Buscar

2351213 Resumo AV2 Direito Civil I. (1)

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

Resumão - Av2 – Direito Civil I – Parte Geral
__________________________________________________________________________
Prof°: Raymundo Canno.
Aula 1: O Código Civil Brasileiro e a Constitucionalização dos Direitos Civis.
Características do código de 1916.
Contexto histórico.
Surgimento do código Reale
Princípios norteadores garantidores do novo código civil: Eticidade, socialidade e operabiliade.
Constitucionalização dos Direitos Civis: Fenômeno jurídico-constitucional onde houve a revogação tácita de diversos dispositivos legais do código civil pela carta magna de 1988, já que essa última abrigou em seu texto diversos regulamentos de matéria específica do Direito privado, tutelando assim diversos institutos civis.
Aula 2: Pessoa Natural.
Capacidade de Direito/gozo/ Personalidade jurídica (Art. 1°): Configura-se pelo fato de todos indistintamente serem capazes de Direitos e Obrigações na Ordem Civil.
Capacidade de Fato: Possibilidade de um indivíduo exercer pessoalmente, sem o auxilio de terceiros, os Direitos de que seja titular, bem como as obrigações que pretende contrair. Nem todos a possuem, sendo essa atribuída aos que alcançaram a maioridade civil, ou foram emancipados e não se encontram em nenhuma das condições elencadas nos art. 3° e 4° do C.C.
Aquisição da personalidade (Art. 2°): 
Teoria Natalista: O nascituro não é pessoa, pois a personalidade começa do nascimento com vida, tendo o nascituro mera expectativa de Direito.
Teoria Concepcionista: O nascituro é pessoa, pois a lei assegura Direitos ao nascituro (Ex: Art. 542, doação, e Lei 11.804/08 dos alimentos gravídicos), e somente pessoa pode ter Direitos.
Registro Civil: O registro civil, lavrado no RCPN, conforme os critérios da LRP, Art. 53°, possui caráter declaratório, apenas reconhecendo em Erga Omnes a existência e personalidade do indivíduo que a adquiriu, e não conferindo em si a ele este atributo jurídico.
Emancipação:
Emancipação: Alcance da capacidade civil plena (capacidade de Direito + Capacidade de Fato) antes de se completar a maioridade Civil. Podendo essa ser admitida em três espécies: A voluntária – Art. 5°, inciso I, A judicial, Art. 9° Inciso II, e a legal.
Voluntária: Art. 5°, inciso I: “Pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos”. Obs. Deverá essa ser seguida de lavratura no registro junto ao RCPN, a fim de que seja oponível erga omnes.
Judicial: Art. 9° Inciso II: “A emancipação por outorga dos pais ou por sentença do juiz”. Obs. Ocorre essa em caso de divergências entre os pais, ou na ausência de um deles, ainda sim, pode ocorrer quando o menor estiver sob o regime de tutela.
Legal: Art. 5°, Incisos II, III, IV e V: II - pelo casamento; III - pelo exercício de emprego público efetivo; IV - pela colação de grau em curso de ensino superior; V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria. Obs. Há sim hipótese e casamento antes dos 16 anos completos, sendo que só é admitido em caso de gravidez, promovendo a parte interessada a chamada ação de suprimento de idade para o casamento.
Representação e Assistência:
Representação: Configura-se nas hipóteses elencadas no art. 3°, onde apesar do absolutamente incapaz possuir capacidade De Direito, necessita esse de representação para exercê-la de fato, tudo isso por intermédio da pessoa do representante, a qual substituirá sua vontade totalmente, valendo ainda ressaltar que algumas hipóteses como, por exemplo, na compra e venda de imóveis, só poderá mediante autorização judicial o representante legal realizar o negócio jurídico. A lei sim protege o representado (seja por tutor, ou ascendente), pois presume que os menores e 16 anos não possuem discernimento para a devida prática dos atos da vida civil.
Assistência: Modalidade de proteção ao relativo incapaz (Art. 4°, C.C) instituída pela lei civil, onde o principal fator que a diferencia do regime da representação é o fato de que o assistente NÃO substituirá totalmente a vontade de seu assistido, e sim, os atos praticados por esse último necessitam do consentimento de ambos, assistente e assistido.
Ação de Interdição: Recurso jurídico-processual que visa afastar a capacidade civil plena do indivíduo que ainda que tenha alcançado a maioridade, se encontra no rol dos art. 3° e 4°, figurando como absoluta/relativamente incapaz. Nessa ação será averigua o nível de discernimento do incapaz, onde após decretada sua interdição, nomear-lhe-a-se curador, o qual preferencialmente será o seu cônjuge, já que essa ação visa à proteção do patrimônio do interdito (curatela dos interditos) haja vista que o patrimônio é comum a ambos os cônjuges. Deverá proceder a referida declaração, a lavratura da interdição no RCPN, a fim de ser pronunciada Erga Omnes. 
Pródigo: Segundo Flavio Tartuce, é aquele que gasta seu patrimônio destemperadamente, e necessita de curador para lhe assistir nos atos civis de reflexo patrimonial elencados na forma do Art. 1782, C.C. 
