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Aula 04 A Entrevista TCC PEDAGOGIA

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Aula 04 A Entrevista
Disciplina: TCC PEDAGOGIA
(p.2)
Objetivo desta Aula
Ao final desta aula, você será capaz de:
1. Discutir sobre a entrevista como técnica de pesquisa. Quais os objetivos, vantagens e limitações;
2. avaliar a aplicabilidade da entrevista como instrumento de coleta de dados;
3. conhecer os diferentes tipos de entrevista: estruturada, semiestruturada e não estruturada;
5. aprender a como elaborar um roteiro e se preparar para a realização de uma entrevista
(p.3)
A entrevista, assim como a observação, é um procedimento de coleta de dados muito usual nas pesquisas em Educação. Ela possibilita ao pesquisador a compreensão de diferentes dimensões do comportamento social. É a técnica ideal quando se quer conhecer como as pessoas percebem suas experiências, suas crenças e motivações, que ideias e opiniões têm acerca das coisas, qual a sua visão de mundo.
"Pode-se definir entrevista como a técnica em que o investigador se apresenta frente ao investigado e lhe formula perguntas, com o objetivo de obtenção dos dados que interessam à investigação" (GIL, 1999, p. 117). 
(p.4)
A Entrevista
Como técnica de coleta de dados, a sua utilização requer, no entanto, rigoroso planejamento e atitude ética, em todas as etapas de trabalho, desde a definição e contato com os entrevistados até os procedimentos envolvidos na sua realização. Afinal, mais que um diálogo com a finalidade de levantar informações sobre um tema, ela assume o caráter de mecanismo de interlocução dos sujeitos envolvidos com a problemática em estudo. Envolve uma aproximação entre o pesquisador e o pesquisado, estabelece uma conexão entre ambos. Revelar-se aos olhos do outro é um movimento que exige confiança. Por isso, a entrevista compromete entrevistado e entrevistador. Ela permite que o pesquisador mergulhe no universo de sentidos, nas ideias e sentimentos do pesquisado, ressignificando, muitas vezes, aquilo que foi observado. 
Nesse sentido, assim como com a observação, a entrevista assume determinadas características e exige procedimentos específicos que garantam sua validade.
(p.5)
A entrevista deve se dar preferencialmente num encontro presencial, posto que a atitude do entrevistado (comportamento corporal, entonação de voz, etc.) também deve ser considerada na interpretação de seu discurso. No entanto, as novas tecnologias da comunicação têm permitido a realização de entrevistas mediadas por ferramentas tecnológicas, como telefone, Skype, MSN, Facebook, entre outros recursos. Essas condições são aceitáveis apenas quando o acesso pessoal aos entrevistados é operacionalmente ou economicamente inviável.
(p.6)
Quanto aos sujeitos envolvidos, as entrevistas podem ser individuais ou em grupo (grupo focal).
ENTREVISTA INDIVIDUAL
Realiza-se a entrevista individual quando se pretende saber o que pensam os entrevistados e, especialmente, quando os temas de investigação exigem informações de fórum íntimo.
ENTREVISTA EM GRUPO
No entanto, quando o objeto de investigação inclui compreender a dinâmica coletiva e os processos psicossociais envolvidos na elaboração das ideias/representações de um grupo, a entrevista em grupo pode ser mais produtiva. Afinal, na entrevista junto a um grupo poderemos observar os movimentos de confronto de ideias, como o grupo articula certas concepções, a sua história grupal, certos mecanismos de controle e dominação, enfim elementos que dificilmente emergem no comportamento de uma pessoa isolada, mas, se isso é que diferencia esse tipo de modalidade, é preciso tomar esses elementos também no momento da análise e não se prender apenas ao conteúdo das falas.
(p.7)
Procedimentos
Quanto aos procedimentos, assim como as observações, as entrevistas podem ser mais ou menos estruturadas a partir de um roteiro de perguntas/temas que orientam a conversa. Dessa forma, a entrevista (individual ou em grupo) pode ser estruturada, semiestruturada, não estruturada (LUDKE e ANDRE, 1999).
