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Aula 06 Análise de dados TCC Pedagogia

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Aula 06 Análise de dados
Disciplina: TCC PEDAGOGIA
(p.2)
OBJETIVO DESTA AULA
Ao final desta aula, você será capaz de:
1. Conhecer modos de organizar e preparar dados para a análise. Compreender qual é o objeto de estudos da Sociolinguística e sua visão de língua;
2. distinguir a mera descrição da análise e interpretação dos dados;
3. compreender os procedimentos intelectuais envolvidos na análise e interpretação de dados.
(p.3)
A ANÁLISE DOS DADOS
Após o levantamento dos dados, inicia-se um importante processo: o de organização e análise dos dados produzidos. A análise de dados tem por objetivo responder/explicar a problemática e as questões do estudo. Envolve a organização e leitura de todo o material, a categorização dos dados e sua análise e interpretação a partir das contribuições teóricas pertinentes.
É verdade que, mesmo ao longo da coleta, necessariamente estamos usando certa capacidade de análise das informações para averiguar se os dados colhidos são relevantes, se estão em consonância com nossos objetivos, se respondem às nossas questões de investigação ou se há necessidade de buscar informações complementares. No entanto, a maioria dos autores concorda de que a análise propriamente envolve mais que a mera seleção de informações, mas constitui etapa distinta no processo.
Mais uma vez, seja qual for o delineamento metodológico feito pelo pesquisador, é preciso conservar certa coerência entre as opções feitas de modo a garantir a validade dos resultados. Por isso, diferentes desenhos de pesquisa irão requerer diferentes processos de análise. No entanto, podemos considerar que, de uma forma geral, a análise de dados envolve alguns movimentos: organização dos dados, categorização, descrição e interpretação dos resultados.
(p.4)
ORGANIZAÇÃO E CATEGORIZAÇÃO DOS DADOS
A primeira etapa da análise refere-se à organização dos dados segundo algumas categorias a priori ou a posteriori. Organizar os dados exige:
- transcrever/codificar os dados de sua base original para uma base mais operacionalizável, de modo a ser possível manuseá-los com mais facilidade e economia (transcrever entrevistas, codificar e digitalizar dados de questionários, etc.). Vamos dar as devidas orientações sobre esses procedimentos mais oportunamente nas aulas seguintes.
- ler e reler os resultados buscando compreender seu significado de modo a progressivamente identificar recorrências e discrepâncias.
- classificar os dados, suas semelhanças e diferenças, organizando-os em categorias, conjuntos de informações similares.
(p.5)
1ºPASSO – TRANSCRIÇÃO/CODIFICAÇÃO
Geralmente, a base sobre a qual os dados foram coletados está adequada às condições do trabalho de campo, mas não são as mais práticas para as atividades de análise. As observações estão escritas em blocos ou cadernos de campo, as entrevistas gravadas, os questionários em várias folhas de papel.
(p.6)
A análise de dados envolve a leitura dos resultados e sua comparação constante. Imagine ouvir uma entrevista atrás da outra e, ao escutar a décima entrevista, considere que o entrevistado trata do mesmo tema que outro entrevistado já ouvido.
SAIBA MAIS
Para verificarmos se essa impressão é verdadeira, vamos ter que tirar a fita do gravador, colocar a outra fita e avançar até o trecho que supomos ser semelhante para poder ouvir novamente a entrevista. Depois, voltar a fazer o mesmo com a décima entrevista para poder comparar as informações.
(p.7)
Este é um movimento muito mais trabalhoso do que apenas procurar e colocar lado a lado as folhas das mesmas entrevistas, se estas estiverem transcritas.
O mesmo se poderia dizer para os dados de um questionário. Normalmente, usamos o questionário quando estamos trabalhando com pesquisas em extensão. Nesses casos, o volume de informações é muito grande e é necessário tabular os dados, seja manualmente ou através de programas estatísticos para poder manuseá-los.
(p.8)
2º PASSO – LEITURA ANALÍTICA DOS DADOS
Trabalho de campo
Durante o trabalho de campo, certamente um ou outro dado pode nos impressionar. A mera leitura envolvida na transcrição/codificação dos dados nos levará a pensar sobre as informações coletadas, fazer primeiras inferências.
Rigor científico
Mas não podemos confiar em nossas primeiras impressões sobre os dados, devemos ter cuidado para não nos deixar levar por essa apropriação mais imediata dos resultados.
O rigor científico implica uma leitura cuidadosa das informações, a partir de critérios lógicos.
Identificação das informações
Assim, num primeiro momento a leitura dos dados encontrados deve estar orientada para a identificação das informações relevantes para o estudo. Aqueles dados que possam, efetivamente, responder às inquietações, dúvidas, questões que orientaram a pesquisa.
(p.9)
Cada instrumento de coleta de dados envolve formas próprias de leitura e análise. No entanto, se pode afirmar que em nenhum caso apenas uma leitura é suficiente para uma análise consistente das informações. Da mesma forma que ler mais de uma vez o mesmo livro nos trará diferentes dimensões daquela obra, ler e reler os dados é que nos permitirá uma aproximação progressiva aos sentidos/significados das informações coletadas.
SAIBA MAIS
O pesquisador não deve ficar satisfeito com uma primeira abordagem! Deve fazer reiteradas leituras até que não consiga ver outras informações, dimensões daquelas que já identificou. 
(p.10)
Duas atitudes podem ajudar muito ao longo desse processo: um certo cinismo intelectual e respeito ético-cultural. Primeiro, é preciso não acreditar de forma ingênua em tudo que está dito. É preciso estar atento para as lacunas do texto, para aquilo que, embora não esteja explicitamente dito, está nas entrelinhas, ou seja, do "implícito textual".
No entanto, você deve tomar cuidado para não inventar um “texto” que não existe. O implícito textual pode ser identificado por certos indícios de sentido que estão presentes no texto. Só podemos considerar que existe algo implícito porque existem indícios de sua presença.
PARA SABER MAIS
Leia: Aula 06 (anexo) Exemplo 1 e 2
Ou logo abaixo:
Exemplo 1: 
 