Fim Da Personalidade Jurídica:
Morte Presumida sem ausência: 
Conceito: Comprova-se a morte do indivíduo quando esse se encontra sobre as situações hipotéticas elencadas pelo Art. 7°, C.C ( Provável morte de que estava em perigo de vida; desaparecido em campanha ou feito de prisioneiro não for encontrado em até dois anos, e etc. haja vista que este rol de dispositivos não é taxativo). Desta forma, esgotada as buscas e averiguações os herdeiros ajuizarão ação de justificação de óbito comprovando por documentos e testemunhas que o indivíduo encontra-se morto, ainda que não possuam o seu corpo, destarte haverá a lavratura da certidão de óbito.
Comoriência: 
Trata-se de morte simultânea de parentes, onde, por não poder se provar qual dos comorientes veio a óbito primeiro, não há a transmissão de Direitos Sucessórios ente esses (Art. 8°).
Morte Presumida Com Ausência:
Processo judicial moroso a fim de se obter lavratura da certidão de óbito daquele que há tempos saiu de seu domicílio não deixando notícias, sem também deixar procurador ou pessoa que o represente administrando seus bens. Tal procedimento para declarar a ausência, protegendo os bens do ausente, e caso esse não retorne, lavrar seu óbito, se dará três etapas sucessivas. A primeira propriamente dita é a declaração do ausente, nomeando-lhe curador aos seus bem (Art. 22°, C.C), o qual normalmente será seu cônjuge, lançando-se, posteriormente, editais citando o ausente de 2 em 2 meses pelo prazo de 1 ano, caso esse tenha deixado representante ou mandatário, porém, esse com poderes insuficientes para a curadoria dos bens, o prazo de levantamento do desaparecido nestes editais será o de 3 anos. Já a segunda fase, tratará da sucessão provisória dos bens do ausente, onde se dará destinação inicial ao patrimônio desse em favor de seus legítimos herdeiros, porém, com uma certa ressalva, se caso esses bens produzem algum fruto como, por exemplo, o civil, renda proveniente de locação de imóvel, poderão todos os herdeiros (i.e, cônjuge, ascendente e descendente) aproveitarem integralmente esses frutos, com a exceção dos irmãos, dos tios e de outros, os quais deverão depositar 50% em juízo desse quantum. Ainda, nessa fase, insta salientar que os bens do ausente não podem, por enquanto, serem alienados, e que caso os que não forem herdeiros legítimos do ausente (cônjuge, ascendente e descendente) sucederem aos seus bens, deverão prestar caução de igual valor aos bens do desaparecido. Na terceira fase, também dita sucessão definitiva, cuja execução se realiza após 10 anos de decretada a sucessão provisória, a personalidade do ausente enfim será extinta, e lavrado será o seu óbito. Releva comentar sobre o possível retorno do ausente durante o transcorrer dessas três fases, caso seja durante a primeira, nada acontecerá
pois efeito alguma ocorreu senão a nomeação do curador, se na segunda, reaverá esse os seus bens no estado em que se encontrarem, da mesma forma durante os 10 anos subsequentes à sucessão definitiva, porém, caso retorne esse 10 anos após a dita fase (Art. 39°, C.C), não possuirá direito algum sobre o patrimônio que deixou em seu domicílio.Lembre-se que a declaração do ausente se averbará no RCPN, conforme disposição do art. 9, Inc. 4, C.C).
Aula 3: Pessoa Jurídica.
Conceito: Elencadas estão nos art. 41° C.C e 42° C.C – Pessoas jurídicas de Direito Público interno/externo, e no art. 44°, C.C as pessoas jurídicas de Direito Privado.
A criação da P.J de Direito Privado, institui-se por meio de ato constitutivo (JUCERJA), dissertando esse a sua natureza e sua finalidade, procedido de registro junto ao RCPJ (Art. 45°), onde esse último é de caráter constitutivo, acrescentando personalidade sobre a pessoa jurídica, diferentemente do registro civil da pessoa física, o qual, repita-se, é de natureza declaratória.
A P.J possui existência distinta da pessoa física, tendo essa patrimônio próprio, responde civilmente de maneira independente, não se confundido com a personalidade de seus membros (ilimitada).
A sociedade irregular é aquela que não tem sua existência em conformidade com o que previa seu ato constitutivo, já a sociedade de fato jamais foi registrada ou criada de acordo com os ditames legais, essas duas espécies de P.J não possuem personalidade jurídica, podendo se avançar sob o patrimônio de seus sócios em caso de ação judicial.
Associações:
São corporações, ou seja, assim também como as sociedades são uma afetação de pessoas com o fim de atingir uma finalidade comum, entretanto, diferencia-se dessa última, pelo fato dessa finalidade não ser de natureza econômica (Art. 53°). 
