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ESTÁCIO
PAULA
GESTÃO ESCOLAR DEMOCRÁTICA
IBIÚNA
2017
ESTÁCIO
GESTÃO ESCOLAR DEMOCRÁTICA
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como exigência parcial de avaliação para o curso de Pedagogia, pela FACULDADE ESTÁCIO, sob a supervisão da orientadora ________________________.
IBIÚNA
2014
ESTÁCIO
PAULA
GESTÃO ESCOLAR DEMOCRÁTICA
APROVADA EM ____/____/_______
BANCA EXAMINADORA
___________________________________
ORIENTADORA
________________________________
PROFESSOR (A)
_________________________________
PROFESSOR (B)
FICHA CATALOGRÁFICA
	
SOBRENOME, PAULA
LICENCIATURA EM PEDAGOGIA
31 Laudas
FACULDADE ESTÁCIO. SP 2017
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso Graduação em Pedagogia pela FACULDADE ESTÁCIO.
GESTÃO ESCOLAR DEMOCRÁTICA
RESUMO
Esse estudo teve início percebendo que a gestão democrática escolar deve ser uma atividade permanente da condição humana, uma habilidade a ser adquirida desde cedo e treinada de várias formas. Pois somos seres humanos e não podemos aprender de maneira fragmentada para entender, conhecer, sonhar, adquirir conhecimento para tornarmos cidadãos plenos. A gestão democrática escolar é fundamental no desenvolvimento do ser humano, e a escola possui um papel importante no desenvolvimento desse conhecimento, apesar das dificuldades encontradas no nosso dia a dia. Apesar desses contratempos, as escolas desenvolvem seus projetos de trabalho pedagógico individual sem que muitas vezes ninguém saiba o que acontece na sala de aula do lado. Esse trabalho serviu para uma análise da necessidade de um trabalho educativo envolvendo pais, alunos, equipe escolar, comunidade e professores, especialmente para avaliar e incentivar o desenvolvimento de práticas promotoras de aprendizagem de acordo com a realidade da comunidade da qual a escola faz parte.
Palavras-chave: Gestão – Democrática - Educação.
ABSTRACT
This study began by seeing that democratic school management should be a permanent activity of the human condition, a skill to be acquired early on and trained in various ways. For we are human beings and we can not learn in a fragmented way to understand, to know, to dream, to acquire knowledge to become full citizens. The democratic school management is fundamental in the development of the human being, and the school plays an important role in the development of this knowledge, despite the difficulties encountered in our daily life. Despite these setbacks, schools develop their individual pedagogical work projects without often no one knowing what happens in the classroom next door. This work served to analyze the need for an educational work involving parents, students, school staff, community and teachers, especially to evaluate and encourage the development of practices promoting learning according to the reality of the community of which the school is a part.
Keywords: Management - Democratic - Education.
SUMÁRIO
Introdução..........................................................................................................08
1.A Gestão democrática escolar como ela se desenvolve?..............................10
2.Gestão Escolar Democrática..........................................................................15
Considerações Finais........................................................................................29
Referências........................................................................................................30
INTRODUÇÃO
Da mesma forma que não enfocamos a gestão democrática escolar, sua construção ou desenvolvimento, ou a oralidade, mesmo sabendo da estreita relação dessas práticas educacionais. Nossa opção, esta relacionada à possibilidade de aprofundar uma proposta de estudo, buscando maior especificidade nas intervenções diárias, para que se mostrem mais apropriadas ao desenvolvimento educacional e demandas escolares que esse tipo de trabalho exige de cada um dos participantes desse tipo de trabalho educacional.
Os estudos da gestão democrática escolar apontam novas discussões sobre o papel da Educação na formação dos cidadãos. O surgimento da gestão democrática escolar é um fenômeno relativamente novo. À medida que o ser humano se relaciona com o mundo, não mais como um ser único, mas como uma gama de relações disponíveis, capazes de transformar e serem transformadas em bens culturais, sociais e físicos. Em pouco tempo podemos perceber muitos sintomas da gestão democrática escolar para explicar e descrever o processo educacional.
Gestão e práticas educacionais estão fundamentalmente ligadas ao interesse da busca pela inserção social, pois ambos devem se apresentar dentro de uma meta, ou seja, cognitivo, emocional e social estão sempre juntos, pois é nessa relação equilibrada que se constitui o indivíduo.
O objetivo geral dessa pesquisa se dá devido à observação de que ensinar o indivíduo como fonte de mudança de atitudes e comportamentos ainda não é prática efetiva no cotidiano social, portanto ainda se faz necessário um aperfeiçoamento da prática, através da criação de momentos que oportunizem o indivíduo ao exercício do seu direito de se projetar, promovendo sua autoconfiança, autoestima incentivando-o a assumir certos direcionamentos e assim a contribuir para o seu desenvolvimento físico, emocional, cognitivo e social.
Com a busca de soluções que alteram ou subvertem a ordem vigente, a nova LDB somente admite a existência de novos modelos de relacionamentos mais harmônicos com a educação, novos paradigmas e novos valores éticos.
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Porém não regulamenta essa nova visão holística e sistêmica, adota posturas de integração e participação, onde cada indivíduo é estimulado a exercitar plenamente sua cidadania.
A gestão democrática escolar voltada para trabalhos educacionais aparece como um despertar de uma nova consciência solidária a um todo maior. É com a visão do global e com um desejo de colaborar para um mundo melhor, que se pode propor um agir local. Daí a importância de interagir conhecimentos, valores e capacidades que podem levar a comportamentos condizentes com este novo pensar. Em um mundo mais ético, todas as espécies têm direito à vida e as relações humanas são mais justas.
