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Universidade Federal de Juiz de Fora Faculdade de Engenharia Departamento de Engenhaia Mecânica Janderson Honório Mazzine Afonso Mariana Silva Riolino Thomás Demolinari Pereira Bonfá Relatório técnico sobre o dimensionamento de um dispositivo de came com seguidor de face plana Juiz de Fora 2017 Janderson Honório Mazzine Afonso Mariana Silva Riolino Thomás Demolinari Pereira Bonfá Relatório técnico sobre o dimensionamento de um dispositivo de came com seguidor de face plana Relatório técnico apresentado ao Departa- mento de Engenhaia Mecânica da Universi- dade Federal de Juiz de Fora, como requisito parcial para aprovação na disciplina de Dinâ- mica de Maquinas. Orientador: Alexandre Scari Juiz de Fora 2017 RESUMO O presente relatório tem por objetivo descrever o método utilizado para o projeto de um came com seguidor radial de face plana, que consiste em utilizar a descrição do movimento do seguidor para determinar o perfil do came de forma que atenda as especificações do exercício apresentado, com o auxílio de uma planilha de cálculo e do método analítico de projeto de cames desenvolvido por Kloomok e Muffley, determinando através dos resultados das funções, as curvas de deslocamento, velocidade, aceleração e jerk. Com estes dados em mãos, encontramos o raio mínimo para o came, o comprimento mínimo da face do seguidor e, por fim, utilizando um software de CAD, podemos verificar sua geometria e validar as medidas calculadas. Palavras-chave: Came. Seguidor radial de face plana. CAD. LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1 – Exemplo de um sistema came seguidor . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8 Figura 2 – Comando de vávulas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9 Figura 3 – Grafico do problema . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9 Figura 4 – Exemplos de tipo de seguidores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11 Figura 5 – Exemplo de um sistema came seguidor . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12 Figura 6 – Came e seguidor em um cabeçote automotivo . . . . . . . . . . . . . . 13 Figura 7 – Curvas cicloides . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17 Figura 8 – Curvas harmônicas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18 Figura 9 – Curvas polinomiais de oitavo grau . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19 Figura 10 – Ponta em um came . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20 Figura 11 – Gráficos do deslocamento para o trecho 1 . . . . . . . . . . . . . . . . . 24 Figura 12 – Gráficos do deslocamento para o trecho 2 . . . . . . . . . . . . . . . . . 25 Figura 13 – Gráficos do deslocamento para o trecho 3 . . . . . . . . . . . . . . . . . 25 Figura 14 – Gráficos do deslocamento para o trecho 4 . . . . . . . . . . . . . . . . . 26 Figura 15 – Gráfico do deslocamento do seguidor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27 Figura 16 – Gráfico da velocidade do seguidor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27 Figura 17 – Gráfico da aceleração do seguidor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28 Figura 18 – Gráfico do jerk no sistema . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28 Figura 19 – Esboço gráfico do contorno do came . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29 Figura 20 – Esboço do contorno do came em CAD com medidas . . . . . . . . . . . 30 Figura 21 – Apêndice A - CAD do came com cotas . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas CAD Computer aided design (Desenho assistido por computador) cte Constante GEM Graduação em engenharia mecânica MHS Movimento harmônico Simples rad Radianos rpm Rotações por minuto UFJF Universidade Federal de Juiz de Fora UFU Universidade Federal de Uberlândia LISTA DE SÍMBOLOS A Função aceleração do seguidor C Raio mínimo do came (em mm) f(θ) Função na variável θ f ′(θ) Primeira derivada da função na variável θ f ′′(θ) Segunda derivada da função na variável θ J Jerk no movimento do seguidor (em mm/sş) L Elevação do seguidor (em mm) l Comprimento da face do seguidor (em mm) mm Milímetro R Ponto de contorno do came (em mm) rad Radianos S Função deslocamento do seguidor V Função Velocidade do seguidor β Variação angular entre posições do seguidor (em graus) θ Angulo de giro do came (em graus) SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8 1.1 O que é um came? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8 1.2 OBJETIVOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 1.2.1 OBJETIVOS GERAIS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 1.2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11 2.1 TIPOS DE CAME E SEGUIDOR . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11 2.2 CAME COM SEGUIDOR RADIAL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12 2.3 PROJETANDO UM SISTEMA DE CAME SEGUIDOR . . . . . . . . . 13 2.3.1 CURVAS DE DESLOCAMENTO DO SEGUIDOR . . . . . . . . . . . . 13 2.3.2 COMPRIMENTO DE FACE MÍNIMO DO SEGUIDOR, RAIO MÍ- NIMO E DETERMINAÇÃO CONTORNO DO CAME . . . . . . . . . 14 3 METODOLOGIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21 3.1 ESTRUTURA DA PLANILHA DE CÁLCULO . . . . . . . . . . . . . . 21 3.2 PROGRAMAÇÃO DA PLANILHA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21 3.2.1 Teste das curvas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22 3.2.2 Gráficos de Teste . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22 3.2.3 Dados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22 3.2.4 Gráficos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22 3.2.5 Raio mínimo e Comprimento da Face . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23 3.3 GERANDO O CAD DO CAME . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23 4 RESULTADOS E ANÁLISES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24 4.1 ESCOLHA DAS CURVAS DE DESLOCAMENTO . . . . . . . . . . . . 24 4.2 CALCULO DA VELOCIDADE, ACELERAÇÃO E JERK, E GRÁFI- COS DO CAME . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26 4.3 RESULTADOS DO CALCULO DO RAIO MÍNIMO, COMPRIMENTO MINIMO DO SEGUIDOR E CONTORNO DO CAME . . . . . . . . . 29 5 CONCLUSÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31 REFERÊNCIAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32 APÊNDICE A – Desenho 2D do came projetado em software CAD com cotas . . . . . . . . . . . . . . . . . 33 8 1 INTRODUÇÃO 1.1 O que é um came? Came é um elemento mecânico de uma máquina que é usado para acionar outro elemento, chamado seguidor, por meio de contato direto. Segundo Norton (2010,p.397) "cames são formas degeneradas dos mecanismos de quatro barras, em que o elo acoplador é trocado por uma meia junta". Apesar de ser mais caro e mais difícil de se construir devido a precisão necessária no processo de fabricação, sua vantagem é que o mecanismo equivalente de quatro barras deveria possuir elos cujos comprimentos fossem variáveis, o que significa que os sistemas came seguidor são mais simples de projetar para um dado movimento de saída utilizando a mesma entrada do que um mecanismo equivalente de quatro barras. A figura abaixo mostra uma representação esquemática de um sistema came seguidor. Figura 1 – Exemplo esquemático de um sistema came seguidor. Fonte: Autor Os sistemas de came seguidor possuem uma importância vital para mecânica moderna, sendo utilizados em diversas aplicações, a se destacar sua utilização em motores de combustão interna como acionadores de válvulas em cabeçotes de veículos automotores. 9 Na figura 2 podemos observar a foto de um comando de válvulas, que consiste em uma polia acoplada a um eixo que possui cames distribuídos em angulações diferentespara o acionamento das valvulas de admissoa e descarga do motor. Figura 2 – Comando de válvulas de um motor de automóvel. Fonte: Autor Devido a sua importância na maquinaria moderna, é vital ao engenheiro mecânico projetista conhecer este dispositivo, bem como suas recomendações e metodologia de projeto, para que se garanta a resposta correta do sistema para determinada entrada. Neste relatório, descrevem-se o passo a passo para projetar um sistema de came seguidor que responda a seguinte questão: "Considere um came seguidor de face plana, onde o came possui rotação constante de 150 rpm. O seguidor acelera até a velocidade uniforme de 620 mm/s, mantém essa velocidade durante 31 mm de elevação, desacelera no ápice da subida, retorna à elevação 0 mm e então espera por 10 s. A figura a seguir ilustra o deslocamento do seguidor: Figura 3 – Grafico da posição y do seguidor em função do angulo θ de giro do came. Considere os seguintes valores de deslocamentos do seguidor: L1 = 29,34 mm; L2 = 31 mm; L3 = 14,66 mm; L total (L4) = 75 mm. Considere os seguintes valores de β: β1 = 85,184°; β2 = 45°; β3 = 32,058°; β4 = 107,758°. 10 1. Escolha as curvas para cada trecho do movimento do seguidor (justifique suas escolhas); 2. Plote os gráficos de posição, velocidade, aceleração e jerk; 3. Determine o raio mínimo da superfície primitiva do came; 4. Determine o comprimento da face do seguidor; 5. Faça um desenho 2D do came (formato A4, com carimbo e cotas). 