Os associados podem se associar e o inverso livremente, da mesma forma, não possuem direitos e obrigações recíprocos entre eles (Art. 53°, § Único), pode haver na associação diversas categorias de associados (Art. 55°), deverá o associado que for expulso, assim ser mediante prévio procedimento administrativo que garanta a ampla defesa e o contraditório (Art. 57°, C.C), ainda sim, tem o STJ decidido que aquele que se beneficia das atividades de uma associação, mas que porém, dela não faz parte e nela não contribui, seja réu em ação judicial para que coercitivamente venha a cooperar com corporação aludida.
A criação da associação se dá também pelo ato constitutivo, porém , denomina-se esse de estatuto.
Fundação:
São afetações, dotação de patrimônio destinado a atingir uma finalidade não econômica, assim como a associação, porém moral, religiosa, cultural ou de assistência (Art. 62°, § Único, C.C, Rol não taxativo). 
A criação da fundação se dará por escritura pública ou testamento (Art. 62), devendo o instituidor, após a dotação dos bens, elaborar junto ao ministério público o estatuto (ato constitutivo), sendo que esse não poderá se desviar de suas finalidades não econômicas, devendo ser aprovado pelo ministério público, com o fim de se realizar a lavratura do registro junto ao RCPJ. 
O estatuto da fundação poderá ser alterado seguindo-se os ditames da lei (Art. 67°, C.C) e ainda sim, a fundação poderá ser extinta (Art. 69°, C.C).
Responsabilidade Civil da Pessoa Jurídica:
Conceito: Pode ser essa, conforme disposição do art. 225°, §3°, C.C, ré em ação penal. Também pode ser titular de alguns Direitos da personalidade (Art. 52°, C.C), como a honra objetiva, essa, por sua vez, traduz-se na reputação ou fama da P.J, o conceito que essa goza perante a coletividade, quando essa apresentação da p.j perante a sociedade é lesionada, cabe hipótese de indenização pela ação de danos morais e até patrimoniais.
Danos: O dano patrimonial subdividi-se em dano emergente, e lucro cessante, sendo o primeiro, aquilo que a pessoa perdeu de imediato com a ocorrência do ato ilícito do sujeito que o lesionou, já o segundo é o que a pessoa jurídica visivelmente deixará de lucrar com a ocorrência da infração.
Vale fixar que a responsabilidade da pessoa física diante das mencionadas ações é subjetiva, já a da pessoa jurídica, é objetiva. 
Responsabilidade da Pessoa jurídica De Direito Público:
Responde a P.J de direito Público objetivamente, ou seja, em caso de ilícito cometido por seus funcionários, nada importando o dolo ou a culpa do agente para a caracterização da ação, ainda sim, o Art. 43, assegura do Direito de regressão contra os causadores do dano, ai sim, importando se houve o elemento subjetivo por parte do agente ou não, ocorre esse quando se trata de uma pessoa jurídica de Direito privado, a qual presta serviço público, responde essa objetivamente, porém, repita-se, abre-se a hipótese do Direito de regressão ao lesionado (Art. 37°, §6°, C.F).
Teoria da aparência: A teoria da aparência nada mais é que a crença por parte de um suposto representado de que representa determinada pessoa jurídica, quando, na verdade, não. Sua aplicação tem se dado nos tribunais comunmente nos casos em que pessoas físicas/jurídicas que representavam certa P.J, deixam de assim o fazer e não realizada a comunicação formal a coletividade de que isso ocorreu. O indivíduo que sofreu dano por tal situação poderá ajuizar ação tanto em face do falso representante, quanto da empresa que supostamente esse representava.
Teoria da Desconsideração da Pessoa Jurídica (Disregard Doctrine): 
Conceito: Trata-se de hipótese de penhora judicial ou quaisquer outros recursos que permitam o avanço aos bens dos membros, pessoas físicas por detrás de uma pessoa jurídica, em caso de ação judicial. Ainda sim, que haja essa possibilidade, conforme assevera o art. 50°, C.C, a desconsideração da pessoa jurídica é subsidiária à distinção da existência da P.J da pessoa física, ou seja, a responsabilidade dos sócios não se confunde com as dívidas contraídas pela pessoa jurídica, sendo que essa deverá, se possuir patrimônio suficiente, saudar as dívidas sem prejuízo aos bens dos sócios.
Teoria Maior objetiva: Adotada pelo código civil vigente (Art. 50°, C.C) exige que apenas prove-se o ato fraudulento de abuso da personalidade da P.J (Confusão Patrimonial, fraude contra credores, etc.), para assim, o juiz decretar a teoria da penetração sobre a entidade, não importando a má ou boa fé dos seus membros.
Teoria Maior Subjetiva: Atinge-se os bens dos membros da P.J, porém importando a comprovação de dolo ou culpa por parte desses na prática do ato fraudulento. Teoria essa afastada pelo legislador, devido a dificuldade probatória de tais intentos fraudulentos.
