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CPC 2 DA SENTENÇA 2

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DA SENTENÇA
OPORTUNIDADES DE PROFERIMENTO DA SENTENÇA
SENTENÇAS TERMINATIVAS : podem ser proferidas a qualquer tempo ou fase processual, basta que o juiz verifique a presença das hipóteses do art. 485.
SENTENÇAS DEFINITIVAS – ART. 487
Com fundamento no inciso I – Quando acolhe ou refeita o pedido:
1) NO INÍCIO – hipóteses do Art. 332;
2) EM CASO DE REVELIA – após o momento de sua configuração;
3) após a contestação e a réplica do autor, quando a questão de mérito foi exclusivamente de direito;
4) após a conclusão da fase de instrução
SENTENÇAS DEFINITIVAS – ART. 487
Com fundamento nos demais incisos:
 1) Inciso II – decadência ou prescrição – a qualquer tempo, desde a distribuição/propositura da demanda;
2) Inciso III, alíneas, “a”, “b” e “c”: no momento em que as partes apresentarem:
2.1) o reconhecimento da procedência; 
2.2) a petição com os termos da transação;
2.3) a renúncia da pretensão da ação ou reconvenção. 
POSSIBILIDADE DE CORREÇÃO – ART. 494
Antes da publicação o juiz poderá alterar a sentença a qualquer momento porque ainda está exercitando seu conhecimento e convencimento sobre o processo (ainda se trata de momento de confecção).
Com a publicação a sentença passa a ser atingida pelo princípio da inalterabilidade da sentença pelo juiz.
Após a publicação o juiz poderá alterá-la em duas situações:
1) para correção, de ofício ou a requerimento, inexatidões materiais ou erros de cáldulo;
2) Por meio de embargos de declaração. (art. 1022, CPC)
DO CABIMENTO DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
I - esclarecer obscuridade ou eliminar contradição;
II - suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se pronunciar o juiz de ofício ou a requerimento;
III - corrigir erro material.
Parágrafo único.  Considera-se omissa a decisão que:
I - deixe de se manifestar sobre tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em incidente de assunção de competência aplicável ao caso sob julgamento;
II - incorra em qualquer das condutas descritas no art. 489, § 1o.
EXCEÇÕES AO PRINCÍPIO DA INALTERABILIDADE DA SENTENÇA PELO JUIZ QUE A PROFERIU
ART. 331. Indeferida a petição inicial, o autor poderá apelar, facultado ao juiz, no prazo de 5 (cinco) dias, retratar-se.
ART. 332. Nas causas que dispensem a fase instrutória, o juiz, independentemente da citação do réu, julgará liminarmente improcedente o pedido que contrariar:
I - enunciado de súmula do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça;
II - acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos;
III - entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência;
IV - enunciado de súmula de tribunal de justiça sobre direito local.
 § 3º.  Interposta a apelação, o juiz poderá retratar-se em 5 (cinco) dias.
ART. 485, § 7º
FATOS OU DIREITOS SUPERVENIENTES
JUS SIPERVENIENTES – ART. 493
Art. 493.  Se, depois da propositura da ação, algum fato constitutivo, modificativo ou extintivo do direito influir no julgamento do mérito, caberá ao juiz tomá-lo em consideração, de ofício ou a requerimento da parte, no momento de proferir a decisão.
Parágrafo único.  Se constatar de ofício o fato novo, o juiz ouvirá as partes sobre ele antes de decidir.
Exemplos: 1) DIREITO: Mudanças legislativas no curso do processo, ressalvada a irretroatividade para ato jurídico perfeito e direitos adquiridos.
2) FATOS: Ações possessórias – evolução de ameaça ou turbação em esbulho.
 
Art. 485.  O juiz não resolverá o mérito quando:
I - indeferir a petição inicial;
II - o processo ficar parado durante mais de 1 (um) ano por negligência das partes;
III - por não promover os atos e as diligências que lhe incumbir, o autor abandonar a causa por mais de 30 (trinta) dias;
IV - verificar a ausência de pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido e regular do processo;
V - reconhecer a existência de perempção, de litispendência ou de coisa julgada;
VI - verificar ausência de legitimidade ou de interesse processual;
VII - acolher a alegação de existência de convenção de arbitragem ou quando o juízo arbitral reconhecer sua competência;
VIII - homologar a desistência da ação;
IX - em caso de morte da parte, a ação for considerada intransmissível por disposição legal; e
X - nos demais casos prescritos neste Código.
