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ARQUITETURA E URBANISMO

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ARQUITETURA E URBANISMOS – AULA 1
Segundo um grande arquiteto romano, o que diferencia uma construção qualquer de uma obra arquitetônica é que esta última apresenta um equilíbrio entre três aspectos fundamentais: Forma, Estrutura e Função.
Só quando as três qualidades se complementam e estão equilibradas que pode ser chamada de arquitetura.
Portanto a Arquitetura, nessa relação de dependência entre essas qualidades, ganha princípios além do concreto, de abstratos, ou seja, princípios além da física, metafísicos.
ARQUITETURA - É a criação e o estudo das formas de abrigo do ser humano no seu caráter estrutural (físico) e cultural (metafísico).
FÍSICO - Contra intempéries, animais e inimigos.
METAFÍSICO - Em relação ao desconhecido e à própria morte.
ATENÇÃO
A dimensão abstrata da arquitetura fica mais nítida nas construções de fim religioso ao longo da história, por exemplo. Mas as qualidades abstratas tão claras, nos edifícios religiosos, podem e devem inspirar a beleza de edificações para famílias-casas, para o saber — escolas para a cura-hospitalar etc., toda edificação ganha um caráter de importância, relevante ou sagrado quando concebido como arquitetura.
PORTANTO, ARQUITETURA É...
ATENÇÃO
O que todas estas afirmações têm em comum é que consideram muito mais os aspectos abstratos da Arquitetura do que os aspectos físicos. A relação entre os espaços é mais importante do que os espaços em si. É como se o espaço vazio entre as paredes e o que acontece nele, fosse muito mais importante do que cada parede. Por isso, dizemos que a Arquitetura tem quatro dimensões, além de largura, altura e profundidade temos o tempo que, na verdade, melhor representa a vivência e o uso desse espaço.
A pratica arquitetônica esta ancorada pelo projeto arquitetônico
Estuda-se o espaço construído desde o ponto de vista do equilíbrio entre beleza, utilidade e segurança, para aprender a criar espaços construídos de qualidade indiscutível, relevantes.
ARQUITETURA E URBANISMO – AULA 2
A divisão exata e formal entre Arquitetura e Engenharia é um conceito criado a partir de Revolução Industrial (1700), quando a classificação dos conhecimentos virou regra.
O primeiro emprego dos termos diferentes data a partir de 1500 no Renascimento. Antes era apenas “edificação”, edificar incluía tanto o ato de projetar, riscar o desenho como o de construir. Quando observamos a história e a evolução da humanidade, o fazemos através dos vestígios, e o mais incontestável sinal de uma cultura, de uma civilização ou um povo que existiu distante na história, é a edificação ou as ruínas.
Podemos entender a história da Arquitetura e Urbanismo como uma evolução que depende da geografia, da cultura, da matéria-prima encontrada em abundância, dos sistemas construtivos, mas principalmente pelo sistema de pensamento da época.
Exatamente pelos conceitos estudados, na aula anterior, e pelo fato da Arquitetura ter uma porção abstrata (além da física, uma porção metafísica) é que a evolução da Arquitetura reflete os valores sociais e artísticos, além das manifestações humanas de poder, religião, submissão, tristeza ou felicidade ou a soma de todos eles.
Estes valores também evoluíram com a humanidade. Partimos da casa primitiva que apenas oferecia abrigo e segurança para os homens da época e seus alimentos e fomos até as monumentais catedrais góticas que pretendiam reafirmar o poder da Igreja Católica e a pequenez do individuo perante essa instituição.
A arquitetura nos diz muito sobre a sociedade que a gerou
Se seguirmos uma linha do tempo o consenso dos historiadores a dividiriam assim:
6000 A 4000 A.C
Primeiros vestígios de assentamentos humanos que construíram e se organizaram em torno de sistemas religiosos ou de celebrações ligadas às estações do ano, tempo de colheita etc.
Primeira habitação: fogo ao centro, semienterrada e com espaço para guardar comida.
Círculos de pedras com finalidade religiosa demarcam locais sagrados.
