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Porf. Rodrigo de Alvarenga Rosa 23/03/2012 1 1Curso de Engenharia Civil - Estrada de Rodagem - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa rodrigoalvarengarosa@gmail.com (27) 9941-3300 Estrada de Rodagem Superlargura e superelevação 2Curso de Engenharia Civil - Estrada de Rodagem - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa Superlargura • Um veículo tipo pode ser considerado como um retângulo • Por essa razão ao fazer uma curva ocupa lateralmente uma faixa maior que em tangente. • Para tanto, faz-se necessário alargar a pista de rolamento na curva para permitir que o veículo a realize sem invadir a contramão • Quanto menor o raio da curva, maior necessidade de superlargura haverá Porf. Rodrigo de Alvarenga Rosa 23/03/2012 2 3Curso de Engenharia Civil - Estrada de Rodagem - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa Superlargura )( lRRs ie −−= 222 '' RER =+ 22 '' ERR −= ''RRs −= 22 ERRs −−= Para um carro tipo VP )( lRRs ie −−= R E sen =α R ER 22 cos − =α Para n faixas )( 22 ERRns −−= 4Curso de Engenharia Civil - Estrada de Rodagem - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa Superlargura OXROXOPGA −=−= Para um carro tipo VP/CO 22222 EEOXXYOXR +=+= 22 EA ERRG −−= 22 EvC ERRLG −−+= GA - gabarito devido à geometria retangular do veículo (m) GC - gabarito devido à trajetória da curva (m) LV - largura do veículo, entre as faces externas do pneu (m) (2,60 m) EE - distância entre eixos (m) (6,10 m) R - raio da curva circular (m) Porf. Rodrigo de Alvarenga Rosa 23/03/2012 3 5Curso de Engenharia Civil - Estrada de Rodagem - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa Superlargura ROZOPOQGD −=−= Para um carro tipo CO GD - gabarito devido ao balanço dianteiro (m) BD - balanço dianteiro (m) (1,20 m) EE - distância entre eixos (m) R - raio da curva circular (m) 22)( OXBEOZ DE ++= )()2( 2222 EDDEE ERBBEEOZ −+++= )2(2 DED BEBROZ ++= RBEBRG DEDD −++= )2(2 6Curso de Engenharia Civil - Estrada de Rodagem - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa Superlargura • Gabarito Lateral (GL) calculado em função da largura da pista de rolamento (faixa) • Folga lateral livre que deve ser mantida para o veículo de projeto em movimento. Largura da faixa LF (m) 3,0 - 3,2 3,3 - 3,4 3,5 - 3,6 Gabarito Lateral GL (m) 0,6 0,75 0,9 Porf. Rodrigo de Alvarenga Rosa 23/03/2012 4 7Curso de Engenharia Civil - Estrada de Rodagem - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa Superlargura • Folga dinâmica (FD) que advém das dificuldades naturais de manobra em curva e as diferenças entre as características de operação dos motoristas. • Considera-se um único valor, independentemente do número de faixas. • Fórmula de Voshel R VFD 10 = V - velocidade diretriz em km/h 8Curso de Engenharia Civil - Estrada de Rodagem - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa Superlargura • Largura total (LT) de uma pista com N faixas de trânsito é dada pela fórmula: DDLcT FGNGGNL +−++= )1()( LF - largura de projeto da faixa de trânsito (m) LN - largura total da pista em tangente (m) • Largura normal da pista em tangente (LN) FN LNL = • Superlargura (SR) NTR LLS −= Porf. Rodrigo de Alvarenga Rosa 23/03/2012 5 9Curso de Engenharia Civil - Estrada de Rodagem - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa Superlargura • Para veículos articulados, substitui-se a distância entre- eixos por uma distância entre-eixos equivalentes (EEq) 2 2 2 1 EEEEq += E1 - distância entre o eixo dianteiro do veículo trator (cavalo mecânico) e pivô de apoio do semi-reboque (ou 5ª roda) (m) E2 - distância da 5ª roda ao eixo traseiro ou ao ponto médio dos