(p.8)
Os Tipos de Entrevista
ENTREVISTA ESTRUTURADA
A entrevista estruturada é aquela onde o roteiro com perguntas bem diretivas é rigidamente aplicado, não sendo permitidas quaisquer alterações na formulação e ordem das perguntas. Esse tipo de entrevista é adequado quando se pretende obter “... do universo de sujeitos, respostas também, mais facilmente categorizáveis, sendo assim, muito útil para o desenvolvimento de levantamentos sociais.” (SEVERINO, 2007, p. 125)
SEMIESTRUTURADA
A entrevista semiestruturada é aquela orientada por um roteiro que envolve perguntas relativamente mais abertas, que deve ser aplicado a todos os entrevistados, mas onde há uma maior flexibilidade na sua aplicação, podendo o entrevistado alterar a ordem ou mesmo suprimir e acrescentar uma ou outra pergunta.
ENTREVISTA NÃO ESTRUTURADA
A entrevista não estruturada é aquela onde o entrevistado segue apenas um roteiro de tópicos, buscando aprofundar progressivamente a compreensão de alguns temas de interesse. Nesse caso, embora o pesquisador tenha um foco/objetivo previamente definido, quem conduz o conteúdo da entrevista é o entrevistado e as perguntas são elaboradas no momento da entrevista de acordo com a dinâmica da conversa.
(p.9)
A Escolha do Tipo de Entrevista
A escolha do tipo de entrevista deve-se dar especialmente pelos objetivos do estudo. Assim, quando se pretende alcançar um universo mais amplo de sujeitos, a entrevista estruturada pode ser a melhor opção, posto que permite maior comparabilidade dos resultados.
Quando a abordagem do objeto exige um aprofundamento da compreensão de certos sentimentos e ideias, frequentemente a entrevista semiestruturada é a mais adequada.
No entanto, quando estamos envolvidos com estudos culturais ou acerca de processos sociais, muitas vezes, as entrevistas não estruturadas nos oferecem a oportunidade de desvelar aspectos não previstos sobre as experiências dos sujeitos e grupos que apenas um relato mais espontâneo sobre suas histórias de vida fazem emergir.
Seja qual for a modalidade de entrevista envolvida, ela precisa ser planejada. A exceção da entrevista não estruturada para a qual devemos elaborar apenas um elenco de temas/questões a serem abordadas na entrevista, nas entrevistas estruturadas e semiestruturadas é necessário construir um roteiro de perguntas para a entrevista.
(p.10)
A Elaboração do Roteiro
Na elaboração do roteiro, para que ele possa ser reconhecido pela comunidade acadêmica de modo a validar seus resultados, alguns fatores devem ser considerados:
As características dos entrevistados (pessoas de idade, sexo, nível de escolaridade têm diferentes formas de viver e compreender uma situação).
A linguagem utilizada (o vocabulário utilizado deve ser familiar ao entrevistado para facilitar a compreensão das perguntas).
A possibilidade de contaminação das respostas (na ordenação das perguntas, devemos tomar cuidado para uma pergunta não influenciar a resposta em outra pergunta subsequente).
O tempo e as condições de aplicação (depois de 20 a 30 minutos, a tendência é o entrevistado se cansar e não responder com o cuidado devido, o ambiente onde se realiza a pergunta pode constranger ou não o entrevistado).
Na próxima tela, vamos fazer um jogo para você compreender alguns critérios que devem ser considerados na elaboração de um roteiro de entrevista.
(p.11)
Imagine que você está fazendo uma pesquisa sobre violência na escola e que vai entrevistar adolescentes entre 12 e 19 anos.
Suas questões de estudo são:
Como esses adolescentes definem a violência? O que pensam sobre o tema?
Que experiências violentas esses adolescentes vivenciaram na escola? Como esses adolescentes tem lidado com essas experiências? 
