos se encontrem em seu círculo de incidência (ainda que o objetivo a ser por ele alcançado contrarie interesses privados), na verdade, o único alvo da Administração Pública é o interesse público. Introdução ao Estudo do Direito II Página 17 CONCLUSÃO A Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro é uma norma sobre norma, que sua nomenclatura foi modificada para abranger uma maior parte do Direito Brasileiro, não fazendo apenas parte do Código Civil. Suas principais funções consistem em: Determinar o inicio da obrigatoriedade da lei (art. 1, parágrafos 1, 2, 3 e 4); Regular a vigência e a eficácia das normas jurídicas (art. 1 parágrafos 1, 2, 3 e 4); Garantir a eficácia e obrigatoriedade da lei (art. 3); Preencher lacunas na lei quando tiverem brechas (art. 4); Delimitar critérios de hermenêutica e interpretação da lei (art. 5); Determinar a temporalidade do direito (art. 6 parágrafos 1, 2 e 3); Regulamentar o direito internacional privado no Brasil. Introdução ao Estudo do Direito II Página 18 Referência Bibliográfica Material disponibilizado pelo Professor Orientador Decreto-Lei 4.657 I. Civil, P. d. (4 de Setembro de 1942). DECRETO-LEI Nº 4 .657, DE 4 DE SETEMBRO DE 1942. Acesso em 3 de Março de 2016, disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del4657compilado.htm II. Gonçalves, C. R. (2015). DIREITO CIVIL BRASILEIRO (13ª ed., Vol. 1). São Paulo, Brasil: Saraiva. http://www.conteudojuridico.com.br/artigo,a-imperatividade-como- atributo-do-ato-administrativo-e-o-poder-extroverso-do- estado,49420.html http://www.arcos.org.br/artigos/-imperatividade-das-normas-juridicas-e- o-direito-contemporaneo/ http://descomplicandoodireitocomentando.blogspot.com.br/2012/02/dire ito-administrativo-atos-atributos_10.html
Compartilhar