Teoria Menor: Nessa não importa se houve ou não abuso da personalidade (Confusão patrimonial, fraude contra credores e etc.) da P.J, para se alcançar o patrimônio dos sócios, apenas em se tratando de prejuízo quanto ao cumprimento de uma obrigação da P.J poderá se alcançar não só o patrimônio de um membro da entidade, mas sim, de todos, pois o que vale é o cumprimento da obrigação assumida pela P.J. A lei consumerista no art. 28°, §5°, admite tal possibilidade, bem como, em casos de indenizações ambientais.
Desconsideração Inversa: 
Conceito: Ocorre quando a fim de assegurar obrigações assumidas pela pessoa física, atinge-se o patrimônio da pessoa jurídica de que essa pessoa natural é membro. É comum no caso de divórcio, em que um dos cônjuges a fim de não perder seus bens no momento de partilha conjugal, os transfere para P.J, passando esse a ser, em tese, de todos os membros, quando na verdade não o é, prejudicando assim seu marido ou esposa.
Dissolução da pessoa jurídica:
Poderá ocorrer por meio de lei, nos casos em que a pessoa jurídica é pública e semelhantemente foi instituída por lei. Já nos casos de pessoa jurídica de Direito Privado, ocorrerá por meio de 3 hipóteses. A dissolução administrativa, que é quando é cassada a autorização da p.j que por obrigação da lei foi criada por meio de aval do poder executivo.Ex: Bancos, financeiras. Dissolução judicial, por intermédio de decretação pelo Juiz. Ex:
Falência, ou falta de consenso dos sócios em extinguir a Pessoa jurídica. E por último, não menos importante, a consensual, onde pelo acordo de vontades há o destrato do ato constitutivo e do registro. Art. 51°, C.C.
Aula 4: Direitos Da Personalidade.
Características: 1) Absolutos: Devem ser reconhecidos Erga Omnes. 2) Inerentes: A condição de ser humano (Direitos Naturais). 3) Imprescritíveis. 4) Impenhoráveis. 5) Vitalícios 6) Intransmissíveis (Com algumas exceções, como por exemplo, a doação de órgãos. 7) Irrenunciáveis (o que ocorre com os Direitos de imagem e autorais é a sua cessão temporária, e não a renúncia desses). 
Tutela repressiva: Cessa a lesão atual à um Direito da Personalidade
Tutela Inibitória: Impede a futura lesão à um Direito da Personalidade. 
Nome: Tem tratamento de Direito da Personalidade (Prenome + Pronome).
Domicílio: Constituído, em geral, de um requisito objetivo (A residência) e um subjetivo (O ânimo de ali permanecer). O indivíduo pode pela pluralidade de domicílios (Art. 72°, C.C) possuir diversos domicílios, tanto um geral (o de sua escolha, voluntário) quanto o especial (Ex: onde exerce sua profissão). O domicílio ainda sim pode ser necessário, geral e especial. Hipóteses de domicílio necessário especial: O incapaz, o servidor público, o militar, o marítimo e o preso. Ainda sim o domicílio pode ser escolhido por cláusula contratual de foro de eleição, contado que não seja esse instituído nas relações de consumo que prejudiquem o consumidor. 
Aula 5: Bens.
Conceito:
Móveis e imóveis: Trata-se a primeira diferenciação em bens móveis e imóveis, onde esse último é adquirido por meio do registro no cartório de imóveis, exigindo para sua alienação a outorga conjugal, podendo ainda esse ser objeto de hipoteca em casos de contrato que exija caução. 
Móveis: Os bens móveis são adquiridos por meio da tradição, entrega, não sendo necessária a outorga conjugal para sua alienação. Em se tratando de bens móveis, não haverá hipoteca desses, podendo sim haver o penhor de algumas exceções, as aeronaves e os navios.
Bens Imóveis: 4) são as espécies de bens imóveis. 1) O solo propriamente dito, 2) o imóvel por acessão natural (foram incorporados ao solo sem a participação humana. Ex: Árvores, plantas e etc.) 3) os por acessão artificial (Agregaram-se ao solo pelo elemento volitivo. Ex: Casa, prédio e etc.). E por último, não menos importante, 4) os bens imóveis por definição legal, verbi gratia, o Direito a sucessão aberta ( Direito de herdar que permanece no período do óbito até o ato de adjudicação ou partilha) e os Direitos reais sobre Imóveis e suas ações, Art. 80°, Incs. I e II, C.C. 
Bens móveis: Quanto a esses, existem também conforme o codex estudado, 3 subespécies. 1) Os móveis propriamente ditos, que se movem por força alheia, 2) os que se movem sem o auxilio humano, também chamados semoventes, 3) e os por definição legal: As energias que tenham valor econômico, os direitos reais sobre móveis, e os Direitos pessoais de caráter patrimonial, Art. 83°, Incs. I, II e III, C.C).
Observações: São considerados bens imóveis aqueles materiais que retirados de propriedade provisoriamente, e que contudo, serão nela reintegrados (Art. 81°, Inc. II, C.C) E são considerados bens móveis aqueles materiais de construção que se integraram na propriedade, voltando também a essa qualidade quando houver sua demolição (Art. 84°). Valei ainda diferenciar os bens corpóreos (Tangíveis) dos incorpóreos (Intangíveis), também lembrando que no caso dos bens imóveis por acessão natural ou artificial, lhes recai o princípio da gravitação jurídica, onde os bens acessórios seguiram os principais.