Como vêem a atitude da escola nesse contexto? 
É possível para estes jovens, considerando suas diferentes experiências, ver nas abordagens não violentas uma alternativa para a superação de conflitos interpessoais e de grupos dentro da escola?
Agora, diante dessas questões e sujeitos da pesquisa, escolha a melhor alternativa paraas perguntas a seguir. Antes de fazer suas escolhas veja o conteúdo de cada opção, ok?
(p.12)
JOGANDO E APRENDENDO
Clique na alternativa que julgar correta:
Quantas perguntas preciso elaborar?
Até 3 perguntas
(Muito poucas perguntas podem não gerar conteúdo substancial para o estudo, ou seja, a quantidade e a qualidade das informações coletadas podem ser insuficiente para compreendermos o que sentem, pensam e vivem as pessoas.)
De 4 a 7 perguntas
(Dependendo das características dos sujeitos que vamos entrevistar e considerando o tempo médio para resposta; de 4 a 7 perguntas, é um número razoável de questões para garantir uma mínima progressão ao assunto da entrevista sem cansar o entrevistado (com esse número de perguntas vamos ter cerca de 30 min de entrevista).)
Mais de 8 perguntas
(Nem todo entrevistado tem disponibilidade e concentração para mais de 40 minutos de entrevista. Mais de 8 perguntas só é recomendável para entrevistas em profundidade quando, por exemplo, queremos explorar muitas dimensões de uma realidade ou fenômeno, nos estudos sobre histórias de vida ou sobre temas mais delicados que exigem uma aproximação gradual.)
Gabarito: De 4 a 7 perguntas.
(p.14)
JOGANDO E APRENDENDO
Clique na alternativa que julgar correta:
E que outras perguntas devo fazer? Quais são as melhores perguntas? Em que ordem devo organizá-las?
O que voce acha da atitude de professores, da escola quando ocorre uma violência dessas?
Diante de tantos eventos violentos que observamos nas escolas e que tem gerado um grande debate sobre a forma como a escola está organizada, voce poderia me dar sua opinião sobre a atitude de professores, da escola quando ocorre uma violência dessas?*
(O enunciado da pergunta deve ser objetivo e dispensar qualquer informação adicional que possa confundir o entrevistado. Muitas e diferentes informações podem desviar a atenção para o foco da pergunta. Exemplo: para saber sobre a opinião dos alunos acerca das atitudes dos professores não é necessário fazer uma contextualização como “Diante de tantos eventos violentos que observamos nas escolas e que tem gerado um grande debate sobre a forma como a escola está organizada”, que poderia desviar a atenção dos alunos para outros eventos e problemas vividos na escola.)
Que tipos de violências acontecem na escola?
Quais categorias de eventos violentos tem sido evidenciadas nas instituições escolares?
(As questões devem ser formuladas com linguagem clara, sem palavras ambíguas e adequadas ao nível de desenvolvimento e ao universo cultural do entrevistado. Por exemplo: com adolescentes a linguagem muito erudita com uso de termos sofisticados como “categorias” e evidenciadas” provoca certa resistência, é preferível sempre usar uma linguagem mais coloquial.)
E como voce sentiu? O que voce fez?
Voce já viveu alguma experiência de violência aqui na escola?
Voce já viveu alguma experiência de violência aqui na escola? Me conta como foi?
(As questões devem provocar uma fala substanciosa, ou seja, fala com conteúdo. Questões muito objetivas levam a respostas curtas, sem conteúdo. Por exemplo: a pergunta “Voce já viveu alguma experiência de violência aqui na escola?” pode levar a um simples “sim”.)
O Estatuto de Criança e do Adolescente determina que os professores tem que denunciar atos de violência contra a criança. Voce não acha que os a escola tem que tomar uma atitude quando ocorre uma violência dessas?