2000 A.C – EGITO
Apesar de totalmente dependente do Rio Nilo, as pirâmides mais famosas, como as de Gizé, foram construídas com rochas metamórficas trazidas de muito longe, como uma demonstração de poder e tamanho da área de domínio dos faraós.
A pirâmide é a evolução dos primeiros túmulos construídos, chamados de mastabas (foto).
Hoje, sabe-se que as pirâmides não cumpriam a função de câmara mortuária, apenas demonstravam a grandeza do faraó para que seu nome fosse lembrado pela eternidade, pois as câmaras mortuárias com os sarcófagos não se encontravam dentro da pirâmide e sim próximas.
Pirâmide em Degraus de Zoser, Sakkara, 2778 a.C.
Erguendo-se em seis degraus, a pirâmide forma o foco do complexo funerário do rei Zoser. Ela foi construída por Imhotep, primeiro arquiteto conhecido pelo nome, deificado na vigésima sexta dinastia. Foi a primeira estrutura a usar somente pedra polida.
No alto Egito, nos 1000 a 900 antes de Cristo, as edificações monumentais passaram a ser os templos, não mais as pirâmides.
Templo de Amon, Luxor, c. 1408-1300 a.C.
O templo, dedicado à tríade tebana, Amon, Mut e Khons, foi iniciado por Amenófis III. O grande pátio frontal (acima), com pilonos, foi acrescentado por Ramsés II. Enormes estátuas de Ramsés II flanqueiam a entrada. Havia originalmente dois obeliscos.
	
2000 A 200 AC - MESOPOTÂMIA
Formada pelos povos sumérios, assírios e persas, esta região influenciou significativamente a evolução da humanidade, pois ali desenvolveram-se muitos sistemas, como a escrita cuneiforme, o sistema alfanumérico e a moeda.
No nosso contexto, foi desenvolvido o tijolo cozido e o conceito da cerâmica, que tem sua resistência aumentada através da exposição da argila a altas temperaturas de cocção.
Foi naturalmente que esta matéria-prima evoluiu para a cerâmica vitrificada, bem como para a criação do próprio vidro. A sua edificação mais representativa foi erguida por volta de 2000 antes de Cristo, uma torre escalonada chamada de zigurate.
Em seguida, aproximadamente em 200 antes de Cristo, da Babilônia à Pérsia, os templos foram adotados por praticamente todas as culturas, construídos por uma sucessão de cômodos separados por pátios ou jardins em volta dos quais se desenvolviam pequenas cidades ou agrupamentos.
Atenção
Os templos e palácios, principais construções da época, eram muito semelhantes e por vezes ocupavam espaços próximos. Na figura, pode-se observar os famosos Jardins Suspensos da Babilônia que integram um conjunto de palácios que adotaram solução em terraços como o zigurate, já mencionado, porém com jardins e pátios para torná-los mais agradáveis.
500 A.C – GRÉCIA
A cultura grega deu origem a muitos conceitos que estão presentes até os dias de hoje no nosso sistema de pensamento. Isso por que eles influenciaram os romanos, que conquistaram Portugal, que por sua vez conquistou o Brasil. Dessa forma o Brasil está dentro do que se chama cultura do Ocidente, cultura ocidental.
Os gregos possuíam uma característica fundamental que possibilitou seu sistema de pensamento e a própria evolução social que os levou a desenvolver conhecimentos como Filosofia e democracia, “a sua origem”.
O que chamamos de cultura grega é, na verdade, um conjunto de pequenos povos marítimos que viviam em ilhas ou no litoral do Mediterrâneo, porém todos se reconheciam pertencentes à mesma herança. Eram cidades-estados independentes, mas quando era necessário, quando iam para a guerra, por exemplo, juntavam-se em uma única Nação, a nação grega.
Unidade e diversidade é um conceito que está no centro do espírito da cultura ocidental graças a esta condição dos povos gregos. Os gregos eram politeístas (muitos deuses), com cultura de pescadores ou agrícolas, associavam as divindades às rotinas da vida (deusas da caça, da guerra, do lar; deuses do raio, do mar etc.)