Bens Fungíveis e Infungíveis: Trata-se de bem fungível aquele que não pode ser substituído por outro da mesma qualidade ou gênero, podendo essa originalidade do bem advir de três formas: Da sua natureza, da afetividade empregada pelo seu proprietário, e por via contratual. Para aplicação prática, percebe essa distinção na categoria dos empréstimos, pois quando esse é de bem infungível, diz-se que houve comodato (Art. 579°, C.C) e quando de bem fungível, mútuo (Art. 586°, C.C). 
Bens Consumíveis e Inconsumíveis: Consumíveis são os bens móveis que importam em destruição imediata quando feito o seu uso, ou quando esses estiverem suscetíveis à alienação (Art. 86°). O imediatismo dessa destruição não necessariamente ocorre no primeiro uso da coisa, porém pode esse se dar de duas maneiras, a primeira decorrente do primeiro uso sim, e a segunda proveniente do curto tempo de sobrevida do objeto, dado a sua natureza. Já a segunda categoria de bens consumíveis é a de bens móveis suscetíveis a alienação (onerosa, gratuita etc.).
Bens divisíveis e indivisíveis: Indivisíveis são aqueles quando fracionados importam em alteração na substância, prejuízo do uso a que se destina ou diminuição considerável do valor do bem, o inverso define os bens divisíveis. Pode ainda a indivisibilidade ser natural, legal ou convencional. A natural refere-se a definição já citada no início do parágrafo. A legal, trata de imposição da lei quanto a indivisibilidade daquele bem, a convencional diz respeito ao interesse das partes proprietárias da coisa.
Bem Principal e Acessório: Principal é o que possui existência autônoma, independente de outro bem ou coisa, e acessório, é aquele que como alude o princípio da gravitação jurídica, pressupõe a existência do bem jurídico principal (Art. 92°, C.C), excluindo-se ai a pertença e o bem imóvel por antecipação (Art. 94°, C.C). 
Bens Acessórios:
Frutos: São os rendimentos que a coisa principal pode gerar ao seu proprietário, esses se definem pela sua renovação, ou seja, continuam a se produzir sem importar na destruição da coisa ou bem, e por sua periodicidade, de tempo em tempo podem ser percebidos. Ainda sim, o fruto pode ser natural, industrial ou civil. Natural é que é produzido sem intervenção da força humana, enquanto o industrial é o oposto. Já o civil nada mais é que os lucros e rendimentos que o bem principal gerar, como por exemplo, o quantum proveniente de locação de imóvel.
Produtos: Se distinguem dos frutos por que não são renováveis, ou seja, sempre que percebidos incorrem na diminuição da coisa principal. 
Benfeitorias: Podem ser essas de três espécies de acordo com o tratamento dado pelo art. 96° e seus parágrafos, C.C: Úteis (Aumentam e facilitam o uso do bem); Necessárias (Conservam o bem e evitam sua deterioração) e voluptuárias (São de mero deleite, recreio e embelezamento da coisa). Conforme disposição dos arts. 35° e 36° da lei 8.425 (lei de locação) de 91, pode o locatário ser indenizado pelas benfeitorias necessárias e úteis realizadas no bem, inclusive, pode fazer uso do Direito de retenção do pagamento dos alugueis, caso não seja até então indenizado. Vale a ressalva que caberá somente esses Direitos em caso de benfeitoria útil quando autorizada essa pelo locador. Já a voluptuária poderá ser restituída ao seu proprietário, contado que não importe na destruição/diminuição da coisa principal. Em se tratando de ressarcimento das benfeitorias em outras hipóteses as quais não seja de locação, poderá o adquirente de boa-fé ser indenizado por todas elas (úteis, voluptuárias e necessárias), além é claro de fazer uso de seu Direito de retenção, porém o adquirente de má-fé, só poderá ser ressarcido quanto a benfeitoria necessária, além de não possuir o Direito de retenção, assim regulamenta os arts. 1219° e 1220° da lei codificada. 
Pertenças: Bens acessórios empregados na coisa principal com o intuito de conferir-lhe funcionalidade ou embelezamento, porém, diferenciando-se das benfeitorias dada a sua destacabilidade/remoção do bem principal, destarte, não incorrendo na diminuição/prejuízo do bem principal, o que de certa forma até reforça o fato do princípio da gravitação jurídica não se aplicar às pertenças já que essas não necessariamente pressupõe a existência de um bem principal, podendo sim serem objetos autônomos de um negócio jurídico. 
