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LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO - LINDB

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Introdução ao Estudo do Direito II Página 1 
 
UNIVERSIDADE DO GRANDE RIO PROFESSOR JOSÉ DE SOUZA HERDY – 
UNIGRANRIO 
Curso de Graduação em Direito 
 
 
Dayanne Pacheco - 2211681 Gleyce Ayrolla - 2210724 
Helena Ferreira – 2211957 Natassia Almeida - 2211928 
 
 
 
 
 
LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO - LINDB 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Duque de Caxias 
2017 
 
Introdução ao Estudo do Direito II Página 2 
 
Dayanne Pacheco - 2211681 Gleyce Ayrolla - 2210724 
Helena Ferreira – 2211957 Natassia Almeida - 2211928 
 
 
 
 
 
 
LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO - LINDB 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho apresentado no curso de Graduação no curso de Direito da Universidade 
do Grande Rio Professor José de Souza Herdy – UNIGRANRIO 
 
Orientador: Washington Luiz Junior 
 
 
 
 
Duque de Caxias 
2017 
Introdução ao Estudo do Direito II Página 3 
 
SUMÁRIO 
 
Agradecimento.............................................................................................Pág 4 
Introdução....................................................................................................Pág 5 
LINDB..........................................................................................................Pág 6 
Artigos comentados da LINDB....................................................................Pág 7 
Imperatividade.............................................................................................Pág 14 
Conclusão....................................................................................................Pág 17 
Referência Bibliográfica...............................................................................Pág 18 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Introdução ao Estudo do Direito II Página 4 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Obrigada professor, pelo aprendizado que nos tem concedido. 
 
 
PALAVRAS-CHAVES: LINDB – IMPERATIVIDADE – NORMA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Introdução ao Estudo do Direito II Página 5 
 
Introdução 
 
 Antiga Lei de Introdução ao Código Civil (LICC) – É uma lei independente 
que esclarece leis e regras. Essas leis são extensíveis à todas normas do Brasil. Por 
isso o sua nomenclatura mudou para Lei de Introdução às Normas do Direito 
Brasileiro – LINDB pois as normas são aplicáveis TODAS as áreas do Direito, não 
somente do Direito Civil. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Introdução ao Estudo do Direito II Página 6 
 
LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO - LINDB 
 
A Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro representa o decreto-Lei 
n°4.657/1942, ou seja, não é mais parte integrante do Código Civil. Antigamente 
conhecida como LICC (Lei de Introdução ao Código Civil), sua nomenclatura foi 
modificada pois as normas não cabiam apenas no Código Civil, e sim, em todos os 
ramos do Direito. Constituindo tão somente uma lei anexa para tornar possível de 
forma mais fácil à aplicação das leis. Sendo assim, a verdadeira norma sobre norma. 
Ela é conhecida como Lex Legum, que significa ‘lei das leis”, reunindo em seu 
texto norma sobre normas, pois contém princípios gerais sobre as normas sem 
qualquer discriminação. 
A Lei de Introdução trata da vigência e eficácia das normas (art 1° e 2°) no 
tempo (art 6°), estabelecendo prazos para que uma norma jurídica tenha seus 
efeitos, bem como resolve o conflito de normas no espaço (art 7° a 19°), pois indica 
qual a norma deve ser seguida quando se trata de relações jurídicas havidas com 
pessoas estrangeiras ou realizadas fora do território brasileiro. 
A LINDB se trata de Hermenêutica Jurídica (art 5°) e ainda nos critérios de 
integração quando não se há norma jurídica. A LINDB autoriza ao juiz que julgue 
utilizando da analogia, do costume e dos princípios gerais do direito, na hipótese de 
omissão da lei. 
Quando trata-se de LINDB é impossível não lembrar de validade e vacatio legis. 
 A norma na sua essência jurídica, é valida se estabelece uma relação de 
coerência e subordinação com as normas superiores (conceito fundamentado por 
Kelsen). Nesta teoria não se analisam os efeitos e a tende a estabelecer uma 
relação de “coerência hierárquica”. 
 Uma norma torna-se válida porque está inserida em um ordenamento jurídico. 
Ela será válida no Brasil se preencher os requisitos formais e materiais de validade. 
A validade formal é feita por processos legislativos, logo aqueles que são feitos 
através de um número mínimo ou máximo de membros presentes ou formalmente 
representados, para deliberação tornando assim, uma lei válida, e em casos de 
edição de um normativo é necessário recorrer, a um órgão, ou a uma autoridade 
competente, como por exemplo, é o caso das medidas provisórias que só podem ser 
alteradas pelo presidente da república. 
 A validade material, são análises de todas as normas jurídicas de mesma 
hierarquia ou superior, publicadas após a norma jurídica cuja a validade os investiga. 
Para melhor definição, são temas que não tem a necessidade, ou seja, podem ou 
Introdução ao Estudo do Direito II Página 7 
 
