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Universidade Paulista
Atividade Pratica Supervisionada
Anderson Santos
Debora Azevedo
Samilly Ribeiro
Sara Alves
Silvana Mendes
Impunidade nos presídios e a Privatização
2q2p/ 2° semestre
São Paulo
2017
Anderson Santos // RA: D353GF0
Debora Azevedo // RA: T2417H8
Samilly Ribeiro // D390HH56
Sara Alves // RA: D409AE3
Silvana Mendes // RA: D390228
Impunidade nos presídios e a Privatização
Trabalho apresentado no curso de graduação
em Direito da Universidade Paulista
Orientador (a): Doutora Mara
São Paulo
2017
Sumário
Introdução........................................................................................................2
ONU – Impunidade por tortura nas prisões é regra no Brasil..........................3
Privatização do Sistema Prisional no Brasil.....................................................5
Informações complementares.........................................................................10
Anexos..............................................................................................................12
Conclusão.........................................................................................................13
Bibliografia........................................................................................................14 
Introdução
 O presente trabalho versa sobre a violação dos Direitos Humanos, que está expressa na constituição federal, em repudiar à prática da tortura em penas degradantes, desumanas ou cruéis previsto no art. 5°, III, XLIII, XLVII, bem como em proteger a integridade física e moral do preso (Art.5*, XLIX)
 Não é novidade que o sistema penitenciário Brasileiro faliu e que não recupera ninguém. Facilmente compreende-se que o estado não poderá, sozinho, resolver esse problema, que na verdade é de toda sociedade.  Daí surge a tese da privatização dos presídios, tão somente para chamar a participação da sociedade, da iniciativa privada, que viria a colaborar com o estado nessa importante e arriscada função de gerir essas prisões. '
 O relatório feito pelo subcomitê da prevenção a tortura (SPT) da organização das nações unidas (ONU) aponta que a impunidade por atos de tortura está disseminada no Brasil. Segundo o órgão, isso se evidencia pelo " Fracasso " generalizado na tentativa de levar os criminosos à justiça, assim como pela persistência de uma cultura que aceita os abusos cometidos por funcionários públicos. 
 Nesse relatório o subcomitê manifesta a preocupação com o fato da atual estrutura institucional do país não proporcionar proteção suficiente contra a tortura e os maus tratos. O Subcomitê durante uma visita, encontrou cadeias em condições precárias, com número restrito de agentes. Além disso, foram relatados casos de tortura, maus tratos, corrupção, e controle de malícias. Os principais pontos destacados, é a falta de médicos nas prisões e as "espantosas" condições materiais das unidades médicas.
2
ONU – Impunidade por tortura nas prisões é regra no Brasil
	Representante do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos diz que falta de investigação induz ao aumento da violência e violações dos direitos.
	De acordo com Incalcaterra representante do ACNUDH a impunidade em casos de tortura praticados por agentes públicos contra os presos se tornou regra no sistema penitenciário, violando desta maneira os direitos humanos nas prisões, desde a prisão, durante os interrogatórios e nos presídios.
	O mesmo observou não haver dados disponíveis sobre esta prática no Brasil. Não existe nenhuma preocupação em se documentar e investigar, processar e punir delitos de tortura, mortes e outros tratamentos cruéis.
	Em novembro de 2016, especialistas da ONU e participantes do Subcomitê sobre a Prevenção da Tortura e outros Tratamentos ou Penas Cruéis, Desumanos e Degradantes (SPT), num relatório após visitação a centros de detenção, alertaram o Brasil sobre a gravidade da violência nos presídios, bem como, o risco de novas rebeliões. Um prazo foi estipulado para que o Brasil apresente ações de acordo com as recomendações do órgão, um relatório deverá ser apresentado, contendo detalhes sobre como país se compromete a implementar tais ações. 
 Foram relatados o controle de facções criminosas (detentos sujeitando outros detentos à tortura), cujo crescimento é estimulado pela violação de direitos humanos, uma vez que ganha força pelo descontrole do Estado
 A superlotação dos presídios em condições desumanas, levam a violência e exacerba os níveis de estresse nos detentos, falta de assistência médica, acesso à educação, casos de tortura, rebeliões, violência entre detentos devido ao controle do crime organizado e a política de encarceramento (falta de supervisão adequada dos presos, que leva à impunidade) resultando em comportamentos agressivos entre detentos e contra funcionários.