Bens Públicos:
Conceito: Como se percebe na interpretação volunta legis do Art. 98°, C.C, o legislador preferiu configura que o bem é de uso público quando esse possuir a pessoa jurídica de Direito público interno, ou seja, sabe-se que o bem é público pela sua titularidade e não dada a sua definição. Sendo certo que essa categoria de bem admite três espécies elencadas nos incs. I, II e III do art. 99°, C.C: O de uso comum (todos indistintamente tem acesso, ainda que sejam financeiramente cobrados para isso. Ex: Rua, praça, estrada e etc.). Os de uso especial (Estão destinados à uma finalidade, portanto exigem certa restrição aos cidadãos. Ex: Prédios, hospitais, fórum e etc.) E por fim, o bem dominical (bem público que assume função e funcionalidade de pessoa jurídica de Direito privado. Ex: Terreno baldio, imóvel público locado à particular e etc.).
Características do Bem Público: Consagrados pela doutrina, três são as elementares de um bem público: Imprescritibilidade, inalienabilidade, e impenhorabilidade. A primeira trata-se da restrição, principalmente à prescrição aquisitiva (usucapião) de um bem de uso público (Art. 102°, C.C) já a segunda, diz respeito a impossibilidade de alienação do bem público de uso comum ou especial, salvo se esse não estiver atendendo à usa finalidade vindo a ser desafetado, tornado-se bem dominical, o qual admite sim a alienação, porém sob os ditames de um processo administrativo de competência da função de poder executiva, destarte há a fiscalização necessária das movimentações com um patrimônio de posse coletiva e pública. Insta o esclarecimento da impenhorabilidade do bem público. É mais que lógico que esse não pode ser objeto de penhora judicial, como ser-lhe-ia o ressarcimento então do credor que ajuíza ação de cobrança em face do Estado por inadimplência de título público? Ora, instituído está por lei o denominado sistema de precatório, onde o credor figurará como tal em fila de pagamentos previstos para o orçamento do ano seguinte do município ou estado em que estiver se opondo na mencionada ação. 
Aula 6: Fatos jurídicos.
Fato Jurídico Lato sensu.
Fato Jurídico Strito Sensu – Ordinário – Extraordinário.
Ato Fato Jurídico.
Ato Jurídico – Lícito ou ilícito - Ato Jurídico Strito Sensu ou Negócio Jurídico – Bilateral ou Unilateral – Título gratuito ou oneroso.
Aula 7: Negócio Jurídico.
Pressupostos de existência do negócio jurídico:
Finalidade negocial: Atribuir consequências a sua manifestação de vontade.
Vontade humana: Vontade livre e declaração de vontade em conformidade com a vontade interna.
Objeto idôneo: Objeto próprio, adequado para àquela modalidade de negócio.
Aula 8: Validade do Negócio Jurídico.
Nulidade e Anulabilidade:
Conceito: Espécies de invalidade do negócio jurídico, sendo a primeira mais grave e a segunda nem tanto. Sanções para aqueles que ao arrepio da norma celebraram o negócio jurídico.
	Distinção Entre Nulidades e Anulabilidades
	
	Nulidades
	Anulabilidades
	Fundamenta-se em razões de ordem pública.
	Fundamenta-se em razões de ordem privada.
	Pode ser declarada de ofício pelo juiz, a requerimento do MP, ou de qualquer interessado. (Art. 82°, CPC.).
	Somente poderá ser invocada por aquele a quem aproveite, não podendo ser reconhecida de ofício.
	Não é suscetível de confirmação.
	É suscetível de confirmação ou redução.
	Não convalesce (Prescreve) pelo passar do tempo.
	Prazo decadencial de quatro anos. (Art. 178°, C.C).
	Não produz efeitos. (Ação retroativa, Ex Tunc).
	Produz efeitos, enquanto não for anulado.
	Reconhecida através de ação meramente declaratória.
	Reconhecida através de ação desconstitutiva, sujeita a prazo decadencial.
	Admite conversão substancial.
	Admite sanação pelas próprias partes.
	Em regra o pronunciamento da nulidade pela sentença declaratória de natureza temporal ex tunc, atingirá o terceiro de boa-fé, não o protegendo.
	Protege-se o adquirente de boa-fé por intermédio do recurso da indenização (Art. 182°, C.C). 
	Ex Tunc (Reotrativo).
	Ex Nunc (Só produz efeitos dali em diante).
Pressupostos De Validade do Negócio Jurídico:
Conceito: Art. 104°, e Incs. I, II e III: Agente capaz, objeto lícito, possível, determinado ou determinável, forma prescrita ou não defesa em lei. Ainda acrescenta a doutrina mais duas hipóteses, a legitimação e o consentimento. 
Agente capaz: O ato de absolutamente incapaz é Nulo, pois apesar do prejuízo financeiro que a nulidade desse possa provocar, a coletividade entende que é intolerável a pratica válida de negócio por absolutamente incapaz. O ato de relativamente incapaz é Anulável, pois por conta da idade, o relativo já possui um certo grau de discernimento, podendo sozinho praticar alguns atos civis que faculta a lei.
Objeto Lícito: Hipótese de Nulidade. 
Forma: Quando Ad Substanciam (Prescrita em lei) e desrespeitada, a hipótese será de nulidade. Ex: Art. 108°, C.C, escritura pública para a venda de bens de valor superior a 30 salários mínimos do valor vigente no país. Quando Ad Probatione (forma livre, não solene, ao critério das partes), não ocorrerá nenhuma das hipóteses.