1.2 OBJETIVOS 1.2.1 OBJETIVOS GERAIS • Determinar a geometria do came que atenda as especificações de projeto apresentadas no exercício. 1.2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS • Desenvolver uma planilha de cálculo para projeto de um sistema de came-seguidor. • Aplicar os conhecimentos adquiridos pela literatura para escolher adequadamente as curvas de deslocamento. • Produzir um desenho técnico do came projetado a partir dos dados obtidos. 11 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 2.1 TIPOS DE CAME E SEGUIDOR O sistema came seguidor recebe diferentes classificações de acordo com o came e o seguidor utilizado. Segundo Norton (2010,p.398), essa classificação pode se dar de muitas formas, entre elas por: • Tipo de movimento do seguidor – Rotação (oscilação) – Translação • Tipo de came – Radial – De rolete – Tridimensional • Tipo de acoplamento – Por força – Por forma • Tipo do seguidor – Curvo – Liso (face plana) – Rolete Figura 4 – Exemplos de tipo de seguidores utilizados na indústria automotiva. A direita, tuchos de valvulas de cabeçote (seguidor de face plana) e a esquerda um balancim de valvulas de cabeçote (seguidor de rolete). Fonte: Autor 12 2.2 CAME DE DISCO COM SEGUIDOR RADIAL DE FACE PLANA De acordo com o enunciado, o seguidor é do tipo face plana (liso). Para o seguidor de face plana, o came não pode ser côncavo, devido a este tipo de seguidor não acomodar raios de curvatura negativos. Na figura 5, podemos observar um exemplo esquemático deste conjunto. Consideremos o conjunto da imagem em repouso na configuração inicial. Quando o came começa a descrever um giro no sentido indicado, o seguidor começa a se elevar conforme o ângulo de giro θ, até uma altura y correspondente. Logo apos y atingir seu valor máximo, o seguidor começa a descrever um movimento de descida, até retornar a configuração inicial. Cada ciclo de subida e descida corresponde a uma variação de 360°, ou seja, uma rotação completa em torno do eixo do came. O movimento do seguidor deste conjunto ocorre sempre na direção do eixo vertical da figura, ou seja, o movimento é do tipo translacional. Figura 5 – Exemplo esquemático de um sistema came seguidor. Fonte: SANTOS, Marcelo Braga dos. GEM15-Dinâmica de Máquinas, UFU. Disponivel em: <http://slideplayer.com.br/slide/356186/>. Acesso em 17 de novembro de 2017 Este tipo de conjunto é comummente encontrado em alguns cabeçotes de carros e motos, sendo representado pelo comando de válvulas (cames) e tucho (seguidor radial de face plana). Nestas aplicações, o vínculo do comando com o tucho é mantido por molas (vínculo por força), devido as altas velocidades de rotação atingidas pelos componentes nesta aplicação, na ordem de 103 rpm. 13 Figura 6 – Exemplo de utilização de came com seguidor radial de face plana em um cabeçote automotivo em detalhe. Fonte: Autor 2.3 PROJETANDO UM SISTEMA DE CAME SEGUIDOR O projeto de um sistema de came seguidor pode ser feito de duas formas (MABIE e OCVIRK, 1980,p.45): • Partindo-se do movimento desejado para o seguidor, projetar o came para obter este movimento. • Partindo-se da forma do came, determinar que características de deslocamento, velocidade e aceleração serão obtidos pelo perfil de contorno do came. Dado que se possui todas as informações de projeto, o primeiro método é mais vantajoso por dimensionar corretamente o came para a devida aplicação, sendo um bom exemplo de síntese. Porém, o came determinado por esse método, pode se de difícil fabricação. Caso hajam muitas restrições de custo e ferramental, o segundo método é preferível, dado que podemos fazer o came simétrico e usando para o contorno, formas que podem ser geradas, sendo este mais usado na indústria automotiva. 2.3.1 CURVAS DE DESLOCAMENTO DO SEGUIDOR A primeira etapa no projeto de um sistema de came seguidor é a escolha do tipo de movimento que o seguidor devera executar, de acordo com as exigências de projeto. Esta escolha é feita, através das características da curva de deslocamento que se deseja adotar, e assim somos capazes de definir também a velocidade e a aceleração do seguidor para cada instante do deslocamento. No início da utilização dos cames, as velocidades atingidas por esses componentes eram baixas, o que possibilitava que as forças de inercia fossem desconsideradas no projeto por serem insignificantes. Porém, com o avanço da engenharia, esses componentes 14 passaram a operar em velocidades cada vez mais elevadas, de forma que deve-se considerar as características dinâmicas do