não ser feito em determinado modo normativo, como exemplo, o caso de instituição 
de impostos residuais, que só podem ser fundados por leis complementares. 
 
Vacatio Legis 
 A vacatio legis é o espaço de tempo entre a publicação da lei e a sua 
vigência. Seu objetivo é que o “alvo” conheça e se prepare para executar com 
excelência tal norma. 
 
Introdução ao Estudo do Direito II Página 8 
 
LINDB COMENTADA 
 Art.1º: Entende-se que, quando não prevista em 
lei a data de vigência da Lei nova, ela começa a 
vigorar em todo o país 45 (quarenta e cinco) dias 
depois de OFICIALMENTE PUBLICADA. Esse 
prazo de 45 (quarenta e cinco) dias, chama-se 
Vacatio Legis. 
§1º: Nos estados estrangeiros esse prazo dura 3 
(três) meses até a vigência da Lei. Lembre-se 
que 3 meses é diferente de 90 dias. 
§2º: (Revogado pela Lei 12.036/09) 
§3º: Se antes de entrar em vigor, houver 
alterações ou correções, implicará novo prazo de 
vacatio. 
§4º: A correção de um texto já em vigor, 
considera-se LEI NOVA. 
 
Art. 2º: Entende-se que, se a Lei não tiver 
vigência temporária, a Lei terá vigor até que 
outra a modifique ou a revogue. 
§1º: A Lei posterior revoga a Lei anterior quando 
¹ela expressamente o declare, ²quando for ela 
incompatível, ou, ³quando ela regule regula 
inteiramente a matéria de que se tratava a Lei 
anterior. Essa revogação poderá ser Expressa 
(declarada), ou Tácita (indireta). Poderá ser 
também Parcial (derrogação), ou Total (ab-
rogação). 
§2º: A revogação só pode acontecer se houver 
incompatibilidade entre a Lei Nova e a Lei 
Anterior, ou se houver regulação inteira da 
matéria. 
§3º: Entende-se que o nosso ordenamento jurídico não aceita REPRISTINAÇÃO, 
exceto se houver disposição contrária expressa. 
Art. 1o Salvo disposição 
contrária, a lei começa a vigorar em 
todo o país quarenta e cinco dias 
depois de oficialmente publicada. 
§ 1o § 1o Nos Estados, 
estrangeiros, a obrigatoriedade da lei 
brasileira, quando admitida, se inicia 
três meses depois de oficialmente 
publicada. 
§ 2o (Revogado pela Lei 
nº 12.036, de 2009). 
§ 3o Se, antes de entrar a lei 
em vigor, ocorrer nova publicação de 
seu texto, destinada a correção, o 
prazo deste artigo e dos parágrafos 
anteriores começará a correr da nova 
publicação. 
§ 4o As correções a texto de lei 
já em vigor consideram-se lei nova. 
Art. 2o Não se destinando à 
vigência temporária, a leiterá vigor 
até que outra a modifique ou 
revogue. 
§ 1o A lei posterior revoga a 
anterior quando expressamente o 
declare, quando seja com ela 
incompatível ou quando regule 
inteiramente a matéria de que tratava 
a lei anterior. 
§ 2o A lei nova, que estabeleça 
disposições gerais ou especiais a par 
das já existentes, não revoga nem 
modifica a lei anterior. 
§ 3o Salvo disposição em 
contrário, a lei revogada não se 
restaura por ter a lei revogadora 
perdido a vigência. 
Introdução ao Estudo do Direito II Página 9 
 
Art. 3º: Entende-se que as leis imperam sobre a 
sociedade (IMPERATIVIDADE), uma vez que a Lei 
foi publicada, foi dada a sociedade amplo 
conhecimento sobre ela, portanto ninguém pode se 
escusar de cumpri-la, alegando não ter conhecimento 
sobre ela. 
Art. 4º: Entende-se que, quando houver lacunas 
na Lei, caberá ao Juiz decidir de acordo com a 
ANALOGIA, os costumes e os princípios gerais 
do direito. 
 