Numa pesquisa sobre homofobia, a maioria dos professores não relata como prática homofóbica as “brincadeiras” entre alunos, onde alguns comportamentos como meninos usarem brincos são ridicularizados. A desconsideração dessas brincadeiras como práticas homofóbicas, mais do que revelar uma tolerância e naturalização desses comportamentos, indício de sua aceitação social, ao contrário, pode indicar a “invisibilidade” ou mesmo a “negação” da problemática. 
 
Exemplo 2: 
 
Numa pesquisa sobre violência contra criança e adolescentes, na análise de dados estatísticos evidenciamos maior frequência de violência física entre as crianças mais pobres. Essa evidencia poderia ser interpretada como um indício de uma correlação entre violência e pobreza. Mas uma análise mais cuidadosa da realidade e o cruzamento desses dados com os de outras pesquisas demonstram que crianças pobres, quando agredidas a ponto de necessitarem de cuidados médicos, inevitavelmente vão ser levadas a serviços públicos de saúde onde o registro da ocorrência da violência é uma obrigatoriedade. Já as crianças que tem origem em famílias mais favorecidas vão ser assistidas por médicos particulares que, muitas vezes, omitem a informação dos órgãos oficiais, o que gera uma distorção dos dados frente a realidade. 
(p.11)
Há que se ter por isso e por tudo um grande respeito ao modo como os sujeitos da pesquisa se comportam.
1. Neste momento, precisamos tentar nos aproximar ao máximo do que o falante/pesquisado nos diz. Uma atitude etnocêntrica é um dos equívocos muito frequentes na leitura analítica de dados em pesquisas em educação. Muitos pesquisadores avaliam as informações coletadas a partir de seu lugar social.
2. Embora seja evidente a inevitabilidade dessa condição de leitura, há que se buscar certo distanciamento em relação aos resultados, de modo a “ouvir” o que a realidade nos diz antesde formular julgamentos.
3. Colocar-se no lugar do outro, compreender e significar as palavras a partir do universo cultural que estamos investigando, mas ao mesmo tempo assumir uma postura desconfiada diante do óbvio. Essa atitude crítica é que garante maior objetividade de análise.
(p.12)
3ºPASSO – CATEGORIZAÇÃO
Após a leitura exaustiva do material e o levantamento das informações encontradas, o pesquisador deve buscar verificar recorrências e discrepâncias nos dados, ou seja, aquilo que se repete na descrição que os sujeitos fazem de si mesmos, do que vivem e do que fazem. Não importa para a pesquisa científica a experiência particular, mas aquilo que com mais frequência todas as pessoas vivem, sentem ou pensam.
SAIBA MAIS
Claro que, em casos excepcionais, uma experiência diferente/única pode ter importante significado para a pesquisa, mas não é o mais comum e geralmente sua excepcionalidade só nos serve para denunciar aquilo que é ou deveria ser o mais recorrente.
(p.13)
A medida que formos encontrando informações similares vamos precisar organizar essas informações em grupos, categorias de dados, de modo a que seja possível progressivamente e de forma cumulativa responder às questões norteadoras que foram formuladas por ocasião do projeto. As categorias podem ter sido criadas antes do início da coleta de dados (a priori) ou depois (a posteriori).
Faz-se uso de categorias a priori, quando no campo de pesquisa já há teorias formuladas sobre o tema e o pesquisador as conhece a ponto de ter expectativas acerca dos resultados da pesquisa.
SAIBA MAIS
Ler em: Aula 06 (anexo) A priori
Ou logo abaixo:
Exemplo 
 