came seguidor, de modo que o contorno do came vise minimizar o carregamento dinâmico. Este carregamento no sistema, se deve principalmente do fato de a aceleração crescer de zero até seus valor constante quase instantaneamente, o que gera um impacto entre os componentes que associado a falta de rigidez e as folgas, gera momentos onde ocorrem uma pancada no sistema, que podem ocasionar quebras, vibrações e ruídos indesejáveis. Uma característica do movimento do sistema relacionada ao carregamento dinâmico é o jerk, conhecido também como segunda aceleração (MABIE e OCVIRK, 1980,p.56), que é a derivada da aceleração. O impacto ocorre quando esta derivada é infinita. Logo, eliminar o jerk infinito tornou-se uma das etapas de projeto para um bom resultado final do sistema. Kloomok e Muffley(1955) desenvolveram em seu livro "Plate Cam Design with Emphasis on Cam Effects"um método para o projeto de cames utilizando três funções analíticas (cicloide, harmônica e polinômio de oitavo grau), que possuem derivadas contínuas em todos os pontos intermediários, fazendo assim que a aceleração varie gradualmente, ocasionando assim que sua derivada possua um valor finito, eliminando o carregamento dinâmico no sistema. As curvas cicloide (figura 7) podem ser utilizadas entre dois repousos, e propiciam aceleração nula nos extremos, não devendo ser utilizadas duas cicloides em sequencia. As curvas harmônicas (figura 8) propiciam menores picos de aceleração, sendo que o meio-harmônico pode ser utilizado onde exite uma elevação a velocidade constante precede uma aceleração, pois a aceleração no ponto médio é igual a zero. As curvas harmônicas podem ser combinadas a uma mio cicloide ou a uma meio-polinômio. Por fim, a curva polinomial de oitavo grau (figura 9) possui uma aceleração assimétrica com seus picos entre o harmônico e o cicloide.2.3.2 COMPRIMENTO DE FACE MÍNIMO DO SEGUIDOR, RAIO MÍNIMO E DE- TERMINAÇÃO CONTORNO DO CAME A partir de uma abordagem analítica do came, podemos encontrar o valor do raio minimo, do comprimento de face mínimo do seguidor, e com isso concluirmos o projeto do came seguidor determinando o contorno final do came. Consideremos um sistema came seguidor genérico como o da figura 10, cujo eixo se encontra na origem do sistema de coordenadas global. Sendo C o raio mínimo da came, seu ponto de contorno R para um dado angulo θ será dada por: R = C + f(θ) (2.1) onde f(θ) é o valor da função deslocamento para aquele θ.O comprimento de contato l na figura, pode ser determinado geometricamente pela trigonometria (MABIE e OCVIRK, 1980,p.62-65), obtendo: R = ysenθ + xcosθ (2.2) 15 e l = ycosθ − xsenθ (2.3) onde podemos observar que a o termo da direita da equação 2.3 é a derivada do temo a direita da equação 2.2. Logo. l = dR dθ = d dθ [C + f(θ)] (2.4) e l = f ′(θ) (2.5) o que nos mostra que o comprimento mínimo da face do seguidor independe do raio mínimo. Para concluir o projeto do seguidor, basta encontrar o maior valor de l e multiplicar este valor por dois (l indica um comprimento que vai do eixo de simetria até o ponto de contato). O valor obtido deve então ser majorado para evitar que o contato ocorra na extremidade da face (MABIE e OCVIRK, 1980,p.67) Utilizando as equações 2.2 e 3.2 simultaneamente, obtemos as seguintes expressões para x e y: x = Rcosθ − lsenθ (2.6) e y = Rsenθ + lcosθ (2.7) Substituindo os valores das equações 2.1 e 2.5: x = [C + f(θ)]cosθ − f ′(θ)senθ (2.8) y = [C + f(θ)]senθ + f ′(θ)cosθ (2.9) onde f(θ) o valor da função deslocamento do seguidor para o angulo indicado, f ′(θ) o valor da função velocidade para o mesmo angulo, (θ) o angulo de giro do came de 0 a 2pi,e C o raio mínimo do came. Para determinar C analiticamente, parte-se do principio que este é o raio minimo para evitar um bico ou uma ponta no came (figura 10), que ocorre quando dx dθ e dy dθ forem iguais a zero. Assim, diferenciando as equações 2.8 e 2.9 se obtém: dx dθ = −[C + f(θ) + f ′′(θ)]senθ (2.10) dy dθ = −[C + f(θ) + f ′′(θ)]cosθ (2.11) 16 As equações 2.10 e 2.11 anulam-se quando: C + f(θ) + f ′′(θ) = 0 (2.12) Ou seja, para evitar pontas: C + f(θ) + f ′′(θ) > 0 (2.13) Isolando-se C na equação 2.13, ficamos então com: C > −(f(θ) + f ′′(θ)) (2.14) Deve-se, em seguida, verificar o valor da soma −(f(θ) + f ′′(θ)) para todos os angulos θ de 0 a 2pi a fim de descobrir o valor máximo do raio mínimo, para garantir que C seja suficientemente grande a fim de evitar pontas durante todo giro do came. Substituindo o valor do raio mínimo encontrado nas equações 2.8 e 2.9, podemos deter- minar o contorno do came plotando seus valores num gráfico em coordenadas cartesianas. 