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Lavagem de Dinheiro

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Lavagem de Dinheiro – Lei 9.613/98
Prof. Marcello Carraro Cesar
Faculdade Anhanguera de Campinas – FAC I
“LAVAGEM” DE DINHEIRO – LEI nº. 9.613/98
- Origens:
Atos de pirataria
No início do século XX, All Capone utilizou lavanderias e lavadores de automóveis para ocultar a origem ilícita de seu patrimônio.
A expressão foi utilizada pela primeira vez nos EUA.
Estima-se que a quantidade de capital “lavado” equivale a 5% do PIB mundial.
- Fases:
a) Distanciamento
b) Ocultação
c) Inserção
- Preliminares:
A expressão “lavagem de dinheiro” consiste no processo através do qual o agente procura dar a recursos obtidos de forma ilícita uma aparente origem lícita.
O procedimento para a “lavagem” de dinheiro pode ser dividido em três etapas:
Na primeira etapa, o agente emprega meios para distanciar os recursos de sua fonte ou origem ilícita;
Na segunda etapa, o agente efetua transformações, ocultação ou dissimulação da verdadeira origem dos valores;
Na terceira etapa, o agente efetua a integração em seu capital dos valores já com aparente origem lícita.
Conforme a legislação em vigor, para a configuração do delito em tela tem-se indispensável à demonstração da origem ilícita dos bens. 
A antiga redação do Art. 1º, trazia o rol taxativo dos chamados crimes antecedentes: “ocultar ou dissimular a natureza origem localização, disposição, movimentação ou propriedade de bens, direitos ou valores provenientes, direta ou indiretamente, de crime I – de tráfico ilícito de entorpecente ou drogas afins; II – de terrorismo ou seu financiamento; III – de contrabando ou tráfico de armas, munições ou material destinado à sua produção; IV – de extorsão mediante seqüestro; V – contra o sistema financeiro nacional; VI – praticado por organização criminosa; VIII – praticado por particular contra a administração pública estrangeira”.
Entretanto, o artigo 1º foi revogado e atualmente, portanto, não há mais o rol taxativo de crimes antecedentes, bastando que exista uma infração penal antecedente e que o agente pratique condutas com o objetivo de ocultar ou dissimular a origem ilícita daqueles bens ou valores. 
- Bem Jurídico:
Não há consenso acerca do objeto jurídico tutelado na presente Lei. Dentre os possíveis entendimentos destaca-se o seguinte: “A Lei visa à proteção da Administração da Justiça e da Ordem Socioeconômica”;
- Objeto material:
O Objeto Material dos crimes em tela são os bem sou valores provenientes, de forma direta ou indireta, de crime anterior.
Obs: devido ao princípio da estrita legalidade penal, exige-se que se trate de crime anterior, sendo o rol do artigo primeiro taxativo quanto às hipóteses.
Portanto, o elemento crime consiste elemento normativo do tipo.
- Condutas Típicas:
Primeira modalidade: Ocultar (esconder, encobrir) ou dissimular (disfarçar) a origem ilícita de bens ou valores.
Segunda modalidade: i) Converte em ativos lícitos bens ou valores provenientes de crime; ii) adquire, recebe, troca, negocia, dá ou recebe em garantia, guarda em depósito, movimenta ou transfere; iii) importa ou exporta.
Terceira modalidade: i) utiliza, na atividade econômica ou financeira, bens direitos ou valores que sabe serem provenientes de qualquer dos crimes antecedentes; ii) participa de grupo ou associação ou escritório tendo conhecimento de que sua atividade principal ou secundária é dirigida à pratica de crimes previstos na lei.
- Causa de Aumento de Pena:
A pena será aumentada quando o crime for cometido de forma habitual ou por intermédio de organização criminosa.
- Delação Premiada:
Se o autor ou partícipe colabora com as autoridades poderá ter sua pena reduzida; iniciar seu cumprimento em regime aberto, podendo o juiz, inclusive, aplicar o perdão judicial ou substituí-la por pena restritiva de direitos.
- Competência:
Em regra, os crimes previstos na lei são de competência da Justiça Estadual, salvo:
Quando praticados contra o sistema financeiro e a ordem econômica ou em detrimento de bens, serviços ou interesses da União, suas Autarquias, Fundações ou Empresas Públicas;
Quando o crime antecedente for de competência da justiça federal.
- Questões genéricas:
- Aos crimes previstos nessa lei não se aplica o disposto no artigo 366 do CPP, ou seja, o processo continuará seu trâmite normal mesmo tendo sido o réu citado por edital sem haver nomeado procurador ou comparecido em juízo;
- Não se admite fiança ou liberdade provisória. Em caso de sentença condenatória o juiz deverá decidir de forma fundamentada acerca da possibilidade do réu recorrer em liberdade;
- Em havendo indícios veementes da origem ilícita do bem, poderá o juiz, de ofício, a requerimento do MP ou representação da autoridade policial, decretar o seqüestro de tais bens. Em caso de medida preparatória, o seqüestro perderá validade se o processo crime não for iniciado em até 120 dias contados da efetivação da medida.
Obs: NO CPP o prazo é de 60 dias.
- Constituem efeitos específicos da condenação a interdição do exercício de cargo emprego ou função pública.
- Criação do COAF, órgão administrativo federal vinculado ao Ministério da Fazenda com atribuição de controle e monitoramento de transações envolvendo grandes quantias financeiras.
Obs: atentar às regras do sigilo bancário e fiscal.
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