eixos traseiros do semi-reboque (m) 10Curso de Engenharia Civil - Estrada de Rodagem - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa Superlargura • Os valores calculados devem ser múltiplos de 0,20m • Deve ser no mínimo 0,40m conforme norma do DNIT. • Abaixo deste valor não resulta em efeitos práticos relevantes. • A AASHTO adota limite inferior de 0,60m e sugere dispensa de superlargura para curvas com raios superiores a 250,0m e com largura normal de faixa de 3,60m. Porf. Rodrigo de Alvarenga Rosa 23/03/2012 6 11Curso de Engenharia Civil - Estrada de Rodagem - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa Superlargura • Para o caso de pistas com mais de duas faixas de trânsito por sentido, o DNIT recomenda a redução proporcional de superlargura • Já tem folgas já propiciadas pelas larguras normais da faixa e a improbilidade de emparelhamento de três ou mais veículos com as dimensões do veículo de projeto nas curvas • Para três faixas, usa-se o valor calculado para duas faixas multiplicados por 1,25, para quatro faixas, multiplica-se 1,50. 12Curso de Engenharia Civil - Estrada de Rodagem - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa Superlargura • Para o caso de pistas com mais de duas faixas de trânsito por sentido, o DNIT recomenda a redução proporcional de superlargura • Já tem folgas já propiciadas pelas larguras normais da faixa e a improbilidade de emparelhamento de três ou mais veículos com as dimensões do veículo de projeto nas curvas • Para três faixas, usa-se o valor calculado para duas faixas multiplicados por 1,25, para quatro faixas, multiplica-se 1,50. Porf. Rodrigo de Alvarenga Rosa 23/03/2012 7 13Curso de Engenharia Civil - Estrada de Rodagem - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa Superlargura • Em pistas de duas faixas que tenham pista auxiliar (3ª faixa, faixa de desaceleração ou de aceleração, faixa destinada a conversão ou a movimentos de entrelaçamento), essa pode ser desconsiderada na determinação da superlargura. 14Curso de Engenharia Civil - Estrada de Rodagem - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa Cálculo da Superlargura • Em um projeto, tem-se uma curva com duas faixas, com raio de 214,88m, em relevo ondulado, na classe II do DNIT. Considerando veículo tipo CO e largura de faixa igual a 3,50m. Deseja-se saber qual o valor de superlargura a ser adotado. Porf. Rodrigo de Alvarenga Rosa 23/03/2012 8 15Curso de Engenharia Civil - Estrada de Rodagem - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa • Gabarito devido a trajetória em curva Cálculo da Superlargura 22 EvC ERRLG −−+= mGC 69,21,688,21488,2146,2 22 =−−+= • Gabarito devido ao balanço dianteiro na curva RBEBRG DEDD −++= )2(2 mGD 04,088,214)2,11,62(2,188,214 2 =−++= 16Curso de Engenharia Civil - Estrada de Rodagem - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa • Velocidade diretriz Cálculo da Superlargura hkmV /70= • Gabarito lateral Largura da faixa LF (m) 3,0 - 3,2 3,3 - 3,4 3,5 - 3,6 Gabarito Lateral GL (m) 0,6 0,75 0,9 mGL 9,0= Classe da Rodovia Região Plana Ondulada Montanho sa 0 120 100 80 I 100 80 60 II 100 70 50 III 80 60 40 IV 60-80 40-60 30-40 Porf. Rodrigo de Alvarenga Rosa 23/03/2012 9 17Curso de Engenharia Civil - Estrada de Rodagem - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa • Folga dinâmica Cálculo da Superlargura R VFD 10 = 48,0 88,21410 70 ==DF 18Curso de Engenharia Civil - Estrada de Rodagem - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa Cálculo da Superlargura • Largura total da pista em curva mLT 70,748,004,0)12()90,069,2(2 =+−++= DDLcT FGNGGNL +−++= )1()( • Largura normal da pista em tangente FN LNL = mLN 0,75,32 == • Superlargura NTR LLS −= mSR 70,00,77,7 =−= Arredondando para valores múltiplos de 0,2, tem-se: mSR 80,0= Porf. Rodrigo de Alvarenga Rosa 23/03/2012 10 19Curso de Engenharia Civil - Estrada de Rodagem - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa • Tudo estudado até o momento prevê que o plano da pista é plano. Superelevação 20Curso de Engenharia Civil - Estrada de Rodagem - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa • Força centrífuga Superelevaçãoρ 2vMFC = • A força de atrito vem equilibrar esta força centrífuga. • Ela ocorre com o atrito das rodas no pavimento. • Pode-se considerar a pista plana. tA fPF = Porf. Rodrigo de Alvarenga Rosa 23/03/2012 11 21Curso de Engenharia Civil - Estrada de Rodagem - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa • Duas possíveis soluções • 1º caso: • O veículo permanece na via, sem problemas, em virtude do equilíbrio dos esforços transversais • 2º caso: • A força centrífuga é superior à reação de atrito transversal. • Prevalecendo a força centrífuga, o veículo se desloca transversalmente, ocorre um deslizamento, conhecido como derrapagem. Superelevação ct FfP >= ct FfP < 22Curso de Engenharia Civil - Estrada de Rodagem - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa • 2º caso: Superelevação ct aMfgM < ρ 2vfg t < ρtfgv > • v em km/h e g=9,81 m/s2 para km/h2 (3,6 2) • Velocidade de equilíbrio para que não ocorra deslizamento. ρtfv 27,11> Porf. Rodrigo de Alvarenga Rosa 23/03/2012 12 23Curso de Engenharia Civil - Estrada de Rodagem - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa • Momentos a comparar • Duas possíveis análises • 1º caso: • O veículo permanece na via sem problemas. • O limite ocorrerá quando a resultante passar pelo ponto A Superelevação HFC 2 bP 2 bPHFC <= 24Curso de Engenharia Civil - Estrada de Rodagem - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa • Momentos a comparar • Duas possíveis análises • 2º caso: • Se for superada a velocidade de equilíbrio, o veículo girará ao redor do ponto A e ocorrerá o tombamento. • Independe da massa do veículo! Superelevação HFC 2 bP 2 bPHFC > 2 2 bgMHvM > ρ H gb v 2 2 ρ> H gb v 2 ρ = Porf. Rodrigo de Alvarenga Rosa 23/03/2012 13 25Curso de Engenharia Civil - Estrada de Rodagem - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa • Forças atuantes com superelevação. Superelevação 26Curso de Engenharia Civil - Estrada de Rodagem - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa • A superelevação é medida pela inclinação transversal da pista em relação ao plano horizontal • Expressa em – Proporção – porcentagem (%) • Força atrito • Equilíbrio Superelevação )(αtge = tCA fsenFPF ))()cos(( αα += )(100 αtge = )()cos( αα senPFF AC += )())()cos(()cos( αααα senPfsenFPF tCC ++= Porf. Rodrigo de Alvarenga Rosa 23/03/2012 14 27Curso de Engenharia Civil - Estrada de Rodagem - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa • Equilíbrio • Como o ângulo é normalmente muito pequeno pode-se desprezar a força tendo então: Superelevação )()cos( αα senPFF AC += ρρ g vPvMFC 22 == )())()cos(()cos( αααα senPfsenFPF tCC ++= α )(αsenFC )()cos()cos( ααα senPfPF tC += )()cos()cos( 2 ααα ρ senPfP g vP t += 28Curso de Engenharia Civil - Estrada de Rodagem - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa • Dividindo tudo por • Para velocidade em km/h Superelevação )cos(αP )()cos()cos( 2 ααα ρ senPfP g vP t += )( 2 α ρ tgf g v t += tfg v e −= ρ 2 tfR V e −= 8,9 ) 6,3 ( 2 tfR V e −= 127 2 ft - coeficiente de atrito transversal entre pneu e pavimento Porf. Rodrigo de Alvarenga Rosa 23/03/2012 15 29Curso de Engenharia Civil - Estrada de Rodagem - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa • O coeficiente ft difere do conceito clássico da física, pois é deslizamento lateral e portanto é dinâmico • Portanto, varia com a velocidade, diminuindo à medida que a velocidade aumenta. • O DNIT estabelece valores máximos admissíveis Superelevação V (km/h) 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 ft náx 0,2 0,18 0,16 0,15 0,15 0,14 0,14 0,13 0,12 0,11 30Curso de Engenharia Civil - Estrada de Rodagem - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa • Valores limites de superelevação – O DNIT admite no máximo 10% e 12% para situações especiais para ajustes em rodovias já existentes para aumento de velocidade – Deve se respeitar um valor mínimo de superelevação da ordem de 2% Superelevação Tipos rodovias/situações Superelevação Situações especiais 12% Classe 0 e I regiões planas e onduladas 10% Classe II, III e IV e Classe I para regiões montanhosas 8% Projetos condicionados por urbanização adjacente 6% Porf. Rodrigo de Alvarenga Rosa 23/03/2012 16 31Curso de Engenharia Civil - Estrada de Rodagem - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa Raio Mínimo • Com base na fórmula • Chega-se à fórmula do raio mínimo tfR V e −= 127 2 )(127 2 tfe VR + = )(127 maxmax 2 min tfe VR + = 32Curso de Engenharia Civil - Estrada de Rodagem - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa Raio Mínimo para curva de projeto (m) Porf. Rodrigo de Alvarenga Rosa 23/03/2012 17 33Curso de Engenharia Civil - Estrada de Rodagem - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa Raio mínimo • O DNER descreve critério mais simplificado, para a determinação dos valores de superelevação a adotar para cada concordância horizontal no projeto de rodovias. • Considerando apenas a velocidade diretriz, foram adotadas basicamente as mesmas hipóteses de referência para contrabalançar o efeito da força centrífuga, delimitando retas limites para as variações de superelevações e de coeficientes de atrito. 34Curso de Engenharia Civil - Estrada de Rodagem - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa Raio mínimo )2( 2 2 minmin max R R R R ee −= • Foi adotada uma curva de variação para calcular diretamente os valores de superelevação ao invés de calcular primeiramente os valores de coeficiente de atrito. A curva adotada pelo DNER é expressa: Porf. Rodrigo de Alvarenga Rosa 23/03/2012 18 35Curso de Engenharia Civil - Estrada de Rodagem - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa Exemplo de cálculo da Superelevação • Em um projeto, tem-se uma curva com duas faixas, com raio de 214,88m, em relevo ondulado, na classe II do DNIT. Considerando veículo tipo CO e largura de faixa igual a 3,50m. Deseja-se saber qual o valor de superelevação a ser adotado. 36Curso de Engenharia Civil - Estrada de Rodagem - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa • Velocidade diretriz Cálculo da Superelevação hkmV /70= Classe da Rodovia Região Plana Ondulada Montanho sa 0 120 100 80 I 100 80 60 II 100 70 50 III 80 60 40 IV 60-80 40-60 30-40 • Superelevação máxima %8max =e Tipos rodovias/situações Superelevação Situações especiais 12% Classe 0 e I regiões planas e onduladas 10% Classe II, III e IV e Classe I para regiões montanhosas 8% Projetos condicionados por urbanização adjacente 6% Porf. Rodrigo de Alvarenga Rosa 23/03/2012 19 37Curso de Engenharia Civil - Estrada de Rodagem - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa Cálculo da Superelevação • Raio mínimo mR 170min = %700,7%651,7) 88,214 170 88,214 170.2(8 2 2 ≈=−=e • Superelevação )(127 maxmax 2 min tfe VR + = )15,008,0(127 702 min + =R ou )2( 2 2 minmin max R R R R ee −=
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