Aula IV Farmacos com alcaloides indolicos

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Fármacos com alcaloides indólicos: 
Esporão do centeio, Iagê, 
Noz-vômica, Fava de calabar e Curares 
de Strychnos
Aula IV
Douglas Siqueira de A. Chaves
Gnosy.ufrrj@gmail.com
r1.ufrrj.br/lqbion
Introdução
• Atualmente são conhecidos ~2000 alcaloides indólicos
• Encontrados em diversas famílias
• Estruturas que podem se encontradas em único gênero 
(Fisostigmina)
• Divididos em dois grupos
▫ Indólicos monoterpênicos (maior)
▫ Outro grupo com os demais indólicos
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• Grupo dos Indólicos monoterpênicos
▫ Maior parte são derivados de triptamina
▫ Monoterpeno (iridóide) secologanina
• A ocorrência destes alcaloides
▫ Loganiaceae, Apocynaceae e Rubiaceae
Introdução
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Introdução
• Grupo dos demais Indólicos
▫ É muito heterogêneo
▫ Derivados simples do triptofano (triptamina e serotonina)
▫ Derivados do harmano
▫ Fisostigmina (Physostigma)
▫ Alcalóides do Esporão do centeio
 Claviceps purpurea
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Introdução
• Atualmente possuem grande importância econômica devido 
atividade farmacológica
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Antineoplásicos Enxaqueca
Distúrbios do fluxo 
sanguineo
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Biossíntese
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Biossíntese
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Biossíntese
Triptofano-descarboxilase
500 Aminoácidos
TDC
Quase todos os alcalóides indólicos monoterpênicos
são produtos de condensação da triptamina.
As reações a partir desta etapa pouco se 
sabe da rota biossintética.
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Importância quimiotaxonômica
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Alcaloides Indólicos 
monoterpênicos
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Importância quimiotaxonômica
Loganiaceae
A
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e
Todos os Alcaloides 
Indólicos monoterpênicos
R
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Não encontramos as 
classes eburnano, 
plumerano e ibogano.
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Métodos extrativos e 
purificação
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Métodos extrativos e purificação
• Carcterísticas dos Alcaloides
▫ Substâncias de caráter básico (presença do N)
▫ Propriedades químicas que se assemelham as das amônias
▫ O grau de basicidade é muito variado
▫ Base fraca que pode ser convertida na forma de sal (+H)
▫ Tratada com solução alcalina o N libera +H formando uma amina 
livre.
▫ Essas propriedades facilitam a sua extração e isolamentos
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Métodos extrativos e purificação
Meio alcalino
1 – Extração com solução ácida
Droga fracionada
1 – Adição de base fraca
2 – Extração com solvente orgânico
Extrato orgânicoFração esgotada
Extrato orgânico
Extrato Aquoso 
(ácido)
Orgânico esgotado
Solução rica em 
alcalóides
Solução ácida 1 – Adição de base fraca
2 – Extração com solvente orgânico
Alcaloides totais
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Métodos extrativos e purificação
Meio ácido
Droga fracionada
1 – Adição de solução aquosa ácida
Solução ácidaFração esgotada
Solução aquosa 
dos sais
Extrato orgânico 
com alcaloides
Orgânico esgotado
1 – Evaporação
1 – Bases livres (amônia)
2 – Extração com solvente orgânico
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Métodos de Análise
• Cromatografia em Camada Delgada (CCD)
▫ Adsorvente (ligeiramente ácido)
 Adição de base ao eluente
 Eluir dos alcalóides na forma de sal (eluentes polares e ácidos)
Eluentes
Ciclohexano : clorofórmio : dietilamina (6:3:1)
Tolueno : etanol absoluto c/ 1,74% g/v amônia (19:1)
Clorofórmio : metanol (9:1)
Acetato de etila : isopropanol : 26% g/v amônia (17:2:1)
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Métodos de Análise
• Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (CLAE)
▫ Quantificação de alcalóides indólicos
▫ CLAE acoplada a um detector de rede diodo (UV)
▫ Diferenciar as diversas classes de alcalóides indólicos
▫ RP-18
• Cromatografia Gasosa (CG)
▫ Antigamente não era possível a análise
▫ Acoplado ao EM
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Métodos de detecção
• Detecção de alcaloides
▫ Reagentes
 Dragendorff - K(BiI4) em H2SO4 (laranja-avermelhado CCD)
 Iodoplatinato de potássio (violeta a azul acizentadas CCD)
 Reagente de Mayer K2(HgI4) (precipitados brancos quando em 
contato com soluções de alcaloides) 
 FPCA (3,25% FeCl3 em 35% HClO4)
 CSSA (1% CeSO4 em 10% H2SO4)
Menos específico
Reagem com outros 
compostos
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Propriedades Biológicas
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Propriedades Biológicas
• Atuam como agonistas ou antagonistas parciais 
▫ Receptores alfa-adrenérgico, serotoninérgico, colinérgico e 
dopaminérgico
• Exemplos: 
Psylocybe
mexicana
Banisteriopsis
caapi
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Propriedades Biológicas
• Exemplos: 
Antineoplásicos
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Fármacos com 
Alcaloides indólicos
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Esporão do Centeio
• Esporão do centeio (Secale cornutum)
▫ Nome científico: Claviceps purpurea (Clavicipitaceae)
▫ Fungo conhecido como ergô
▫ Produz alcalóides derivados da ergolina
▫ Desenvolvem a partir da espiga do centeio 
▫ Durante as estações úmidas (Europa)
• Os efeitos nocivos do ergô (Assíria e Babilônia) – 600 a.C.