Por exemplo: numa pesquisa acerca da violência contra as crianças e adolescentes, o campo de investigação já desenvolveu teorias e uma tipologia das formas de manifestação da violência que pode ser usada quando observamos ou analisamos a violência na escola. Assim, segundo os estudos nesse campo, ao investigar a violência na escola podemos considerar: a violência estrutural, a violência simbólica ou cultural, a violência interpessoal, a violência contra o patrimônio e a violencia de grupos ou gangs. Ou seja, diante das experiências vividas relatadas pelas crianças e jovens numa pesquisa monográfica sobre violência na escola podemos organizar as informações coletadas usando esse sistema de classificação e toda vez que alguém descrever brigas entre alunos podemos considerar que estão falando sobre "violência interpessoal" e colocar essa informação nesse grupo de dados.
(p.14)
As *categorias a posteriori são aquelas que desenvolvemos depois do trabalho de campo, quando há escassos estudos a respeito do tema investigado ou quando nos propomos uma abordagem exploratória, buscando apreender novas dimensões, aspectos sobre o assunto pesquisado.
*categorias a posteriori: Por exemplo: num mesmo estudo sobre a violência na escola, podemos querer trabalhar com as representações que os alunos constroem sobre a violência e, nesse sentido, mesmo considerando as categorias já mencionadas, preferir analisar as falas e organizar os dados a partir dos sentidos que os alunos propriamente dão à violência vivida na escola. Bortolini fez isso em sua dissertação de mestrado e encontrou seis categorias/núcleos de sentidos para a representação da violência: violência para os jovens de seu estudo era agressão, bandido, crime, arma, certos sentimentos e morte.
Neste caso, mesmo que estejamos usando teorias para fundamentar nossa análise, estaremos abertos a "ouvir" o que os dados de campo têm a nos dizer e, só a partir dessa “escuta”, é que estaremos organizando um sistema de classificação das informações coletadas.
(p.15)
As categorias, sejam de que natureza forem, devem ser * mutuamente excludentes. O que isso quer dizer? Para que seja possível organizar os dados de modo coerente, precisamos que as classes/grupos de informações não se confundam umas com as outras, mas sejam distintas.  
* mutuamente excludentes: Exemplo: as classes de animais nos servem para descrever o mundo animal porque um animal pode ser classificado exclusivamente numa ou em outra classe (salvo em raras exceções).
SAIBA MAIS
De modo contrário, as informações não poderiam ser claramente organizadas e de que nos serviriam essas classes/categorias. Organizar os dados em categorias nos permite descrever o fenômeno de forma mais clara e objetiva.
(p.16)
DECRIÇÃO E INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS
A primeira etapa de análise irá permitir ao pesquisador descrever os resultados, ou seja, apontar as características e alguns movimentos do fenômeno estudado.
Até o processo de categorização, o pesquisador apenas reuniu e organizou os dados. Mesmo que, para organizar as categorias ele tenha feito comparações entre os dados e o tempo todo tenha por horizonte as questões que nortearam a pesquisa, ele ainda não aprofundou sua análise sobre essas relações podendo realmente compreender de que modo o fenômeno/realidade estudado/a se constitui e se relaciona com o contexto mais amplo onde se insere.  
(p.17)
O pesquisador até esse ponto consegue descrever o comportamento, a opinião que as pessoas têm, mas ainda não consegue dar uma explicação mais completa sobre a problemática que está investigando. Para isso, é necessário que a análise avance para a compreensão das relações entre as categorias encontradas.
SAIBA MAIS
Ler em: Aula 06 (anexo) Exemplo de explicação sobre problemática investigada
Ou logo abaixo:
Exemplo 
 