(O enunciado da pergunta deve ser objetivo e dispensar qualquer informação adicional que possa levar o entrevistado a conclusões determinadas. Exemplo: Mencionar o Estatuto da criança e do adolescente na pergunta e ainda usar a expressão “Voce não acha que...” provavelmente vai induzir a respostas que avaliem a conduta dos professores negativamente tendo em vista as determinações desse instrumento legal.)
Voce acha que tem um jeito diferente de lidar com esses problemas em que as pessoas não precisem usar da violência? Como?
GABARITO
1.O que é violência pra voce?
2. O que é violência pra você?
3. O que você acha da atitude de professores, da escola, quando ocorre uma violência dessas?
4. Você já viveu alguma experiência de violência aqui na escola? Me conta como foi?
5. E como você se sentiu?  O que você fez?
6. Você acha que tem um jeito diferente de lidar com esses problemas em que as pessoas não precisem usar da violência? Como?
(p.15)
O Uso de Recursos Complementares
Pode-se fazer uso de recursos complementares para mobilizar diferentes sentidos acerca de um tema que não podem ser capitados através de perguntas apenas. O uso de fotografias, desenhos, objetos, dinâmicas de projeção ou de associação de ideias, por exemplo, podem ajudar os entrevistados a falar sobre assuntos delicados ou perturbadores, difíceis de serem tratados diretamente com perguntas diante de estranhos. O uso desses recursos não exclui o roteiro e deve ser muito ponderado, pois vai exigir habilidades e conhecimentos específicos tanto na sua aplicação quanto na análise dos dados subsequentes que, muitas vezes, o pesquisador não tem.
Elaborado o roteiro, a realização da entrevista também vai exigir certos cuidados.
(p.16)
A Realização da Entrevista
O CONTATO INICIAL
Ler em: http://estacio.webaula.com.br/salaframe.asp?curso=2065&turma=397493&topico=814676
Ou em: Aula 04 (anexo) O contato inicial TCC PEDAGOGIA
Ou leia logo abaixo:
Disciplina: TCC 
Aula 04: Entrevista 
O contato inicial 
O contato inicial é muito importante. Ele precisa ser amistoso. Neste primeiro contato devemos nos apresentar adequadamente, informar sobre o objetivo do trabalho e verificar a disponibilidade do entrevistado. A agenda da entrevista deve ser negociada a partir das necessidades do entrevistado, afinal é ele que está “nos fazendo um favor” dispondo de seu tempo para nos ajudar na realização de nossa pesquisa. 
Devemos deixar registrado o dia, horário e local do encontro e trocar contatos pessoais (telefone ou e-mail) para a necessidade de uma comunicação. 
NO DIA DA ENTREVISTA
Ler em: http://estacio.webaula.com.br/Cursos/gon234/pdf/a04_t16_2.pdf
Ou em: Aula 04 (anexo) No dia da entrevista TCC PEDAGOGIA
Ou leia logo abaixo:
Disciplina: TCC 
Aula 04: Entrevista 
No dia da entrevista 
No dia da entrevista certifique-se que todo o material necessário está separado e funcionando perfeitamente (roteiro impresso, caneta, gravador, pilhas, etc). Verifique as condições de campo e confirme a agenda com os entrevistados (local, acessibilidade, etc). Ao receber o entrevistado procure criar as condições para que ele possa sentir-se bem acolhido (local tranquilo, assento confortável, etc). Para “quebrar o gelo” converse informalmente sobre um tema de momento. Antes do início da entrevista repetir as informações básicas sobre o projeto, destacando a relevância da colaboração do entrevistado. Deixar claro o caráter voluntário e anônimo da sua participação, assim como a confidencialidade das informações prestadas. Garantir a liberdade que o entrevistado terá de interromper a qualquer momento a entrevista caso não se sinta mais disposto a continuar, assim como de solicitar que parte daquilo que foi informado não seja usado na pesquisa. 