Falta de legitimação: Hipótese de anulabilidade. 
Aula 09: Defeitos Do Negócio Jurídico.
Elementos Acidentais Do Negócio Jurídico: Ineficácia
Ineficácia Simples: Derivada de origem contratual ou por circunstância exterior ao negócio.
Ineficácia Relativa: Ineficácia de um negócio com relação a outro.
Ineficácia Superveniente: O negócio produziu efeitos regulares que posteriormente cessaram por causa superveniente. 
Prazo decadencial de anulação: Em qualquer que seja o vício, 4 anos, Art. 178, caput, C.C.
Vícios De Consentimento:
Conceito: descompasso entre vontade interna e declarada.
Erro: Três são os critérios para a sua configuração: A escusabilidade (O homem comum poderia incorrer em erro), o potencial conhecimento da outra parte em que o agente celebrou o negócio incorrendo em erro, e a essencialidade do erro, ou seja, se não tivesse o agente representado erroneamente a realidade, não teria ele celebrado o negócio, caso esse último quesito não se apresente, tem-se o que comumente se chama de erro acidental.Segundo o art. 139, incs. I e II, C.C, pode o indivíduo incorrer em 4 espécies de erro de fato: O sobre a natureza do negócio, sobre o objeto, sobre pessoa (In Persona) e ainda sim, o erro que recai sobre a qualidade do objeto.Ainda sim, conforme disposição do Art. 142°, C.C, facilita o legislador a ratificação/convalidação do negócio errôneo sobre a pessoa/coisa, destarte não incorrendo na anulação do negócio jurídico. Vale por ora ressaltar também a hipótese de erro de Direito, onde o agente age achando que está amparado por motivo legal, quando na verdade não está, nunca esteve (Art.139, Inc. III, C.C). O art. 141°, C.C, coloca também como hipótese a transmissão errônea da vontade , seja ela por meios eletrônicos por exemplo, a qual vicia o negócio jurídico, cabendo hipótese de anulação do negócio. Segundo o Art. 140°, C.C, o falso motivo só viciará o negócio quando estiver esse estipulado na declaração de vontade do negócio. 
Dolo: O dolo ocorre quando a engano, intento fraudulento em conduzir a outra parte a celebrar negócio jurídico, declarando vontade diversa daquela que internamente possui. Da mesma forma que o erro, o dolo poderá ser essencial (Art. 145°, C.C), ou acidental (Art. 146°, C.C), cabendo respectivamente no primeiro a anulabilidade e no segundo, perdas e danos na forma do art. 146°, C.C. Ainda que diga o contrário Art. 178°, C.C, segundo a doutrina, o negócio jurídico viciado por dolo terá o prazo decadencial contado a partir do momento em que o sujeito tomou conhecimento do engano. Pode o dolo, de todo ser omissivo ou comissivo, sendo que a primeira hipótese está relacionada ao dever de informação em negócio jurídico bilateral. O dolo também, segundo a doutrina poderá ser bônus ou malus. No primeiro o agente exalta de maneira muito vantajosa as características do produto, omitindo-se quanto as suas desqualificações,
já no segundo, o agente age de maneira mentirosa, acrescentado ficções e supostos benefícios com relação àquele objeto. O dolo por sua vez, pode também ser acometido por terceiro, não participante do negócio jurídico, sendo assim, a lei protege a parte que celebrava de boa-fé, e que não tinha ou não podia saber do intento dolos por parte do terceiro que o representando, destarte afastando a anulabilidade do negócio jurídico, cabendo somente hipótese de perdas e danos. A compensação tanto no dolo, quanto no erro impedem sim a anulabilidade do negócio.
Coação Moral: Conforme dispara o art. 178°, Inc. I, C.C, inicia o prazo decadencial comum aos defeitos a partir do dia em que a coação cessar. A coação é de ordem subjetiva, não se confundindo essa com simples ameaça moral decorrente do exercício regular de um Direito, muito menos do temor reverencial entre os familiares. Cabe na hipótese de coação a anulação do negócio, bem como eventual ação de danos morais, materiais ou de abuso de Direito. 
Estado de Perigo: Requisito objetivo: Desproporcionalidade. Requisito subjetivo: Estado de necessidade (Art. 156°, C.C). Dolo de aproveitamento. Ex: Cheque Caução. Hipóteses de anulabilidade. 
Lesão: Requisito Objetivo: Desproporcionalidade. Requisito subjetivo: Inexperiência/necessidade de Contratar. Devem estar presentes esses dois requisitos no momento da celebração do negócio, para ai sim caber a hipótese de ação anulatória, pois se por via superveniente ocorrerem, não haverá o instituto da lesão, sendo hipótese, segundo a teoria da imprevisão (Art. 478°, C.C) de resolução do contrato. O prazo decadencial começa a valer a partir da celebração do negócio. 