Art. 5º: Entende- se que, quando a Lei já existe, 
na aplicação dela, o Juiz deverá interpretar de 
acordo com o bem comum. 
 
 
 
 
Art. 6º: Entende-se que, a Lei em vigor terá 
efeito imediato e geral. Porém ela respeitará ¹o 
ato jurídico, ²o direito adquirido e ³a coisa 
julgada. 
§1º: Sendo o ato jurídico o que já foi consumado 
de acordo com a Lei vigente naquela data. 
§2º: Sendo o Direito adquirido aquele que teve 
uma condição pré-estabelecida de acordo com a 
Lei vigente naquela data. 
§3º: Sendo a coisa julgada o que já não cabe 
mais recursos. 
 
 
 
 
Art. 3o Ninguém se escusa de 
cumprir a lei, alegando que não a 
conhece. 
Art. 4o Quando a lei for omissa, o 
juiz decidirá o caso de acordo com a 
analogia, os costumes e os 
princípios gerais de direito. 
Art. 5o Na aplicação da lei, o 
juiz atenderá aos fins sociais a que 
ela se dirige e às exigências do bem 
comum. 
Art. 6º A Lei em vigor terá 
efeito imediato e geral, respeitados o 
ato jurídico perfeito, o direito 
adquirido e a coisa 
julgada. (Redação dada pela Lei 
nº 3.238, de 1957) 
§ 1º Reputa-se ato jurídico 
perfeito o já consumado segundo a 
lei vigente ao tempo em que se 
efetuou. (Incluído pela Lei nº 
3.238, de 1957) 
§ 2º Consideram-se 
adquiridos assim os direitos que o 
seu titular, ou alguém por êle, possa 
exercer, como aquêles cujo comêço 
do exercício tenha têrmo pré-fixo, ou 
condição pré-estabelecida 
inalterável, a arbítrio de 
outrem. (Incluído pela Lei nº 
3.238, de 1957) 
§ 3º Chama-se coisa julgada 
ou caso julgado a decisão judicial de 
que já não caiba 
recurso. (Incluído pela Lei nº 
3.238, de 1957) 
Introdução ao Estudo do Direito II Página 10 
 
 
 
 
 
Art. 7º: Entende-se que, as regras que disciplinam 
¹o nome, ²o começo e o fim da personalidade, ³ 
capacidade e direitos de família, serão as regras 
vigentes no país de domicílio da pessoa. 
§1º: Se o matrimônio for realizado no Brasil, será 
aplicada as Leis das formalidades e dos 
impedimentos dirimentes vigentes no Brasil. 
§2º: O casamento de estrangeiros poderá celebrar-se 
perante autoridades diplomáticas ou consulares do 
país de ambos os nubentes. 
§3º: Tendo domicílios diversos, os nubentes regerão 
as Leis do primeiro domicílio conjugal. 
§4º: O regime de bens legal ou convencional segue a 
linha do parágrafo anterior. 
§5º: O estrangeiro casado e naturalizado brasileiro 
poderá requerer o regime de comunhão de bens no 
ato da entrega da naturalização. 
§6º: O divórcio de um ou dois cônjuges brasileiros, 
feito no estrangeiro, só será reconhecido no Brasil 1 
(um) ano depois da data de sentença. 
§7º: O domicílio do chefe de família estende-se ao 
cônjuge e aos incapazes sobre sua guarda. Salvo em 
caso de abandono. 
§8º: Quando não houver domicílio, será considerado 
domicílio o lugar em que se encontra a pessoa. 
 