DURANTE A ENTREVISTA
Ler em: http://estacio.webaula.com.br/Cursos/gon234/pdf/a04_t16_3.pdf
Ou em: Aula 04 (anexo) Durante a entrevista TCC PEDAGOGIA
Ou leia logo abaixo:
Disciplina: TCC 
Aula 04: Entrevista 
Durante a entrevista 	
A manutenção de um clima cordial e simpático é fundamental durante a entrevista. No entanto, isso não deve significar uma atitude invasiva de quem busca uma intimidade inconveniente. O entrevistado deve sentir-se respeitado em sua condição, valores e cultura. Para o bom desenvolvimento da entrevista o pesquisador deve ser capaz de ouvir e estar sensível as colocações do entrevistado. 
Na dinâmica da conversação o pesquisador deve apresentar uma pergunta por vez, facilitando a compreensão e a ordenação do pensamento do entrevistado. Existementrevistados que apenas respondem as perguntas formuladas, mas há outros que se estendem em considerações a partir de motivações pessoais. O entrevistador deve buscar controlar o tempo das respostas de modo a garantir um ritmo produtivo ao trabalho. Ou seja, deve procurar equilibrar a liberdade de expressão do entrevistado e suas intervenções para que haja tempo para a elaboração de respostas consistentes mas, ao mesmo tempo, impedir que o entrevistado se perca em devaneios. Uma estratégia nesse sentido é ter de memória as perguntas de modo que possa acompanhar e, no momento propício, delicadamente provocá-lo a mudança de tema. 
Um modo de propor a mudança de assunto é dizer “Interessante isso!! Mas agora você poderia falar um pouco sobre... ?” Há ainda alguns entrevistados mais tímidos ou menos mobilizados. Em caso de respostas muito curtas, por vezes até incompreensíveis provoque o entrevistado a falar mais perguntando-lhe: “O que quer dizer com isso? 
Pode me explicar melhor?” Respostas como “não sei” sugerem certa falta de interesse e disposição do entrevistado continuar com a entrevista. Um modo de superar essas situações é explicitar a dificuldade e insistir na importância da participação do entrevistado, valorando a sua contribuição. Você pode expressar-se assim: “Sei que você tem outros compromissos, mas sua participação nesta pesquisa émuito importante, afinal....”. Ou, “Entendo que este tema muitas vezes não preocupa muito a maioria das pessoas, mas por isso mesmo gostaria que me falasse um pouco mais a 
 respeito”. Ou ainda, “Posso compreender que talvez seja a primeira vez que você é provocado a pensar sobre isso, mas a partir de suas contribuições vamos poder entender melhor....” 
 Uma das críticas que a entrevista como técnica de pesquisa sofre é a relativa a confiabilidade das informações coletadas. Muitos críticos denunciam o caráter subjetivo da “leitura” que o pesquisador possa fazer do discurso do entrevistado assim como da possibilidade de o entrevistado estar mentindo sobre um o outro tema, mesmo que intencionalmente. Por isso é necessário fazer constantemente a checagem das respostas. No momento da entrevista podemos checar nossa interpretação da fala do entrevistado, devolvendo a ele nossa “leitura” de sua resposta. 
Fazemos isso quando repetimos para o entrevistado nosso entendimento acerca de suas palavras: “Ah! Veja se eu entendi bem... você quer dizer...” 
REGISTRO DA ENTREVISTA
Ler em: http://estacio.webaula.com.br/Cursos/gon234/pdf/a04_t16_4.pdf
Ou em: Aula 04 (anexo) registro da entrevista TCC PEDAGOGIA
Ou leia logo abaixo:
Disciplina: TCC 
Aula 04: Entrevista 
Registro da entrevista 
 
O registro da entrevista deve ser feito a partir de anotações escritas, com gravação em audio ou vídeo. As anotações por escrito são limitadas por vários fatores: o entrevistado geralmente fala mais rápido do que somos capazes de registrar, nossa subjetividade interfere nas decisões sobre o que importa registrar, os limites da memória, entre outros. (BOGDAN e BIKLEN, 1994) Além disso, ela por vezes compromete nossa relação com o entrevistado. É muito difícil anotar e ao mesmo tempo olhar para o entrevistado de modo a manter clima de atenção e confiança. 