Fraude Contra Credores: Trata-se de vício social, pois o agente age declarando a sua vontade sem discordância da que possui internamente. É hipótese de anulação do negócio. Resolvida é por meio da ação revocatória ou pauliana. A alienação inválida que ocorreu na fraude contra credores protegerá o adquirente de boa-fé. Na alienação a título gratuito não se discutirá a boa/má fé do adquirente. Em caso de adquirente de boa-fé que celebrou o negócio porém, a título oneroso, ainda não cumpriu sua obrigação de pagamento, deverá esse, após ajuizada ação pauliana, depositar em juízo o valor que pagaria ao agente fraudulento, citando o juiz os credores, a fim de que eles possam terem ressarcidas suas dívidas. Requisito Objetivo da Fraude: Eventus Damni. Requisito Subjetivo da Fraude: Consilium Fraudis. 
Credor Quirografário: Aquele que não exige caução para a cessão de seus créditos. 
Representação e defeitos do negócio jurídico: 
Espécies: Representação legal (Curador, tutor, pais), Representação convencional (Mandato por meio da procuração: Culpa in eligendo).
Conceito: Em ambas as hipóteses o representante celebra negócio jurídico que não afetará diretamente seu patrimônio, porém sim, o daquele que ele representa. Caso quem de forma fraudulenta acometa o vício do negócio jurídico seja o representante (Convencional), poderá o agente que foi ludibriado ajuizar ação anulatória em face (Perdas e danos) do representante, fazendo com que esse seja punido pela má escolha daquele que lhe representa (Culpa in eligendo), caso a situação seja de representação legal, ajuizará a parte lesionada ação somente em face do representante. 
Aula 10: Prescrição e Decadência
Conceito: Fatos jurídicos strito sensu ordinários. Fundamentam-se na inércia do titular de um Direito. São institutos que garantem a segurança das relações jurídicas. O maior prazo prescricional admitido em lei é o de 10 anos, no código Bevilacqua era de 20. Os prazos prescricionais encontram-se entre os arts. 205° e 206°, C.C, já os decadenciais estão espalhados pelo código.
	
	Prescrição
	Decadência
	Objeto
	Extingue a pretensão
	Extingue o Direito Potestativo.
	Prazo
	É fixado por lei
	Pode ser estabelecido por lei ou pela vontade das partes (Convencional ou legal).
	
	Pode ser suspenso, impedido ou interrompido.
	Corre contra todos, não admitindo as causas de interrupção, suspensão ou de impedimento (Exceção: art. 198, I, C.C).
	Pretensão
	Pode decorrer o direito subjetivo do contrato ou da lei.
	Igualmente.
	Prestação
	Pode ser de trato sucessivo ou imediato
	Semelhantemente.
	
	Art. 882° C.C, a lei resguarda o pagamento ao credor mesmo que tenha se prescrito a pretensão da ação de cobrança desse.
	
	
	Não corre contra Direitos da personalidade, Direitos de família e contra usucapião.
	
	Análise pelo Juiz
	A prescrição, apesar de dizer respeito a interesses patrimoniais, poderá ser conhecida de ofício pelo juiz (Art. 219°, Inc. 5°, CPC) pois revogado foi expressamente o art. 194°, C.C, em 2006.
	A decadência legal pode ser conhecida de ofício, enquanto a caducidade convencional não pode.
	Renúncia
	Após a consumação pode ser renunciada, desde que não prejudique a terceiros.
	A decadência legal não admite renúncia nem mesmo após sai consumação.
Tanto as causas suspensivas como as impeditivas fluem independentemente de qualquer conduta do interessado no sentido de suspender ou impedir.
Nas causas suspensivas o prazo prescricional já vinha correndo e com o advento dessa causa ficou paralisado até que a causa suspensiva não mais esteja presente. Com um fim da causa suspensiva o prazo prescricional voltará a correr aproveitando o prazo prescricional já deflagrado.Ex: Motorista Faol.
Os prazos prescricionais não correm contra o absolutamente incapazes, cabendo aos assistentes e representantes legais ingressarem com a ação na forma do art. 195.
As causas interruptivas da prescrição exigem uma conduta voluntária do titular do direito subjetivo, além disso, podem ocorrer uma única vez, esgotando o prazo prescricional, fazendo-o recomeçar do marco zero.
Intercorrências do judiciário não acarretaram na prescrição do titular de um Direito exercer sua prestação, porém, se por inércia desse, o processo já em juízo vier a ser prolongar, caberá perfeitamente esse instituto.
Hipóteses de interrupção da prescrição elencadas pelo art. 202: Notificação judicial ou extrajudicial; pedido de parcelamento, perdão ou confissão de dívida, e etc.
A interrupção da prescrição em caso de concurso de credores, não aproveitará um desses desde que tal benefício não esteja prevista em lei, é a chamada solidariedade, a qual necessariamente precisa ser legal. Ex: Lei de locação.
A regra da gravitação jurídica presencia-se na solidariedade como causa de interrupção da prescrição aos agentes que fazem parte de negócio jurídico acessório.

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Outros materiais