 
 
 
Art. 7o A lei do país em que 
domiciliada a pessoa determina as regras 
sobre o começo e o fim da personalidade, o 
nome, a capacidade e os direitos de família. 
§ 1o Realizando-se o casamento no 
Brasil, será aplicada a lei brasileira quanto 
aos impedimentos dirimentes e às 
formalidades da celebração. 
§ 2o O casamento de estrangeiros 
poderá celebrar-se perante autoridades 
diplomáticas ou consulares do país de ambos 
os nubentes. (Redação dada pela Lei nº 
3.238, de 1957) 
§ 3o Tendo os nubentes domicílio 
diverso, regerá os casos de invalidade do 
matrimônio a lei do primeiro domicílio 
conjugal. 
§ 4o O regime de bens, legal ou 
convencional, obedece à lei do país em que 
tiverem os nubentes domicílio, e, se este for 
diverso, a do primeiro domicílio conjugal. 
§ 5º - O estrangeiro casado, que se 
naturalizar brasileiro, pode, mediante 
expressa anuência de seu cônjuge, requerer 
ao juiz, no ato de entrega do decreto de 
naturalização, se apostile ao mesmo a 
adoção do regime de comunhão parcial de 
bens, respeitados os direitos de terceiros e 
dada esta adoção ao competente 
registro. (Redação dada pela Lei nº 6.515, 
de 1977) 
§ 6º O divórcio realizado no 
estrangeiro, se um ou ambos os cônjuges 
forem brasileiros, só será reconhecido no 
Brasil depois de 1 (um) ano da data da 
sentença, salvo se houver sido antecedida de 
separação judicial por igual prazo, caso em 
que a homologação produzirá efeito imediato, 
obedecidas as condições estabelecidas para 
a eficácia das sentenças estrangeiras no país. 
O Superior Tribunal de Justiça, na forma de 
seu regimento interno, poderá reexaminar, a 
requerimento do interessado, decisões já 
proferidas em pedidos de homologação de 
sentenças estrangeiras de divórcio de 
brasileiros, a fim de que passem a produzir 
todos os efeitos legais. (Redação dada 
pela Lei nº 12.036, de 2009). 
§ 7o Salvo o caso de abandono, o 
domicílio do chefe da família estende-se ao 
outro cônjuge e aos filhos não emancipados, 
e o do tutor ou curador aos incapazes sob sua 
guarda. 
§ 8o Quando a pessoa não tiver 
domicílio, considerar-se-á domiciliada no 
lugar de sua residência ou naquele em que se 
encontre. 
Introdução ao Estudo do Direito II Página 11 
 
 
Art. 8º: Entende-se que, para se qualificar e 
regular obrigações, se aplica as leis do país em 
que os bens se encontram. 
§1º: Quanto aos bens móveis, aplica-se as leis 
do país de domicílio do proprietário. 
§2º: O penhor regula-se pela Lei de domicílio do 
proprietário. 
 
 
 
Art. 9º: Entende-se que, para se qualificar e 
regular obrigações, se aplica as leis do país em 
que se constituem. 
§1º: Se for executada no Brasil, a obrigação será 
observada e admitida. 
§2º: A obrigação resultante de contrato, reputa-
se constituída no lugar de domicílio do 
proponente. 
 
 
 
Art. 10: Entende-se que, a Lei que vai reger a 
secessão será a de onde o defunto ou desaparecido 
domiciliava. 
§1º: A sucessão de bens estrangeiros será regulada 
pela Lei brasileira em benefício aos dependentes 
brasileiros. 
§2º: A Lei do domicílio do domicílio do herdeiro, 
regula a capacidade de suceder. 
 
 
Art. 8o Para qualificar os bens 
e regular as relações a eles 
concernentes, aplicar-se-á a lei do 
país em que estiverem situados. 
§ 1o Aplicar-se-á a lei do país 
em que for domiciliado o 
proprietário, quanto aos bens moveis 
que ele trouxer ou se destinarem a 
transporte para outros lugares. 
§ 2o O penhor regula-se pela 
lei do domicílio que tiver a pessoa, 
em cuja posse se encontre a coisa 
apenhada. 
Art. 9o Para qualificar e reger 
as obrigações, aplicar-se-á a lei do 
país em que se constituírem. 
§ 1o Destinando-se a 
obrigação a ser executada no Brasil 
e dependendo de forma essencial, 
será esta observada, admitidas as 
peculiaridades da lei estrangeira 
quanto aosrequisitos extrínsecos do 
ato. 
§ 2o A obrigação resultante 
do contrato reputa-se constituída no 
lugar em que residir o proponente. 
Art. 10. A sucessão por 
morte ou por ausência obedece à lei 
do país em que domiciliado o 
defunto ou o desaparecido, qualquer 
que seja a natureza e a situação dos 
bens. 
§ 1º A sucessão de bens de 
estrangeiros, situados no País, será 
regulada pela lei brasileira em 
benefício do cônjuge ou dos filhos 
brasileiros, ou de quem os 
represente, sempre que não lhes 
seja mais favorável a lei pessoal do 
de cujus. (Redação dada pela Lei 
nº 9.047, de 1995) 
§ 2o A lei do domicílio do 
herdeiro ou legatário regula a 
capacidade para suceder. 
Introdução ao Estudo do Direito II Página 12 
 