3
	Além da agressão dos prisioneiros entre si, o que aumenta, e continua sendo regra é a violação dos direitos humanos por parte dos agentes penitenciários, que por sua vez saem impunes, gerando a continuação e mais violações. O uso de choques elétricos, balas de borracha, sufocamento, espancamento com barras de ferro e palmatórias, golpes na orelha e pau de arara, são usados com objetivo de obter uma confissão, pagamento de suborno, forma de castigo ou intimidação.
 Em seu relatório o SPT declara que a prática de tortura é frequente no sistema prisional, e que é generalizada, atingindo principalmente o nível social mais baixo, negros e minorias, que por medo de represálias não denunciam tais atos. Durante a visitação, observou-se também uma atmosfera de intimidação e repressão. 
	 Algumas medidas foram propostas a fim de combater a prática da tortura no Brasil: a investigação de mortes por agentes estatais, a adoção de protocolos sobre o uso da força policial e revisão dos salários, capacitação profissional em direitos humanos entre outros.
Recomendação da ONU:
	A crise no sistema prisional no Brasil requer um comprometimento político do mais alto nível de governo.
	O Brasil conta com um sistema de combate e prevenção à tortura, que foi reconhecido como um desenvolvimento positivo pelo SPT, alguns estados já criaram mecanismos preventivos contra a tortura, os que ainda não o fizeram devem estabelecer esse tipo de mecanismo, devem ser implementados efetivamente, e as autoridades devem garantir sua autonomia operacional e independência, além de recursos adequados, para que seu trabalho de fiscalização tenha um impacto verdadeiro objetivando melhorar o sistema penitenciário no Brasil.
	 
4
Privatização do Sistema Prisional no Brasil
	Antes de falar sobre a privatização do sistema prisional no Brasil, precisamos entender todo o problema do sistema carcerário, pois as mazelas existentes no cárcere não é uma preocupação constante dos governos.
	Em regra, o orçamento destinado ao sistema penitenciário não é suficiente para as necessidades básicas, há falta de interesse público, uma vez que este tipo de investimento não rende votos; além de leis que não são cumpridas e políticas públicas descoladas das leis.
	A falta de assistência ao preso e ao egresso é mais um problema a ser superado no sistema prisional, além da falta de fiscalização ocasionando o controle ineficiente por parte daqueles que deveriam fiscalizar o sistema penitenciário.
	Diante de tantos problemas, o Brasil tenta adotar o sistema de privatização prisional já adotado pelos Estados Unidos, Inglaterra e alguns países da Europa como a França, por exemplo.
	As experiências de privatização do sistema prisional no Brasil têm funcionado de forma de gestão compartilhada de presídios. Na cogestão o Estado terceiriza serviçosao parceiro privado como: refeições, uniformes, lavanderia, parcerias para emprego de detentos (regime sem-aberto), entre outros. Esse modelo tem sido experimentado em algumas penitenciárias do Amazonas, Bahia, Ceará, Espirito Santo, Paraná e Santa Catarina.
	O primeiro estabelecimento prisional brasileiro a adotar a forma de gerenciamento privado, foi a Penitenciária Industrial de Guarapuava, localizada no município de Guarapuava, Estado do Paraná, inaugurada em 1999. Trata-se de um exemplo pioneiro de parceria entre a segurança pública e privada na qual o presídio é administrado pelo governo estadual e os serviços de segurança interna, assistência médica, psicológica, jurídica e social, são prestadas por uma empresa privada.
	Esta política adotada pelo Estado do Paraná busca oferecer novas alternativas para os apenados, proporcionando-lhes trabalho e 
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profissionalização, além de melhores condições para sua reintegração à sociedade e o benefício da redução da pena. Nesta prisão, a administração da penitenciária foi terceirizada, mas não de modo total. O trabalho terceirizado envolve o atendimento aos presos no que se referem à alimentação, necessidades de rotina, assistência médica, psicológica e jurídica dos presidiários.