A gestão democrática escolar não substitui ou ultrapassa as disciplinas acadêmicas, precisa e aplica todas elas. Frente a um problema educacional qualquer, é provável que precisem de alguns subsídios de outras áreas e outros profissionais para contribuírem com déias, combinando-as de forma criativa, integrando-as, considerando-as sob novas perspectivas e dando-lhes novas aplicações. Quem se engaja no processo acha-o intelectualmente excitante e diretamente útil na solução real de problemas urgentes. Descobre uma área nova abrangente que abarca a compreensão da complexidade, da beleza e da coerência do todo.
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A GESTÃO DEMOCRÁTICA ESCOLAR COMO ELA SE DESENVOLVE?
Esse estudo teve início vendo que a gestão democrática escolar deve ser uma atividade permanente da condição humana, uma habilidade a ser adquirida desde cedo e treinada em várias formas.
 A gestão democrática escolar voltada para ao processo ensino aprendizagem é fundamental no desenvolvimento do grupo no qual se trabalha, gerando oportunidades que provoquem mudanças de comportamento no desenvolvimento do seu convívio. Apesar de todas as dificuldades, a gestão democrática escolar deve desenvolver projetos investigativos tentando promover o conhecimento entre o indivíduo e o mundo do qual faz parte.
Pois de acordo com Félix (1985, p.34):
O fato de ser a administração, de um modo geral, compreendida como uma decorrência da evolução da organização social, reforça a necessidade de se explicitar a sua funçãoenquanto meio de organização do trabalho na sociedade capitalista.
 Os problemas envolvendo a gestão democrática escolar voltada para educação global dos alunos não só no desenvolvimento, mas também no uso de suas atribuições educativas. Torna-se evidente que o dano causado pode não visar o bem estar e a melhoria das condições de trabalho.
Sabe-se que cada indivíduo possui necessidades e características peculiares e a gestão democrática escolar voltada para a educação global deve desempenhar um importante papel nesse aspecto, que é oferecer um espaço favorável para a realização de caminhos que criem experiências e construção de vivências significativas, transformadoras e de responsabilidades comum para todos esses é o principal fator para se desenvolver o trabalho de gestão 
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democrática escolar é a adequação dos indivíduos para as diversas fases da vida contribuindo para o desenvolvimento do aprendizado de forma integral.
É nesta perspectiva que se apresenta na gestão democrática escolar voltada para o ensino global: a oportunidade dos indivíduos escolherem com autonomia as práticas voltadas para um processo educacional respeitando as peculiaridades de cada um. Sendo que a gestão democrática escolar voltada para a uma educação global de todos os envolvidos nesse processo tem que ser respeitada em seus interesses e verificar os entrelaçamentos da teoria e prática respeitando toda a história que cada aluno possui, e a partir dessa realidade desenvolver ações que podem administrar ou não gerir situações e propiciar à prática de novas atitudes e comportamentos.
Com essa linha de pensamento vale lembrar Ferreira (2002, p. 6):
Ambas as palavras têm origem latina, “gerere” e “administrare”. “Gerere” significa “conduzir, dirigir ou governar”. “Administrare” tem aplicação específica no sentido de “gerir um bem, defendendo os interesses de quem os possui”. Administrar seria, portanto, a rigor, uma aplicação de gerir.
Dizemos assim que a aprendizagem não só é essencial ao aluno, como também é a condição necessária de sua existência, é através dela que o aluno cria e transforma o meio em que vive.
A gestão democrática escolar voltada para a educação global é inesgotável. O habitual é aprender com boas metodologias que visam valores e atitudes são estudadas e preparadas por uma equipe escolar comprometida que visa o bem estar de toda a população.
Pois segundo Félix (1985, p. 71):
Enquanto a administração de empresas desenvolve as teorias sobre a organização do trabalho nas empresas capitalistas, a administração 
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escolar apresenta proposições teóricas sobre a organização do trabalho na escola e no sistema escolar. No entanto, a administração escolar não construiu um corpo teórico próprio e no seu conteúdo podem ser identificadas as diferentes escolas da administração de empresas, o que significa uma aplicação dessas teorias a uma atividade específica, neste caso, a educação.
O processo ensino/aprendizagem é a forma de comunicação mais valorizada e utilizada, sabemos que ele envolve diversos aspectos: orgânicos, emocionais, sociais e culturais. Se o ato de aprender, ou seja, interagir tornando conhecido o que se necessita, constitui fator determinante na qualidade de vida, o poder de aprendizagem torna-se importante para todos.
O gestor democrático escolar juntamente com toda a sua equipe, deve agir de forma amável, argumentando, valorizando e tratando, cada progresso, pois todos são capazes de aprender independentemente da dificuldade que temos. É muito importante essa valorização, porque um componente da equipe com autoestima elevada superará melhor os problemas que precisa ser enfrentado.
 De acordo com Lück (2008, p. 35-36):
Gestão educacional corresponde ao processo de gerir a dinâmica do sistema de ensino como um todo e de coordenação das escolas em específico, afinado com as diretrizes e políticas educacionais públicas, para a implementação das políticas educacionais e projetos pedagógicos das escolas, compromissado com os princípios da democracia e com métodos que organizem e criem condições para um ambiente educacional autônomo (soluções próprias, no âmbito de suas competências) de participação e compartilhamento (tomada conjunta de decisões e efetivação de resultados), autocontrole (acompanhamento e avaliação com retorno de informações) e transparência (demonstração pública de seus processos e resultados).