§ 1o Nas hipóteses descritas nos incisos II e III, a parte será intimada pessoalmente para suprir a falta no prazo de 5 (cinco) dias.
§ 2o No caso do § 1o, quanto ao inciso II, as partes pagarão proporcionalmente as custas, e, quanto ao inciso III, o autor será condenado ao pagamento das despesas e dos honorários de advogado.
§ 3o O juiz conhecerá de ofício da matéria constante dos incisos IV, V, VI e IX, em qualquer tempo e grau de jurisdição, enquanto não ocorrer o trânsito em julgado.
§ 4o Oferecida a contestação, o autor não poderá, sem o consentimento do réu, desistir da ação.
§ 5o A desistência da ação pode ser apresentada até a sentença.
§ 6o Oferecida a contestação, a extinção do processo por abandono da causa pelo autor depende de requerimento do réu.
§ 7o Interposta a apelação em qualquer dos casos de que tratam os incisos deste artigo, o juiz terá 5 (cinco) dias para retratar-se.
Art. 486.  O pronunciamento judicial que não resolve o mérito não obsta a que a parte proponha de novo a ação.
§ 1o No caso de extinção em razão de litispendência e nos casos dos incisos I, IV, VI e VII do art. 485, a propositura da nova ação depende da correção do vício que levou à sentença sem resolução do mérito.
§ 2o A petição inicial, todavia, não será despachada sem a prova do pagamento ou do depósito das custas e dos honorários de advogado.
§ 3o Se o autor der causa, por 3 (três) vezes, a sentença fundada em abandono da causa, não poderá propor nova ação contra o réu com o mesmo objeto, ficando-lhe ressalvada, entretanto, a possibilidade de alegar em defesa o seu direito.
CRÍTICA SOBRE O “CAPUT”
Foi utilizada a expressão resolução, que, em direito, significa extinção (extinguir). No art. 485
Seria melhor ter mantido a redação de 1973 “julgamento de mérito” – julgar ou não julgar o mérito
Essa modalidade de sentença tem natureza eminentemente processual
INCISO I
Art. 319/321 – O juiz indeferirá a inicial quando ausentes os requisitos da inicial ( art. 321)
CONTUMÁCIA DAS PARTES – INCISO II
A contar da prática do último ato processual, depois de um ano paralisado, há objetivamente causa para extinção sem resolução de mérito.
ABANDONO DA CAUSA PELO AUTOR – INCISO III
PARA extinção com base neste inciso é necessário o elemento subjetivo, isto é, a demonstração de que o autor deliberadamente quis abandonar o processo, provocando sua extinção.
Caso pratique o ato após os trinta dias o processo não deverá ser extinto
O termo inicial do prazo ocorre com a intimação pessoal do autor para dar andamento
É vedado ao juiz proceder de ofício. O Réu deve requerer (STJ 240)
 PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS
DE EXISTÊNCIA: a) jurisdição; b) citação; c) capacidade postulatória; d) petição inicial
DE VALIDADE DA RELAÇÃO PROCESSUAL: a) petição inicial apta; b) citação válida; c) capacidade processual; d) competência do juiz; e) imparcialidade do juiz. 