	O perfil dos criminosos que lá se encontram praticou delitos de maior potencial ofensivo, como homicídio, tráfico de entorpecentes, latrocínio e estupro.
	O índice de reincidência criminal dos egressos do presídio de Guarapuava chega a ínfimos 6%, segundo o Departamento Penitenciário Nacional. As medidas a serem implantadas devem condizer com a realidade nacional e serem objeto de acompanhamento intenso por parte do Estado.
	A principal crítica à privatização é a possibilidade de exploração do trabalho do preso, pois temem a transformação dos presídios em unidades de trabalho forçado, abusando-se da força laboral do preso, que pode ser levado a excesso, e a criação de situação análoga à escravidão.
	As estatísticas também são álibi para oposicionistas, pois dizem ser a tal “Gestão Penal da Miséria” que acumula entre seus malogros, de cada quatro cidadãos negros um que está encarcerado. Estudando as principais causas que fizeram destes excluídos marginais sustentam a opinião ferrenha contra a privatização. E entre tantos argumentos para criticar a privatização o que vem ganhando mais força é a defesa da execução como função jurisdicional que não pode ser exercida por nenhum outro organismo.
	Argumenta-se que a terceirização vai ofuscar a função que cabe ao Estado. Sendo que a execução penal é extensão desta atividade executiva penal, não é só serviço público, mas função pública. Assim, o poder-dever jurisdicional do Estado é do judiciário.
 Daí também se depreende que os três poderes são harmônicos e independentes entre si sendo três funções com independência, prerrogativas e imunidades próprias. Obedecendo a esta regra do Estado Democrático de 
Direito, a Constituição Federal de 1988 prevê em seu art. 2º: “são poderes da União independentes e harmônicos entre si, o Executivo, o Legislativo e o Judiciário”.
	Pautando-se nesses argumentos eles afirmam categoricamente que se está privatização ocorresse, seria inconstitucional, uma vez que anularia um dos preceitos mais clássicos da Constituição brasileira (art. 6º parágrafo único).
	Este é o maior dos embaraços políticos a respeito da privatização carcerária, considerado o uso legítimo da força como prerrogativa estatal correria o risco de relativizar a soberania do Estado. Ainda com relação ao aspecto ético, destacam também que a privatização é temerária, uma vez que as prisões poderiam cair nas mãos de empresas particulares contratadas por segmentos do crime organizado. Acentuam os críticos que os grupos privados não têm nenhum interesse em diminuir a superlotação carcerária, porque recebem por preso, sendo assim, quanto mais, melhor.
	Já os defensores da privatização do sistema prisional destacam a ideia de redução dos custos e o efeito terapêutico do trabalho. Todavia, outros aspectos mostram-se relevantes, tais como: a melhoria na condição de vida dos familiares, o incremento da atividade produtiva na região, redução dos gastos com o funcionalismo público e o aumento de vagas na iniciativa privada, melhoria nas condições de salubridade dos presídios e a significativa economia no custeio aos cofres públicos, além do descompromisso do contingente policial, destinado à segurança dos presídios, que poderia ser destinado à sua verdadeira função de segurança pública.
	Os defensores dos direitos humanos preferem não ver que a não privatização significa o agravamento da situação em face do acirramento do problema, pela simples ação inercial associada à incapacidade financeira do Estado. Ocorre que a demanda é infinitamente maior que a oferta, isso sem se considerar os reiterados prejuízos com rebeliões, cada vez mais frequentes, como resultado da superlotação.
	Quanto à constitucionalidade da privatização carcerária, parte-se da premissa de que a Lei Maior foi clara e o que ela não proibiu, permitiu. Ademais, o artigo 144 da Constituição Federal, ao dispor que a segurança pública é dever do Estado, não apresenta prescrição impeditiva de implementação de processo de terceirização da administração dos presídios, uma vez que o dispositivo constitucional trata especificamente da polícia ostensiva e da manutenção da ordem pública.
	Aliás, a Lei de Execução Penal admite em seu artigo 36, o trabalho terceirizado do preso, ao autorizar o trabalho externo até para os presos em regime fechado em serviços ou obras públicas feitas por órgãos da administração direta ou indireta, ou entidades privadas, desde que tomadas as cautelas contra a fuga e em favor da disciplina.
