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TDE Direito Processual Penal II

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ – PUCPR
PATRICIA APARECIDA DA ROSA
TDE - Direito Processual Penal II
Fichamento
CURITIBA
2017
Recurso Especial e Extraordinário no Código Penal.
Fichamento: "Manual dos Recursos Penais", de Gustavo Henrique Badaró, Editora Revista dos Tribunais”.
O presente trabalho traz o fichamento dos textos do “Manual dos Recursos Penais, de Gustavo Henrique Badaró”, sobre a teoria geral dos Recursos Especiais e Recursos Extraordinários no âmbito do Direito Processual Penal. Elenca, os pressupostos de admissibilidade de ambos os recursos, considerando questões como cabimento, tempestividade, ausência de fatos impeditivos ou extintivos, legitimidade e interesse. Ao depois analisar o processamento dos mesmos, a questão dos recursos repetitivos no STJ e STF e, por fim, os efeitos de tais recursos.
O Recurso Especial e o Recurso Extraordinário partem de uma premissa diversa dos outros recursos em espécie do Direito Processual Penal, qual seja, a de tutela do direito objetivo, analisando questões de ordem constitucional e federal, sem tratar de questões fáticas. Deste modo, não visam à justiça no caso concreto, mas sim à manutenção e coerência do ordenamento jurídico pátrio.
Diferenciam-se, portanto, dos recursos ordinários, mesmo daqueles destinados ao STF e STJ, como é o caso dos arts. 105, II e 102, II da Constituição Federal, cabendo recurso ordinário para o STJ no caso de decisão denegatória de habeas corpus, decididos em única ou última instância pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos Tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios. No caso do STF cabe recurso ordinário na hipótese de decisão denegatória de Habeas Corpus, decididos em única instância pelos Tribunais Superiores.
Alguns pressupostos para a interposição do RE e do REsp são genéricos, como: o órgão que proferiu a sentença, a necessidade de se tratar de questão de direito e o prequestionamento. Ao depois, a Constituição Federal dispõe rol taxativo de hipóteses de cabimento. 
Cabe esclarecer que só é cabível recurso especial se a decisão impugnada for prolatada por Tribunal Regional, Tribunais dos Estados, do Distrito Federal ou Territórios. Contrario sensu, decisões da Justiça Militar, da Justiça Eleitoral, dos Juizados Especiais Cíveis e de juízes de primeiro grau não são passíveis de recurso especial.
Por outro lado, quando de recurso extraordinário, basta que a decisão seja proferida em última ou única instância, isto quer dizer que deve haver uma decisão final do Poder Judiciário, sobre a qual não possa ser interposto qualquer tipo recursal, inclusive embargos infringentes e agravos regimentais.
Deste modo, possível recurso extraordinário face a decisões de Tribunais Regionais, Tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, Tribunal Superior Eleitoral, Superior Tribunal Militar e Turmas Recursais dos Juizados Especiais Criminais. 
Recursos esses que devem ater-se à matéria de direito, não podendo haver impugnação de matéria fática. Entretanto, uma vez que toda questão jurídica envolve aspectos de matéria de fato e matéria de direito, difícil proceder à uma separação estática, hermética de tais conceitos. Assim, no caso concreto, o que se percebe são questões predominantemente de direito e questões predominantemente de fato.
O recurso especial, em resumo, tem por finalidade manter a hegemonia das leis infraconstitucionais. Caberá REsp quando a decisão recorrida: a) contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência; b) julgar válido ato de governo local contestado em face da lei federal. O STJ é competente para julgar recurso especial apenas em relação ao julgamento da validade do ato de governo local, enquanto que o STF ficou incumbido de apreciar a validade de lei local, vale destacar que ambos estarão vinculados à contestação em face de lei federal; c) der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro tribunal.
A competência para julgar o recurso especial é do Superior Tribunal de Justiça, por suas turmas, conforme previsão de seu Regimento Interno. Entretanto, se o recurso extraordinário prejudicar o recurso especial, o relator sobrestará o julgamento deste, e, ato contínuo, remeterá os autos ao Supremo Tribunal Federal para o julgamento daquele recurso. Por outro lado, havendo entendimento divergente do relator do recurso especial, o Supremo Tribunal Federal devolverá os autos para o Superior Tribunal de Justiça, visando o julgamento do recurso especial, cuja decisão deverá ser acatada pelo relator supracitado O Efeito é apenas devolutivo, portanto, o acórdão poderá ser executado provisoriamente.
O recurso extraordinário, como dito no texto, tem por finalidade manter a guarda e a proteção da Constituição da Federal. O Supremo Tribunal Federal é o órgão de cúpula do Poder Judiciário que prima pelo controle da constitucionalidade, resguardando as normas constitucionais e seus princípios basilares.
O recurso extraordinário está previsto no art. 102, III, da Constituição Federal, e é cabível quando a decisão recorrida: a) contrariar dispositivo desta constituição; b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal. O recurso extraordinário constitui-se num verdadeiro instrumento de controle da constitucionalidade das leis. Inicialmente, no juízo de admissibilidade, bastará que a decisão a quo tenha declarado inconstitucional tratado ou lei federal, para que seja admitido o recurso extraordinário. Já no STF, será examinado minuciosamente o mérito, a fim de declarar se há inconstitucionalidade ou não; c) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face desta constituição; d) julgar válida lei local contestada em face de lei federal. A alínea acrescentada pela EC n◦ 45/04 se encarregou de dar ao STF a oportunidade de julgar tal hipótese, sob o remédio do recurso extraordinário. A Lei é ato normativo que essencialmente deve ser editada por autoridade competente. E a Constituição Federal estabelece a competência legislativa: privativa, concorrente ou residual da União, Estados e Municípios.
A competência para julgar o recurso extraordinário é do Supremo Tribunal Federal, por meio de suas turmas. Competência exclusiva da instância máxima do judiciário e foi exatamente este instrumento que a Constituição Federal previu para viabilizar a sua preservação. O Prazo para a interposição do recurso extraordinário é de 15 dias contados da intimação da decisão recorrida.
Se o recurso extraordinário prejudicar o recurso especial, o relator sobrestará o julgamento deste, e, ato contínuo, remeterá os autos ao Supremo Tribunal Federal para o julgamento daquele recurso. Por outro lado, havendo entendimento divergente do relator do recurso especial, o Supremo Tribunal Federal devolverá os autos para o Superior Tribunal de Justiça, visando o julgamento do recurso especial, cuja decisão deverá ser acatada pelo relator supracitado. O efeito do recurso extraordinário: é apenas devolutivo, portanto, o acórdão poderá ser executado provisoriamente.
Conclui-se que o recurso extraordinário e especial foram merecedores de destaque sendo caracterizados com a natureza de excepcionalidade, pois individualizados pela Constituição Federal quanto às hipóteses de cabimento e suas limitações.

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