• Depois utilizados em rituais na Grécia Clássica
• Ergotismo – sintomas de envenenamento por toxinas deste fungo.
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Esporão do Centeio
• Farmacologia e toxicologia
Interage com receptores alfa-adrenérgicos, dopaminérgicos e serotoninérgicos
promovendo vasoconstricção e bloqueio adrenérgico
Ergotismo, insuficiência arterial, náuseas, vômitos entre outros
• Terapêutica
▫ Antienxaqueca, estimulante uterino
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• Iagê
▫ Bebida consumida pelos indígenas da Amazônia e pajés 
(água fria ou decocção)
▫ “Realidade verdadeira”
▫ Nome científico: Banisteriopsis caapi
▫ Sozinhas ou combinadas (Aumento alucinógeno)
▫ Folhas de Psychotria viridis (Chacrona)
▫ Alcalóides tipo harmano
▫ Fins religiosos (Santo Daime, Santa Maria)
Iagê
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• Farmacologia
Ação direta sobre receptores monoamina inibindo a ligação de 
triptamina com serotonina.
• Toxicológicos
Embriaguez e vômito, vertigens etc
• Terapêutico
Tratamento de dependentes químicos.
Iagê
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Fava de Calabar
• Fava de Calabar 
▫ Nome científico: Physostigma venenosum (Leguminosae)
▫ Originária do Golfo da Guiné
▫ Parte utilizada: semente
• Farmacologia
Inibidor da acetilcolinesterase
• Terapêutica
▫ Uso restrito na oftalmologia (Glaucoma)
▫ Efeitos adversos (ataque cardíaco e parada cardíaca)
Acetilcolina
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• Comercializados no Brasil como Antiamistênicos
• Farmacologia
Inibidores da colinesterase
• Terapêutica
▫ Miastenia grave
▫ Atonia pós-operatória
Fava de Calabar
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Noz Vômica
• Noz Vômica
▫ Nome científico: Strychnos nux-vomica (Loganiaceae)
▫ Árvore do sudeste asiático (tóxicas)
▫ Parte utilizada: semente (alcalóides terciários) 
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• Farmacologia
estimulante medular e bulbar
Intoxicação assemelha-se aos sintomas do tétano
leva a morte por asfixia pela contração do diafragma 
Ativos via oral
• Terapêutica
▫ Não é justificável a utilização devido aos seus riscos
▫ Voltado a obtenção de estricnina (Uso laboratorial – excitabilidade)
Noz Vômica
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Curares de Strychnos
• Curares de Strychnos
▫ A primeira planta curare foi identificada no Suriname – Taxicaria americana
▫ Posteriormente foi classificada como Strycnhos guianensis
▫ Da Strychnos toxifera foram isoladas as toxiferinas, extraídas de espécies 
sul-americanas (tóxicas) 
▫ Alcalóides diméricos do tipo-estricnina como a toxiferina –C.
toxiferina –C
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Curares de Strychnos
• Curares de Strychnos
▫ Extraídos de espécies sul-americanas (tóxicas) – Strycnhos guianensis
▫ Apresentam alcaloides quaternários bis-indólicos (quaternários) nas 
cascas e raízes
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• Farmacologia
Bloqueadores neuromusculares causando debilidade muscular
Levando a flacidez muscular
Ativos via parenteral
• Terapêutica
▫ Não é justificávela utilização devido aos seus riscos 
apresentados
Curares de Strychnos