O principal problema que o gestor democrático enfrenta na atualidade é alcançar a integração de todos os envolvidos, tornando-se necessário renovar 
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ensinamentos para se adaptar às profundas mudanças que se fizer necessária para realizar um trabalho educacional do qual fazem parte.
A formação permanente da equipe escolar deve representar a constante disponibilidade de uma rede de comunicação que não deve se reduzir ao âmbito dos conteúdos acadêmicos, incluindo problemas metodológicos, pessoais, e sociais, que continuamente se misturam com as situações de ensino.
Se o aspecto físico-ambiental é importante, a boa interação entre todos e cada um dos componentes dessa equipe, inclusive o gestor é vital, o gestor democrático deve se preocupar com os relacionamentos. Os aspectos relacionais são de grande importância nesse estágio e favorecem a mudança de atitude e comportamento. O relacionamento gestor-equipe é um elemento dinamizador básico. É necessário estabelecer um vínculo consistente, no qual predominem sentimentos de admiração, simpatia e afeição por parte do ser humano; e de respeito, atenção, consideração e compreensão empática da parte do professor.
Pois de acordo com Alonso (1983, p. 146):
O compromisso da escola atual é essencialmente com os valores definidos a partir do desenvolvimento científico e tecnológico presente, os quais questionam a validade de formulações menos práticas, ainda que mais comprometidas com a natureza essencial do homem. O que se requer nesta sociedade é basicamente o indivíduo apto a enfrentar situações as mais variadas, imprevisíveis, para as quais deve dispor de uma flexibilidade tal que lhe permita efetuar respostas rápidas, já que é impossível tê-las prontas. A fim de se encaminhar para um objetivo dessa ordem, a escola atual precisa rever toda a sua estrutura, todo o seu sistema de trabalho e mesmo os papéis definidos tradicionalmente.
Nesta perspectiva esse trabalho servirá para uma análise teórica de diversos autores que falam sobre a gestão democrática escolar e da necessidade da parceira da teoria com a prática, envolvendo pais alunos, professores, e equipe escolar especialmente para avaliar e incentivar o desenvolvimento de práticas 
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promotoras de construção de conhecimento visando ações transformadoras sem deixar de lado que cada indivíduo aprende de um potencial e pode apresentar maior facilidade em aprender os conteúdos estabelecidos.
O gestor democrático escolar deve convidar, encorajar e proporcionar a sua equipe experiências que o possibilitem fazer o exercício da tomada de decisão, vencer seus medos, conceitos valores, tradições, costumes e preconceitos.
 Este trabalho baseia-se na importância de se conhecer a colaboração da gestão democrática que ajudam os alunos a se desenvolver cognitivamente mantendo um convívio relativamente coerente com a sua realidade e capaz de expressar seus pontos de vista, ideias, opiniões que talvez possa a vir contribuir de maneira satisfatória para as diversas etapas do processo ensino aprendizagem que têm que ser cumprido.
De acordo com Oliveira (2009, p. 36-37):
tecnologia, ambiente, poder, conhecimento se estruturam, fundamentando noções diversificadas das organizações. E mais: a hegemonia da razão instrumental direciona a ação efetiva e define o comportamento ético. A ciência é ideologizada em função da produção que, em sua lógica, subordina a educação, a política e mesmo o próprio lazer. Se, de um lado, pressupõe-se a subjetividade, por outro a racionalidadecom respeito aos fins define cursos de ação de uma civilização voltada para o consumo, para o ganho, para as vantagens individuais e para o poder. É o reino da mercadoria e de sua administração.
No entanto, por mais que as vezes não encontramos respostas, esperamos que este trabalho possa ajudar-nos a refletir, para tornarmos um diferencial significativo, não apenas na vida profissional de cada um, mas também para realizar uma educação de qualidade para todos. 
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GESTÃO ESCOLAR DEMOCRÁTICA
Neste trabalho, iniciamos o estudo do fenômeno de uma gestão escolar democrática, analisando os conceitos de democracia escolar bem como a diferenciação que existe entre todos os membros da equipe escolar profundamente inter relacionados, mas que muitas vezes não conseguem diferenciar seus papéis e assim também não contribuem aos aspectos distintos de cada um dentro do processo ensino aprendizagem. Essas desigualdades e desconhecimento da importância dos papéis que cada componente da equipe escolar tem que realizar e os recursos e didáticos que devem ser usado de acordo com a necessidade educacional de cada aluno muitas vezes causa enormes discórdias e tornam os profissionais desmotivados e desvalorizados.
Aqui vale lembrar Paro (2008, p. 132):
a última palavra deve ser dada por um diretor, colocado no topo da hierarquia, visto como representante da lei e da ordem e responsável pela supervisão e controle das atividades que aí se desenvolvem. Para facilitar essa supervisão, tal tema hierárquico é constituído de tal maneira que todos os que participam da vida da instituição – desde o pessoal de secretaria e os funcionários subalternos (serventes e inspetores de alunos etc) passando pelo pessoal técnico-pedagógico (orientador educacional, coordenador pedagógico etc) até os professores e alunos – devem desempenhar funções precisas o suficiente para permitir o controle e a cobrança no cumprimento das tarefas e atribuições que estão sob a responsabilidade e obrigação de cada um.
O termo gestão democrática significa administrar é uma associação de habilidades e métodos, políticas, técnicas e práticas definidas, com o objetivo de administrar os comportamentos internos e potencializar o capital humano nas organizações.
