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Reprogramação Celular

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TRABALHO EM GRUPO – TG
Alunos:
Otávio Mantia Castellano	RA 1542650
Renzo Soares G. Villarinho	RA 1542631
Ordem II				RA _______
Ordem II 				RA________
POLO
IPIRANGA
2015
TRABALHO EM GRUPO (TG)
PROFESSOR: Francisco Benedito Kuchinski
Questão:
O biólogo Alysson R. Muotri, da Faculdade de Medicina da Universidade da Califórnia, nos EUA, afirma: “poderosas células somáticas tornam-se células-tronco pluripotentes pela ativação de apenas quatro genes”. Na técnica empregada para produzir essas células, foram utilizadas células adultas de camundongos, as quais, por técnicas de manipulação da Biologia Molecular, regrediram até se tornarem semelhantes às embrionárias. Pode-se afirmar que a polêmica ética envolvendo a destruição de embriões humanos para o estudo de células-tronco foi enterrada com a descoberta da técnica de reprogramação celular pelo pesquisador japonês Shinya Yamanaka, Nobel de Medicina em 2012. Novidades sobre novos procedimentos de técnicas de reprogramação celular são constantes. Portanto, há diferentes técnicas de reprogramação celular. Após a leitura dessas afirmações sobre células-tronco e técnicas especiais, construa seu conceito geral sobre o processo de reprogramação celular.
Conceito Geral de Reprogramação Celular
O conceito de reprogramação celular (cellular reprogramming, no inglês), é definido pela Biblioteca Nacional da Saúde como o “processo em que uma célula totalmente diferenciada ou especializada é induzida a se transformar em um tipo celular diferente do que normalmente se transformaria sob condições fisiológicas.” Esta técnica da biologia molecular foi iniciada e desenvolvida em 2007, pelo pesquisador japonês Shinya Yamanaka e pelo britânico John Bertrand Gurdon, os quais ganharam o premio Nobel de Medicina 2012. [1: Ministério da saúde: Bilbioteca Virtual em Saúde. http://bvsmsul.saude.gov.br/php/decsws. php?lang=pt&tree_id=G04.299.151.262&page=info. Acesso em 20/9/2015.]
Em outras palavras, essa técnica utiliza o processo pelo qual uma célula sem especialização, chamada de célula tronco, madre, ou estaminal é manipulada geneticamente e reprogramada a transformar-se em uma célula especificada e determinada a gerar outro tecido. Portanto, o processo tem duas fases: primeiro, reduzir a célula; segundo, induzi-la a especificar-se.
Ora, para esse processo ser possível, as células sem especificidade têm de ter potencialidade autônoma de especificação ou fatores de transição específicos. Essa potencialidade, porém, tem graus: as células podem ser totipotentes, pluripotentes, multipotentes ou unipotentes. Assim, o que se propõe com a reprogramação celular é a obtenção de células com menos grau de diferenciação e maior grau de potencialidade. E o grande triunfo dos estudos da reprogramação celular de Shinya e Gurdon foi a indução de células somáticas ao estado de células tronco pluripotentes (iPSC, na sigla em inglês: induced pluripotent stem cells).
De fato, até pouco tempo atrás, adquirir células tronco sem esse processo era objeto de muita polêmica. Isso por causa de sua origem: as células tronco eram provenientes de embriões (CTE), do cordão umbilical (CTCU) ou da medula óssea (CTMO). Quanto ao primeiro, por se tratar de um método que lidasse diretamente com o conceito da dignidade da pessoa humana, houve comoção mundial para que fosse reavaliada a licitude moral e jurídica dos trabalhos científicos. Por isso, houve uma grande detenção das pesquisas.
Não obstante, a solução do problema ético moral da obtenção de células tronco, parece ter sido solucionada pela técnica da reprogramação celular, por utilizar células somáticas. Pois “a técnica de reprogramação celular, que consegue transformar uma célula de pele, por exemplo, em célula embrionária, pode ser uma alternativa às clonagens reprodutiva e terapêutica, atualmente proibidas no Brasil pela Lei de Biossegurança (Lei nº 11.105/2005).”[2: Portal Brasil. Técnica de reprogramação celular pode substituir clonagem reprodutiva humana, diz cientista. http://www.brasil.gov.br/ciencia-e-tecnologia/2012/05/tecnica-de-reprogramacao-celular-permite-avanco-da-pesquisa-sem-ferir-a-lei-de-biosseguranca. Acesso em 20/9/2015.]
A partir de então, esse processo tem sido estudado por vários especialistas e tem se difundido em diversas técnicas pelo mundo afora, sobretudo no campo medicinal, com os evidentes fins curativos e terapêuticos. A descoberta, segundo o biomédico e cientista brasileiro Stevens Kastrup Rehen, é uma verdadeira caixa de pandora: “Quando se abre essa ‘caixa de pandora’ e transforma essa célula da pele em outra que tenha a capacidade de gerar qualquer tecido, se abre uma série de possibilidades experimentais e eventualmente terapêuticas”.[3: Agência Brasil. Reprogramação de células-tronco pode ajudar pacientes com esquizofrenia. http://ba.corens.portalcofen.gov.br/reprogramacao-de-celulas-tronco-pode-ajudar-pacientes-com-esquizofrenia_2416.html. Acesso em 23/9/15.]
Por exemplo, a “reprogramação de células-tronco tem combatido os sintomas de pacientes com esquizofrenia.” Essa “caixa de pandora”, utilizada com sabedoria, pode ter um grande porvir na História da Ciência e quiçá as técnicas de reprogramação celular poderão abrir uma Nova Era da Medicina Contemporânea.[4: Idem.][5: Cf. REHEN, Stevens. Protagonista da medicina do futuro. Artigo postado 29/10/2012 em: http://www.ciencias.seed.pr.gov.br. Acesso em 19/9/2015. ]

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