 
 
Art. 11: Entende-se que as pessoas jurídicas de 
direito privado obedecem as Leis do estado que 
se constituírem. 
§1º: As empresas estrangeiras que quiserem ter 
filiais no Brasil, devem passar pela aprovação do 
governo brasileiro, ficando sujeito as Leis 
brasileiras. 
§2º: Os governantes estrangeiros e 
organizações de qualquer natureza, não podem 
adquirir imóveis de desapropriações, visando 
preservar a soberania nacional em caso de 
crises diplomáticas. 
§3º: É a exceção do parágrafo anterior. Salvo 
representantes diplomáticos ou consulares. 
 
 
 
 
Art. 12: Entende-se que, a autoridade brasileira 
é competente para julgar o réu domiciliado no 
Brasil seja ele brasileiro ou estrangeiro. 
§1º: Somente autoridades brasileiras pode julgar 
ou qualificar ações sobre imóveis situados no 
Brasil. 
§2º A autoridade brasileira atenderá aquilo que o 
estado estrangeiro solicitar, de acordo com as 
Leis brasileiras. 
 
 
 
 
Art. 11. As organizações 
destinadas a fins de interesse 
coletivo, como as sociedades e as 
fundações, obedecem à lei do 
Estado em que se constituirem. 
§ 1o Não poderão, entretanto 
ter no Brasil filiais, agências ou 
estabelecimentos antes de serem os 
atos constitutivos aprovados pelo 
Governo brasileiro, ficando sujeitas à 
lei brasileira. 
§ 2o Os Governos 
estrangeiros, bem como as 
organizações de qualquer natureza, 
que eles tenham constituido, dirijam 
ou hajam investido de funções 
públicas, não poderão adquirir no 
Brasil bens imóveis ou susceptiveis 
de desapropriação. 
§ 3o Os Governos 
estrangeiros podem adquirir a 
propriedade dos prédios necessários 
à sede dos representantes 
diplomáticos ou dos agentes 
consulares. (Vide Lei nº 4.331, de 
1964) 
Art. 12. É competente a 
autoridade judiciária brasileira, 
quando for o réu domiciliado no 
Brasil ou aqui tiver de ser cumprida 
a obrigação. 
§ 1o Só à autoridade judiciária 
brasileira compete conhecer das 
ações relativas a imóveis situados 
no Brasil. 
§ 2o A autoridade judiciária 
brasileira cumprirá, concedido 
o exequatur e segundo a forma 
estabelecida pele lei brasileira, as 
diligências deprecadas por 
autoridade estrangeira competente, 
observando a lei desta, quanto ao 
objeto das diligências. 
Introdução ao Estudo do Direito II Página 13 
 
Art. 13: Entende-se que, a prova dos fatos 
ocorridos no país estrangeiro rege-se pela lei do 
mesmo, enquanto que nos tribunais brasileiros 
não se admite provas que as Leis brasileiras 
desconheçam. 
 
Art. 14: Entende-se que, não conhecendo a Lei 
estrangeira, poderá o Juiz solicitar prova do texto 
e a vigência. 
 
 
 
 
Art. 15: Entende-se que, as sentenças 
proferidas no estrangeiro, não tem 
obrigatoriedade em outro país, por questões de 
soberania e independência. No caso de alguma 
sentença no estrangeiro ser executada no Brasil, 
dependerá de: 
a) Haver sido proferida por Juiz competente. 
b) Terem sido as partes citadas. 
c) Terem passado em julgamento e estar 
revestida em formalidades. 
d) Estar traduzida por interprete autorizado. 
e) Ter sido homologado pelo STF. 
 