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Essa afirmação aponta para aspectos que ocorre através da participação, capacitação, envolvimento e desenvolvimento de funcionários. Assim é que, nesta afirmação a gestão tem um lugar especial, apesar de este processo ter muito compromisso com a formação pedagógica, vemos que comprovar o significado da gestão para os funcionários, no sentido de ajudar os funcionários e até mesmo as crianças e as pessoas a lidar com seus problemas de ordem emocional.
A gestão explica que, para desenvolver um sentimento de comprometimento, de segurança entre as pessoas da equipe essas precisam aceitar-se. Nesse caso da gestão democrática nos diferentes programas educacionais institui-se num permanente processo dialógico no dia a dia de trabalho, em que foi estimulado e incentivado a mudança de atitudes em relação ao outro. Porém, em dado momento o gestor sente a necessidade de avançar nessas relações, de modo a satisfazer o desenvolvimento de atitudes positivas em relação ao outro.
Pois segundo Paro (2008, p.141):
A análise do papel do educando no processo educativo escolar não pode restringir-se [...] a sua condição de consumidor. Num processo pedagógico autêntico, o educando não apenas está presente, mas também participa das atividades que aí se desenvolvem. Sua própria presença, aliás, só se faz necessária na medida em que o processo não pode dar-se sem a sua participação. No caso da produção material, a presença do consumidor no ato de produção, embora desnecessária, pode ser imaginada; ela se constituiria, então, aí, em simples presença, colocando-se o consumidor como mero expectador, sem qualquer participação nas atividades. No caso da atividade pedagógica, entretanto, o aluno não pode estar presente como simples expectador, sob pena de o processo educativo deixar de realizar-se. Em outras palavras, é próprio da atividade educativa o fato de ela não poder realizar-se a não ser com a participação do educando. Essa participação se dá na medida em que o aluno entra no processo ao mesmo tempo como objeto e como sujeito da educação.
Entretanto, isso não deve constituir uma preocupação, uma vez que a elaboração do plano gestor a partir da construção de relações que se faz uma 
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etapa importante e válida para o processo de ideias: a mudança de atitudes que começa a se processar pela interação de toda a equipe dos programas educacionais.
É importante, nesse momento, que esse desdobramento gestor possibilite à equipe o início do processo de consolidação do momento de escuta, de tomada de atitude, de mudança, etc.
Neste trabalho primeiramente apresentaremos a definição de gestão, democrática, onde tentaremos identificar os principais mecanismos de sua manutenção e traremos um breve histórico da abordagem da gestão escolar democrática e as matrizes teóricas de sua explicação.
Pois de acordo com Paro (1991, p. 31):
Reconhecer, entretanto, que o homem sempre precisou – e sempre precisará – utilizar racionalmente os recursos com vistas à concretização de fins, não implica dizer que a atividade administrativa é imutável em todos os tipos de sociedade ao longo da história. [...] como não podia deixar de ser, a atividade administrativa participa também das contradições e forças (sociais, econômicas, políticas, culturais, etc) em conflito em cada período histórico e em cada formação social determinada. Por isso, sua realização concreta determina, ao mesmo tempo em que é determinada por essas forças.
 
Num segundo momento abordaremos o conceito de diferenciação entre gestão democrática e analisaremos os principais fatores que a produzem. Por fim, discutiremos as relações que se estabelecem entre uma gestão democrática e uma gestão individualista que domina saberes, atitudes sem precisar da ajuda das demais pessoas que compõe sua equipe.
Porém, é imprescindível que a prática gestora democrática escolar garanta informações e articulações formal e não formal, que não fragmente o aprendizado, e para que isso não ocorra é preciso que a equipe escolar aceite que cada aluno já possui um conhecimento prévio não formal sobre determinados assuntos, e com 
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esses conhecimentos prévios os alunos devem se especializar cada vez mais, ninguém pode reunir todas as disciplinas para uma visão total do mundo.
De acordo com Gomes, Lopes (2000, p. 16):
Tornar compartilhada a gestão da escola significa garantir o envolvimento amplo dos profissionais que nela atuam com objetivos comuns. Processa-se de forma gradativa, organizada e será concretizada através de um processo de planejamento coletivo, com participação de toda a comunidade escolar, partindo do conhecimento de sua realidade. Por outro lado, na gestão compartilhada é necessário que cada um exija de si próprio metas claras e estimulantes, criando, assim, parceiros internos para que seja possível o estabelecimento de alianças externas.
Todas essas razões históricas para a educação ainda são válidas. As pessoas continuam precisando compreender as funções educacionais básicas, a fim de produzirem conhecimentos, encontrarem os caminhos certos a seguir. Precisam compreender a educação e modelarem e perpetuarem as perspicazes conquistas do mundo moderno. E precisam gerenciar o conhecimento. Porém, uma razão mais completa e construtiva para a educação está surgindo da combinação de todas as outras áreas exigindo as competências a serem requeridas como um ensino de qualidade.
E o gestor é um profissional que precede o que está por acontecer, fornecendo uma ideia para que a equipe escolar possa se integrar as novas informações e situações a serem enfrentadas. Vemos que o gestor deve procurar tornar claras as ideias, os problemas e as situações que encontra em seu dia a dia nos diversos contextosdo seu trabalho, pois é a partir desses esclarecimentos que se conseguirá levarem à prática os princípios, a fim de facilitar o trabalho significativo de cada um dos integrantes de sua equipe.