17 Figura 7 – Equações e curvas de deslocamento (S), velocidade (V) e aceleração (A) tipo cicloidal . Fonte: KLOOMOK, M.; MUFFLEI R. V. Plate Cam Design with Emphasis on Cam Effects. Prod. Eng., Fevereiro 1955. Adaptado de MABIE, Hamilton H.; OCVIRK, Fred W. Mecanismos. 3o ed. Rio de Janeiro: Livros técnicos e científicos, 1980,p. 18 Figura 8 – Equações e curvas de deslocamento (S), velocidade (V) e aceleração (A) tipo harmônica . Fonte: KLOOMOK, M.; MUFFLEI R. V. Plate Cam Design with Emphasis on Cam Effects. Prod. Eng., Fevereiro 1955. Adaptado de MABIE, Hamilton H.; OCVIRK, Fred W. Mecanismos. 3o ed. Rio de Janeiro: Livros técnicos e científicos, 1980,p. 19 Figura 9 – Equações e curvas de deslocamento (S), velocidade (V) e aceleração (A) tipo polinômio de oitavo grau . Fonte: KLOOMOK, M.; MUFFLEI R. V. Plate Cam Design with Emphasis on Cam Effects. Prod. Eng., Fevereiro 1955. Adaptado de MABIE, Hamilton H.; OCVIRK, Fred W. Mecanismos. 3o ed. Rio de Janeiro: Livros técnicos e científicos, 1980,p. 20 Figura 10 – Ponta ou bico em um came. Fonte: KLOOMOK, M.; MUFFLEI R. V. Plate Cam Design with Emphasis on Cam Effects. Prod. Eng., Fevereiro 1955. Adaptado de MABIE, Hamilton H.; OCVIRK, Fred W. Mecanismos. 3o ed. Rio de Janeiro: Livros técnicos e científicos, 1980,p. 21 3 METODOLOGIA Utilizou-se para este relatório, uma planilha de calculo para a entrada e saída de dados acerca do contorno do came e do comprimento mínimo da face do seguidor, e em seguida, com o auxilio de um software de CAD, foi gerado o desenho final do perfil do componente. 3.1 ESTRUTURA DA PLANILHA DE CÁLCULO A planilha de calculo construída para a resolução do problema, constitui-se de cinco páginas de planilhas: 1. Dados: Esta é a página onde estão apresentados as entradas principais do problema e as saídas numéricas para as curvas de deslocamento, velocidade, aceleração e jerk. 2. Gráficos: Esta é a página onde estão plotados os respectivos gráficos de saída da página Dados. 3. Raio mínimo e Comprimento da Face: Nesta pagina encontram-se os cálculos e dados de saída para encontrar o raio mínimo, o comprimento do seguidor, bem como os pontos de contorno do came e uma projeção gráfica do mesmo. 4. Teste das curvas: Esta é a página onde encontram-se os cálculos para todas as curvas possíveis de cada trecho, bem como as justificativas de escolha de cada curva. 5. Gráficos de Teste: Esta é a página onde encontram-se os cálculos para todas as curvas possíveis de cada trecho, bem como as justificativas de escolha de cada curva. 3.2 PROGRAMAÇÃO DA PLANILHA A planilha foi programada na seguinte ordem: 1. Teste das curvas 2. Gráficos de Teste 3. Dados 4. Gráficos 5. Raio mínimo e Comprimento da Face 22 3.2.1 Teste das curvas Inicialmente, dividiu-se o gráfico da função deslocamento dada em trechos menores que podiam ser definidos por uma única função deslocamento entre um intervalo de θ graus. Em seguida, para cada trecho, definiu-se quais curvas de Kloomok e Muffley(1955), das figuras 7, 8 e 9, se aproximam do trecho correspondente na curva do enunciado. Com isso em mãos, iniciou-se a planilha com duas colunas representando o angulo de giro θ, uma em graus e outra com a conversão para radianos de intervalos de 0,5°entre 0°e 360°, com intervalos entre os graus de mudança do perfil da curva. Para cada trecho, implementou-se então uma coluna de calculo para cada função deslocamento possível apresentada nas figuras 7, 8 e 9, que receberam como entrada os dados do enunciado (β e L correspondente ao trecho) e o ângulo instantâneo de giro θ definido na segunda coluna da planilha. Cada célula destas colunas de calculo retorna como resposta o deslocamento instantâneo do seguidor para o angulo de giro θ correspondente. Para as funções correspondentes ao trecho de descida, o θ utilizado pela fórmula foi o ângulo de giro real do came subtraído do ângulo onde ocorre a elevação máxima do seguidor, em radianos. 3.2.2 Gráficos de Teste Com o auxilio da função da planilha inserir gráficos, plotou-se gráficos do deslocamento função de θ para todas as curvas apresentadas na página Teste das Curvas Retornou-se então os gráficos correspondentes que foram analisados junto com as saídas numéricas da página Teste das Curvas, o que determinou as curvas escolhidas para os trechos. 