 
 
 
 
Art. 16: Entende-se que, não se permite 
qualquer remissão na Lei estrangeira aplicada 
no Brasil. 
 
Art. 13. A prova dos fatos 
ocorridos em país estrangeiro rege-
se pela lei que nele vigorar, quanto 
ao ônus e aos meios de produzir-se, 
não admitindo os tribunais 
brasileiros provas que a lei brasileira 
desconheça. 
Art. 14. Não conhecendo a lei 
estrangeira, poderá o juiz exigir de 
quem a invoca prova do texto e da 
vigência. 
Art. 15. Será executada no 
Brasil a sentença proferida no 
estrangeiro, que reuna os seguintes 
requisitos: 
a) haver sido proferida por juiz 
competente; 
b) terem sido os partes 
citadas ou haver-se legalmente 
verificado à revelia; 
c) ter passado em julgado e 
estar revestida das formalidades 
necessárias para a execução no 
lugar em que foi proferida; 
d) estar traduzida por 
intérprete autorizado; 
e) ter sido homologada pelo 
Supremo Tribunal Federal. (Vide 
art.105, I, i da Constituição Federal). 
Parágrafo 
único. (Revogado pela Lei nº 
12.036, de 2009). 
Art. 16. Quando, nos termos 
dos artigos precedentes, se houver 
de aplicar a lei estrangeira, ter-se-á 
em vista a disposição desta, sem 
considerar-se qualquer remissão por 
ela feita a outra lei. 
Introdução ao Estudo do Direito II Página 14 
 
 
Art. 17: Entende-se que a Lei estrangeira que 
ferir a ordem e os bons costumes, ou ofender a 
soberania nacional, não terá eficácia. 
 
 
Art. 18: Entende-se que, os consulares 
brasileiros terão competência para celebrar 
casamento e os demais atos de registro civil e 
tabelionato, para brasileiros. Mesmo que o país 
onde estiver não reconhecer o ato, o mesmo 
será válido no Brasil. 
 
 
 
Art. 19: Entende-se que, os atos celebrados 
pelos Cônsules brasileiros, são válidos desde 
que cumpram todos os requisitos legais. 
Parágrafo único: Se for recusado os atos 
citados, poderá ser solicitado novamente dentro 
do prazo de 90 (noventa) dias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Art. 17. As leis, atos e 
sentenças de outro país, bem como 
quaisquer declarações de vontade, 
não terão eficácia no Brasil, quando 
ofenderem a soberania nacional, a 
ordem pública e os bons costumes. 
Art. 18. Tratando-se de 
brasileiros, são competentes as 
autoridades consulares brasileiras 
para lhes celebrar o casamento e os 
mais atos de Registro Civil e de 
tabelionato, inclusive o registro de 
nascimento e de óbito dos filhos de 
brasileiro ou brasileira nascido no 
país da sede do 
Consulado. (Redação dada pela 
Lei nº 3.238, de 1957) 
Art. 19. Reputam-se válidos 
todos os atos indicados no artigo 
anterior e celebrados pelos cônsules 
brasileiros na vigência do Decreto-lei 
nº 4.657, de 4 de setembro de 1942, 
desde que satisfaçam todos os 
requisitos legais. (Incluído pela Lei 
nº 3.238, de 1957) 
Parágrafo único. No caso em 
que a celebração dêsses atos tiver 
sido recusada pelas autoridades 
consulares, com fundamento no 
artigo 18 do mesmo Decreto-lei, ao 
interessado é facultado renovar o 
pedido dentro em 90 (noventa) dias 
contados da data da publicação 
desta lei. (Incluído pela Lei nº 
3.238, de 1957) 
Introdução ao Estudo do Direito II Página 15 
 