Pois de acordo com Muribeca (2002, p. 159-172):
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O norte que irá direcionar todo o trabalho da instituição em busca de alcançar os objetivos propostos e que a viabilização deste só será possível através da democratização da escola. Democratização da escola, tomada como pressuposto básico para a democratização das relações que acontecem no cenário escolar e conseqüente melhoria do processo de ensino e aprendizagem. A escola democrática que defendemos é a escola comprometida com a qualidade do ensino, com a socialização do saber socialmente valorizado, que será transmitido através dos conteúdos, metodologia, avaliação e objetivos trabalhados na escola [...]. os conteúdos são os conhecimentos sistematizados e socialmente valorizados, organizados para serem ensinados no ensino formal. Estes conteúdos deveriam sofrer uma criteriosa seleção por parte daqueles que fazem a educação acontecer, isto é, dos pedagogos docentes e não docentes. A pergunta-chave seria: Por que são estes conteúdos e não outros? Poderia ser diferente? Como? Temos alguma sugestão, qual? etc. A metodologia terá como preocupação principal proporcionar ao aluno, além da assimilação e reconstrução dos conteúdos escolares, o desenvolvimento das capacidades cognitivas e operativas, o que implica uma determinada visão de homem e de sociedade. A avaliação não deverá limitar sua preocupação ao rendimento individual do aluno, mas deverá se constituir em um indicativo revelador do caminho trilhado pela escola, ao tempo em que sinalizará para o possível caminho que levará e conduzirá à consecução dos objetivos formulados no seu projeto político – pedagógico. A sistemática da avaliação na escola está diretamente relacionada à metodologia e aos objetivos. Ao formular seus objetivos a escola não pode obscurecer as novas realidades sociais, econômicas e políticas, impostas pela sociedade contemporânea, ao tempo em que tentará responder às questões: Qual o nosso objetivo na escola? O que pretendemos alcançar? Por que, para que e para quem trabalhamos em educação? Quem serão os beneficiados com nossas ações? Questões estas que irão direcionar todo o trabalho pedagógico da escola. Apesar de estas não serem questões novas, nunca perdem sua atualidade e importância.
 
Dessa forma, verificamos que um dos maiores desafios dentro desses programas educacionais é que cada gestor consiga identificar em seu dia a dia de trabalho os conceitos mais abrangentes e que tenham o maior poder de solução, para depois chegar aos menos abrangentes, pois uma das variáveis que mais influenciam a mudança de atitude e comportamento é o uso de conceitos e princípios essenciais, que, numa dada situação, tenha o mais amplo poder de solução.
Este trabalho pretende mostrar através da pesquisa teórica a contribuição da gestão democrática escolar. Didaticamente falando essa contribuição exige um 
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referencial teórico que servirá como base para embasamento para desenvolver questões e objetivos do campo de atuação deste profissional que busca produzir, reproduzir e possibilita um processo formativo e cultural que ocorre além das salas de aula, proporcionando conhecimentos e exigindo uma postura crítica e reflexiva frente às diversas realidades que nos são apresentadas.
Pois segundo Veiga (1998, p. 20):
Qual é o contexto filosófico, sociopolítico, econômico e cultural em que a escola está inserida? Que concepção de homem se tem? Que valores devem ser defendidos na sua formação? O que entendemos por cidadania e cidadão? A formação da cidadania tem sido o fio condutor do trabalho pedagógico da escola? Como a escola deve responder às aspirações dos alunos, dos pais e dos professores? Qual é o papel da escola diante de outros espaços formadores?
 
 
Tratando-se do papel da gestão democrática educacional voltada para a educação escolar, pode-se pensá-la a serviço das dificuldades individuais presentes nos processos de ensino aprendizagem, pois esses problemas e ou dificuldades não é só culpa do professor e não é só ele o responsável por tentar resolvê-lo. Tratando-se do uso da parte educacional, pode-se pensá-lo associado ao suporte da gestão democrática onde cada componente da equipe escolar deve participar comprometidamente das discussões direcionando os passos e atitudes a serem tomadas.
 Entretanto, usar a gestão democrática escolar para conhecer a realidade dessas pessoas que fazem parte da equipe escolar e precisam desses programas educacionais e que tem como objetivo compreender os fatos que pode vir a ser racionalmente compreendido e trabalhado por todos os envolvidos, pois ao optar por uma mudança no sentido de proporcionar uma transformação da prática educacional de uma determinada sala de aula que muitas vezes não tiveram outros momentos e oportunidades de cunho, assim a gestão democrática educacional desenvolveu-se permitindo um conhecimento sobre a realidade educacional, visto que não requer uma definição ou um modelo acabado que 
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funcione como marco, ou seja, que delimite o processo de vivência dessas pessoas como ser praticante e pensante capazes de contribuir para o bem estar comum e conseguir sanar as dificuldades de aprendizagem de determinados alunos.
De acordo com Veiga (1998, p. 21-22):
Como construir um conhecimento interdisciplinar e globalizador, conseguindo de fato, trabalhar o específico e avançar para a compreensão das relações sociais? Como avançar na prática pedagógica de forma que o conhecimento seja trabalhado como processo e, dessa forma, contribuir para autonomia do aluno? Do ponto de vista intelectual, social e político, favorecendo a cidadania? Como definir o essencial e o complementar na organização do conhecimento curricular? De forma partir do conhecimento trazido pelo estudante, para relacioná-lo com o novo conhecimento? Como propiciar a aquisição de conhecimentos e habilidades intelectuais aliadas às atitudes de cooperação, de corresponsabilidade, iniciativa, organização e decisão? Qual é a concepção de conhecimento, currículo, ensino, aprendizagem e avaliação?
