Baixe o app para aproveitar ainda mais
Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
* * EXTINÇÃO DOS CONTRATOS * * Formas de extinção dos contratos: A doutrina aponta 4 formas: EXTINÇÃO NORMAL DO CONTRATO; EXTINÇÃO POR FATOS ANTERIORES À CELEBRAÇÃO; EXTINÇÃO POR FATOS POSTERIORES À CELEBRAÇÃO; EXTINÇÃO POR MORTE; * * EXTINÇÃO NORMAL DO CONTRATO: A forma normal seria o cumprimento da obrigação; Ex: pago o preço em obrigação instantânea, pagas todas as parcelas em obrigações de trato sucessivo; quando a coisa é entregue conforme o pactuado; Também se considera extinção normal quando o contrato chega ao seu termo final, desde que todas as obrigações tenham sido cumpridas; Observar que a boa-fé deve estar presente mesmo após a celebração do contrato – responsabilidade civil pós contratual; * * 2. EXTINÇÃO POR FATOS ANTERIORES À CELEBRAÇÃO: O contrato poderá ser extinto por motivos anteriores à sua celebração: Invalidade contratual: (Teoria das nulidades) Haverá invalidade nos casos de contrato nulo ou anulável; Regras não se encontram em capítulo dos contratos mas na parte dos negócios jurídicos; Há quem defenda ainda a possibilidade de inexistencia Teoria da inexistência do negócio jurídico; No entanto, teoria da inexistência não possui unanimidade na doutrina já que o CC trata apenas do negócio nulo ou anulável; * * Aqueles que defendem quando faltar um dos elementos essenciais do pacto, os seus pressupostos de inexistencia; Para aqueles que criticam pode-se buscar através da nulidade, até pq o CC não trabalha com o plano da existencia; Casos de nulidade relativa e absoluta: arts. 166 e 167 do CC: Art. 166. “É nulo o negócio jurídico quando: I - celebrado por pessoa absolutamente incapaz; II - for ilícito, impossível ou indeterminável o seu objeto; III - o motivo determinante, comum a ambas as partes, for ilícito; IV - não revestir a forma prescrita em lei; V - for preterida alguma solenidade que a lei considere essencial para a sua validade; VI - tiver por objetivo fraudar lei imperativa; VII - a lei taxativamente o declarar nulo, ou proibir-lhe a prática, sem cominar sanção”. * * Art. 167. “É nulo o negócio jurídico simulado, mas subsistirá o que se dissimulou, se válido for na substância e na forma”. Art. 171. “Além dos casos expressamente declarados na lei, é anulável o negócio jurídico: I - por incapacidade relativa do agente; II - por vício resultante de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou fraude contra credores”. b. Inserção no negócio de uma cláusula resolutiva expressa ou de cláusula de arrependimento: Duas formas de extinção que decorrem da autonomia privada; Decorrem de previsão contratual, por isso que são tratadas como causas anteriores; * * Assim se tiver condição resolutiva expressa: pode evento futuro e incerto ocorrer (condição) e acarretar a extinção do contrato; Previsão do art. 474 do CC: Art. 474. “A cláusula resolutiva expressa opera de pleno direito; a tácita depende de interpelação judicial”. Conforme enunciado 435, aprovado pelo V Jornada de Direito Civil: “A cláusula resolutiva expressa produz seus efeitos extintivos independentemente de pronunciamento judicial” deve ser tido como regra; Porém, em alguns casos é necessário a notificação do devedor para constituir em mora; * * Outra forma de extinção dos contratos inserida no mesmo, por isso considerada anterior se refere ao direito de arrependimento; CLÁUSULA MEDIANTE A QUAL OS CONTRAENTES ESTIPULAM QUE O NEGÓCIO SERÁ EXTINTO, MEDIANTE DECLARAÇÃO UNILATERAL DE VONTADE, SE QUALQUER UM DELES SE ARREPENDER; Previsao contratula que não se confunde com o direito de arrependimento legal previsto no art. 49 do CDC: Art. 49. “O consumidor pode desistir do contrato, no prazo de 7 dias a contar de sua assinatura ou do ato de recebimento do produto ou serviço, sempre que a contratação de fornecimento de produtos e serviços ocorrer fora do estabelecimento comercial, especialmente por telefone ou a domicílio. * * Parágrafo único. Se o consumidor exercitar o direito de arrependimento previsto neste artigo, os valores eventualmente pagos, a qualquer título, durante o prazo de reflexão, serão devolvidos, de imediato, monetariamente atualizados”. * * 3. EXTINÇÃO POR FATOS POSTERIORES À CELEBRAÇÃO: Contrato extinto por fatos posteriores, supervenientes à sua celebração; Rescisão contratual quando uma das partes sofre prejuízo por extinção por fatos posteriores; AÇÃO DE RESCISÃO CONTRATUAL: ação para rescindir o contrato rito ordinário; Rescisão é gênero, possuindo duas espécies: Resilição; Resolução; * * Resolução: Extinção do contrato por descumprimento; Quatro formas de resolução: Inexecução voluntária; Inexecução involuntária; Cláusula resolutiva tácita; Resolução por onerosidade excessiva; Inexecução voluntária: Impossibilidade de cumprimento da prestação por culpa ou dolo do devedor; * * Pode ocorrer em qualquer tipo de obrigação: dar, fazer, ou não fazer; Parte inadimplente reparação dos danos; Arts. 389 e 390 do CC: Art. 389. “Não cumprida a obrigação, responde o devedor por perdas e danos, mais juros e