IMPERATIVIDADE 
 
A imperatividade revela a missão de disciplinar as maneiras de agir em 
sociedade, pois o direito deve representar o mínimo de exigências, de 
determinações necessárias. Assim, para garantir efetivamente a ordem social, 
o direito se manifesta através de normas que possuem caráter imperativo. Tal 
caráter significa imposição de vontade e não simples aconselhamento. 
Toda e qualquer Norma Jurídica possui a Imperatividade, além de 
outras características, podemos dizer que as normas jurídicas têm como base 
a Imperatividade: a norma, para ser cumprida e observada por todos, deverá 
ser imperativa,ou seja, impor aos destinatários a obrigação de obedecer. Não 
depende da vontade dos indivíduos, pois a norma não é conselho, mas ordem 
a ser seguida. 
A imperatividade da norma jurídica se subdivide em ordem pública que 
são cogentes e absolutas (afirmativas e negativas) e em disposições 
positivas, a qual são relativas (permissivas e supletivas, ou seja, depende das 
partes envolvidas. 
O direito cogente é formado por uma ordem ou preceito a que todos 
estão obrigados, por tanto, as normas imperativas formam o Direito cogente. 
São divididas em preceptivas e proibitivas. As preceptivas obrigam, e as 
proibitivas vedam determinados comportamentos. 
 
A Imperatividade no Direito (Poder Extroverso) - A imperatividade 
no Direito tange a aplicabilidade da Lei vigente, assim o operador do direito é 
limitado sua atuação jurídico-social à legalidade positivista preexistente. Ou 
seja, o atributo do ato administrativo, significa que a administração pública 
pode por obrigações aos cidadãos sem precisar da sua ou nossa 
anuência/concordância. Importante ressaltar que nem todo Ato Administrativo 
possui o atributo de imperatividade, apenas aquele que impõe uma obrigação. 
 
Exemplo: Declaração de Desapropriação. 
 
A imperatividade tem como sinônimo a coercibilidade, sendo o atributo do 
ato administrativo que impõe a obrigatória submissão ao ato praticado de 
todos que se encontrem em seu círculo de incidência. 
 
Celso Antônio Bandeira de Mello diz que imperatividade “é a qualidade pela 
qual os atos administrativos se impõem a terceiros, independentemente de 
sua concordância. ” 
 
Introdução ao Estudo do Direito II Página 16 
 
Segundo José dos Santos Carvalho Filho, imperatividade é sinônimo de 
coercibilidade nos seguintes termos: 
 
Imperatividade, ou coercibilidade, significa que os atos 
administrativos são cogentes, obrigando a todos quantos se encontrem em 
seu círculo de incidência (ainda que o objetivo a ser por ele alcançado 
contrarie interesses privados), na verdade, o único alvo da Administração 
Pública é o interesse público. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Introdução ao Estudo do Direito II Página 17 
 
CONCLUSÃO 
 
 
A Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro é uma norma sobre 
norma, que sua nomenclatura foi modificada para abranger uma maior parte 
do Direito Brasileiro, não fazendo apenas parte do Código Civil. 
Suas principais funções consistem em: 
 Determinar o inicio da obrigatoriedade da lei (art. 1, parágrafos 
1, 2, 3 e 4); 
 Regular a vigência e a eficácia das normas jurídicas (art. 1 
parágrafos 1, 2, 3 e 4); 
 Garantir a eficácia e obrigatoriedade da lei (art. 3); 
 Preencher lacunas na lei quando tiverem brechas (art. 4); 
 Delimitar critérios de hermenêutica e interpretação da lei (art. 5); 
 Determinar a temporalidade do direito (art. 6 parágrafos 1, 2 e 
3); 
 Regulamentar o direito internacional privado no Brasil. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Introdução ao Estudo do Direito II Página 18 
 
Referência Bibliográfica 
 
 Material disponibilizado pelo Professor Orientador 
 Decreto-Lei 4.657 
 I. Civil, P. d. (4 de Setembro de 1942). DECRETO-LEI Nº 4 .657, 
DE 4 DE SETEMBRO DE 
 1942. Acesso em 3 de Março de 2016, disponível em 
 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del4657compilado.htm 
 II. Gonçalves, C. R. (2015). DIREITO CIVIL BRASILEIRO (13ª ed., Vol. 
1). São Paulo, Brasil: 
 Saraiva. 
 http://www.conteudojuridico.com.br/artigo,a-imperatividade-como-
atributo-do-ato-administrativo-e-o-poder-extroverso-do-
estado,49420.html 
 http://www.arcos.org.br/artigos/-imperatividade-das-normas-juridicas-e-
o-direito-contemporaneo/ 
 http://descomplicandoodireitocomentando.blogspot.com.br/2012/02/dire
ito-administrativo-atos-atributos_10.html

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