A gestão democrática educacional tem como objetivos desenvolver processos de ensino aprendizagem de modo que eles compreendam ações relacionadas a intenções e ações auto reflexiva e comum a todos. Nesses processos está a déia de que a gestão democrática educacional possibilita aos envolvidos uma apropriação do saber, da oportunidade, do desenvolvimento de determinadas habilidades para a apreensão do potencial que cada aluno possui independentemente da sua condição financeira.
Vemos que na prática da gestão democrática escolar essa complexidade envolve a elaboração de todo um sistema onde todos os envolvidos são estimados, estimulado a tentar superar os seus problemas e os problemas educacionais dos quais muitas vezes os excluem.
É necessário ficar claro que não tivemos o propósito de questionar a eficácia desse ou daquele plano gestor, nem tampouco as implicações educacionais, e sim o processo gestor democrático em que o gestor articule a 
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formação ética, social, cultural e educacional dos demais envolvidos nesses processos de ensino aprendizagem.
Desse modo, como medida primeira o gestor democrático junto a equipe escolar do qual faz parte deve explicitar como se articularia o tipo de trabalho a ser realizado. Essa necessidade surge diante da realidade de cada grupo.
Para tanto é necessário buscar conhecimentos sobre a realidade de cada um dos integrantes da equipe que se realizam durante interações, isto é, a abordagem que aponta para a premissa de que o homem constitui-se numa interação com o meio social, cultural e emocional de todos os integrantes.
A opção mais apropriada exige do gestor democrático um nível de conhecimento teórico mais aprofundado, pressupondo tempo para estudar os fatos, os acontecimentospara poder elaborar todas as devidas medidas para tentar solucionar e realizar um bom trabalho tanto com a equipe de trabalho bem como com os aprendizes.
Pois de acordo com Paro (2008,b, p. 29-30):
Quando se renuncia à concepção de educação do senso comum – que, em seus métodos de ensino, privilegia os “conteúdos, em detrimento dos sujeitos envolvidos – e se opta pela realização de uma educação democrática – que tem no ser humano – histórico sua principal referência – certamente há que se adotarem outros parâmetros metodológicos, que levem em conta a condição do sujeito, tanto do educando quanto do educador. Da parte do educando, significa que sua educação só se dá se dela participa como detentor de vontade, como autor. Assim, não basta que ele aplique sua atividade no processo; é imprescindível que essa atividade seja orientada por sua vontade. Não se trata, portanto, de mero ativismo que tanto tem se criticado na escola nova. O essencial a se considerar é que, se o fim a alcançar é o homem como sujeito, a maneira e os métodos utilizados precisam ser coerentes com esse fim. Sendo assim, o educando (que no processo de educação se transforma em sua personalidade viva para se constituir no ser humano educado, que é o produto desse processo) precisa envolver-se nessa atividade como sujeito, como detentor de vontade, como alguém que aprende porque quer. Eis a verdade cristalina com que a didática deve deparar-se: o educando só aprende se quiser. Diante disso, o que há a fazer é buscar formas de levar o aluno a querer aprender. Para isso, é preciso que se leve em conta as condições em que ele se faz sujeito.
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Convém lembrar que a adoção de determinadas linhas gestoras democráticas de trabalho constitui-se num monitoramento que, às vezes, impede o gestor de tornar-se sujeito de sua prática, pois, sendo uma proposta, de certo modo, fechada, pressupõe respostas, modos de aprender, sequências de ações, enfim em certas expectativas que nem sempre correspondem à realidade da turma que está sendo trabalhada.
Daí que os problemas, as dificuldades que vier a enfrentar são analisadas, quase sempre, como dificuldades exclusivas do professor. Quer dizer, é pouco déiaste colocar em xeque a competência ou a autoridade do gestor. Por essa razão, é importante frisar que o uso de um programa gestor fechado não descarta em hipótese alguma, a prática de determinadas atitudes por parte do gestor, uma vez que são as reflexões desses trabalhos que lhe possibilitam o desenvolvimento adequado das ações pedagógicas constantes.
E de acordo com Gasparin (2007, p. 1):
Há muito tempo a importância do professor no processo ensino aprendizagem é questionada. Os avanços científico-tecnológicos que facilitam a aquisição de conhecimentos e informações fora da escola levantam questões como: o que hoje a escola faz e para quê? Ela responde às necessidades da atualidade? À primeira vista, parece que os professores perderam suas funções de transmissores e produtores de conhecimento. As profundas mudanças que se estão processando na sociedade dão a impressão que eles são indispensáveis e podem ser substituídos por computadores e outros equipamentos tecnológicos, por meio dos quais o educando adquire conhecimento. Todavia, quando se buscam mudanças efetivas na sala de aula e na sociedade, de imediato se pensa no mestre tanto do ponto de vista didático-pedagógico quanto político. Não se dispensam as tecnologias, pelo contrário, exige-se, cada vez mais, sua presença na escola, mas como meios auxiliares e não como substitutos.
 
Isso significa que todas as medidas propostas pelo gestor democrático em relação a tudo aquilo que faz parte dos diferentes tipos de programas educacionais objetivam a ampliação das experiências de trabalho com os alunos, 
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de modo a facilitar a construção de habilidades voltadas a um conhecimento de natureza conceitual da maior importância: a compreensão que todos aprendemos independentemente das nossas condições: sociais, culturais, cognitivas e emocionais na qual estamos vivendo. Nessa perspectiva, não ficamos limitados às rotineiras tarefas, tão características do papel do gestor.