Por isso tudo, tem sido mais usual gravar em áudio as entrevistas. A gravação permite preservar o conteúdo do discurso. De qualquer forma ela não elimina o registro escrito, devem ser feitas anotações referentes as atitudes corporais e aos fatores intervenientes ao longo da entrevista. Não esqueça de checar de tempos em tempos o andamento do gravador. Por mais que tenhamos testado os equipamentos antes do início da entrevista, nada impede que um problema repentino ocorra como a fita travar ou a energia da pilha acabar (antes mesmo de acabar pilhas velhas podem fazer o gravador rodar mais lentamente tornado inaudíveis as falas gravadas). 
A gravação em vídeo é menos usual como técnica de entrevista nas pesquisas científicas. Isso se deve por vários motivos como a dificuldade de manuseio do equipamento e o constrangimento que provoca no entrevistado. No entanto, para entrevistas em grupo (grupo focal) a gravação em vídeo é o melhor recurso, pois, neste caso, a transcrição da entrevista requer considerar vários sujeitos falantes e isso, quando do registro escrito e gravação apenas em áudio é bem difícil. Afinal, já é difícil acompanhar a fala e registrá-la ao mesmo tempo nas anotações ou mesmo transcrever uma entrevista individual, o que dirá identificar os diferentes interlocutores, registrar suas falas e acompanhar a discussão do grupo em tempo real em uma entrevista em grupo. 
CONCLUSÃO DA ENTREVISTA
Ler em: http://estacio.webaula.com.br/Cursos/gon234/pdf/a04_t16_5.pdf
Ou em: Aula 04 (anexo) Conclusão da entrevista TCC PEDAGOGIA
Ou leia logo abaixo:
Disciplina: TCC 
Aula 04: Entrevista 
Conclusão da entrevista 
 
Uma entrevista sempre deve ser encerrada em um clima de cordialidade para que “a porta fique aberta” caso seja necessário retornar aos sujeitos para entrevistas posteriores. Se considerarmos que possivelmente isso vai acontecer, devemos comentar isso com o entrevistado, de modo a consultá-lo a esse respeito e verificar a sua receptividade. 
(p.17)
Imprevistos Podem Acontecer
Assim como a observação, a realização da entrevista está sujeita a uma infinidade de situações não planejadas. Por isso, é sempre importante que o pesquisador seja capaz de compreender as relações entre o contexto que configura o campo onde se dá a pesquisa e os objetivos de seu estudo, ou seja, de enxergar o que acontece ao redor, perceber como se dá a entrevista e analisar o impacto desses fatores nos resultados da entrevista. Mais uma vez, é preciso ter clareza de qual o seu objetivo ao estar com aquela(s) pessoa(s), naquele momento. Ter um foco claro e definido vai lhe permitir produzir mais dados relevantes com menos esforço e mais eficiência.
(p.18)
Mais uma vez, é preciso avaliar a adequação e as condições para aplicação dessa técnica em sua pesquisa monográfica. Converse com seu orientador para decidir não só se essa técnica é indicada, mas também se ela é viável dentro das suas possibilidades de tempo e de recursos. Se for o caso, planeje cuidadosamente como ela será feita e elabore um roteiro de perguntas. Apresente esse plano e esse roteiro ao seu orientador. Considere os comentários que ele fizer. Faça um pré-teste aplicando o roteiro em uma entrevista-teste com ao menos dois entrevistados que tenham o mesmo perfil dos sujeitos do seu estudo.
Analise se os resultados foram os esperados. Se não forem, converse com seu orientador sobre o que pode estar acontecendo. Reveja todo o processo. Se os resultados do pré-teste forem positivos, de qualquer forma valide os procedimentos com seu orientador antes de ir a campo. O pré-teste pode ser também uma boa experimentação do uso das recomendações feitas nesta aula.
Bem... agora é com você. BOM TRABALHO!

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