3.2.3 Dados Nesta pagina, utilizou-se as mesmas entradas da Teste das curvas, porém, somente com as curvas escolhidas para o deslocamento. Acrescentou-se então, duas colunas onde foram implementadas as funções velocidade e aceleração correspondentes a cada trecho, conforme as figuras 7, 8 e 9, para cada função deslocamento escolhida. Por fim, acrescentou-se uma ultima coluna, correspondente ao jerk, cuja função a implementada teve de ser determinada para cada trecho derivando a função aceleração correspondente. As entradas para as três colunas extras continuaram sendo as mesmas da coluna deslocamento, porém, suas saídas foram a velocidade,aceleração e jerk instantâneos para cada θ correspondente. 3.2.4 Gráficos Com o auxilio da função da planilha inserir gráficos, plotou-se gráficos do deslocamento, velocidade, aceleração e jerk em função de θ para todo o giro do came, de 0°a 360°usando 23 como entrada os dados de saída das colunas deslocamento, velocidade, aceleração e jerk da pagina Dados, respectivamente. Retornou-se então os gráficos correspondentes. 3.2.5 Raio mínimo e Comprimento da Face Nesta pagina, os dados mais relevantes do problema foram calculados. Destaca-se as colunas Raio e Seguidor, a Tabela de Coordenadas de Contorno do Came e as células C> e L min do seguidor, e o gráfico Esboço do Contorno do Came. Na coluna raio, implementou-se a soma do lado direito da equação 2.14, cuja entrada foram os dados da coluna S e A da página Dados. A saída desta coluna, retornou os valores para C em cada θ de giro correspondente. Na célula C>, implementou-se a função = MAIOR() cuja entrada foram todos os valores da coluna Raio e a saída retornou o maior valor deles. Nas colunas x e y da Tabela de Coordenadas de Contorno do Came, implementou-se respectivamente, as equações 2.8 e 2.9, cujas entradas foram o valor da célula C>, as colunas S e V e Radianos da página dados, que retornaram os valores das coordenadas cartesianas do contorno do came em relação aos eixos X e Y globais. A coluna z da tabela foi preenchida com 0, indicando que o contorno é um perfil bidimensional. A coluna Seguidor recebeu os valores numéricos da coluna V da pagina Dados, e na célula L min do seguidor foi implementado a função = 2 ∗MAIOR(), que tem como entrada todos os valores da Coluna seguidor, e retorna o comprimento minimo total (dobro do comprimento mínimo) da face do seguidor. Por fim, utilizou-se novamente a função da planilha inserir gráficos, recebendo como entradas os valores das colunas x e y da Tabela de Coordenadas de Contorno do Came e retornando um gráfico de dispersão, correspondente a um esboço do contorno do came. 3.3 GERANDO O CAD DO CAME Para gerar o desenho em CAD do contorno do came, criou-se um arquivo com a extensão .txt, no qual foram coladas as colunas x, y e z da Tabela de Coordenadas de Contorno do Came, trocando o separador decimal para ponto, e separando as colunas com auxílio da tecla Tab. Na interface do software de CAD, utilizando os comandos Inserir->Curva->Curva a partir dos pontos X, Y e Z abriu-se uma janela de seleção, onde foi possível procurar e inserir o arquivo com a extensão .txt. Com o arquivo selecionado, e clicando no botão Ok, o software gerou a curva de contorno do came. A partir desse procedimento, foi possível ciar uma peça tridimensional do came, com espessura aleatória para poder gerar o desenho 2D do contorno do came, com as cotas. 24 4 RESULTADOS E ANÁLISES 4.1 ESCOLHA DAS CURVAS DE DESLOCAMENTO Após a leitura do enunciado, conseguimos dividir a curva em cinco trechos: 1. Trecho 1 - θ entre 0°e 85,184°: Elevação do seguidor descrevendo o gráfico de uma função com concavidade voltada para cima; 2. Trecho 2 - θ entre 85,184°e 130,184°: Elevação do seguidor a velocidade constante, descrevendo o gráfico de uma função de grau 1; 3. Trecho 3 - θ entre 130,184°e 162,242°: Elevação do seguidor descrevendo o grafico de uma função com concavidade voltada para baixo, alcançando sua elevação máxima; 4. Trecho 4 - θ entre 162,242°e 270°:Descida do seguidor de ponto máxima elevação atá o ponto de elevação nula; 5. Trecho 5 - θ entre 270°e 360°: Período de espera, elevação igual a zero. Com a compreensão do movimento do seguidor para cada trecho, delimitou-se as curvas de de Kloomok e Muffley(1955) possíveis para cada trecho, implementando suas funções na página Teste das curvas e gerando os gráficos na pagina Gráficos de Teste da planilha de cálculo. Para o trecho 1, foi determinado que as curvas possíveis seriam a harmônica H-1 ou a cicloidal C-1, sendo seus gráficos apresentados na figura 11 Figura 11 – Gráficos do deslocamento para o trecho 1 - MHS H-1 e Cicloide C-1. Fonte: Autor Para o trecho 2, observou-se que apenas uma reta poderia ligar os extremos do trecho. Dado enunciado, essa reta