Vemos que o gestor democrático não deve ficar à espera de certas etapas do desenvolvimento do seu trabalho diário, para oferecer oportunidades para que todos os que fazem parte do seu processo de ensino aprendizagem avance, pois é o incentivo que impulsiona o desenvolvimento de determinadas habilidades.
É exatamente a gestão democrática escolar responsável pela criação das relações afetivas entre os participantes da equipe escolar, na medida em que essas relações se fortificam todos são capazes de colocar em movimento várias habilidades em função do bem estar comum da equipe.
Se o gestor coloca em prática atitudes comprometidas com o bem estar de toda a equipe escolar, ele estará oferecendo a todos a possibilidade de conhecer e colocar em prática o potencial ou até mesmo as habilidades de cada um diante de determinadas situações que se façam necessários, pois é tentando ultrapassar os obstáculos que as pessoas buscam soluções significativas que constroem o processo de ensino aprendizagem.
No contexto dos programas educacionais essa perspectiva redimensiona a relação, uma vez que a construção do conhecimento implica em ação, relação e transformação compartilhada, vemos a necessidade de troca de experiências e muitas vezes essas experiências não são as mais positivas e deixam marcas significativas, e é por meio dessa gestão democrática voltada ao bem estar comum que pode ocorrer à apropriação do novo com a superação das dificuldades que cada um dos participantes desse grupo pode vira ter.
E de acordo Dalben (2004, p. 33):
um espaço prioritário da discussão pedagógica, composto, principalmente, pelos docentes e pela equipe técnico-pedagógica [...]. No entanto, algumas escolas têm optado e incluído, sempre que necessário, 
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a participação dos pais e dos alunos [...], embora em algumas composições as reuniões podem não contar com a presença do aluno, ele sempre será figura central das discussões e avaliações, estando presente por meio de seus resultados, de seus sucessos, de seus desenvolvimentos, de suas resistências, de seus fracassos, de suas necessidades e dificuldades, postos durante os debates nas questões da prática de ensino e de aprendizagem, objeto de discussão das reuniões.
É importante observar que, nessa perspectiva que, o gestor não é visto como chefe que simplesmente ordena a função a ser cumprida, trata-se de um sujeito com mais experiência, com mais informação e que, portanto, tem a função de tornar acessível o conhecimento, as estratégias e as tomadas de decisões exigidas, de impor desafios para sua equipe dê saltos no cumprimento de suas funções de trabalho, incentivando sempre que visem o bem estar comum e o aprendizado.
Sob esse aspecto, o gestor deve constituir o diálogo como ferramenta indispensável para que a equipe acumule conhecimentos acerca do próprio conhecimento, sobre suas dúvidas, suas crenças, informações essas que devem ser o ponto de partida para a elaboração de estratégias significativas para encaminhar os possíveis obstáculos que o gestor vier a enfrentar.
Essas ações contribuem para o desenvolvimento global de todos os participantes da equipe escolar que esse gestor tem, pois estimulam o comprometimento que é uma etapa importante na geração de mudança de atitudes e comportamentos.
Ao descrever esse trabalho em equipe o gestor está delineando as condições educacionais necessárias de elementos estratégicos na formação de funcionários comprometidos e interessados em lutar pela solução dos obstáculos e problemas, reforçando o significado de toda batalha diária para conseguir a auto realização de todos os envolvidos nos diferentes processos educacionais.
A complementação, portanto, fica a cargo de cada um dos integrantes da equipe, que, ao fazer partes das formações e diálogos, pode se manifestar de 
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acordo com a suaprópria vivência, enriquecendo, desse modo o seu trabalho diário.
O trabalho do gestor no sentido de capacitar os demais integrantes da equipe serve para mostrar que essa estratégia tem como objetivo principal a interação, que pode e deve vir a se estabelecer com as diferentes experiências de vida que cada integrante tem, de modo a possibilitar uma intimidade e cumplicidade de todos. Esses momentos de interação devem ir se transformando ao longo do ano, em tentativas e domínio de novas posturas por parte dos integrantes da equipe.
Vemos que ao realizar a tarefa de escolha de determinados assuntos a ser trabalhado com a equipe escolar, o gestor precisa estar atento para os interesses e realidades de cada integrante da equipe, além dos possíveis problemas que se fizer necessário resolver, sem descartar a elaboração de estratégias e segmentos que deverão ser adotados pela equipe após essas capacitações.
Pois segundo Resende (1995, p. 63):
Divergências e convergências acerca das posturas pedagógicas dos profissionais da educação não se evidenciam, em sua essência, nos exaustivos discursos repletos de jargão e modismos, mas no âmbito de cada sala de aula e mais especificamente, na postura de cada educador no cotidiano da escola.
Nesse sentido, o gestor deve ficar atento após essas capacitações, como os integrantes passam a se comportar diante dos obstáculos e até mesmo no dia a dia do seu trabalho, seus sentimentos, desejos que expectativas cada um passam a ter.
Por essa razão, não seria exagerado dizer que essas capacitações com esses objetivos onde os integrantes falem, perguntem e comentem sobre suas dúvidas, suas ideias, pois a importância a esse momento de escuta do gestor 
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significa a possibilidade dos integrantes entender a importância do seu trabalho nas relações construídas no dia a dia seja ela em relação ao gestor, ao companheiro de trabalho ou até mesmo do aluno que participa do processo de ensino aprendizagem.