	No modelo praticado no Brasil, a empresa tem seu papel restrito ao estabelecido em contrato ou edital, sendo a direção do estabelecimento penitenciário necessariamente uma função do Estado. O Estado e seus juristas não estão enfraquecidos ao ponto de permitir a desordem, pois entendem que as empresas que aquecem a economia são as mesmas que podem contribuir para um avanço no sistema penitenciário brasileiro quando em parceria com o governo.
	Há sim, que se exigir o cumprimento das metas e orçamento à risca, o que bem fazem muitas empresas particulares. Com as tarefas públicas e privadas bem estabelecidas à função que cabe ao Estado - da execução - será perfeitamente cumprida, afirmando assim os princípios do art. 37 da CF/88 que são: legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência, o quinteto da boa gerência governamental.
	O fato dos presos trabalharem é positivo sob todos os aspectos. Os detentos brasileiros sairiam da inércia, como se pode ver do RJ que de 22 mil apenas 900 encarcerados se ocupam produtivamente nas prisões. Os benefícios vão desde a redução da pena, de 1 dia para cada 3 de trabalho, o salário obtido, sendo que 5% do valor é retido como imposto para custear o encarceramento, até o aspecto mais importante que é a ressocialização envolvendo a aprendizagem de um ofício e sua execução.
	Na penitenciaria privada, o trabalho produtivo do preso, gera recursos em benefício do próprio sistema, vai possibilitar que as verbas, hoje destinadas para a construção de penitenciarias e manutenção dos presos, no falido sistema penitenciário estatal, sejam carreadas para a área da política educacional como uma das formas de prevenção da delinquência. Assim, é notório que o argumento de trabalho escravo (ainda mais num país que zela mais pelos Direitos Humanos do que pela segurança pública, como o Brasil) é defasado.
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 Informações complementares
Com pressão da comunidade internacional, depois de um mês de prazo vencido, o Brasil entrega o relatório solicitado pela ONU. O governo brasileiro informa que vai assumir um compromisso de reduzir em 10% de sua população carcerária até 2019. Foi também apresentado um documento com as 170 recomendações ao Brasil. Onde o Brasil concorda parcialmente com 159.Para complementar o nosso trabalho, iremos apresar uma entrevista com um ex presidiário, no qual ele nos conta um pouco de como foi a sua estadia nos presídios nos quais cumpriu a sua pena.
Gilmar Lopes Costa, 39 anos. 
Qual foi o ano da sua primeira prisão? Como foi o momento da prisão? 
Foi em 1999. Eles me abordaram numa operação de final de ano chamada “papai Noel”. Eu tentei fugir deles, mas fizeram um cerco e me pegaram. Quando me pegaram me torturaram até eu confessar e queriam que eu assinasse outros assaltos que eu não pratiquei... Me levaram até a minha casa, querendo procurar mais produtos, não encontraram e me bateram e fomos até a delegacia, e lá havia muitos presos além da capacidade, ofereci R$:2.000,00 para ir embora e o policial falou que era dinheiro de churrasco de final de semana, que se eu desse R$:30.000,00 poderia ir embora. Ai, não teve acerto e fui preso em flagrante, meu advogado entrou com habeas corpus e sai com 21 dias, pois eu era réu primário, e respondi em liberdade.
Por quantas prisões você passou? Qual foi a pior em sua opinião? Como era?
 Passei por mais de 10. A pior para mim foi em Ribeirão das Neves, Minas Gerais, lá é tipo ditadura, apanhava todos os dias, tinha cama, mas sem colchões, era no cimento e 9 camas para 22 a 26 presos. Os que chegavam primeiro eram os que dormiam na cama e restante no chão, assim que um que dormia na cama fosse embora ou transferido para outra cadeia, o da vez subia para a cama e saia do chão. A comida é um lixo Deus perdoe... Eles cozinham de qualquer jeito. Quando arroz vem bom o feijão vem duro e mistura sempre cru! Falam que gastam certo valor com preso, mas é tudo enganação, café da manhã meia caneca de café e 200ml de leite e um pão, o almoço as 11:00h e a janta 16:00h da tarde. Higiene quando você chega eles te dão meia barra de sabão de coco, uma mini pasta de dente e escova da pior qualidade e fazem você assinar que ganhou um kit inteiro de roupas, chinelos e etc. tudo mentira, só para roubar do governo esse lixo de diretor.