atualização monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e honorários de advogado”. Art. 390. “Nas obrigações negativas o devedor é havido por inadimplente desde o dia em que executou o ato de que se devia abster”. Danos emergentes, lucros cessantes, danos morais, estéticos, dentre outros; * * Pelo art. 475 a parte lesada pode pedir a resolução do contrato, mas também pode requerer o cumprimento forçado juntamente com perdas e danos: Art. 475. “A parte lesada pelo inadimplemento pode pedir a resolução do contrato, se não preferir exigir-lhe o cumprimento, cabendo, em qualquer dos casos, indenização por perdas e danos”. E se o contrato tiver sido quase totalmente cumprido? Primar pela manutenção do mesmo; Cumprimento substancial do contrato; * * ii. Inexecução involuntária: Quando ocorrer fato alheio à vontade dos contratantes; Ocorrer a impossibilidade do adimplemento por caso fortuito (EVENTO TOTALMENTE IMPREVISÍVEL) ou força maior (EVENTO PREVISÍVEL, MAS INEVITÁVEL); A outra parte poderá pleitear perdas e danos? Neste caso, não! SENDO TUDO O QUE FOI PAGO DEVOLVIDO, RETORNANDO A OBRIGAÇÃO À SITUAÇÃO PRIMITIVA; Quando que haverá responsabilidade por tais eventos? Se o devedor estiver em mora, desde que prove ausencia de culpa ou que a perda da coisa objeto da obrigação ocorreria mesmo não havendo o atraso art. 399 do CC; * * Art. 399. “O devedor em mora responde pela impossibilidade da prestação, embora essa impossibilidade resulte de caso fortuito ou de força maior, se estes ocorrerem durante o atraso; salvo se provar isenção de culpa, ou que o dano sobreviria ainda quando a obrigação fosse oportunamente desempenhada”. Se houver previsão no contrato para a responsabilização por esses eventos por meio de cláusula de assunção convencional art. 393 do CC: Art. 393. “O devedor não responde pelos prejuízos resultantes de caso fortuito ou força maior, se expressamente não se houver por eles responsabilizado. Parágrafo único. O caso fortuito ou de força maior verifica-se no fato necessário, cujos efeitos não era possível evitar ou impedir”. Crítica nos contratos de adesão e de consumo!!! * * Em casos especificados na norma jurídica ex: art. 583 do CC: Art. 583. “Se, correndo risco o objeto do comodato juntamente com outros do comodatário, antepuser este a salvação dos seus abandonando o do comodante, responderá pelo dano ocorrido, ainda que se possa atribuir a caso fortuito, ou força maior”. iii. Cláusula resolutiva tácita: Decorre da lei; Gera a resolução do contrato em razão de um evento futuro e incerto geralmente relacionado ao inadimplemento; Essa necessita de interpelação judicial para gerar efeitos pois decorre da lei; É posterior à celebração, pois decorre da lei e não da vontade das partes; * * Exemplo: art. 476 do CC EXCEÇÃO DO CONTRATO NÃO CUMPRIDO (exceptio non adimpleti contractus); Art. 476. Nos contratos bilaterais, nenhum dos contratantes, antes de cumprida a sua obrigação, pode exigir o implemento da do outro. Uma parte somente pode cobrar que outra cumpra a dela, se primeira cumprir com a própria; Como efeito resolutivo se houver descumprimento bilateral de ambas as partes o contrato é considerado extinto; Jurisprudencia: alegar a exceção do contrato não cumprido quando a lei ou o próprio contrato não determinar a quem cabe primeiro cumprir com a obrigação; * * iv. Resolução por onerosidade excessiva; Também poderá ocorrer a resolução por inexecução involuntária quando em decorrencia de uma imprevisibilidade extraordinária somadas a uma onerosidade excessiva; Art. 478 do CC: Art. 478. “Nos contratos de execução continuada ou diferida, se a prestação de uma das partes se tornar excessivamente onerosa, com extrema vantagem para a outra, em virtude de acontecimentos extraordinários e imprevisíveis, poderá o devedor pedir a resolução do contrato. Os efeitos da sentença que a decretar retroagirão à data da citação”. Extinção do contrato somente em situação extrema quando houver situação insustentável; * * Resilição: Extinção por vontade unilateral ou bilateral; Distrato: Previsão no art. 472 do CC: Art. 472. “O distrato faz-se pela mesma forma exigida para o contrato”. Resilição bilateral ou distrato feita mediante a celebração de um novo contrato em que ambas as partes resolvem, de comum acordo, colocar fim ao negócio anterior que firmaram; Se o contrato for firmado por Escritura Pública distrato também deve ser; Além da resilição bilateral, pode ocorrer a unilateral; * * ii. Resilição unilateral: Há contratos que permitem a dissolução pela simples declaração de vontade resilição unilateral; Porém, a lei deve admitir, de forma implícita ou explícita essa forma de extinção; Pelo art. 473 do CC resilição somente é admitida em hipóteses excepcionais; Art. 473. “A resilição unilateral, nos casos em que a lei expressa ou implicitamente o permita, opera mediante denúncia notificada à outra parte”. Exemplos: na locação, no comodato, no mandato, no depósito, na fiança, etc; * * Revogação, renúncia, exoneração por ato unilateral (art. 835 do CC) Fiança por prazo indeterminado, etc.
Compartilhar