seria da forma: S = L2 β2θ − 32, 41 (4.1) 25 Figura 12 – Gráficos do deslocamento para o trecho 2 - Elevação a velocidade cte. Fonte: Autor Implementando esta função na planilha, obtivemos o gráfico da figura 12: Para o trecho 3, foi determinado que as curvas possíveis seriam a harmônica H-2 ou a cicloidal C-2, sendo seus gráficos apresentados na figura 13. Figura 13 – Gráficos do deslocamento para o trecho 3 - MHS H-2 e Cicloide C-2. Fonte: Autor Já Para o trecho 4, verificou-se que haviam 3 curvas possíveis, sendo elas seriam a harmônica H-6, a cicloidal C-6, ou a polinômio de oitavo grau P-2. Seus gráficos se encontram na figura 14. Por fim, no trecho 5, sua função será constante igual a zero, assim como todas as suas derivadas, não sendo necessário avaliar ou escolher curvas possíveis para o trecho. Comparando-se os conjuntos de curva para cada trecho, com o gráfico do deslocamento apresentado no enunciado (figura 3), verificou-se que apenas por inspeção visual não seria possível determinar quais curvas deveriam ser adotadas para cada ponto. Adotando-se então as características de cada tipo de curva, enunciadas por Kloomok e Muffley(1955) foram definidas as seguintes curvas para os trechos 1, 3 e 4 26 Figura 14 – Gráficos do deslocamento para o trecho 4 - MHS H-6, Cicloide C-6 e Polinômio de oitavo grau P-2. Fonte: Autor • Trecho 1 - Foi escolhida para esse trecho a cicloide C-1 , pois possibilita a aceleração nula nos extremos, que é verificada no came em questão: trecho 1 é precedido do trecho 5, que possui deslocamento nulo, implicando em velocidades e acelerações também nulas, e o trecho 2, que sucede o trecho 1, possui uma elevação a velocidade constante, o que implica em uma aceleração também nula. • Trecho 3 - Foi escolhida para este trecho a harmônica H-1, pois a mesma pode ser utilizada quando elevação a velocidade constante precede uma aceleração, que é o caso do exercício proposto: o trecho 2 trata-se de uma elevação a velocidade constante que precede o trecho 3 que possui uma aceleração não nula. • trecho 4 - escolheu-se para esse trecho a polinômio de oitavo grau, devido a curva do trecho anterior possibilitar combinações tanto com esta curva, quanto com a curva cicloide. Preferiu-se esta à cicloide devido a esta proporcionar características intermediárias entre o harmônico e o cicloide, visto que todos os três perfis de função satisfaziam as restrições de projeto. 4.2 CALCULO DA VELOCIDADE, ACELERAÇÃO E JERK, E GRÁFICOS DO CAME Definidas as curvas de deslocamento, implementou-se suas funções na planilha de calculo na pagina Dados a fim de se obter as velocidades, acelerações e jerk instantâneos e plotar seus gráficos correspondentes. Para o deslocamento, as saídas geraram o gráfico da 27 figura 15, que se assemelha em muito o gráfico fornecido pelo enunciado, validando assim a escolha das curvas. Figura 15 – Gráficos do deslocamento do seguidor em função do ângulo de giro θ do came. Fonte: Autor Os gráficos de saída da pagina Gráficos referentes a velocidade (figura 16), aceleração (figura 17) seguem o resultado esperável para o sistema em questão, de forma que suas curvas descrevem com satisfação as características dinâmicas do movimento do seguidor apresentadas no enunciado. Verifica-se também que de fato, as derivadas primeiras e segundas são continuas para toda curva de deslocamento; mesmo que tenham sido implementadas curvas de funções, não existem pontos de descontinuidade em nenhuma das curvas. Figura 16 – Gráficos da velocidade do seguidor em função do ângulo de giro θ do came. Fonte: Autor 28 Figura 17 – Gráficos da aceleração do seguidor em função do ângulo de giroθ do came. Fonte: Autor Pode-se observar, no gráfico de saída do jerk (figura 18), que o mesmo possui apenas valores finitos, o que demonstra a efetividade do método criado por Kloomok e Muffley(1955) para o projeto de cames. Também nota-se por este gráfico a tendência dos trechos ao carregamento dinâmico; a curva possui dois trechos onde o jerk varia instantaneamente de um valor não nulo a zero, e depois de zero até um valor não nulo. Esses trechos ocorrem duas vezes a cada ciclo de giro do came. Figura 18 – Gráficos do jerk no sistema em função do ângulo de giro θ do came. Fonte: Autor 29 4.3 RESULTADOS DO CALCULO DO RAIO MÍNIMO, COMPRIMENTO MINIMO DO SEGUIDOR E CONTORNO DO CAME O raio mínimo obtido da planilha de cálculo para as entradas foi de 41, 24583723mm, calculado a 173°de giro do came. O comprimento l do seguidor obtido foi de 39.47042589mm, que implica num compri- mento minimo de face do seguidor