Num mesmo estudo sobre a violência na escola, podemos querer trabalhar com as representações que os alunos constroem sobre a violência e, nesse sentido, mesmo considerando as categorias já mencionadas preferir analisar as falas e organizar os dados a partir dos sentidos que os alunos propriamente dão a violência vivida na escola. Bortolini fez isso em sua dissertação de mestrado e encontrou seis categorias/núcleos de sentidos para a representação da violência: violência para os jovens de seu estudo era agressão, bandido, crime, arma, certos sentimentos e morte.
(p.18)
Afinal, os fenômenos humanos são complexos e só atingimos essa complexidade quando compreendemos as relações entre as diferentes dimensões, aspectos que os constituem. Nesta altura da aula, você deve estar se perguntando: será que eu vou conseguir? Por onde eu começo?
Calma! Veja bem, ao elaborar o projeto de pesquisa, você formulou questões norteadoras.
Elas são assim denominadas justamente porque elas servem para nortear o seu estudo. Elas serviram para você pensar e elaborar os instrumentos de coleta de dados e vão ajudá-la/o a analisar os dados também. Assim, neste momento você pode e deve tomá-las como referência para a análise dos dados.
(p.19)
Você vai ver que esta não é uma tarefa fácil, porque são múltiplas as possibilidades de abordagem, os caminhos que podemos percorrer nesta análise.
Agora, tudo o que você aprendeu ao longo do curso, os conhecimentos e competências desenvolvidos, vai se mostrar útil. Afinal, é neste momento de análise que você irá começar a efetivamente construir um texto exclusivamente seu acerca de problemas e questões educacionais, a dar a sua contribuição particular para a reflexão acerca da educação.
É claro que, para isso, como sempre no campo científico, para dar validade à sua interpretação da realidade, ou seja, você vai precisar legitimar suas explicações articulando-as com os resultados de outras pesquisas e/ou com as teorias existentes de modo que a resposta construída por você para as questões da pesquisa estejam bem fundamentadas.
(p.20)
Para construir esta interpretação, veja alguns passos:
Faça uma interpretação dos dados como um todo. O que o conjunto dos dados produzidos dizem? Quais as relações entre eles? O que parece mais significativo diante das questões que nortearam o estudo?
Tente relacionar os seus resultados com o que apontam pesquisas de referência na área que você está estudando. Os resultados são coincidentes?
Pense qual a relação entre os seus resultadose toda a discussão teórica que você já tomou contato até aqui. Os conceitos e reflexões da teoria ajudam você a entender/interpretar os seus dados? De que maneira?
Faça uma reflexão autocrítica. O que ficou de fora? Que dados poderiam ser levantados em uma nova experiência para complementar a interpretação do fenômeno que você está estudando?
Agora você já sabe: compartilhe suas dúvidas com seu/sua professor/a on-line. Discuta suas ideias nos fóruns. Mãos à obra!
Faça uma interpretação dos dados como um todo. O que o conjunto dos dados produzidos dizem? Quais as relações entre eles? O que parece mais significativo diante das questões que nortearam o estudo?
Tente relacionar os seus resultados com o que apontam pesquisas de referência na área que você está estudando. Os resultados são coincidentes?
Pense qual a relação entre os seus resultados e toda a discussão teórica que você já tomou contato até aqui. Os conceitos e reflexões da teoria ajudam você a entender/interpretar os seus dados? De que maneira?
Faça uma reflexão autocrítica. O que ficou de fora? Que dados poderiam ser levantados em uma nova experiência para complementar a interpretação do fenômeno que você está estudando?
(p.21)
Antes de finalizar esta aula, vamos realizar mais uma atividade!
(p.22)
ATIVIDADE PROPOSTA
1- A respeito da descrição e interpretação dos resultados, marque V para as alternativas verdadeiras ou F para as falsas:
( ) A primeira etapa de análise irá permitir ao pesquisador descrever os resultados, ou seja, apontar as características e alguns movimentos do fenômeno estudado.
( ) O pesquisador, a partir de seus estudos e da análise do comportamento e a opinião que as pessoas têm, consegue dar uma explicação mais completa sobre a problemática que está investigando.
( ) Até o processo de categorização, o pesquisador apenas reuniu e organizou os dados.
( ) Um dos passos para construir uma interpretação da realidade é tentar relacionar os resultados encontrados com o que apontam pesquisas de referência na área que você está estudando.
GABARITO
V,F,V,V.
SÍNTESE DA AULA
Nesta aula, você:
Os procedimentos para tabulação, sistematização de dados quantitativos;
análise e interpretação de dados quantitativos;
Elaboração de gráficos e tabelas para apresentação de resultados quantitativos.
O QUE VEM NA PRÓXIMA AULA
Na próxima aula, você vai estudar:
Os procedimentos para tabulação, sistematização de dados quantitativos;
análise e interpretação de dados quantitativos;
elaboração de gráficos e tabelas para apresentação de resultados quantitativos.

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