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Como era a relação entre você com os outros presos, e a relação com os funcionários?
Com presos tudo tranquilo, agora com os funcionários alguns gente boa, outros só queriam espancar os presos tratando igual um lixo.
Quanto tempo você ficou preso? Qual foi a maior dificuldade?
Fiquei 7 anos, a maior dificuldade foi a distância porque sou de SP e estava em Minas, e o juiz por ser de outro estado não liberava as saídas. 
Qual foi a prisão menos pior ou melhor?
Uma das melhor Nelson Hungria em Contagem/MG. Aonde o diretor na época tratava melhor os presos, até 2011, depois chegou outro diretor e acabou com tudo virou opressão total.
Tinha alguma prisão que era privatizada? Você achou melhor?
Sim, PPP em Ribeirão das neves/MG. Achei melhor por que trabalhávamos e tinha redução de pena, eu trabalhei na fábrica da Tigre
Qual sua sugestão para a melhoria das prisões?
Que os direitos humanos fizessem visitas frequentemente. E o jurídico trabalhasse com mais atenção para ajudar aos presos que estão com cadeias vencidas pra sua liberdade...observação: o diretor ganha com cada detento na sua unidade, então quanto ele mais segurar você lá ele está ganhando...
Você acha que as prisões melhoram as pessoas?
Algumas sim, já para outros é uma escola do crime, há muitas facções... 
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Anexos
Mutirão carcerário do CNJ no Complexo do Curado, antigo Presídio Aníbal Bruno, no Recife, em - CNJ/José Braga Neto/06-05-2014
Mutirão Carcerário do CNJ realizado em Rondônia - Luiz Silveira/CNJ/26-04-2011 / Luiz Silveira/CNJ/26-04-2011
Presídio feminino do Amazonas.
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 Conclusão
 O Brasil tem o dobro da capacidade nos presídios, é a quarta maior população carcerária do mundo. Podemos constatar que quase todos os presos já sofreram violência. Geralmente em vilas de classe média/baixa, alguém sempre conhece pelo menos uma pessoa que já foi presa, e a mesma conta as condições desagradáveis do local, de como dependia de familiares para levarem produtos de higiene básica e comida e assim comprometendo a renda da família. 
 A melhora só irá vir com trabalho, e é um processo que deve ter sim, atenção do governo e da sociedade; precisamos de resultado, e de tentativas dela. O Estado tem que pôr em pratica as recomendações da ONU, e ter cobrança para que essa situação não passe despercebido. A prisão é uma punição de forma de recreação, e não de revolta, já que a violência não gera educação e muito menos melhora as pessoas. 
 Se os próprios presos trabalharem na estrutura das prisões, desde cimento ao lápis, além de melhorar o próprio ambiente, tanto em harmonia como a edificação, poderá ter redução de pena por tempo trabalhado, como até um valor de salário.
 Além disso, também com essa atividade, estarão interagindo, se profissionalizando e atingindo o principal objetivo de reabilitação e a socialização. Isso reverteria até a situação em que o preso entra e sai aprendendo mais sobre o crime ao invés de se arrepender dele. 
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Bibliografia
https://oglobo.globo.com/brasil/presidios-brasileiros-tem-codigos-penais-criados-pelos-proprios-presos-17943041
https://super.abril.com.br/ciencia/a-privatizacao-dos-presidios/ 
http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura HYPERLINK "http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=9233"& HYPERLINK "http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=9233"artigo_id=9233 
https://jus.com.br/artigos/44611/privatizacao-do-sistema-prisional-brasileiro-solucao-ou-falacia 
http://www.ambitojuridico.com.br/site/?artigo_id=9822 HYPERLINK "http://www.ambitojuridico.com.br/site/?artigo_id=9822&n_link=revista_artigos_leitura"& HYPERLINK "http://www.ambitojuridico.com.br/site/?artigo_id=9822&n_link=revista_artigos_leitura"n_link=revista_artigos_leitura 
https://super.abril.com.br/ciencia/a-privatizacao-dos-presidios/
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