Curiosamente os templos dedicados a esses deuses, não podiam ser frequentados por todos, apenas o sacerdote poderia entrar no templo. Porisso todas as festas, orações e manifestações aconteciam em volta do templo, nas colunatas, nas escadarias e nos jardins.
300 A.C ATÉ 680 D.C – ROMA
Os romanos surgiram no vazio deixado pela cultura grega após a sua decadência, mas herdaram deuses e alguns sistemas militares, além da organização de cidades e de pensamento.
Os romanos foram os maiores edificadores da antiguidade. Nas conquistas responsáveis pela expansão do império, tinham o cuidado de não exterminar o conhecimento dos países submetidos. Na verdade, tinham a preocupação de absorver as novas tecnologias para se desenvolver cada vez mais.
Como exemplo, pode-se citar o tijolo vindo dos sumérios, que adquiriu uma tecnologia muito elaborada de assentamento na construção das alvenarias, o que aumentou a sua capacidade de carga. Isso proporcionou um ganho de altura, viabilizando grandes edificações, em escala monumental, para reproduzir a glória dos grandes Césares.
	Atenção
Construtivamente, também fizeram inúmeras melhorias nas infraestruturas das cidades que conquistavam e, principalmente, em Roma. O conceito de civilização dos romanos incluía uma relação de dependência com a água, que deveria estar canalizada e presente na cidade em fontes e chafarizes e, também, nas casas dos cidadãos romanos. No entanto, a cidadania só atingia de 1 a 3% dos habitantes da cidade de Roma.
Aqueduto para transportar água das nascentes, nas partes altas, até as praças no centro da cidade. O aqueduto era construído com arcos de alturas diferentes, pois devia seguir a inclinação da linha piezométrica.
Estrada romana, construída para que o exército romano transitasse com facilidade pelas províncias.
Densidade populacional de uma cidade romana rica. Ruínas da cidade de Pompeia.
ARQUITETURA E URBANISMO – AULA 3
PERCURSO
A divisão do Império Romano, no ano 365 depois de Cristo, foi determinante para uma reconfiguração política do velho mundo.
Atenção
Este movimento foi denominado de Invasão Árabe do Mediterrâneo, nos anos 600 d.C. A tentativa de expulsá-los duraria 700 anos, através das Cruzadas ou Guerras Santas. O clima de instabilidade, no Mediterrâneo, acabou levando prosperidade à França Inglaterra e Alemanha, países que estavam longe da zona de turbulência e ainda produziam as armas.
300 A 700 D.C – BASÍLICAS CRISTÃES E BIZANTINAS
Período de evolução dos sistemas construtivos em função dos templos religiosos, igrejas e catedrais e da necessidade de proteção e defesa dos palácios que fez surgir os castelos.
Na Idade Média, a violência da guerra, na Europa, era tão cotidiana que mosteiros e castelos passaram a ter a mesma configuração, tornando-se difícil distinguir um do outro pela necessidade de defesa.
Basílica Cristã — Primeira forma de igreja
Basílica Bizantina, Igreja Bizantina. Originariamente, foi uma Igreja Cristã depois transformada em Mesquita.
IGREJAS ROMANICAS – ARQUITETURA ROMÂNICA
É a Arquitetura que representa a expansão do cristianismo pela Europa. Esta solução construtiva também foi utilizada em castelos e fortes pela necessidade de proteção.
Devido a isso é comum a associação da arquitetura românica a uma arquitetura de defesa, pois se caracterizam por possuírem torres de defesa, muros fortes, acabamento em torres ou terraços dentados para proteção dos atiradores de flechas, fossos e grandes portões, poucos vãos e janelas que, quando existem, são altos, e cidades muradas.
Construtivamente surgem as abóbadas de berço, de canhão e futuramente a nervurada. Esta sequência evolutiva buscava melhorar a distribuição de cargas na tentativa de ganhar altura e velocidade nas construções, pois demandavam muito tempo para serem construídas.