É preciso ficar claro que o fato de acreditar que a capacitação que o gestor democrático realiza com os integrantes da sua equipe escolar, abre possibilidades para o integrante ir se construindo, não implica persistir se o resultado não foi o esperado, cabe ao gestor estar atento e estiver diariamente avaliando se essa estratégia foi assimilada e posta em prática pelos integrantes da sua equipe.
Se por algum motivo o gestor perceber que as atitudes e ou o comprometimento de alguns dos integrantes da sua equipe não estão envolvidos, se faz necessário comentar o porquê da importância desse comprometimento e dessa mudança.
Pois além da capacitação de apresentar-se numa lógica interna ela também organiza o trabalho de cada integrante que desempenham uma função catalisadora de inúmeras relações, que por sua vez, podem atrair o interesse de toda a equipe.
A estrutura desse tipo de trabalho gestor propõe expectativas que a própria realidade vivenciada dentro dos diversos programas educacionais alimenta ao mesmo tempo em que proporciona ao gestor um envolvimento emocional, pois a identificação com os integrantes da equipe lhe possibilita projetar-se na realidade de cada um dos funcionários exercendo suas funções.
De acordo com Veiga, (1998, p.13):
um rumo, uma direção, um sentido explícito para um compromisso estabelecido coletivamente. O projeto pedagógico, ao se constituir em um processo participativo de decisões, preocupa-se em instaurar uma forma de organização do trabalho pedagógico que desvele os conflitos e as contradições, buscando eliminar as relações competitivas, corporativas e autoritárias, rompendo com a rotina do mando pessoal e racionalizado da burocracia e permitindo as relações horizontais no interior da escola.
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Também o gestor democrático voltado para o processo ensino aprendizagem espera que os programas educacionais voltados para o desenvolvimento da construção do conhecimento, pois é através dele que ocorre a constituição de grupos, que a seu ver são indicadores das práticas educacionais, nesse sentido, pensar no aluno em sua teoria implica compreendê-lo no seu contexto sociocultural, biológico e integrado pelas funções de afetividade, conflitos e relacionamentos e que quando chegam a esses tipos de programas educacionais temos que adequá-los à realidade que a sociedade lhes impõe.
É necessário ainda esclarecer, que o diálogo com os integrantes da equipe escolar não se constitui um padrão de comportamento entre os integrantes da equipe escolar. Ou seja, não é todo dia e hora que o integrante ou o funcionário quer falar naquele momento.
Vale ressaltar que se faz necessário respeitar o momento de cada integrante, pois assim estaremos também tornando evidente que essas relações estabelecidas nas capacitações se concretizam até mesmo com o gestor na espera da hora certa de ouvir e falar sobre o processo de mudança de atitudes, comportamento, respeito e comprometimento.
Da mesma forma que a espera do gestor em relação ao momento de escuta, a fala de cada integrante possibilitam interações reveladoras do cotidiano de trabalho de cada integrante da equipe, pois isso passa a ser demonstrado e comprovado a importância do lugar que cada um deve ocupar no contexto diário de trabalho.
Assim vemos que esse desempenho os interesses, os sentimentos e relações pessoais contribuem para a melhora das relações de trabalho, pois enquanto o trabalho é fruto do pensar e do dizer coletivo passa a fazer sentido em sua vida social, cultural e emocional, assim o gestor pode compreender melhor a equipe escolar com o qual trabalha podendo assim organizar essas experiências visando o bem estar comum.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este estudo sinaliza que compromissos devem ser assumidos para a formação do aluno capaz de oferecer oportunidades para que a formação desses alunos seja realizada em sua integridade, possibilitando uma visão sistêmica voltada á educação, permitindo aos envolvidos estarem atentos aos diversos aspectos do processo ensino aprendizagem.
Depois desse estudo teórico percebe-se que os objetivos implicados no uso do processo ensino aprendizagem na educação não sofreram modificações consideráveis ao longo da história. Em todos os períodos, registram-se objetivos pedagógicos vinculados à transmissão de conceitos, conteúdos, valores, ou de fomentar a educação escolar. Entretanto, a ênfase do uso da gestão democrática para fins educativos verifica-se muito presente nas civilizações.
A contribuição da gestão democrática na educação possibilita pensar a subjetividade do educando, agregando à análise da aprendizagem para além do olhar direcionado ao conhecimento, também o olhar direcionado ao saber. Com base nas referências teóricas convocadas para a leitura deste trabalho, bem como na análise de caso apresentada, podem-se pensar muitas das queixas de aprendizagem, verificadas nos espaços escolares e familiares, oriundas dos aspectos da subjetividade, ou seja, ligadas ao sujeito e não ao indivíduo.
Há situações em que o gestor não consegue responder às questões vinculadas aos alunos, mas no caso, se ele já pratica a democracia, é nesse momento que se justifica a necessidade de convocar a equipe e todos os envolvidos com o processo educacional para juntos solucionar os problemas com o objetivo do bem estar coletivo.
Vimos que o Gestor, com relação à democracia, sozinho não atingirá os resultados esperados, é preciso mobilizar um conjunto de recursos cognitivos, saberes empíricos, capacidades, informações, dinâmicas e pessoas para liderar uma série de cenários que se instalam em favor do desenvolvimento cognitivo, fortalecendo não apenas a visão democrática como um todo, mas principalmente a participação de cada um, tornando mais fácil, prático e objetivo a resolução de problemas. 
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REFERÊNCIAS
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