de 78.94085177mm, que deverá ser majorado a fim de evitar que o ponto de contato ocorra na borda do seguidor. Por fim, com o conjunto de pontos x e y da Tabela de Coordenadas de Contorno do Came, foi possível gerar um esboço gráfico do came, a partir de um grafico de dispersão XY, como se pode observar na figura 19: Figura 19 – Esboço do contorno do came obtido através de um gráfico de dispersão XY. Fonte: Autor Com o conjunto de pontos devidamente transcrito para o arquivo com extensão .txt, gerou-se o CAD (figura 20) do came para que pudesse ser normatizado no padrão de desenho técnico segundo as normas da ABNT, e cotado para posterior fabricação. O desenho completo do came gerado pelo software de CAD pode ser encontrado no Apêndice A. Como se pode observar na figura, as medidas de L2 e L3 nos pontos intermediários da subida, apresentaram distorções consideráveis, que alterariam as características de movimento do seguidor nestes pontos. Estes erros, em uma situação de real de projeto, 30 Figura 20 – Esboço do contorno do came em CAD com as medidas para os valores de β do enunciado. Fonte: Autor não seriam aceitáveis, devendo ser refeito todo procedimento possivelmente utilizando-se outra abordagem teórica. Porém, vale ressaltar que: 1. O método utilizado para o projeto do came, foi um misto dos métodos gráficos e analíticos descritos por MABIE e OCVIRK em seu livro Mecanismos, de 1980. Ambos métodos foram desenvolvidos e amplamente utilizados em uma época onde não se existiam softwares de CAD. 2. O enunciado possui algumas descontinuidades. Nos pontos de transição do trecho 1 para o 2, do 2 para o 3 e do 3 para o 4, não se encontra os valores exatamente iguais, mesmo trocando as funções utilizadas para descrever o movimento. Foram necessárias aproximações numéricas e gráficas para garantir a continuidade para a curva descrita. 3. Para gerar o CAD utilizou-se 3 softwares diferentes, fazendo interface. O intervalo de casas decimais, métodos de leituras de dados e aproximações (arredondamento ou truncamento), bem como os intervalos utilizados na variação do angulo θ (neste caso, utilizou-se 0,5°) geram erros sistemáticos e aleatórios que interferiram na precisão do projeto. 31 5 CONCLUSÃO Conclui-se a partir deste relatório, que os métodos descritos por MABIE e OCVIRK em seu livro Mecanismos, de 1980, ainda podem ser utilizados nos dias atuais para determinar as medidas de um sistema came seguidor. A determinação do o contorno de um came, pode ser obtida desde que os requisitos de projeto estejam bem especificados e sejam escolhidas as curvas adequadas a cada trecho do deslocamento do seguidor. Para a integração com softwares de calculo e CAD atuais, deve-se tomar as devidas precauções, a fim de eliminar os erros e obter o perfil de came mais preciso possível, precisão esta indispensável para estes componentes que nos dias atuais, estão presentes em quase todas as maquinas ao nosso redor, operando a velocidades cada vez mais altas. 32 REFERÊNCIAS [1] KLOOMOK, M.; MUFFLEI R. V. Plate Cam Design with Emphasis on Cam Effects. Prod. Eng., Fevereiro 1955 [2] MABIE, Hamilton H.; OCVIRK, Fred W. Mecanismos. 3o ed. Rio de Janeiro: Livros técnicos e científicos, 1980. [3] NORTON, R. L. Cinemática e Dinâmica dos Mecanismos. Porto Alegre: McGrawHill, 2010. [4] SANTOS, Marcelo Braga dos. GEM15-Dinâmica de Máquinas, UFU. Disponivel em: <http://slideplayer.com.br/slide/356186/>. Acesso em 17 de novembro de 2017 33 APÊNDICE A – Desenho 2D do came projetado em software CAD com cotas Figura 21 – Apêndice A - Desenho gerado por software CAD do came projetado com cotas. Fonte: Autor Folha de rosto RESUMO LISTA DE ILUSTRAÇÕES LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS LISTA DE SÍMBOLOS SUMÁRIO INTRODUÇÃO O que é um came? OBJETIVOS OBJETIVOS GERAIS OBJETIVOS ESPECÍFICOS REVISÃO BIBLIOGRÁFICA TIPOS DE CAME E SEGUIDOR CAME COM SEGUIDOR RADIAL PROJETANDO UM SISTEMA DE CAME SEGUIDOR CURVAS DE DESLOCAMENTO DO SEGUIDOR COMPRIMENTO DE FACE MÍNIMO DO SEGUIDOR, RAIO MÍNIMO E DETERMINAÇÃO CONTORNO DO CAME METODOLOGIA ESTRUTURA DA PLANILHA DE CÁLCULO PROGRAMAÇÃO DA PLANILHA Teste das curvas Gráficos de Teste Dados Gráficos Raio mínimo e Comprimento da Face GERANDO O CAD DO CAME RESULTADOS E ANÁLISES ESCOLHA DAS CURVAS DE DESLOCAMENTO CALCULO DA VELOCIDADE, ACELERAÇÃO E JERK, E GRÁFICOS DO CAME RESULTADOS DO CALCULO DO RAIO MÍNIMO, COMPRIMENTO MINIMO DO SEGUIDOR E CONTORNO DO CAME CONCLUSÃO REFERÊNCIAS Desenho 2D do came projetado em software CAD com cotas
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