1000 A 1300 D.C. – ARQUITETURA GÓTICA
Muitas igrejas originariamente románicas receberam obras de remodelação e aumentaram sua escala para transformar-se em catedrais entre 1000 e 1100 D.C.
A grandeza das catedrais foi atingida graças à evolução do sistema construtivo, primeiramente com a utilização de contrafortes e, na sequência, com os arcobotantes, frutos de inovações nas ferramentas como a polia e os andaimes.
As grandes alturas características das catedrais góticas são estabilizadas pelos arcobotantes como as exuberantes Notre Dame, de Paris, e de Colônia na Alemanha.
NOTRE DAME - FRANÇA
CATEDRAL DE CHARTRE, FRANÇA
CATEDRAL DA COLONIA, ALEMANHA
1400 A 1500 D.C. – RENASCIMENTO
A partir do Renascimento e até o final do século XIX (1880), as modificações nos sistemas construtivos avançaram muito pouco. Neste período, com o descobrimento e a conquista das Américas, surgem novas fronteiras e possibilidades de comércio, de forças políticas e de colônias.
No nosso contexto, aconteceram apenas dois fatos relevantes:
O fim das cidades muradas já que a pólvora trazida da China leva à invenção do canhão e fragiliza a defesa por muros;
Formação das urbes: nome que se dava às primeiras cidades com grande concentração de pessoas no final do período feudal. As cidades portuárias de intercâmbio comercial ficam muito ricas e o comércio nas urbes propiciou a produção artesanal.
Florença dos Medici, Cidade Renascentista
1600 A 1700 – BARROCO
É um período de muita riqueza na Europa, principalmente pela exploração das Américas coloniais. Essa riqueza será vista nos altares das Igrejas barrocas, folheados literalmente a ouro e no luxo dos palácios barrocos do Norte da Europa, Alemanha, França, Áustria, e até Espanha e depois Portugal, já que o ouro, no Brasil, foi encontrado tardiamente, em 1692.
As cidades com grande concentração de pessoas experimentam as primeiras reformas urbanas, pois a Peste Negra e outras grandes epidemias acusam a necessidade de saneamento urbano básico. Iniciam-se as primeiras transformações.
1770 A 1880 – NEOCLÁSSICO
As principais transformações aconteceram nas cidades, mais precisamente na organização de seus espaços devido à explosão demográfica, proveniente do êxodo rural. romanas.
Muitas pessoas vieram do campo, fugindo do trabalho pesado, atrás da promessa de trabalho nas fábricas.
As grandes transformações aconteciam no plano das máquinas. Na Arquitetura, apenas mudaram os tipos de edifícios.
A primeira república tem novas necessidades, como escolas, hospitais, penitenciárias, senado, congresso etc.
Inicialmente, todos estes edifícios tinham aparências semelhantes, fruto de releituras da antiguidade greco-romana, também denominada Antiguidade Clássica. Daí o nome de Novo Clássico, ou seja, Neoclássico.
Os próprios edifícios lembram os antigos templos gregos e as obras romanas.
Jacques Germain Soufflot. Panteão (Ste.-Geneviève), Paris, 1755-92.Munique, Leo von Klenze, Konigsplatz, 1816.
1880 A 1950 – ART NOVEOU, ART DECÓ E MODERNISMO
Período curto, porém intenso, onde todas as inovações da industria se voltaram para a pesquisa de novos materiais, fato que propiciou novos sistemas construtivos.
ART NOVEOU - Ferro retorcido, ferro fundido, madeira modelada industrialmente, tintas, vidros de panos maiores.
ART DÉCO - Novas ligas metálicas, cromados e banhos de proteção, solda, parafusos, cimento, concreto armado.
MDERNISMO - Sistema construtivo “viga-pilar” em concreto armado, sistema de esqueleto estrutural independente dos fechamentos, permitindo os grandes panos de vidro e no final os polímeros e seus derivados.
 
Acesso ao metrô de Paris, Art Noveau.
Art Déco, Estúdios da Paramount, reconstrução em São Francisco após grande terremoto.
ARQUITETURA E URBANISMO – AULA 4

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