V – PEREMPÇÃO, LITISPENDÊNCIA E COISA JULGADA
PEREMPÇÃO – Perda do direito de ação por ter ocorrido sua extinção por três vezes motivada pela ofensa ao art. 485, III
LITISPENDÊNCIA - Repete ação idêntica
COISA JULGADA – repetição da mesma ação que já se encontra acobertada pela coisa julgada material
AUSÊNCIA DAS CONDIÇÕES DA AÇÃO
LEGITIMIDADE – LEGITIMAÇÃO ORDINÁRIA E EXTRAORDINÁRIA
ORDINÁRIA – IDENTIDADE ENTRE O A LEGITIMIDADE DO DIREITO MATERIAL E DA PROCESSUAL
EXTRAORDINÁRIA (ART. 18) – QUANDO ALGUÉM PODE PLEITEAR EM NOME PRÓPRIO DIREITO ALHEIO
INTERESSE PROCESSUAL – DEVE SER DEMONSTRADA A NECESSIDADE/UTILIDADE
 ADEQUAÇÃO
Mas, cinco modificações são notáveis, a saber:
1. A previsão de que a parte
deverá ser pessoalmente intimada para suprir a falta em cinco dias, e não mais em 48 horas, como estabelece do Código Buzaid, quando o juiz reconhecer que o processo ficou parado durante mais de um ano devido à negligência dos litigantes ou, quando, por não promoverem os atos e diligências que lhes cabiam, como o autor que abandonou a causa por mais trinta dias;
2. A segunda refere-se à previsão de que a desistência da ação pode ser apresentada até a sentença, dependendo do consentimento do réu;
3. A terceira, e mais relevante, na opinião de Misael Montenegro Filho refere-se à previsão de que, extinto o processo sem resolução do mérito, e interposta a apelação pelo autor, o juiz poderá se retratar em cinco dias, técnica que, no CPC/73, é exclusiva para o indeferimento da petição inicial (art. 296), tendo sido estendida para todas as situações em que o processo é extinto sem a resolução do mérito;
4. Diz respeito à previsão de que o juiz só pode reconhecer a ocorrência de prescrição ou decadência após a oitiva das partes, concedendo-lhe oportunidade para se manifestarem, exceto quando julgar liminarmente a improcedência do pedido;
5. Refere-se à previsão de que, desde que possível, o juiz resolverá o mérito sempre que a decisão for favorável à parte a quem aproveitaria o pronunciamento que não o resolve, contribuindo para evitar a propositura sucessiva de ações judiciais.
CLASSIFICAÇÃO DAS SENTENÇAS
PROCESSO DE CONHECIMENTO:
 1) TUTELA DECLARATÓRIA (art. 20);
2) TUTELA CONDENATÓRIA;
3) TUTELA CONSTITUTIVA.
SENTENÇA MANDAMENTAL (TUTELA MANDAMENTAL)
EXECUTIVAS “LATO SENSU” (TUTELAS EXECUTIVAS “LATO SENSU”)
TUTELA DECLARATÓRIA
Utiliza-se quando se pretende declarar a existência de relação jurídica, direito ou obrigação, ou de seus elementos e quantificação do objeto.
Tem por finalidade afastar uma crise de incerteza. Não produz nenhuma modificação, nem de uma situação fática, nem de uma relação jurídica. O que faz é solucionar uma incerteza, uma dúvida.
Tem eficácia “ex tunc”.
Exemplo: Ação de investigação de paternidade
Todas as sentenças de improcedência são declaratórias negativas.
TUTELAS CONSTITUVIAS
É a que tem por objeto a constituição ou desconstituição de relações jurídicas.
Tem eficácia “Ex nunc”
Quando quiser constituir ou desconstituir uma relação jurídica, sem o consentimento do réu.
Podem se constitutivas positivas ou negativas (desconstitutivas)
Não precisam se executadas, produzem efeitos por si mesmas.
TUTELA CONDENATÓRIA
Impõe ao réu uma obrigação, consubstanciada em título executivo judicial.
Impõe uma obrigação que precisa ser cumprida.
Exige atividade do devedor para alcançar sua finalidade
Tem eficácia “ex tunc”, pois retroagem à data da propositura da ação
TUTELA MANDAMENTAL
Constitui subespécie das tutelas condenatórias
O juiz emite uma ordem, um comanda, que deve ser cumprido pelo réu.
Cabe ao ordenamento estabelecer sanções aplicáveis para o descumprimento da ordem, para torná-la efetiva.
TUTELAS EXECUTIVAS “LATO SENSU”
Também são espécies de tutelas condenatória que se distinguem por prescindirem de uma fase de execução.
Se a obrigação não for cumprida o Estado tomará as providências necessárias para que o seja,independentemente de atividade do autor ou do réu.
Ex: despejo e reintegração de posse.

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